Há mais 13 óbitos associados à
covid-19, 257 novos casos diagnosticados e mais 275 doentes recuperados nas
últimas 24 horas.
No total, Portugal já registou
32203 casos de infeção (dos quais, 19186 já recuperaram) e 1396 óbitos
associados ao novo coronavírus.
Com uma subida total de 257 casos
confirmados no país, a região de Lisboa e vale do Tejo vê o número de infeções
aumentar em 231 casos (89,9% dos novos casos foram nesta região). O Norte teve
mais 14 casos, o Centro 11 e o Algarve mais um caso positivo.
Analisando a distribuição
geográfica dos óbitos, quatro ocorreram no Norte do país, uma no Centro e oito
em Lisboa e Vale do Tejo.
Na distribuição de casos por
concelho, saliente-se a subida dos concelhos de Lisboa, Amadora (total de 831),
Odivelas (total de 534) e Sintra (total de 1173). A capital continua a ser o
concelho com maior número de infetados, com 2365 casos já identificados. O
Porto de 1354 casos, Gaia 1558, Braga 1225, Valongo 757, Gondomar 1083 e
Matosinhos 1277.
O país tem, neste momento, 514
pessoas internadas com covid-19, das quais 63 em Unidades de Cuidados
Intensivos, uma diminuição de três casos em ambos os valores.
Olhando para a faixa etária dos
óbitos no país, mais de 900 ocorreram no grupo acima dos 80 anos, logo seguido
para faixa 70-79, com mais de 250 casos.
Jornal de Notícias
Covid-19 | Região de Lisboa com média de 85%
dos novos casos na última semana
A ministra da Saúde, Marta
Temido, afirmou este sábado que a região de Lisboa e Vale do Tejo teve durante
a última semana uma média de mais de 85% dos novos casos no país.
A taxa de letalidade global da
covid-19 em Portugal é agora de 4,3% e, acima dos 70 anos, é de 17%,
assinalou a ministra da Saúde.
"De acordo com os dados mais
recentes, a média do RT, ou seja, a média de transmissão da doença para outros
ao longo do tempo, foi de 1,02%" entre 23 e 27 de maio. A nível
regional, no norte o RT é de 0,93, no Centro é de 0,98 e em Lisboa e Vale do
Tejo é de 1,5", referiu Marta Temido.
Sobre a região de Lisboa e Vale
do Tejo, a ministra afirmou na generalidade há uma tendência decrescente em
todo o país com exceção da Área Metropolitana Lisboa, onde se verifica um
"crescimento de novos casos, com destaque para os concelhos de Amadora,
Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra". "Desde meados de maio que o
número de novos casos nesta zona se mantém alto e nos últimos oito dias representou
em média mais de 85 por cento dos novos casos no país", apontou.
"Se estiverem com sintomas,
por favor não vão trabalhar"
"É essencial tomar medidas
específicas, tendo em conta as características de novos casos identificados
nesta área. A estratégia envolverá ao longo dos próximos dias o reforço do
rastreio da infeção nas atividades em que se tem verificado maior
incidência, por exemplo em áreas ligadas a construção civil ou abastecimento;
da testagem de todas as pessoas em vigilância, a determinação do
confinamento obrigatório dessas pessoas e a identificação de locais
alternativos para o confinamento domiciliário quando as condições de
habitabilidade não são suficientes", explicou a ministra, que acredita que
"a estratégia irá permitir reduzir o número de contágio".
E deixou um apelo: "Se
estiverem com sintomas, se estiverem com doentes, por favor não vão
trabalhar", pediu, prometendo que irão ser encontradas alternativas para
que a ausência ao trabalho seja devidamente compensada.
"Não passa pela cabeça de ninguém
dizer que determinado grupo é culpado"
Questionada sobre o número de
infetados no setor da construção, Marta Temido respondeu que "ao longo da
pandemia temos tido focos de doença e preocupação, que agora estão em alguns
grupos de atividade laboral". "Falamos dos mais velhos, depois de um
conjunto de grupos vulneráveis, de pessoas institucionalizadas em residências
para idosos e agora de grupos de trabalho. Mas não passa pela cabeça de ninguém
dizer que determinado setor profissional é culpado pela disseminação da doença.
Há um conjunto de aspetos associados com a organização do trabalho",
acrescentou Marta Temido.
Ainda não se sabe qual é o
universo do setor da construção que está infetado, mas haverá nos próximos dias
um "esforço muito significativo de testagem nestas áreas". A
diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, avançou com um número provisório de pelo
menos 140 casos na construção civil. No entanto, lembrou que a testagem vai
continuar e que na próxima semana os números deverão aproximar-se mais da
realidade.
"Precisamos de falar com as
pessoas, já não vale a pena decretar mais medidas"
"Estão previstas algumas
reuniões que decorrerão amanhã e na segunda-feira com agentes de diversos
níveis de responsabilidade para coordenar uma atuação pedagógica para adequada
higiene pessoal, adequada higienização dos espaços e medidas de distanciamento
social. O objetivo é trabalhar no terreno. É necessária intervenção na rua, a
solução passa por cada um dos indivíduos. Precisamos de falar com as pessoas,
já não vale a pena decretar mais medidas", disse a ministra da Saúde.
Sobre a situação no Hospital Beatriz
Ângelo em Loures, Marta Temido disse que está a estabilizar, mas revelou que
nove das dez camas de cuidados intensivos estão ocupadas. Há um total de 58
camas destacadas para doentes infetados. A ministra garantiu ainda que os
outros hospitais da região "estão preparados para apoiar se for
necessário".
Sobre os casos de infeção em
bairros sociais, a ministra ressalva que as autoridades de saúde estão a
avaliar se as máscaras e equipamentos de proteção chegam à população.
Graça Freitas diz que é aconselhável
conviver
Questionada sobre a utilização
das esplanadas, a diretora-geral da Saúde sublinhou que as pessoas podem estar
nesses locais e permanecer na rua, desde que cumpram as regras. Graça Freitas
diz que é aconselhável conviver, mas sempre com distância social, usando
máscara, higienizando as mãos e sem partilhar objetos, como copos e garrafas.
"Não podemos ir à esplanada como no verão passado", alertou, pois só
assim se conseguem quebrar as cadeias de transmissão e fazer com que a vida
social e económica possa ser retomada em segurança.
"Estamos a preparar
alternativas domiciliárias para grupos específicos da população. O que estamos
a considerar é uma ação conjunta das autoridades para em Lisboa e Vale do Tejo
as estruturas sejam direcionadas para a população-alvo, como alternativa à habitação
que não reúne condições", voltou a frisar Marta Temido.
Sobre o material que não cumpre
os requisitos definidos pelas autoridades de Saúde, a ministra salientou que
têm sido identificadas "situações em que os equipamentos não cumprem as
regras e o que se tem feito é retirar esse produtos, que são devolvidos".
É preciso "bom senso"
nos cafés para ver o futebol
Questionada sobre a lista da
Grécia que exclui Portugal dos países cujos turistas já podem visitar o país a
partir de 15 de junho, a ministra respondeu que não compete ao Governo
português opinar sobre essa matéria.
Sobre o regresso do futebol na
próxima quarta-feira, Marta Temido referiu que não estão previstas medidas
adicionais para evitar ajuntamentos em cafés e restaurantes, mas "é
importante sublinhar que sendo as competições transmitidas em canal fechado, é
preciso ter alguns cuidados" e o Governo confia no bom senso das pessoas e
no cumprimento estrito das regras por parte de adeptos e dos proprietários de
cafés e restaurantes.
Decorreu este sábado a habitual
conferência de imprensa relativa à atualização diária da situação da pandemia
de covid-19 em Portugal, com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido, e
da diretora-geral da DGS, Graça Freitas.
Segundo o boletim epidemiológico
deste sábado, Portugal regista mais 13 mortes, num total de 1396, e mais 257 infetados,
num total de 32.203.
No total, Portugal já registou
32203 casos de infeção (dos quais, 19186 já recuperaram) e 1396 óbitos
associados ao novo coronavírus. Com uma subida total de 257 casos confirmados
no país, a região de Lisboa e vale do Tejo vê o número de infeções aumentar em
231 casos (89,9% dos novos casos foram nesta região). O Norte teve mais 14
casos, o Centro 11 e o Algarve mais um caso positivo.
Tiago Rodrigues | Jornal de
Notícias
Imagens: 1 - Miguel A. Lopes
/ Lusa; 2 - José Sena Goulão / Lusa
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