sexta-feira, 31 de julho de 2020

Revolução colorida nos EUA – e quem a financia

F. William Engdahl [*]

Revolução colorida é a expressão utilizada para descrever uma série de notáveis operações de mudança de regime efectuadas pela CIA através de técnicas desenvolvidas pela RAND Corporation, ONGs pela "democracia" e outros grupos desde a década de 1980. Elas foram utilizadas de forma bruta para derrubar o regime comunista polaco no fim da década de 1980. Desde então as técnicas foram refinadas e utilizadas, juntamente com fortes subornos, para derrubar o regime Gorbachov na União Soviética. Para qualquer pessoa que tenha estudado estes modelos atentamente, está claro que os protestos contra violência policial conduzidos por organizações amorfas com nomes como Black Lives Matter ou Antifa são mais do que ultrajes morais puramente espontâneos. Centenas de milhares de jovens americanos estão a ser utilizados como um aríete não só para derrubar um presidente dos EUA como também, no processo, as próprias estruturas da ordem constitucional dos EUA.

Se voltarmos atrás em relação à questão imediata dos vídeos mostrando um polícia branco de Minneapolis a pressionar o seu joelho sobre o pescoço de um homem negro, George Floyd, e examinarmos o que se tem passado desde então por toda a nação, fica claro que certas organizações ou grupo estavam bem preparados para instrumentalizar o horrível acontecimento para a sua própria agenda.

Os protestos a partir de 25 de Maio começaram muitas vezes de modo pacífico sendo então capturados por bem treinados actores violentos. Duas organizações apareceram regularmente em conexão com os protestos violentos – Black Lives Matter e Antifa (USA). Vídeos mostram protestatários bem equipados vestido uniformemente em negro e mascarados (não por causa do coronavírus certamente), vandalizando carros da polícia, incendiando esquadras de polícia, partindo vitrinas de lojas com canos ou tacos de baseball. A utilização do Twitter e outros media sociais para coordenar ataques relâmpago em enxame de multidões em protesto é evidente.

O que se tem desdobrado desde o evento disparado em Minneapolia tem sido comparado à onda de tumultos de protestos dos guetos negros em 1968. Eu vivi aqueles acontecimentos em 1968 e o que está a acontecer hoje é muito diferente. Assemelha-se mais à revolução colorida na Jugoslávia que derrubou Milosevic em 2000.

O discurso por uma nova Guerra Fria

David Chan*, Macau | Plataforma | opinião

No passado dia 23 de julho assistimos a um discurso altamente anti-China por parte do secretário de estado norte-americano, Mike Pompeo.

Ironicamente, o local escolhido foi a terra natal de Nixon, uma decisão lamentável tendo em conta que a Biblioteca e Museu Richard Nixon são destinos populares entre muitos turistas chineses que visitam Los Angeles, Califórnia. O charme e valor histórico atraem visitantes de quase tantas partes do mundo como a Disneylândia.

A visita de Nixon à China veio pôr fim aos 25 anos de silêncio diplomático entre os dois países. Veio mudar o resto do mundo para sempre, dando oficialmente início às relações sino-americanas. Foi o momento mais importante da carreira de Nixon como presidente, marcando uma grande alteração na rivalidade entre os EUA e a União Soviética.

Para a população americana era impensável que o presidente e um líder chinês dessem um aperto de mão, mas Nixon tornou o impossível possível. Esta memória foi agora manchada quando Pompeo decidiu desonrar o antigo presidente republicano com um discurso apelidado de “Cortina de Ferro versão 2.0”.

China | Hong Kong adia eleições devido ao agravamento da pandemia

O adiamento das eleições para o Conselho Legislativo é anunciado um dia depois de as autoridades terem vetado doze candidatos da oposição.

A chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou hoje que as eleições legislativas, marcadas para o dia 6 de setembro, vão ser adiadas devido ao "agravamento da pandemia" de covid-19 na região.

"É a decisão mais difícil que tomei nos últimos sete meses, mas temos de garantir a segurança das pessoas e que as eleições decorram de forma livre e justa", afirmou Carrie Lam, em conferência de imprensa na região administrativa especial de Hong Kong.

O adiamento das eleições para o Conselho Legislativo é anunciado um dia depois de as autoridades terem vetado doze candidatos da oposição, entre os quais o dirigente do Partido Cívico, Alvin Yeung, e o líder estudantil Joshua Wong.

Esta sexta-feira, em conferência de imprensa, Wong disse que se trata de "uma caça às bruxas" referindo-se à desqualificação das candidaturas dos membros da oposição democrática.

"Podem vetar-nos, deter-nos e meter-nos na prisão. Até podem desmarcar as eleições e criar outro parlamento fantoche. Mesmo assim, a nossa voz vai continuar a ser forte. Impedir-me de me apresentar às eleições não vai fazer cair o nosso ideal democrático", disse Joshua Wong.

TSF

Polícia de Hong Kong ordena prisão de ativistas exilados


A polícia de Hong Kong ordenou a prisão de seis ativistas pró-democracia que vivem no exílio por suspeita de violarem a lei de segurança nacional, informou a mídia estatal chinesa na sexta-feira, mas a força local recusou-se a comentar.

Os seis incluem o proeminente jovem ativista Nathan Law, 27, que recentemente se mudou para a Grã-Bretanha depois de fugir de Hong Kong.

“A polícia de Hong Kong ordenou oficialmente a prisão de seis criadores de problemas que fugiram para o exterior”, disse a televisão estatal da CCTV.

A repressão ao movimento democrático de Hong Kong aumentou rapidamente no mês desde que Pequim impôs uma lei de segurança nacional abrangente à cidade inquieta.

Um olhar profundo sobre a ascensão da China

#Publicado e escrito em português do Brasil

As três fases de desenvolvimento, a partir da revolução. A articulação entre setor privado cada vez mais forte e a coordenação do Estado. As mudanças globais resultantes, segundo teóricos como Wallerstein e Giovanni Arrighi

Bruno Hendler, no A Terra é Redonda | em Outras Palavras

1.

A ascensão chinesa pode ser encarada por diversos ângulos que ora se complementam, ora se negam mutuamente. O esforço mais importante para quem busca interpretar esse processo é fugir das teses mais alarmistas (como o possível confronto militar entre EUA e China) e previsões imediatistas (como as que prenunciam, há décadas, que o regime político chinês está prestes a colapsar diante de uma crise econômica – que nunca chega).

Dois processos são fundamentais para se entender a ascensão chinesa na economia global. Um deles corresponde a uma mudança no padrão de acumulação doméstico em relação à Era Mao (1949-1976), a qual foi marcada por reformas de base, industrialização da zona rural e um plano quinquenal que causou milhões de mortes no campo. Dois anos após a morte de Mao Tsé-Tung, mais precisamente em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, a China iniciou o que eles chamam de “período de reforma e abertura”. Abriu-se ao comércio, investimento e tecnologia estrangeiros e passou a experimentar fortes processos de urbanização, industrialização, investimento público, superávit comercial, exploração de mão de obra barata e um crescimento econômico acelerado que, se por um lado, manteve-se na média de 10% por cerca de três décadas, por outro, provocou forte desequilíbrio regional, social e ambiental.

Desde meados dos anos 2000 a economia chinesa entrou numa Terceira Era, na qual a indústria de manufatura voltada para as exportações tem sido ofuscada pelo setor de serviços, as atividades de baixo valor agregado têm dado lugar a trabalhos mais bem remunerados, mais sofisticados e menos insalubres e o crescimento a todo custo tem sido substituído por um novo contrato social com ampliação da renda e do consumo das famílias, alguma cobertura de previdência e saúde pública e certa preocupação ambiental. Vinte anos atrás seria absurdo imaginar que os Estados Unidos se retirariam de pactos globais de proteção ao meio ambiente e que a China se tornaria o país que mais investe em energias renováveis e que encabeça algumas discussões sobre mudanças climáticas.

O segundo processo é a transformação da aliança capital-Estado advinda com a consolidação de empresas nos setores de infraestrutura de energia, de transportes (a maioria estatal) e em setores de tecnologia de ponta e inovação (em geral privadas). Em ambos os casos, o governo exerce um papel crucial na tomada de decisão, na alocação de recursos, na oferta de subsídios financeiros e na criação de incubadoras de startups que congregam universidades, laboratórios, empresários e líderes políticos.

Ainda que a parcela da iniciativa privada tenha crescido muito nos últimos anos, principalmente entre as pequenas e médias empresas, muitos especialistas apontam para o dirigismo estatal como um fator crucial no fomento a tecnologia autóctone, na absorção de propriedade intelectual de empresas do Norte Global e na consolidação dos “campeões nacionais” em setores que o governo considera estratégicos, como siderurgia, petróleo, construção civil, ramos militares, tecnologia da informação etc. Em suma, há evidências de que a China não foi impulsionada à condição de grande potência graças a um choque de abertura do socialismo para o capitalismo neoliberal. Ao contrário, o capitalismo foi enquadrado por um projeto chinês de desenvolvimento de mercado no longo prazo.

Não obstante, os slogans de harmonia e do “sonho chinês”, preconizados por Xi Jinping, escondem várias contradições e disputas internas no jogo de poder no Partido Comunista. Há muita contestação dos novos milionários chineses em relação a projetos definidos pelo governo e a nova classe-média, mais rica e cosmopolita, tende a lutar por mais liberdades individuais e por novas agendas de gênero, de sexualidade e de minorias étnicas. Mas essas disputas têm um tempero particular da mentalidade chinesa, confuciana e asiática, e qualquer generalização a partir de um viés ocidental corre o risco de errar feio. As forças sociais da China profunda são muito diferentes de qualquer coisa que exista no Ocidente e replicar nossos modelos teóricos para entendê-las pode gerar visões muito distorcidas da realidade.

A acusação política a Julian Assange: vinho velho em garrafas velhas

*Publicado e escrito em português do Brasil

Binoy Kampmark [*]

O livro de horas sobre Julian Assange está a ser escrito agora. Mas os escribas estão longe de serem originais. Rituais repetidos de audiências administrativas que não têm outro objectivo senão encenar as coisas antes de descer o machado. Ultimamente, o homem mais habitualmente associado ao projecto de publicação da WikiLeaks não pode dele participar de maneira significativa, principalmente devido à sua saúde frágil e aos perigos representados pelo coronavírus. Já tendo feito um esforço para comparecer pessoalmente à audiência judicial, Assange deparou-se com um judiciário exótico, um espectáculo anormal alimentado pela juíza Vanessa Baraitser versão dura da Judge Judy . Foi-lhe recusado um pedido para escapar da sua caixa de vidro quando ele ainda podia comparecer pessoalmente, pois permitir que descesse e consultasse sua equipe de defesa numa sala do tribunal constituiria um pedido de fiança de algum risco. Esta leitura por parte da responsável judicial foi tão inovadora que intrigou até os promotores.

O que sabemos até à data é que restrições e grilhões no caso de Assange estão na ordem do dia. Processos restritivos que o impedem que procure aconselhamento e lhe permita que uma boa informação são típicos. Acima de tudo, o circo cerimonial expectável na justiça britânica à sombra ameaçadora da intimidação americana tornou-se tenebrosamente extenso. Em 27 de Julho, o circo representou mais um acto, outra performance coxa. Tal como antes, o local foi o Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres.

Durante a audiência, Assange apareceu através de um link de vídeo na prisão de Belmarsh, embora com uma hora de atraso e só por insistência da sua equipe jurídica. A reportagem de The Guardian sobre a sua presença lê-se como um relato de uma competição desportiva. "Vestindo um sweater bege e uma camisa rosa, [a imagem de] Assange na prisão de Belmarsh finalmente apareceu depois de uma tentativa anterior abortada".

Outros ficaram alarmados. Durante sua audiência, observou Martin Silk, da Australian Associated Press, "nem o australiano nem os seus guardas estavam usando máscaras. Não entendo o motivo disso, pois temos que usá-las dentro das lojas". Este ponto também foi destacado pela parceira de Assange, Stella Moris: "Belmarsh não forneceu a Julian uma máscara facial ao longo desta crise do Covid. Os guardas da prisão com quem ele interage também não as usam. Juan Passarelli, apoiante da WikiLeaks, também sentiu que Assange "estava tendo problemas para acompanhar o processo devido à juiza e aos advogados que não falarem suficientemente alto junto aos microfones".

Branquinho terá recebido 225 mil euros para influenciar autarcas de Valongo

Portugal

O Ministério Público (MP) assegura que Agostinho Branquinho recebeu 225 mil euros em contrapartida pela intervenção que teve junto de Fernando Melo, ex-presidente de Câmara de Valongo, dos ex-vereadores Carlos Teixeira e Maria Trindade do Vale, além de técnicos, todos também acusados, no âmbito do caso de tráfico de influências e prevaricação em torno da construção e instalação do Hospital de São Martinho (privado) de Valongo. O valor terá sido pago por Joaquim Teixeira, administrador da empresa PMV, dona do hospital, também arguido.

De acordo com a acusação, os 225 mil euros foram entregues em maio de 2007, através de transferência bancária. O dinheiro - refere o MP - destinou-se a "pagar os serviços já prestados e a prestar pelo arguido Agostinho Branquinho, pela influência movida juntos dos decisores políticos nos processos de licenciamento referentes ao Hospital de S. Martinho, e junto da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte na pessoa do seu presidente, Alcino Barbosa (não é arguido), entidade responsável pela decisão de candidatura da PMV à Rede Nacional de Cuidados Continuados".

Branquinho é acusado de ter conseguido, através da obtenção fraudulenta do estatuto de interesse público municipal, contornar as regras do PDM para aumentar de quatro para sete pisos o edifício do hospital. A influência terá também permitido obter uma poupança de 36 mil euros em taxas municipais e ainda obter para a administração do hospital 424 mil euros, através de um protocolo com a ARS, ao tornar a unidade de saúde integrante da Rede de Cuidados Continuados.

O MP calcula que o imóvel obteve com os crimes uma valorização de 1,3 milhões de euros. O MP reclama 2,3 milhões aos arguidos, por vantagens dos ilícitos.v

Nega crimes

A mulher do ex-deputado e atual administrador do Hospital da Prelada disse à Lusa que "tudo irá fazer para repor a verdade", negando ilegalidades.

Câmara assistente

A Câmara de Valongo, liderada por José Manuel Ribeiro, vai constituir-se assistente e reclamar indemnização por prejuízos associados à violação do PDM.

Alexandre Panda | Jornal de Notícias | Imagem: Adelino Meireles / Global Imagens

Vigaro cá, vigaro lá… Realidade lusa deprimente

Cristina Figueiredo, no Curto do Expresso, salienta que “vão conhecer-se os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o impacto da pandemia na atividade económica do segundo trimestre (o do confinamento)”. Eis que já se sabe o impacto daquele referido trimestre. Foi brutal. Veja no Expresso, sob o título Economia portuguesa dá um trambolhão e cai 16,5% no segundo trimestre de 2020 

Também tu, bruto covid, dás pretexto para que nos ponham a pão e água? Não basta a Portugal a corrupção, os corruptos, os corruptores? Não nos basta o BES-Novo Banco e a “negociata” que envolve aquele banco-bom que tem sido e é tão mau? Não nos basta o regresso do fascismo por via da figura de proa Ventura? Tanta desgraça e azar não nos Chega? A nós, portuguesinhos formados nas artes do desenrascanço, que tratamos por tu a fome, a miséria, o trabalho escravo, as casa degradadas em que temos de sobreviver? Não basta saber e sentir na pele no estômago e nas carteiras (que nem temos) que em todas as horas, todos os dias, somos roubados… Promiscuidade entre políticos influentes e preponderantes… Enfim, o rol é imenso. E a ausência de vergonha aliada à indiferença de péssimos ordenados, abusos e permanentes carências sociais completam e são causa maior que nos leva a identificar as elites como os senhores que usam e abusam da corrupção, do conluio e do nepotismo… Dizer mais para quê, todos sabemos que assim é. Por mais que digam que não, por mais que mintam, assim é de facto. É o pão nossos de cada dia. 

“Isto está mau”, dirão. Agora é a crise filha do covid e o que está para resolver do transato – com mão de Passos, Cavaco e suas trupes… E depois?

Certo é que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Esse é o indicador infalível, que nos faz visualizar as elites como negreiros deste século dito da modernidade. Certo é que nunca vimos tanto aldrabão, tanto vigarista.

Adiante, siga para o Curto. Antes fazemos a referência a Lena d'Água & Banda Atlântida e o som... sobre vígaristas... lusos e outros. E a UE? Oh, a UE... Tem muito que se lhe diga. O esquema está montado, os cidadãos são meras peças de um xadrez que tem por objeto vantagens para os das elites, enganos, ilusões e desprezo para a maioria dos restantes cidadãos... Lambe botas e/ou escravos da modernidade.

O cenário, a realidade, é deprimente.

Bom dia, apesar de tanta vigarice. Saúde (cousa em que do setor já se vê tristemente a miséria de um SNS decadente e permanentemente atacado por mafiosos da chamada iniciativa privada em conluio com certos e incertos políticos). Pois.

MM | PG

Portugal | Quatro em cada 10 deputados à AR foram eleitos pelo menos três vezes

Quatro em cada 10 deputados à Assembleia da República (AR) foram eleitos, pelo menos, para três mandatos entre 1976 e 2019, concluiu uma tese de pós-doutoramento realizada na Universidade da Beira Interior (UBI).

Jorge Fraqueiro, autor do estudo de pós-doutoramento "O Sistema Político Português - Renovação ou Estagnação do Deputados à Assembleia da República (1976-2019)", concluiu ainda que, "dos cerca de 3.600 lugares ocupados ao longo dos 44 anos, quase 1.500 permaneceram no lugar durante 12 anos".

"Apesar da considerável inclusão de novos nomes nas últimas duas eleições legislativas (2015 e 2019), os níveis de estagnação em Portugal, no Parlamento, continuam, em termos médios gerais, bastante elevados", sublinha o investigador e cientista político.

Jorge Fraqueiro, ex-jornalista, tinha já revelado dados sobre a estagnação dos atores políticos em Portugal, na sua tese de doutoramento defendida em 2014, tendo agora procedido à sua atualização no pós-doutoramento.

"De entre os parlamentares que mais contribuíram para o processo de estagnação, há mesmo um deputado que foi eleito 14 vezes, dois deles 13 vezes e quatro deles 12 vezes. Se a análise tiver por base os deputados que foram eleitos para quatro mandatos, chegamos aos 300 no período de tempo estudado", sustenta.

Portugal-Espanha | Central de Almaraz continua a funcionar. PAN apresenta queixa

O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) apresentou queixa do estado espanhol à Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) pela decisão de prolongar o funcionamento da central nuclear de Almaraz, justificando que contraria duas convenções internacionais.

"O PAN -- Pessoas -- Animais -- Natureza apresentou hoje duas denúncias à UNECE pelo incumprimento das Convenções de Espoo e Aarhus por parte do estado espanhol, no seguimento da decisão de prolongar o funcionamento da central nuclear de Almaraz até 2028, sendo que o seu ciclo de vida terminou em 2010", anuncia o partido em comunicado enviado às redações.

O partido assinala que "é a segunda vez" que denuncia "o incumprimento de ambas as convenções" por parte de Espanha", depois de em 2017 ter tentado "impedir a construção de um armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz, que se situa a apenas cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal".

"Apesar de essas denúncias terem resultado na nomeação de uma comissária para apresentar uma análise sobre o tema, não se apresentaram quaisquer desenvolvimentos nesta matéria", lamenta o PAN.

Portugal | Governo em crise fica "encostado" ao presidente, que "tende a apagar-se"

O chefe de Estado considera que o sistema semipresidencial português "tem funcionado bem", levando o Governo, em momentos de crise política, a ficar "encostado" ao Presidente, que por sua vez "tende a apagar-se" em períodos de estabilidade.

Marcelo Rebelo de Sousa assume esta posição no programa da Antena 1 'Serviço Público - Bloco de Notas', conduzido pela jornalista Maria Flor Pedroso, desenvolvido para ajudar os estudantes a prepararem-se para os exames nacionais dos 11.° e 12.° anos.

O Presidente da República e professor universitário de Direito jubilado participou em três episódios especiais, dirigidos aos alunos de História, sobre as constituições portuguesas, desde a de 1822 até à de 1976, o último dos quais vai ser transmitido hoje, a partir das 14:20, na Antena 1.

A propósito do sistema semipresidencial consagrado na atual Constituição da República Portuguesa, o chefe de Estado afirma: "Quando há estabilidade no sistema de partidos, o Presidente tende-a a apagar-se, e é o Parlamento ou o primeiro-ministro que assume maior relevo".

"Se, porventura, há crise entre o Governo e o Parlamento, ou entre partidos, ou na base de apoio do Governo, aí o Governo fica encostado ao Presidente da República e dependente do Presidente da República, que alarga o seu poder de intervenção", acrescenta.

Covid-19 | Bolsonaro com infeção pulmonar - México 'supera' Reino Unido

Portugal

Termina oficialmente, às 23h59 desta sexta-feira, o Estado de Calamidade que ainda vigora em 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa (AML). A decisão foi tomada em Conselho de Ministros, que determinou que estas passassem para a Situação de Contingência, à semelhança do que já acontece em toda a Área Metropolitana de Lisboa (AML) desde o final de junho. O restante território nacional, sublinhe-se, vai manter-se em Estado de Alerta. 

De acordo com o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde, Portugal contabiliza 50.868 infeções confirmadas e 1.727 óbitos. Dos novos casos, 176 concentram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, ou seja 69%.

Resto do Mundo

O que Hong Kong pode fazer para evitar um bloqueio total e uma quarta vaga de casos do Covid-19? O jornal South China Mourning Post fez uma reportagem sobre o tema, depois de especialistas terem sugerido que a região chinesa está em estado crítico na lua contra a pandemia. Hong Kong carece de camas de cuidados intensivos, entre outros aspetos. 

07h07 - A Índia identificou 55.079 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde diário no país, elevando para 1,6 milhões o total desde o início da pandemia, informaram hoje as autoridades.

06h56 - A Venezuela registou na quinta-feira um novo recorde diário de infetados com coronavírus ao identificar 701 novos casos em 24 horas, elevando para 17.860 o número de pacientes com o novo coronavírus.

06h55 -  O México atingiu as 46 mil mortes por covid-19 na quinta-feira e ultrapassou o número de óbitos registado no Reino Unido, tornando-se no terceiro país do mundo com mais vítimas fatais causadas pela pandemia.

06h30 - As grandes empresas do setor da tecnologia, as designadas GAFA (Google, Amazon, Facebook e Apple) divulgaram na quinta-feira resultados trimestrais que evidenciam efeitos diferentes da pandemia, um dia depois de os dirigentes terem sido ouvidos e criticados no Congresso.

06h24 - A China identificou, nas últimas 24 horas, 127 casos de covid-19, o terceiro dia consecutivo com mais de 100 casos, a grande maioria em Xinjiang, no noroeste do país, informou hoje a Comissão Nacional de Saúde.

06h20 - Os Estados Unidos registaram 1.347 mortos e 72.238 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

06h12 - O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira que tem uma infeção pulmonar, depois ter recuperado do novo coronavírus, e afirmou que está a ser tratado com antibióticos.

Filipa Matos Pereira | Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images

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