Várias fontes governamentais
adiantam ao The Guardian que não há, neste momento, um plano ou uma previsão
para combater o impacto da pandemia no país, sendo a única solução, "uma
vacina", quando ela chegar.
Quando vários países europeus
começam já a falar em levantar restrições no próximo mês, várias fontes do
Governo britânico adiantam, esta quarta-feira, ao The Guardian que não há, neste momento, um plano para
fim do "bloqueio total" no país.
Isso mesmo referiu, esta tarde, o ministro
da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmando que o Reino Unido ainda
não alcançou o ponto de viragem na pandemia, pelo que "é demasiado
cedo" planear o levantamento do regime de confinamento.
A estas declarações, o diretor-geral
de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty, acrescentou que, embora tenha
referido sinais positivos em termos da estabilização do número de
hospitalizações, ainda são esperados mais dados sobre a evolução da curva
epidemiológica e que espera um aumento das mortes nos próximos dias.
"Ainda não chegámos a um
ponto em que podemos dizer com confiança e segurança que passámos o pico e que
podemos pensar nas próximas fases", disse o responsável.
A subsecretária do estado da
saúde, Nadine Dorries, vai mais longe, e num tweet partilhado pelo
jornal britânico, afirma mesmo que o fim das restrições só vai acontecer
quando houver uma vacina contra a Covid-19. Acontece que, segundo as
previsões, tal não acontecerá ainda este ano.
"Os jornalistas devem parar
de perguntar sobre uma 'estratégia de saída'. Há apenas uma maneira de 'sair'
do bloqueio total e é quando tivermos uma vacina. Até lá, precisamos de
encontrar maneiras de adaptar a sociedade e encontrar um equilíbrio entre a
saúde da nação e nossa economia", escreve Nadine Dorries.
Saliente-se que, o principal
partido da oposição desafiou esta quarta-feira o governo de Boris Johnson a
tornar pública a estratégia de saída do regime de confinamento imposto
a 23 de março para travar a transmissão do novo coronavírus,
mais tarde do que outros países europeus.
O recém-eleito líder do partido
Trabalhista, Keir Starmer, defendeu, em declarações à BBC, que
as pessoas precisam "ver a luz no fim do túnel".
Notícias ao Minuto
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