Morreu na sexta-feira (24.07) o general Kundi Paihama, uma das figuras emblemáticas
do MPLA. Mas também era bastante criticado pela sociedade civil e não só.
O
ex-ministro da Defesa Kundi Paihama morreu na madrugada de sexta-feira
(24.07), aos 75 anos de idade, vítima de doença, informou a vice-presidente do
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião.
Sobre
a morte de Kundi Paihama, a vice-presidente do partido no poder disse que o
MPLA perde "um intrépido militante defensor de causas nobres que sempre
serviu a pátria com muita dedicação e determinação".
"Angola perde
um exímio nacionalista e político, que sempre desempenhou com zelo e abnegação
e espírito patriótico as funções que lhe foram confiadas", referiu Luísa
Damião em declarações à rádio pública angolana.
Da
sua biografia constam vários cargos políticos, o primeiro de coordenador nas
províncias do Huambo e Bié, exercido em 1976/1979, ministro do Interior
(1979/1980), ministro da segurança do Estado (1980/1981), ministro dos Antigos
Combatentes e Veteranos da Pátria (2010/2015).
O
militante do MPLA foi também governador das províncias de Luanda, Huíla,
Benguela, Huambo, Cunene, foi deputado à Assembleia Nacional e membro do Comité
Central do MPLA.
Nos
últimos anos, o general dedicou-se a vários negócios, entre os quais a
Plurijogos, concessionária de casinos, e o Banco Angolano de Negócios e
Comércio (BANC), que viu a sua licença retirada pelo Banco Nacional de Angola
por "graves problemas técnicos", colocando a instituição em
"falência técnica".
Contributo
na luta de libertação
A
dirigente do MPLA realçou que Kundi Paihama foi "um forte pilar da luta de
libertação nacional, que desde muito cedo abraçou a causa do MPLA".
"Foi
também um intrépido combatente que deu o seu contributo também na área militar
e é de facto um homem que servirá de exemplo às jovens gerações de tudo quanto
fez pela sua pátria", frisou.
Por
seu turno, o antigo secretário-geral do MPLA, general Julião Mateus Paulo
"Dino Matrosse", considerou "o desaparecimento físico do
camarada Kundi Paihama uma tristeza muito grande".
"O
camarada Kundi Paihama é um dos ícones da nossa luta seja de libertação
nacional e das sucessivas invasões estrangeiras no país e depois da nossa
independência a grande contribuição que deu ao país e à nação nas fileiras do
MPLA, começou muito cedo a dar o seu contributo e neste momento que estamos a
viver a sua morte é uma tristeza para todos aqueles que juntos estiveram e
sobretudo comigo, tivemos uma amizade muito estreita", disse.
Deutsche
Welle | Lusa
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