É o balanço mais recente da
Direção-Geral da Saúde. São mais 302 casos e mais sete mortes do que na
segunda-feira. Já há 22 pessoas recuperadas.
ortugal tem 30 mortes e 2362
casos de infeção por covid-19. Foram confirmados nas últimas 24 horas e
comunicados em conferência de imprensa ao final da manhã pelo secretário de
Estado da Saúde, António Sales.São mais 302 casos e mais sete mortes do que na segunda-feira.
Já recuperaram 22 pessoas em
Portugal.
A notícia da 30.ª vítima mortal
chegou através do boletim da Direção-Geral da Saúde, já depois da conferência
com o secretário de Estado, na qual tinha sido avançado um número inicial de 29
vítimas mortais.
A conferência não contou desta
vez com Graça Freitas, a diretora-geral da Saúde, que esteve presente na
reunião de alto nível que começou às dez da manhã e que contou com as presenças
do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro,
António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, todos
os líderes partidários, e as mais altas figuras ligadas à saúde pública. Uma
reunião que decorreu à porta fechada na sede do Infarmed em Lisboa.
Segundo os dados divulgados pelo boletim diário da DGS, os Açores registaram a primeira
morte associada à Covid-19.
Os dados da DGS indicam que estão
confirmadas nove mortes na região Norte, 11 na região Centro, oito na região de
Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela ainda o boletim epidemiológico
diário.
O boletim regista 2.362 pessoas
infetadas pelo novo coronavírus (mais 302 do que ontem), a grande maioria
(2.159) está a recuperar em casa e 203 estão internadas (mais dois), 48 das
quais em Unidades de Cuidados Intensivos (mais uma).
Desde 1 de janeiro foram
registados 15.474 casos suspeitos, dos quais 1.783 aguardam resultado
laboratorial. Houve ainda 11.329 casos em que os testes não confirmaram a
infeção e 22 doentes que já recuperaram.
A Direção-Geral da Saúde
estabeleceu uma cadeia de prioridades para um cenário em que "não seja
possível testar todos" os suspeitos: doentes para internar,
recém-nascidos, grávidas e profissionais de saúde sintomáticos são as
prioridades para a realização de testes ao novo coronavírus, no caso de não ser
possível avaliar todos, estabelece a DGS.
Frisando que "os doentes com
suspeita de covid-19 devem ser submetidos a teste laboratorial", a DGS
fixa, na Norma 004/2020, uma cadeia de prioridades para um cenário em que
"não seja possível testar todos" os suspeitos de estarem infetados.
Nesse caso, a DGS determina a
seguinte prioridade: primeiro, os doentes com critérios de internamento
hospitalar; segundo, os recém-nascidos e as grávidas; e terceiro, os
profissionais de saúde sintomáticos.
Cadeia de prioridades entra em
vigor a partir da meia-noite de 26 de março
O dirigente assinalou que apenas
se consegue fazer a identificação de todas as pessoas contagiadas com a
covid-19 através de testes.
Na cadeia de prioridades
determinada na Norma 004/2020 seguem-se doentes com comorbilidades (como asma,
insuficiência cardíaca ou diabetes), doentes em situações de maior
vulnerabilidade, como residência em lares e unidades de convalescença, e,
finalmente, doentes com contacto próximo com as pessoas anteriormente
referidas.
Na Norma 004/2020, emitida na
segunda-feira, a DGS refere ainda que a cadeia de prioridades entra em vigor a
partir da meia-noite de 26 de março.
"Atendendo ao alargamento
progressivo da expressão geográfica da pandemia covid-19 em Portugal, urge
planear as medidas que garantam uma resposta adequada, atempada e articulada de
todo o sistema de saúde", justifica a DGS.
A atual fase de mitigação tem
como objetivo atenuar os efeitos da doença, nomeadamente diminuindo a taxa de
mortalidade, e limitar a sua propagação.
O novo coronavírus, responsável
pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo,
das quais mais de 15 100 morreram.
Depois de surgir na China, em
dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização
Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Recomendações da DGS
Para que seja possível conter ao
máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar
os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas
que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as
mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância e tape o nariz
e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos).
Em caso de apresentar sintomas
coincidentes com os do vírus (febre, tosse, dificuldade respiratória), as
autoridades de saúde pede que não se desloque às urgências, mas sim para ligar
para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
Paula Freitas Ferreira | Diário de
Notícias
Imagem: Boletim epidemiológico da
DGS desta terça-feira, 24 de março
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