sexta-feira, 1 de novembro de 2019

BAD disponibiliza a Angola 165 milhões de dólares


Financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) pretende diversificar a economia de Angola através da redução da dependência do petróleo. BAD espera melhoria na transparência das empresas públicas angolanas.

O Banco Africano de Desenvolvimento aprovou esta semana um empréstimo de 165 milhões de dólares para ajudar a financiar a diversificação económica, reduzir a dependência do petróleo, substituir importações e estabilizar a economia de Angola.

"O programa pretende dar prioridade e promover a produção e exportação de produtos não petrolíferos e começar a substituir as importações através da diversificação", disse o diretor do departamento de governação e gestão das finanças públicas, Abdoulaye Coulibaly, em nota publicada pela agência de notícias Lusa esta quinta-feira (31.10).

O plano a três anos engloba três componentes, que são a melhoria da consolidação orçamental através de uma gestão melhorada das finanças públicas e reforma fiscal, a implementação acelerada do programa de diversificação, e uma melhor governação na gestão dos recursos naturais e reforma das empresas públicas, de acordo com a nota.

Estabilização económica

"O empréstimo vai contribuir significativamente para o plano de estabilização económica do Governo e levará a um melhor ambiente no setor privado", disse Abdoulaye Coulibaly, acrescentando que Angola está a passar por uma transformação da sua economia.

"Nos últimos dois anos temos sentido que as autoridades estão muito empenhadas em fazer mudanças, muitas medidas concretas foram tomadas, e esperamos que o programa vá ter um impacto positivo na estabilidade macroeconómica, diversificação económica e redução da pobreza", vincou o responsável.

Transparência

Para o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o empréstimo agora concedido também deverá melhorar a transparência das empresas públicas e aumentar a disponibilização de informação financeira e de indicadores de desempenho, o que levará a uma redução da necessidade de subsídios, considerou o responsável.

Na aprovação do empréstimos, os administradores do BAD defenderam a monitorização dos elevados níveis de dívida pública no país, estimada em 90% do PIB, mas que deverá reduzir-se para os 60% do PIB no final do período do programa, em 2022, o mesmo ano em que terminará o programa do Governo de reformas económicas em curso.

No documento, o BAD diz ainda que tem "fornecido apoio regular em áreas como a agricultura, desenvolvimento rural e ambiental, saúde e educação, água e saneamento, ajudando os esforços de desenvolvimento de Angola".

Deutsche Welle | Agência Lusa

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