Financiamento do Banco Africano
de Desenvolvimento (BAD) pretende diversificar a economia de Angola através da
redução da dependência do petróleo. BAD espera melhoria na transparência das
empresas públicas angolanas.
O Banco Africano de
Desenvolvimento aprovou esta semana um empréstimo de 165 milhões de dólares
para ajudar a financiar a diversificação económica, reduzir a dependência do
petróleo, substituir importações e estabilizar a economia de Angola.
"O programa pretende dar
prioridade e promover a produção e exportação de produtos não petrolíferos e
começar a substituir as importações através da diversificação", disse o
diretor do departamento de governação e gestão das finanças públicas, Abdoulaye
Coulibaly, em nota publicada pela agência de notícias Lusa esta quinta-feira
(31.10).
O plano a três anos engloba três
componentes, que são a melhoria da consolidação orçamental através de uma
gestão melhorada das finanças públicas e reforma fiscal, a implementação
acelerada do programa de diversificação, e uma melhor governação na gestão dos
recursos naturais e reforma das empresas públicas, de acordo com a nota.
"O empréstimo vai contribuir
significativamente para o plano de estabilização económica do Governo e levará
a um melhor ambiente no setor privado", disse Abdoulaye Coulibaly,
acrescentando que Angola está a passar por uma transformação da sua economia.
"Nos últimos dois anos temos
sentido que as autoridades estão muito empenhadas em fazer mudanças, muitas
medidas concretas foram tomadas, e esperamos que o programa vá ter um impacto
positivo na estabilidade macroeconómica, diversificação económica e redução da
pobreza", vincou o responsável.
Transparência
Para o Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD), o empréstimo agora concedido também deverá melhorar a
transparência das empresas públicas e aumentar a disponibilização de informação
financeira e de indicadores de desempenho, o que levará a uma redução da
necessidade de subsídios, considerou o responsável.
Na aprovação do empréstimos, os
administradores do BAD defenderam a monitorização dos elevados níveis de dívida
pública no país, estimada em 90% do PIB, mas que deverá reduzir-se para os 60%
do PIB no final do período do programa, em 2022, o mesmo ano em que terminará o
programa do Governo de reformas económicas em curso.
No documento, o BAD diz ainda que
tem "fornecido apoio regular em áreas como a agricultura, desenvolvimento
rural e ambiental, saúde e educação, água e saneamento, ajudando os esforços de
desenvolvimento de Angola".
Deutsche Welle | Agência Lusa
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