O novo diretor nacional da PSP
disse hoje (03.02) que quer responsabilizar os agentes que tenham
"comportamentos discriminatórios" e extremistas e defender "os
bons polícias que, muitas vezes, são injustamente atacados na praça
pública".
"Vamos exigir que os
polícias cumpram com a lei, que os polícias respeitem os direitos liberdades e
garantias, que os polícias não tenham comportamentos discriminatórios e
extremismo de qualquer tipo", disse aos jornalistas o
superintendente-chefe Manuel Augusto Magina da Silva, no final da sua
tomada de posse no Ministério da Administração Interna.
O novo diretor da
Polícia de Segurança Pública adiantou que vai também "defender os bons
polícias e os polícias que, muitas vezes, são injustamente atacados na praça
pública quando apenas cumpriram as suas funções e os regulamentos que estão em
vigor".
Questionado sobre a atuação policial
no caso da detenção de uma mulher na Amadora em 19 de janeiro, Magina da
Silva afirmou que aquilo que viu no vídeo foi "um polícia a cumprir as
suas obrigações e as normas que estão em vigor na PSP", não tendo
visto "qualquer infração".
"Há uma atuação legal
e legítima por parte de um agente da autoridade. Há uma resistência na condução
para identificação e há efetivamente uma ação de
resistência ativa contra o agente que decidiu proceder à detenção,
que foi o que aconteceu. O que se passou depois, que não está documentado no
vídeo, obviamente será devidamente esclarecido no âmbito do processo crime
e o processo disciplinar a decorrer na IGAI", disse.
Na altura, o ministro da
Administração Interna determinou à Inspeção Geral da Administração
Interna (IGAI) a abertura de um inquérito para apuramento dos factos
relacionados com a atuação policial na sequência da denúncia
apresentada pela mulher detida contra o polícia de serviço, alegando ter sido
violentamente agredida pelo agente.
No âmbito desta ocorrência,
a organização SOS Racismo recebeu "uma denúncia de violência
policial contra a cidadã portuguesa negra", indicando que a mulher ficou
"em estado grave", resultado das agressões que sofreu na paragem de
autocarros e dentro da viatura da PSP em direção à esquadra
de Casal de São Brás, na Amadora.
O novo diretor nacional
da PSP considerou importante "combater todas as formas de
extremismo, radicalismo e discriminação, fora e dentro da Polícia de Segurança
Pública".
Nesse sentido, frisou que
pretende "responsabilizar os polícias que dolosamente ou de
forma grave violem as suas obrigações legais e as instruções hierárquicas
emitidas, nomeadamente no referente ao uso da força pública", bem como
"defender os polícias injustamente acusados".
Magina da Silva, até agora
número dois da PSP, tomou posse como diretor nacional da Polícia
Segurança Pública e substitui Luís Farinha, que estava no cargo desde novembro de
2013 e cujo mandato já tinha terminado em novembro de 2019.
Notícias ao Minuto | Lusa |
imagem: © Global Imgens
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