sexta-feira, 10 de julho de 2020

Bolsonaro | Ignorante e irresponsável, mesmo após contaminado


#Escrito e publicado em português do Brasil

Consciente de que é portador do coronavírus, Bolsonaro contribuiu para ampliar o contágio e cometeu crimes (também) contra a Saúde Pública. E mais: a importância da pesquisa brasileira que eliminou o HIV em paciente pioneiro

Maíra Mathias e Raquel Torres | Outras Palavras | Imagem: Aroeira

FESTIVAL DE IGNORÂNCIA

Jair Bolsonaro escolheu um punhado de emissoras de televisão parceiras para fazer o anúncio de que, sim, está com a covid-19. Aos jornalistas da CNN, Record e TV Brasil ele assegurou: “Confesso a vocês, estou perfeitamente bem. Estou tomando medidas protocolares, para evitar contaminação de terceiros”. A entrevista aconteceu naquele formato em que os jornalistas seguram os microfones, bem próximos do presidente. Ao final, ele pediu às equipes que continuassem filmando. “Espera um pouco que vou afastar aqui para vocês verem minha cara”, afirmou, se distanciando alguns metros. E retirou a máscara de proteção do rosto. O objetivo? De acordo com ele, mostrar que está “tranquilo”.

No anúncio (e ao longo do dia), Bolsonaro acionou o discurso de sempre, minimizando a pandemia. Mas as ações do presidente são mais eloquentes. De acordo com o Ministério da Saúde, o que deveria fazer Bolsonaro, ou “qualquer cidadão brasileiro”, como ele gosta de frisar? Com sintomas, evitar contato com outras pessoas. Diagnosticado, e com sintomas leves, isolar-se em casa.  Jamais tirar a máscara em espaços públicos. Não há nada que o presidente tenha afirmado na entrevista que não pudesse ser dito em uma transmissão pelas redes sociais – que é, aliás, a forma como ele se comunica semanalmente com seus apoiadores. A entrevista serve a outro propósito: tem uma carga simbólica. Reforça a narrativa de que as medidas de isolamento não passam de “exagero” e coloca os jornalistas na posição de cúmplices da irresponsabilidade. 

A Associação Brasileira de Imprensa e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) consideram que houve conduta criminosa por parte do presidente. Segundo a ABI, que pretende entrar com uma notícia-crime no Supremo, Bolsonaro infringiu os artigos 131 e 132 do Código Penal e colocou a saúde de terceiros em perigo. Já Freixo vai acionar o Ministério Público Federal para que o presidente responda por crime contra a saúde pública. Para criminalistas ouvidos pela BBC Brasil, a conduta é reprovável, mas não preenche os requisitos para sustentar um processo penal.

Mas tem mais: a Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou ontem um documento em que afirma que “não há protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da Organização Mundial da Saúde que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos”. É mentira. No caso de quem esteve em contato próximo com pessoas doentes, a OMS recomenda que “o melhor a fazer é ficar em casa”. 

Já o Ministério da Saúde dá essa recomendação a familiares, mas não a colegas de trabalho que estiveram perto de quem se revelou infectado – o que diz muito sobre a situação de cerceamento da pasta sob Bolsonaro. No início da pandemia, várias empresas enviaram para casa funcionários que tiveram contato com outros contaminados. É, aliás, o que fizeram as emissoras de televisão da entrevista de ontem: afastaram as equipes que se aproximaram de Bolsonaro. E também um dos executivos que almoçaram com o presidente na última sexta-feira: Francisco Gomes, da Embraer, está seguindo o protocolo da empresa, “que prevê quarentena para qualquer pessoa que teve contato com alguém contaminado”. 

Bom senso que não se aplica à Secretaria-Geral da Presidência, que recomenda que seus funcionários adotem o isolamento apenas após o surgimento de sintomas. No Planalto já foram confirmados 108 casos – e mais de 90% deles se revelaram assintomáticos ou de pessoas que apresentaram sintomas leves. Como o número representa apenas 3,8% da força de trabalho da Presidência, o vírus ainda tem muito espaço para correr. Mas testagem em massa e rastreamento de contatos parecem ser conceitos extraterrestres para o governo. 

E, se a apuração do Estadão estiver correta, há outra obviedade ignorada por praticamente todo o governo. O jornal informa que ao menos 13 autoridades que se encontraram com Bolsonaro fizeram exames. Só que oito deles – incluindo Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil) – teriam feito testes rápidos, como são conhecidos os exames sorológicos que servem para detectar se uma pessoa contraiu o vírus (no mínimo oito dias depois do início dos sintomas), não se está com ele na fase inicial da contaminação. Para isso, o exame deveria ser o RT-PCR – que foi feito por cinco ministros, incluindo gente que se abraçou ao presidente no final de semana, como Ernesto Araújo (Relações Exteriores). De posse do resultado negativo do teste rápido feito na segunda-feira (que não quer dizer nada nessa situação), Ramos recebeu pessoalmente dois parlamentares ontem, segundo a Folha. 

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal emitiu comunicado pedindo que veículos suspendam a cobertura presencial no Palácio do Planalto. Por precaução, o ideal seria fazer o mesmo nos ministérios e órgãos comandados por pessoas que fizeram os testes errados. Talvez exposto, o governo tivesse de fazer por si o que não consegue fazer pelo Brasil: testar, isolar, rastrear. 

BOLIVAR SE LEVANTA…


  
Uma vez mais Bolivar se levanta nas Américas com a força pujante da Revolução na Venezuela!...

A capacidade da aliança cívico-militar criada pelo Comandante Hugo Chavez tem sido posta sistematicamente à prova pelos instrumentos do império, das mais diversas formas subversivas, agora ainda mais sob a direcção do Presidente Nicolas Maduro, mas em relação a cada desafio, o seu discernimento dialético torna-se mais fortalecido e intensivo, mexendo por via do heróico exemplo do povo bolivariano com os povos de todo o mundo, mas muito particularmente com os povos das Américas, do Caribe e da vizinha Colômbia!...

O processo bolivariano tão digna quão legitimamente emergente na Venezuela, é particularmente dialético com a evolução da situação na vizinha Colômbia e há uma tensão essencial que desgasta o poder da oligarquia avassalada instalada sobretudo em Bogotá: os fenómenos inerentes à descolonização mental e às práticas dessa progressiva afirmação avançam, reflectindo-se transversalmente em todos os substractos sociais e inclusive intestinamente, por dentro dessa tão artificiosa quão precária oligarquia!... (http://www.medelu.org/La-Colombie-aux-temps-du-cholera).

Por essa razão os Estados Unidos consolidaram a sua presença militar na Colômbia, dando mais vigor ao Comando Sul! (http://www.cubadebate.cu/etiqueta/bases-militares-de-estados-unidos/page/11/).

A capacidade de “guerra híbrida” bolivariana está a afirmar-se dialeticamente nas suas respostas sem fronteiras! (http://www.resumenlatinoamericano.org/2019/03/20/quiao-liang-y-wang-xiangsui-dos-viejos-coroneles-chinos-en-la-guerra-de-venezuela/).

Ligar as linhas oligárquicas na região, está já a ser uma estafa para o poder das decisões tomadas pelo império da hegemonia unipolar, ele próprio esboroando-se por que está confinado à cristalização do colonialismo mental que lhe está no cerne e é a essência do carácter da aristocracia financeira mundial, inclusive quando s conceitos de guerra sjam já d 6ª geração!... (http://www.resumenlatinoamericano.org/2019/03/20/quiao-liang-y-wang-xiangsui-dos-viejos-coroneles-chinos-en-la-guerra-de-venezuela/).

O império procura esconder na sua arrogância militar opressiva e repressiva, o poder que se lhe vai inexoravelmente escapando em todas as linhas d seu despregamento, inclusive comoé óbvio, no desespero de causa em que se vai tornando a própria evolução da situação na Colômbia! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/08/16/el-eje-continental/).

A crise económica de 2020: Pobreza global, desemprego e desespero


Michel Chossudovsky

Estamos indubitavelmente a viver uma das mais graves crises económicas e sociais da história moderna. De certo modo, estamos a viver história e somos incapazes de compreender a lógica da pandemia do coronavírus.

O que está em causa é o pretexto e a justificação para o encerramento de economias nacionais à escala mundial com base em preocupações de saúde pública.

Temos de entender as causalidades. Encerrar uma economia, nacionalmente e globalmente não resolver a pandemia. De facto, isto cria uma situação de instabilidade institucional.

Isto resulta também em desemprego maciço, confinamento de pessoas nas suas casas, sem emprego, sem alimento... Que é o que estamos a viver.

Não há nenhuma justificação para o encerramento de economias nacionais na base de preocupações de saúde pública, as quais podem ser resolvidas e deveriam ser resolvidas!

Há um processo de tomada de decisão muito complexo, o qual foi planeado bem antecipadamente. A partir da "autoridade central", governos são instruídos a encerrarem suas economias e então, por sua vez, os governos instruem pessoas a implementarem engenharia social, a não se reunirem, a não terem reuniões familiares...

Essencialmente, o que não entendemos, e que é fundamental, é que a actividade económica é a base para a reprodução da vida real. Com isso quero dizer instituições, poder de compra das famílias, toda uma série de actividades, as quais tem-se desenvolvido no decorrer da história – a actividade económica constitui o fundamento de todas as sociedades.

E no que estas medidas tem resultado é uma crise maciça, na qual particularmente pequenas e médias empresas estão a ser precipitadas na bancarrota, milhões de pessoas ficaram desempregadas e em muitos países isto resultou em pobreza maciça, fome, entre certos grupos da população.

Portugal | Decisões concertadas


Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

O nosso olhar em plena pandemia muda todos os dias. O fardo carrega-se pesado perante as opções, pequenas e gigantes, tomadas por cada um de nós na adaptação aos dias que vivemos sob o jugo dum desconfinamento temerário.

Sem fim à vista. Dias limpos são aqueles em que o optimismo carrega o fardo e este quase se faz leve. Dias pesados são alguns outros, torturas reprogramadas por más condutas de minúcia ou desastrosos comportamentos colectivos. O nosso ânimo, ao dispor do alcance fatal do desastre económico, movimenta-se na corda bamba ou no arame, tremido e desequilibrado, entre o número diminuto de mortalidade e o quase permanente 1% de crescimento diário de casos. Nestes dias, entre os chavões-sinónimo do #vaificartudobem e do #covidlivesmatter, há sempre uma visão optimista ou decepcionada em confronto epidémico.

Também por isso, surpreende pelo timing a decisão concertada entre Marcelo e Costa que deu por terminados os encontros regulares no Infarmed, mantidos entre políticos, especialistas em saúde pública, conselheiros de Estado, sindicatos e patrões. Remeter a informação sobre a evolução da pandemia para os boletins diários da Direcção-Geral da Saúde, no momento em que se sente que a curva do planalto não evolui para queda ou ravina, é um alto acordo de Estado cujo nível de secretismo ultrapassa a transcendência. A surpresa de todos os partidos perante a decisão dá bem nota do desconforto de terem de esperar (se excepcionarmos o debate sobre o estado na nação) até final de Setembro para confrontar o primeiro-ministro presencialmente sobre o que politicamente está a ser feito no combate à pandemia. Isto, num contexto em que ninguém pode assegurar com rigor o dia de amanhã. Se o presidente da República considera que se fechou um ciclo, que novo ciclo se abriu? Impõe-se que o Parlamento receba toda a informação, rigorosa e atempadamente.

Os timings movimentam-se de forma misteriosa durante a covid-19. Apesar do exotismo da facilidade com que Rui Rio prescinde da presença de António Costa nos debates quinzenais no Parlamento, a cultura de confronto não se extingue e parece ter migrado para o PS. A opinião própria pode ser um bem escasso dentro das estruturas partidárias e basta um assomo de coragem para enterrar ministros em "slots" de candidatos à sucessão. António Costa é tão consensual que se transformou num paradigma de inamovibilidade. Não é necessária a chancela de Carlos César para concluirmos que os eventuais candidatos à sucessão no partido terão de esperar. Mas a incomodidade de tantos socialistas perante a opinião própria de Pedro Nuno Santos relativamente ao tão maltratado dossier das eleições presidenciais dá bem nota de como o PS se prepara para apoiar mais uma decisão concertada entre Marcelo e Costa. O PS prepara-se para se fingir de morto em Janeiro.

*O autor escreve segundo a antiga ortografia

Mais dois mortos e 402 novos casos de covid-19 em Portugal


Esta sexta-feira, há mais dois óbitos de covid-19 e 402 novos casos confirmados em Portugal. Os doentes recuperados são mais 301.

No total, Portugal regista 1646 mortos associados ao novo coronavírus e 45679 infetados confirmados, segundo o boletim divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Até agora, já recuperaram da doença 30350 pessoas.

Do total de 402 novos casos, 342 são na região de Lisboa e Vale do Tejo. As duas vítimas mortais dizem respeito à zona Centro: são um homem e uma mulher com mais de 80 anos.

O Centro tem mais nove casos de infeção e o Norte mais 44. Outras cinco infeções foram registadas no Algarve e duas nos Açores.

Segundo a DGS, há 1626 pessoas a aguardar resultado laboratorial (menos 146) e 34082 estão sob vigilância das autoridades de saúde (menos 20).

O número de doentes internados desceu para 471 (menos 16) e em unidades de cuidados intensivos são agora 66 (menos 7).

A DGS volta a referir neste boletim que há cerca de 200 notificações referentes a LVT que carecem de análise, devido a não notificação laboratorial de um parceiro privado durante três dias. Também não consta ainda a informação de casos por concelhos, por estar a ser feita uma verificação detalhada de dados com as autoridades locais e regionais de saúde.

Sandra Alves | Jornal de Notícias

Portugal | É preciso estar atento


Paulo Baldaia | TSF | opinião

Há um ano, o Parlamento aprovou, com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS, o Programa Nacional de Investimento e ele já não serve para nada. Tanto empenho do governo em conseguir um consenso superior a dois terços dos deputados e agora ninguém se dá conta que esse plano está caducado e vai ser substituído pelo plano de um homem só. Ou melhor, de um só homem.

Onde havia Programa Nacional de Investimentos, há - agora - o Plano de Recuperação Económica. Onde havia a "necessidade de o país planear o seu futuro com segurança, imune à mudança de ciclos políticos", há - agora - "a urgência de fazer". Onde havia os partidos do arco do poder, há - agora - António Costa Silva.

Na entrevista ao Porto Canal, deste fim de semana, Rui Rio já admite a necessidade de rever o plano que foi aprovado no Parlamento, com os votos do seu partido, ao lado dos socialistas e do CDS, porque o mundo mudou com a pandemia e porque o pacote financeiro que chegará da Europa é bem diferente do que estava programado há um ano.

A lenta desagregação da República em França


Thierry Meyssan*

Desde há três anos, uma contestação profunda faz-se ouvir por todo o lado em França. Ela adoptou formas até agora desconhecidas. Reclamando-se do ideal republicano, põe em causa a maneira como o pessoal político serve as instituições. Face a ela, o Presidente da República finge uma concertação que manipula a cada etapa. Para Thierry Meyssan, os piores inimigos do país não são os que querem dividi-lo em comunidades, mas os que foram eleitos e esqueceram o sentido do seu mandato.

A primeira vaga

Em Outubro de 2018, em França, um surdo protesto crescia nas pequenas cidades e zonas rurais. Com espanto, os dirigentes do país e os média (mídia-br) davam-se conta da existência de uma classe social que eles não conheciam e com a qual jamais se haviam cruzado até aí : uma pequena burguesia que havia sido excluída das grandes cidades e relegada para o «deserto francês», um espaço onde os serviços públicos são racionados e os transportes em comum inexistentes.

Este protesto, que em certos lugares se transformou em levantamento, foi desencadeado pelo aumento de um imposto sobre o petróleo visando reduzir o consumo de carburante, a fim de alcançar os objectivos do Acordo de Paris sobre o Clima. Estes cidadãos foram muito mais afectados por este aumento que outros porque moravam longe de tudo e não tinham outra opção de transporte além de seus meios pessoais.

Após a dissolução da União Soviética, a economia mundial reorganizou-se. Centenas de milhões de empregos foram deslocalizados do Ocidente para a China. A maior parte dos que perderam os seus trabalhos tiveram que aceitar outros menos bem pagos. Eles foram forçados a deixar as grandes cidades, que para si se tornaram muito caras, e a instalar-se nas suas periferias [1].

Os “Coletes Amarelos” lembravam ao resto da sociedade que existiam e não podiam ajudar a lutar contra « o fim do mundo » se não os ajudassem primeiro a lutar pelos seus «fins-do-mês». Denunciavam a inconsciência dos dirigentes políticos que, a partir dos seus gabinetes na capital, não percebiam a sua aflição [2].

A extrema-direita é a principal ameaça à segurança na Alemanha, afirma governo


#Texto corrigido de português do Brasil (br) para português original (pt) por PG

Autoridades identificam mais de 32 mil extremistas de direita no país, sendo que o total dos dispostos a cometer atos violentos saltou para 13 mil. Ministro aponta ligação com antissemitismo, xenofobia e islamofobia.

O número de crimes e delitos cometidos por extremistas de direita e de esquerda cresceu na Alemanha em 2019, revelou um relatório do Departamento Federal de Protecção da Constituição apresentado nesta quinta-feira (09/07) em Berlim pelo presidente desse serviço secreto interno, Thomas Haldenwang, e pelo ministro do Interior, Horst Seehofer.

No ano que passou, o serviço secreto registou 21.290 crimes com motivações de extrema direita, um aumento de cerca de 10% em relação ao ano anterior. Além disso foram registados 6.449 crimes cometidos pela extrema esquerda, um aumento de cerca de 40%.

Esses números incluem todo o tipo de crimes e delitos, como propaganda ou destruição de cartazes eleitorais. Os crimes violentos, porém, diminuíram nos dois espectros: entre os extremistas de direita foram 15% menos, entre os extremistas de esquerda, cerca de 10%.

Pequim negociará desarmamento nuclear se os EUA reduzirem ogivas para o nível da China


#Texto corrigido de português do Brasil (br) para português original (pt) por PG

A China recusa entrar em negociações trilaterais sobre redução de armas nucleares, argumentando que os EUA não clarificaram o seu objetivo para o fazer e têm muitas mais ogivas que Pequim.

A China está pronta para participar nas conversações de desarmamento com os EUA e a Rússia se Washington concordar em reduzir o seu arsenal nuclear para o nível chinês, disse Fu Cong, diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os EUA ainda não nos disseram o que querem da nossa participação nas conversações: que aumentemos nosso arsenal nuclear para o nível dos Estados Unidos, ou que os Estados Unidos estejam prontos para reduzir o seu arsenal para o nível da China", apontou Fu.

"Se os EUA concordarem em reduzir o seu arsenal nuclear para o nível da China, estaremos nas conversações no dia seguinte."

Inspeções da OMS pela origem da COVID-19 podem ocorrer noutros países


#Texto corrigido de português do Brasil (br) para português original (pt) por PG*

Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) podem viajar para outros países, além da China, para investigar a origem do novo coronavírus, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

No dia anterior, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que os especialistas da agência em breve iriam à China para estudar a origem do novo coronavírus.

"A OMS realizará inspeções semelhantes noutros países e regiões, se necessário", declarou Zhao em entrevista coletiva.

Identificar o vírus, ressaltou, "é uma questão científica muito difícil e complicada" e o trabalho nessa área pode envolver vários países e regiões.

Mais lidas da semana