O julgamento do processo relativo
à maior apreensão de cocaína feita na Guiné-Bissau, cerca de duas toneladas,
tem início esta terça-feira (07.01), no Tribunal Regional de Bissau. No banco
dos réus sentam-se 12 arguidos.
Segundo a Procuradoria-Geral da
República, no âmbito do processo foram constituídos arguidos 12 pessoas,
nomeadamente sete guineenses, três colombianos, um mexicano e um de
nacionalidade maliana.
As 12 pessoas são suspeitas de
indícios da prática de crime de tráfico
de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Em setembro, a Polícia Judiciária
(PJ) guineense anunciou a apreensão de 1.869 quilogramas de cocaína no norte da
Guiné-Bissau no âmbito de uma operação, que ficou conhecida como
"Navarra".
"Esta é a maior apreensão de
sempre de cocaína na história da Guiné-Bissau", disse em setembro o
diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária guineense, Domingos
Correia.
"Operação Carapau"
Em novembro, o Tribunal Regional
de Bissau condenou a penas entre os 14 e 15 anos de prisão três pessoas detidas
no âmbito da "Operação
Carapau", que culminou com a apreensão de 789 quilogramas de cocaína,
apreendidas em 8 de março.
O tribunal decidiu também declarar
"perdidos a favor do Estado todos os bens apreendidos no âmbito"
daquele processo, salientando que o dinheiro apreendido durante a operação
servirá para aquisição de motorizadas para a Polícia Judiciária e tribunais de
várias regiões do país.
A droga apreendida, que foi
incinerada a 14 de março, teria como destino o Mali, para depois ser enviada
para a Europa e Líbia e um dos suspeitos em fuga tem ligações à Al-Qaida do
Magrebe Islâmico, segundo fontes da PJ.
Deutsche Welle | Agência Lusa, ms
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