David Chan* | Plataforma | opinião
Uma videoconferência entre os líderes da China e da Europa no início da semana passada marcou um momento importante na história da relação das duas regiões e deu início a uma nova fase dos respetivos laços. Neste segundo semestre do ano é a Alemanha que assume a presidência rotativa da UE, mas já antes Angela Merkel tinha deixado bem claro que se iria focar na relação com a China, e agora cumpre a promessa.
Na reunião virtual foram discutidos temas como as alterações climáticas e o investimento. As negociações sobre o Acordo de Investimento China-UE, importante para ambas as partes, deverão ficar concluídas o mais rápido possível, idealmente até ao final do ano, ainda sob a presidência alemã.
Em junho, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deixaram claro num encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, que aquele acordo deveria ser rapidamente concluído, vontade reafirmada pelas partes em setembro.
A assinatura do Acordo de Indicações Geográficas China-UE iniciou uma nova fase de cooperação bilateral, e com o próximo acordo de investimento e um novo acordo comercial também iminente, esta “cimeira” virtual foi de grande importância.
A decisão alemã de reforçar a cooperação entre a UE e a China é altamente estratégica, especialmente depois de chegar a um impasse com os EUA. O desenvolvimento destes laços é uma necessidade para evitar uma nova Guerra Fria, assim como uma forma de promover a paz a nível regional.
Para conseguir manter a hegemonia global, os EUA têm posto em causa os interesses de todo o mundo, promovido uma nova guerra entre o Ocidente e o Oriente.
Todavia, esta nova Guerra Fria, embora benéfica para a hegemonia americana, será prejudicial para qualquer outro país, e a única forma de a prevenir é através do reforço da cooperação entre a China e a Europa.
*Editor Senior do canal chinês do Plataforma (na foto)
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