Pequim, 16 dez 2019 (Lusa) - O
Governo chinês negou hoje que os dois diplomatas chineses expulsos dos Estados
Unidos tenham entrado numa base militar no Estado da Virgínia e revelou ter
apresentado formalmente queixa às autoridades norte-americanas.
"As acusações são
completamente falsas e é por isso que apresentamos uma queixa formal",
disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang,
em conferência de imprensa.
"Pedimos aos EUA que
corrijam o erro, cancelem esta decisão e protejam adequadamente os direitos dos
diplomatas chineses, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações
Diplomáticas", disse o porta-voz.
Segundo a imprensa
norte-americana, Washington expulsou os dois diplomatas chineses este ano, depois
de estes terem entrado naquela base militar. Um dos diplomatas foi identificado
como agente dos serviços de inteligência chineses, que operava sob proteção
diplomática.
Os dois diplomatas conseguiram
percorrer cerca de um quilómetro e meio no complexo, em setembro passado, mas
foram detidos por militares.
Em outubro passado, Washington
anunciou que os diplomatas chineses passam a ter que informar o Departamento de
Estado dos EUA com antecedência antes de qualquer reunião oficial nos Estados
Unidos.
O Departamento de Estado
norte-americano considerou a medida "recíproca", face às condições de
acesso dos diplomatas norte-americanos na China.
Em retaliação, a China confirmou
a imposição de restrições aos diplomatas norte-americanos no país asiático.
China e Estados Unidos vivem um
período de crescente rivalidade, à medida que uma prolongada guerra comercial
se alargou à tecnologia, diplomacia ou Defesa.
JPI // EL
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