O Presidente da China defendeu
hoje que as medidas aplicadas pelas autoridades chinesas, para travar a
propagação do novo coronavírus, estão a alcançar um "progresso
visível", num "momento crucial" da crise que paralisou o país.
Xi Jinping afirmou,
numa conversa por telefone com o primeiro-ministro britânico, Boris
Johnson, que "graças a esforços árduos", existem "mudanças
positivas" no combate ao surto e "as medidas de prevenção e controlo
da China estão a alcançar progressos visíveis", de acordo com a agência de
notícias oficial Xinhua.
"Desde o início do surto, a
China deu prioridade à segurança e à saúde do seu povo, recorreu às suas
vantagens institucionais e mobilizou todo o país, adotando medidas
abrangentes, rigorosas e completas de prevenção e controlo", defendeu
o líder chinês.
Segundo a agência, Xi agradeceu à
rainha Isabel II de Inglaterra e a Johnson pelo apoio dado "na luta"
da China contra o surto do Covid-19, observando que Londres enviou
material médico para a China, o que "demonstra a amizade entre os dois
países e os dois povos".
O surto, que paralisou a China,
causou forte descontentamento popular, sobretudo após a morte do médico que
alertou, inicialmente, para o novo coronavírus, mas que foi repreendido
pela polícia.
Nas primeiras semanas após o
início da crise, à medida que milhões de pessoas foram colocadas sob quarentena
e o número de infetados aumentava em dezenas de milhares, as
referências ao Presidente chinês desapareceram dos meios oficiais e a liderança
chinesa passou a assumir uma postura coletiva, com o primeiro-ministro, Li Keqiang,
a assumir o grupo de trabalho encarregado de lidar com o surto.
Durante a conversa com Johnson,
Xi Jinping disse que a China "está confiante" de que
atingirá as metas deste ano para o desenvolvimento económico e social,
sobretudo a eliminação da pobreza extrema, um marco simbólico, numa altura em
que o Partido Comunista Chinês, que governa o país desde 1949, celebra cem anos
desde a fundação.
Milhões de trabalhadores deviam
ter já regressado das terras natais, mas a rápida propagação do vírus obrigou
muitos a permanecerem em casa, impedindo a reabertura de fábricas e negócios,
com consequências imprevisíveis para o tecido empresarial da segunda maior
economia do mundo.
O coronavírus Covid-19
provocou 2.004 mortos na China continental e infetou mais de 74 mil a
nível mundial.
Além das vítimas mortais no
continente chinês, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong,
um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: © Lusa
Leia em Notícias ao Minuto:
Sem comentários:
Enviar um comentário