Os
recursos públicos são chamados a resolver os problemas da Efacec em nome
da importância da empresa para o País. Mas logo o mais importante volta a ser
privatizar o seu potencial lucrativo.
AbrilAbril
| editorial
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma do
Governo que nacionaliza a empresa Efacec, justificando a decisão, entre outras
razões, pela «natureza transitória da intervenção».
«Com
vista à salvaguarda do interesse público nacional», o Estado é chamado a
injectar recursos públicos nesta empresa, mas deve estar desde já garantida «a
abertura simultânea de processo de reprivatização da posição agora objecto
de intervenção pública».
O
chefe de Estado considera ainda que «não se pode nem deve entender este passo
como nacionalização duradoura, antes como solução indispensável de passagem
entre soluções duradouras de mercado».
Os
recursos públicos são chamados a resolver os problemas da Efacec em nome
da importância da empresa para o País. Mas logo o mais importante volta a ser
privatizar o seu potencial lucrativo. O Governo PS opta, mais uma vez, por
manobrar uma solução para a Efacec que defende os interesses privados em
detrimento do desenvolvimento do País, dos direitos dos seus mais de 2000
trabalhadores e das dezenas de pequenas empresas que dela dependem.
Imagem:
Ângelo Ramalho, Presidente da Comissão Executiva da Efacec / Manuel
Araújo / Lusa
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