sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O novo velho continente e suas contradições: A pulsão do abismo


#Publicado em português do Brasil

Durante todo esse tempo, o confronto direto foi evitado pelo enorme poder de destruição nuclear dos estoques mantidos pelos países que lideravam os dois campos e o temor de que um conflito direto trouxesse a aniquilação total. Em alguns momentos a sobrevivência da humanidade ficou por um fio. Bastaria um descuido, um engano ou um líder ensandecido para ocorrer o horror de uma catástrofe nuclear

Celso Japiassu | Carta Maior

Uma história de intervenções muitas vezes desastradas, como foi a criminosa intervenção na Líbia, mas apontada como a mais bem sucedida aliança militar jamais realizada, a Organização do Tratado do Atlântico Norte-OTAN completa em 2020 71 anos tendo a comemorar fracassos mas também o retumbante sucesso de ter derrotado a União Soviética e feito desaparecer o Pacto de Varsóvia, sua contrapartida organizada pelo bloco socialista para enfrentá-la. Criada durante a Guerra Fria, reunindo além dos Estados Unidos, que a lidera até hoje, o Canadá e os países da Europa, ganhou novo fôlego com o ressurgimento atual da Rússia como potência e ator global de importância no jogo da geopolítica mundial. O Ocidente sentiu-se ameaçado na medida em que os Estados Unidos sentiram-se ameaçados. A competição pela hegemonia entre as nações pode vir a afetar a qualquer momento o precário equilíbrio de uma paz que está sendo permanentemente ameaçada e negociada.

A paz sem paz

Quando foi fundada em 1949 o mundo sentia os efeitos da Segunda Guerra Mundial e penetrava num clima de tensão permanente que George Orwell chamou de “guerra fria”. Uma paz em que não há paz, definiu. Ao contrário das guerras “quentes”, não tem conflitos bélicos, não conduz à paz e nem reconhece a honra de guerreiros. O verdadeiro objetivo da Otan foi o de conter a influência e a expansão soviéticas na Europa depois da conflagração em que saiu vencedora. Inaugurou-se um tempo das “guerras por procuração”, grandes conflitos regionais em que cada um dos lados era apoiado por uma das duas superpotências. O confronto direto foi evitado pelo enorme poder de destruição nuclear dos estoques mantidos pelos países que lideravam os dois campos e o temor de que um conflito direto trouxesse a aniquilação total. Em alguns momentos a sobrevivência da humanidade ficou por um fio. Bastaria um descuido, um engano ou um líder ensandecido para ocorrer o horror de uma catástrofe nuclear.

A luta entre as potências caracterizou-se pela guerra psicológica, campanhas de propaganda, espionagem organizada, embargos econômicos e pela corrida espacial. Nenhum país deixou de ser envolvido nesse conflito. O Brasil purgou uma ditadura de 20 anos promovida pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria.



Testes indicam eficácia de vacina russa contra covid-19


#Publicado em português do Brasil

Publicado na "The Lancet", estudo com 76 voluntários mostra desenvolvimento de anticorpos e nenhum efeito colateral sério. Pesquisadores russos reconhecem necessidade de testes adicionais para maior segurança.

A vacina russa contra a covid-19, batizada de Sputnik V, produziu uma resposta de criação de anticorpos em todos os participantes dos testes de estágio inicial, de acordo com resultados publicados nesta sexta-feira (04/09) pela revista especializada The Lancet.

Os resultados dos dois testes, conduzidos nos meses de junho e julho deste ano e que envolveram 76 participantes, apontaram que todos os voluntários desenvolveram anticorpos para o novo coronavírus e nenhum efeito colateral grave, segundo o estudo.

A Rússia havia licenciado a vacina para uso doméstico em agosto – o primeiro país a fazê-lo e antes que quaisquer dados fossem publicados e sem a conclusão de todas as fases de estudo, que inclui um teste em grande escala.

"Os dois testes de 42 dias – com 38 adultos saudáveis  – não encontraram nenhum efeito adverso sério entre os participantes e confirmaram que a vacina provocou nos candidatos uma resposta de anticorpos", afirma o estudo. "Ensaios grandes e de longo prazo, incluindo uma comparação com placebo, e monitoramento adicional são necessários para estabelecer a segurança e eficácia em longo prazo da imunização."

A sociedade dos empregos de merda


#Publicado em português do Brasil

Como o capitalismo contemporâneo cria sem cessar ocupações inúteis, enquanto remunera muito mal as mais necessárias. Quais as alternativas? Garantia de trabalho? Ou Renda Cidadã Universal?

David Graeber*, entrevistado por Eric Allen Been, na Vice | Outras Palavras | Tradução: Antonio Martins

Em 1930, o economista britânico John Maynard Keynes previu que, no final do século 20, países como os Estados Unidos teriam – ou deveriam ter – jornadas de trabalho de 15 horas semanais. Por que? Em grande medida, a tecnologia tiraria de nossas mãos tarefas sem sentido. Claro, isso nunca ocorreu. Ao contrário, muitíssimas pessoas, em todo o mundo, estão submetidas a longas jornadas como advogados corporativos, consultores, operadores de telemarketing e outras ocupações.

Mas enquanto muitos de nós julgamos nossos trabalhos muito aborrecidos, algumas ocupações não fazem sentido algum, segundo o escritor anarquista David Graeber. Em seu novo livro, “Bullshit Jobs: A Theory” [“Trabalhos de Merda: Uma Teoria”], o autor argumenta que os seres humanos consomem suas vidas, muito frequentemente, em atividades assalariadas inúteis. Graeber, que nasceu nos EUA e que já havia escrito, entre outras obras, Dívida: Os Primeiros 5000 anos e The Utopia of Rules [ainda sem edição em português] é professor de Antropologia na London School of Economics e uma das vozes mais conhecidas do movimento Occupy Wall Street (atribui-se a ele a frase “Somos os 99%”).

A “Vice” encontrou-se há pouco com Graeber para conversar sobre o que ele define como “emprego de merda”; por que os trabalhos socialmente úteis são tão mal pagos, e como uma renda básica assegurada a todos poderia resolver esta enorme injustiça.

Uns trabalham para a paz e cooperação, outros… nem por isso


Agudizam-se tensões no cenário internacional e os EUA assumem a maior responsabilidade por elas. A sua evolução não será determinada pelas eleições presidenciais nesse país: qualquer que seja o candidato eleito, os pontos de vista são os mesmos, tal como são idênticas nessa matéria as posições de republicanos e democratas. O objectivo dos EUA é manter-se como «potência militar incomparável». Ainda que ao preço de uma tragédia planetária.

António Abreu | O Diário.info

No cenário internacional acentuam-se nuvens negras. Outras semelhantes já existiram no passado. E as presentes, não dependem do resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América (EUA) em Novembro. Se bem que Trump ainda vá criando «factos» que possam contribuir para não ser derrotado. Mas sendo certo também que, citando Miguel Esteves Cardoso recentemente no Público, «o fosso entre os EUA e o resto do mundo (seja qual for a cor política dos diversos países) foi sempre um fosso, mas com a escolha entre Biden e Trump transformou-se numa fossa – a fossa de Mindanau».

Não perdendo de vista que estamos a falar de actualidade internacional, importa lembrar que os acontecimentos internacionais, no que dependam da intervenção dos EUA,  estão vinculados a uma orientação estratégica definida pelos seus dois grandes partidos em 2018 no Congresso .

Nela se afirma que os «Estados Unidos lideraram a construção de um mundo de prosperidade, liberdade e segurança invulgares. Essa concretização, da qual beneficiaram enormemente, foi possibilitada pelo inigualável poderio militar dos EUA». Mas agora o seu poder militar – «espinha dorsal da influência global e da segurança nacional USA» – diminuiu para um nível perigoso. Este cenário é devido ao facto de que «competidores autoritários – especialmente a China e a Rússia – estão a procurar a hegemonia regional e os meios para projectar o seu
poder à escala global».

O negócio do hidrogénio


Quando, finalmente, poderia haver uma sensível e notória baixa regulatória nas tarifas, poderá instalar-se um novo ciclo de financiamento aos privados a propósito do hidrogénio e da transição  em geral.

Demétrio Alves | AbrilAbril | opinião

O governo aprovou e fez publicar no dia 14 de agosto 2020 a Estratégia Nacional para o Hidrogénio EN-H2 (RCM 63/2020).

Muito antes, no início de 2020, já o ministro e o secretário de Estado não tinham dúvidas sobre os aspetos essenciais, o que é singular para uma equipa que está há cerca de ano e meio para ter uma estratégia clara quanto às redes de distribuição de electricidade1.

Dada a importância da matéria, surgiu uma acesa polémica técnica, económica e política, que seria normal não fora a desproporcionada reação do governo e, em particular, do secretário de Estado.

As organizações sociais, económicas, científicas, políticas, designadamente as locais e os governos, devem reflectir sobre o aprovisionamento energético sustentável no futuro. Contudo, o fundamentalismo polarizado em subjetividades, crenças, interesses privados e modas politicamente correctas, são muito maus numa questão estratégica.

O secretário de Estado veio tentar fundamentar as suas posições em declarações públicas de Timmermans2, dizendo que aquele comissário europeu teria falado em investimentos de 400 mil milhões de euros até 2030, portanto, sendo a previsão portuguesa situada em 1,7 a 2,2% do total (7 a 9 mil milhões), concluindo que a «estratégia portuguesa está plenamente ancorada na estratégia europeia». Só que as contas não podem ser feitas com base em simples extrapolação aritmética, além de partirem de pressuposto errado.

Portugal | A curiosidade pariu um rato


Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

Há uma dúvida que persiste mas que já vem acondicionada por uma certeza emergente: se necessidade houvesse de justificar a irrazoabilidade da passagem directa de Mário Centeno de ministro das Finanças a governador do Banco de Portugal (BdP), bastaria atentar na forma como o próprio tem gerido os seus primeiros dias.

A tomada de posse de Mário Centeno no BdP foi há pouco mais de um mês (20 de julho) mas não podem ser as altas temperaturas de uma silly season castrada a covid-19 a serem acusadas de promover a alteração da sua capacidade de julgamento.

A verdade acerca do BES e do Novo Banco, escreve-se nestes dias. Centeno, enquanto governador do BdP, recusa dar ao Bloco de Esquerda a auditoria sobre a resolução do BES à qual, enquanto ministro da Finanças, gostava de ter tido acesso (e que lhe foi negado por Carlos Costa). A dúvida que persiste tem fundamento. No espaço de poucos meses, o Centeno que perseguia a verdade e - em simultâneo - a cadeira de Carlos Costa, deu lugar ao governador que se senta em cima dos mesmos relatórios secretos do antecessor, fechando-os a sete chaves. Como pode Mário Centeno justificar esta mudança de posição e de comportamento em tão poucos dias, ninguém percebe.

Na altura em que o Parlamento tinha debates quinzenais (olá, adeus), António Costa respondia a Catarina Martins afirmando que o seu Governo tinha "muita curiosidade" em conhecer a auditoria à acção do BdP no processo de resolução do BES. Depois da saída de Mário Centeno da pasta das finanças, a curiosidade pariu um rato. Acresce que se há queijo com buracos e pedaços omissos, é mesmo o da bola de novelo do BES/ Novo Banco. Mário Centeno esquece-se e distancia-se da posição do Governo que integrava há meses, como se a chuva pudesse cair miudinha enquanto troca as tintas. A montanha de curiosidade deu agora lugar a um conveniente e conivente silêncio em nome do "dever de segredo".

Nada disto é razoável. Num contexto em que o processo do Novo Banco já levou 8 mil milhões de euros dos bolsos dos portugueses, é inqualificável qualquer tentativa de varrer para debaixo do tapete documentos, relatórios ou auditorias que permitam chegar a conclusões no apuramento de rigor sobre esta calamidade. Também por isso se exige que a auditoria externa da Deloitte aos actos de gestão do BES/Novo Banco entre 2000 e 2018, que revelou perdas líquidas de 4042 milhões de euros no Novo Banco, seja tratada pelo Parlamento em nova Comissão de Inquérito e que nada seja omitido aos deputados para apreciação. Ao Ministério Público competirá investigar eventuais implicações criminais, mas compete ao poder político não permitir injecções como a dos recentes 1035 milhões ao Novo Banco, enquanto se esperava pelas conclusões de uma auditoria que vem, agora, revelar um "conjunto de insuficiências e deficiências graves".

*Músico e jurista

O autor escreve segundo a antiga ortografia

Portugal | Auditoria "não garante independência, nem defesa do interesse público"


Bloco de Esquerda diz que auditoria da Deloitte ao Novo Banco não tem credibilidade, considerando que está "ferida de morte" e não garante "seriedade, rigor e independência" devido ao "conflito de interesses" da Deloitte, apelando ao Presidente da República e ao Governo que a considerem nula.

Adeputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua denunciou, esta sexta-feira, o facto de a Delloite não ter referido, na auditoria externa ao Novo Banco, que assessorou a entidade bancária na venda da GNB Vida, negócio no qual terá perdido 107 milhões de euros.

"A auditoria da Deloitte, que certamente agradou ao Fundo de Resolução, aliás foi festejada pelo administrador do Novo Banco, menciona um negócio. Apesar de a auditoria acabar em 2018, no seu âmbito, menciona a venda em 2019. A auditoria aponta falhas ao BES na forma como geriu a GNB Vida, mas refere o comprador Apax Partners, nunca fazendo referência às ligações entre este comprador e Lindberg, o corrupto condenado. Refere a venda, mas nunca refere que a venda foi feita com uma perda de 107 milhões face àquilo que tinha sido a primeira operação, em outubro de 2018", explicou a parlamentar durante uma conferência de imprensa dada a partir da sede do partido, em Lisboa.

A bloquista revela ainda que receberam uma denúncia, que entretanto confirmaram, sobre vários pontos "essenciais" que a auditoria da Deloitte ao Novo Banco não refere.

"Para além de não referir as perdas associadas à venda da GNB Partners, para além de não referir as associações do comprador a um corrupto condenado, a Deloitte também não refere [no relatório da auditoria] que foi assessora do Novo Banco para venda da GNB Partners", garante, acrescentando que este facto, "coloca em causa a auditoria".

Assim sendo, para Mariana Mortágua, esta auditoria "não tem credibilidade", visto que "o consultor de uma venda não pode auditar de forma independente essa mesma venda".

"Cada ato de gestão do Novo Banco custa milhões a todos os contribuintes. Já custou milhões a todos os contribuintes e pode vir a custar novamente milhões a todos os contribuintes. Cada ato de gestão do Novo Banco deve, por isso, ser analisado ao pormenor, com rigor, seriedade, independência e sentido de defesa intransigente do interesse público e esta auditoria não garante seriedade, rigor, independência, nem a defesa do interesse público", concluiu.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Global Imagens

Leia em Notícias ao Minuto: 

Portugal | Rui Pinto em tribunal: “Nada do que fiz foi por dinheiro”


"As revelações que fiz são graves e são para mim motivo de orgulho e não de vergonha", disse ainda Rui Pinto numa declaração inicial no Campus de Justiça

Rui Pinto, acusado de 90 crimes, declarou esta sexta-feira em tribunal que não atuou por dinheiro no Football Leaks. "O meu trabalho como whistleblower está terminado. Nada do que fiz foi por dinheiro", afirmou no início do julgamento.

"As revelações que fiz são graves e são para mim motivo de orgulho e não de vergonha", disse numa declaração inicial.

"Fui objeto de uma campanha de calúnia e difamação e estive um ano e meio preso, sete meses dos quais em isolamento total", acrescentou Rui Pinto.

"Nao me considero um hacker, sou um denunciante e whistleblower", reiterou Rui Pinto no arranque do julgamento.

Miguel Prado | Expresso | Imagem: Nuno Botelho

Portugal | ContrAvante: "uma gigantesca operação reacionária" fracassada

Pois têm todo o direito de contestar, de produzir laudas ao quilo, de cravar fundo os pitons do costume. de que ontem aqui usámos no PG por lembrança o “desenho”.

É a democracia. Pena é ser uma democraciazinha de um sistema que se diz antirracista mas pratica o racismo e a exclusão, que se diz contra as desigualdades mas fomenta-as e pratica-as, institucionalizando-as com palavras bonitinhas que transbordam de hipocrisia. A hipocrisia sistemática das elites que detêm os poderes, alcançados (eleitos) por via de falsas promessas, de nepotismos, de conluios, de corrupções e de roubos descarados. Não por acaso usa-se amiúde o dito e evidência em muitos exemplos: queres enriquecer vai para a política… Não são todos (felizmente), mas existem demasiados desonestos em Portugal a seguir exemplos globais formatados pelo neoliberalismo, pelo banditismo de colarinhos brancos, pelo fascismo, pelo egoísmo e pela ganância.

ContrAvante, vimos a “gigantesca operação”. Um Rio primário, a pular de árvore em árvore, de galho em galho, seguido por tantos outros. É um quadro de um exemplo. Há tantos. Os jornais, as televisões, as rádios os jornalistas, os portugueses “Chegas” de facto e os que ainda se continuam a querer ocultar. Afinal ainda existem nazis em mentes que os próprios portadores desconhecem. Mas que hão-de descobrir e exibir com um vigoroso heil direcionado a hitleres de sua preferência, que querem seguir religiosamente, a modos de como uma senhora de Fátima se trate. Ámen.

Que frustração. ContrAvante não passará. Vamos há Festa!

Bom dia. Eis o Curto.

SC | PG

Portugueses pagam. Eles vão ficar todos bem...

Novo Banco: Créditos a Sogema, Ongoing e Prebuild são responsáveis pela maioria das perdas

A notícia é avançada pelo “Jornal Económico”, com base na auditoria realizada pela Deloitte, que acrescenta ainda à lista o Grupo Tiner, o Grupo Tricos e o Fundo de Investimento Tavira. Relatório da auditoria será tornado público em breve

A auditoria independente feita pela Deloitte ao Novo Banco (NB) detetou que os créditos incobráveis de três empresas - Sogema, Ongoing e Prebuild - são responsáveis pela maioria das imparidades nas contas da instituição. Na lista constam ainda créditos que provocaram perdas do Grupo Tiner, do Grupo Tricos e do Fundo de Investimento Tavira. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo "Jornal Económico". As perdas com créditos representam 57% dos cerca de quatro mil milhões de euros de prejuízos totais para o banco entre 4 de agosto de 2014 e 31 de dezembro de 2018, o período em análise pela Deloitte.

Na apresentação anual de resultados de 2019, António Ramalho, presidente do NB, já tinha apontado para 550 milhões em créditos incobráveis da Sogema, 350 milhões mais 240 milhões da Ongoing, que tinham sido retiradas do portefólio Nata II a pedido do Fundo de Resolução.

Além disso, fonte próximo do processo revelou ao "Jornal Económico" (JE) que 63% dos 1.602 milhões de euros de perdas do BES/NB associadas ao Mecanismo de Capital Contingente (CCA) tem como principais responsáveis apenas 20 grandes grupos económicos, que estavam em situação de incumprimento, e ocorreram em 2017 e 2018. O JE indica ainda que o relatório da auditoria da Deloitte será tornado público brevemente.

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