Em visita a Cabo Delgado, o
Presidente Filipe Nyusi, garantiu às vítimas dos ataques armados, que as Forças
de Defesa e Segurança estão a trabalhar para a regresso à normalidade dos
distritos alvos de insurreição.
Em Metuge, distrito que alberga
vários centros de acolhimento de famílias deslocadas devido a ataques
terroristas, Filipe Nyusi, assegurou nesta sexta-feira (14/08) que as Forças de
Defesa e Segurança (FDS) estão empenhadas no terreno, com objetivo de estancar
o clima de insegurança infligido pelos terroristas.
O Chefe do Estado moçambicano
pediu aos deslocados a não perderem a esperança, porque, segundo ele, é isso
que o inimigo precisa para se apropriar das riquezas.
Alguns deslocados que falaram com
o estadista pediram ações rápidas para que a segurança volte às zonas de
origem, para que possam retomar as suas atividades de produção.
"Aqui estamos a sofrer
muito. Estamos a dormir no chão. Uma criança de um mês está a dormir no
chão", disse um dos deslocados.
Dirigido-se aos deslocados, o
presidente moçambicano classificou a violência armada que assola o norte do
país desde 2017 como "uma guerra que pretende dividir” os moçambicanos e
pediu união para contrariar a intenção. "Não percam a esperança porque o
país é nosso”, disse o Presidente. "Se nós perdermos a esperança eles
querem ficar com o que é nosso.
Nyusi reiterou a sua convicção
que esta é uma guerra que vou levada a Moçambique por forças
externas. Já o tinha afirmado anteriormente numa rede social, onde
escreveu: "Parte desta população saiu do distrito de Quissanga devido à
guerra movida por pessoas que nos querem dividir por causa das nossas
riquezas.”
Acusações de ingerência externa
Na celebração de contratos para a
eletrificação de 15 postos administrativos em todo o país, Filipe Nyusi
criticou a atitude de moçambicanos e estrangeiros que estariam a desrespeitar o
sofrimento das FDS: "Lamentamos por aqueles moçambicanos, que bem
protegidos, levam de ânimo leve o sofrimento de quem os protege, incluindo
alguns estrangeiros que livremente escolheram viver em Moçambique mas que, em
nome camuflado dos direitos humanos, não respeitam o sacrifício dos que mantém
erguida esta jovem pátria, e garantir a sua estadia em Cabo Delgado e em
Moçambique em geral”, disse o Presidente.
Delfim Anacleto | Deutsche Welle
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