Manlio Dinucci*
A Fundação Rockefeller, que
mantém laços históricos com o Estado Federal dos EUA, apresentou um plano
nacional para controlar a epidemia de coronavírus. O objectivo destina-se a
testar 30 milhões de pessoas por dia à custa do Estado e submeter os cidadãos
americanos a um controlo militar rigoroso.
O Presidente da Fundação Rockefeller, Dr. Rajiv Shah (foto), é um alto funcionário americano especializado na manipulação da “ajuda humanitária” como forma de pressão política. Foi, especificamente, Director do Programa Ecológico, da Fundação Bill & Melinda Gates, em África, depois foi nomeado por Hillary Clinton, Directora da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Dizem que é membro da Irmandade, o grupo de oração que reúne os Chefes de Estado-Maior dos EUA e Hillary Clinton ao lado do Pentágono.
A Fundação Rockefeller apresentou
o “Plano de Acção Nacional Covid-19” ,
indicando os “passos pragmáticos para reabrir os nossos locais de trabalho e a
nossa comunidade”. No entanto, como aparece no título, não se trata apenas de
medidas de saúde.
O Plano - para o qual
contribuíram algumas das universidades de maior prestígio (Harvard, Yale, Johns
Hopkins e outros) - prefigura um verdadeiro modelo social hierárquico e
militarizado.
No topo, o “Conselho de Controlo
da Pandemia, análogo ao Conselho de Produção de Guerra que os Estados Unidos
criaram na Segunda Guerra Mundial”. Seria composto pelos “‘leaders’ do mundo
dos negócios, do governo e do mundo académico” (assim enumerados por ordem de
importância, em primeiro lugar, não os representantes do governo, mas os das
finanças e da economia).
Este Conselho Supremo teria o
poder de decidir produções e serviços, com uma autoridade semelhante à
conferida ao Presidente dos Estados Unidos em tempo de guerra pela Lei de
Produção de Defesa.
O plano prevê que sejam
submetidos semanalmente ao teste Covid-19, 3 milhões de cidadãos dos EUA e que
esse número deve ser elevado a 30 milhões de testes por semana, dentro de seis
meses. O objectivo, a ser alcançado dentro de um ano, é atingir a capacidade de
testar Covid-19 em 30 milhões de pessoas por dia. Para cada teste, prevê-se “um
reembolso adequado, ao preço do mercado, de 100 doláres”. Assim, serão
necessários, em dinheiro do erário público, “biliões de dólares por mês”.
A Fundação Rockefeller e os seus
parceiros financeiros ajudarão a criar uma rede para o fornecimento de
garantias de crédito e a assinatura de contratos com fornecedores, ou seja, com
grandes empresas produtoras de medicamentos e equipamentos médicos.
De acordo com o Plano, o
“Conselho de Controlo de Pandemia” também está autorizado a criar um “Corpo de Resposta à Pandemia”:
uma força especial (não é por acaso que é denominada “Corpo” como o dos
Marines/Fuzileiros Navais) com uma equipa de 100 a 300 mil componentes.
Seriam recrutados entre os voluntários do Peace Corps e dos Americacorps
(oficialmente criados pelo Governo dos EUA para “ajudar os países em
desenvolvimento”) e entre os militares da Guarda Nacional.(1)
Os membros do “Pandemic Response
Corps” receberiam um salário bruto médio de 40.000 dólares/ano, para o qual
está prevista uma despesa estatal de 4 a12 biliões de dólares por ano.
O “Corpo de Resposta à Pandemia”
teria, sobretudo, a tarefa de controlar a população com técnicas do tipo
militar, através de sistemas de rastreio e identificação digital, nos locais de
trabalho e estudo, nos bairros residenciais, nos locais públicos e de
deslocação. Sistemas deste tipo - recorda a Rockefeller Foundation - são
fabricados pela Apple, Google e Facebook.
De acordo com o Plano, as
informações sobre os indivíduos, relacionadas com o seu estado de saúde e com
as suas actividades, permaneceriam confidenciais “na medida do possível”. No
entanto, todas seriam centralizadas numa plataforma digital co-gerenciada pelo
Estado Federal e por empresas privadas. Com base nos dados fornecidos pelo
“Conselho do Controlo da Pandemia”, seria decidido, periodicamente, quais as
áreas que estariam sujeitas a ‘lockdown’ e por quanto tempo. Este é, em resumo,
o plano que a Fundação Rockefeller deseja concretizar nos Estados Unidos e não
só.
Se fosse efectivado, ainda que
parcialmente, haveria uma maior concentração do poder económico e político nas
mãos de elites ainda mais reduzidas, em prejuízo de uma maioria crescente que
seria privada dos direitos democráticos fundamentais. Operação realizada em
nome do “controlo Covid-19” ,
cuja taxa de mortalidade, segundo dados oficiais, até agora tem sido inferior a
0,03% da população dos EUA.
No Plano da Fundação Rockefeller,
o vírus é usado como uma arma real, mais perigosa do que o próprio Covid-19.
Manlio Dinucci*
| Voltairenet.org | Tradução Maria Luísa de Vasconcellos | Fonte Il Manifesto (Itália)
Documento em anexo:
National
Covid-19 Testing Action Plan
The Rockefeller Foundation. April 21, 2020
The Rockefeller Foundation. April 21, 2020
*Geógrafo e geopolítico. Últimas
publicações : Laboratorio
di geografia, Zanichelli 2014; Diario di
viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte
della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016; Guerra
nucleare. Il giorno prima. Da Hiroshima a oggi: chi e come ci porta alla
catastrofe, Zambon 2017; Diario di guerra.
Escalation verso la catastrofe (2016 - 2018), Asterios Editores 2018.
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