Mais de meio milhão de pessoas
nos Estados Unidos foi infetada pelo novo coronavírus, segundo a última
contagem da Universidade Johns Hopkins. Nesta sexta-feira, foram registadas
mais de duas mil mortes no espaço de 24 horas.
De acordo com os dados divulgados
nesta sexta-feira, há 500 mil e 399 casos confirmados de Covid-19 nos Estados
Unidos da América.
Segundo a Universidade Johns
Hopkins, há já 28 mil e 970 pessoas dadas como curadas da doença.
Os Estados Unidos são o país do
mundo com mais casos confirmados.
Nesta sexta-feira, foram
registadas mais de duas mil mortes no espaço de 24 horas nos Estados Unidos,
sendo o primeiro país no mundo a ultrapassar essa marca num dia.
O número total de mortos
registados nos Estados Unidos é de 18 mil e 586, estando cada vez mais próximo
do país com mais vítimas mortais no mundo, a Itália, que contabiliza 18 mil e
849 falecidos.
Jornal de Notícias com Agências
Trump ignorou informações sobre
"acontecimento cataclísmico" da Covid-19
Donald Trump terá sido informado
sobre a existência do novo coronavírus no final de novembro do ano passado. Só
que ignorou os avisos.
A notícia é avançada esta
quinta-feira pela "ABC News". Donald Trump ignorou todos os avisos
desde novembro de 2019 sobre o novo vírus nomeado SARS-COV-2 pelos serviços
secretos do seu país. Agora, Trump acusa a Organização Mundial de Saúde (OMS)
de quer beneficiar a China.
Foi em novembro do ano passado,
que depois de muitas mensagens intercetadas pelos serviços secretos
norte-americanos, a confirmar que estaria na iminência um vírus desconhecido a
contaminar toda uma cidade, a de Wuhan, influenciando padrões de vida, de
negócios e constituindo uma ameaça para a população.
A "ABC News" relata que
foi escrito um relatório entregue à administração Trump e que alertava para um
"acontecimento cataclísmico". A estação de televisão dos Estados
Unidos citam fontes ligadas ao Governo de Washington.
As preocupações dos serviços
secretos foram detalhadas num documento do Centro Nacional de Inteligência
Médica das Forças Armadas, avançam à "ABC" dois oficiais
familiarizados com o conteúdo do documento.
As informações recolhidas
resultaram, não só da interceção de mensagens, por fio e computador, como de
imagens de satélite. A conclusão foi que uma doença fora do controlo
representaria uma séria ameaça para as forças norte-americanas na Ásia.
O relatório foi entregue ao
Estado-Maior Conjunto do Pentágono e à Casa Branca. Após isso, segundo as
mesmas fontes, o Governo e legisladores terão sido avisados mais vezes, bem
como o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Presidente Trump avisado ao
detalhe
Dizem ainda as fontes que os
alertas culminaram, no início de janeiro, com uma explicação detalhada do
problema no briefing diário do Presidente sobre assuntos dos serviços secretos.
Ora, para que esta abordagem aconteça, tem primeiro de passar por semanas de
verificação e análise, de acordo com elementos que trabalharam em reuniões
presidenciais de administrações republicana e democrata.
Certo é que os avisos terão sido
desvalorizados e os Estados Unidos são hoje o país do mundo com mais casos de
Covid-19, com muitas baixas diárias.
Desde que o novo coronavírus
chegou ao país, Donald Trump tem apontado o dedo à China e acusa também a OMS
de se ter "enganado" na análise à Covid-19.
Numa das últimas conferências de
imprensa, Trump chegou a dizer que foi há pouco tempo que "acordou"
para o verdadeiro problema da pandemia.
A pandemia da Covid-19 matou mais
de 87 mil pessoas em todo o mundo desde que a doença surgiu em dezembro e mais
de 1,5 milhões estão infetados em 192 países, segundo um balanço da AFP desta
manhã.
Joana M. Soares | Jornal de Notícias
Imagem: Presidente dos EUA tinha
sido informado do surto do novo coronavírus // EPA
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