Primeira-ministra
impôs rígida quarentena para conter pandemia no estágio inicial. Dois meses
depois, país regista só 21 mortes, e comércio pôde reabrir. Medidas também
aumentaram popularidade do partido da primeira-ministra.
Jacinda
Ardern se tornou a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia do século, graças à reação do seu governo à covid-19, que fez do país um dos mais
bem-sucedidos na contenção da doença, segundo uma pesquisa divulgada
nesta segunda-feira (18/05).
Esta
foi a primeira pesquisa pública desde que a crise do coronavírus chegou ao
país. De acordo com os resultados, 59,5% dos neozelandeses vêem Ardern como a
melhor pessoa para ocupar o cargo de PM, um crescimento de 20,8 pontos em
relação à última pesquisa. É a cifra mais alta de qualquer líder na história
dos levantamentos do instituto Reid Research, responsável pela pesquisa.
Os
números também mostraram que a popularidade do Partido Trabalhista de Ardern
aumentou 14 pontos percentuais, chegando a 56,5% – a maior já registada por um
partido em toda a história da Nova Zelândia.
Em
contrapartida, o Partido Nacional, que detém o maior bloco individual de
deputados do Parlamento, perdeu 12,7 pontos e regista 30,6% de aprovação.
A sondagem foi realizada entre 8 e 16 de maio, e metade das respostas foi obtida
após a sanção do orçamento federal na quinta-feira.
A sondagem ocorreu nos últimos dias de isolamento de nível três do país, que
também teve apoio maciço – 92% dos entrevistados disseram ter sido a decisão
correta.
A
nação do Pacífico ficou confinada durante mais de um mês com restrições de
"nível quatro", que duraram entre 25 de março e 27 de abril. No
início da pandemia, a Nova Zelândia fechou as suas fronteiras e impôs uma
quarentena estrita de um mês de duração logo após o início do surto. O
primeiro caso no país foi detectado em 28 de fevereiro de 2020.
As
medidas mostraram resultado. Em 4 de maio, pela primeira vez desde meados de
março, a Nova Zelândia não registou novos casos de coronavírus. Desde então,
só mais dez casos foram confirmados. O país de quase 5 milhões de pessoas
somou ao longo da pandemia 1.153 casos confirmados e prováveis de covid-19 e
21 mortes.
Estabelecimentos comerciais,
como centros comerciais, cinemas, cafés e academias, reabriram finalmente na
última quinta-feira, mas o país ainda vem estimulando medidas de distanciamento
social.
Deutsche
Welle | JPS/rtr/ots
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