domingo, 14 de fevereiro de 2021

AS CRIMINOSAS "DEMOCRACIAS DE OPERETA"...

Martinho Júnior, Luanda

01- ... Ainda ressoam no Capitólio do Washington os sons da Praça Maidan no crepúsculo tempestuoso de Donald Trump!...

... Ainda subjaz entre névoas da memória o facto da República Popular da China ter considerado um dia os Estados Unidos como um "tigre de papel"...

... 75 anos passados depois do fim da IIª Guerra Mundial e da clarividência dos Roosevelt, a IIIª Guerra Mundial contra o Sul Global, jamais declarada, conduz-nos às "democracias de opereta" consumidas no turbilhão próprio do terrorismo, do caos e da desagregação que veladamente faz parte da sua essência de há muito terrivelmente obsoleta!...

Golpes ao jeito das “democracias de opereta”, “suavemente” manipuláveis pelos “experts” da CIA têm-nos havido por demais nos mais distintos “alvos profundos” do “ultramar”… por que não uma encenação em Washington, tirando partido do desconcerto e da arrogância dum Trump, a fim de melhor alargar as bases de Biden, catapultando um novo poderio ao estilo dum ainda mais subtil “Obama III”?…

02- Ao representarem 1% da população global, essa hegemónica "democracia de opereta" traz conjuntamente com seu cortejo de vassalos e vassalagens a condizer, a morte lenta de toda a humanidade como única solução, por que têm sido elas que consomem em meio ano a capacidade regeneradora do planeta para um ano de possível revitalização!...

São portanto legítimas, todas as iniciativas que contribuam para acabar com o monstro, "tigre de papel", que derivou para uma "democracia de opereta", criminosa, rapace e genocida da humanidade até à exaustão da vida na Terra!...

Quantas vezes vamos assistir ao ressonante poder do “estado profundo” representante da combinação dos mais poderosos “lobbies” nos próprios Estados Unidos, conforme agora ocorreu, projectando as já testadas vantagens dos engenhos e das artes dos “Democratas”, a fundo, a fim de ganhar ambas as Câmaras e ficar de “mãos livres” para as missões e tarefas que se vão agora decidir com outra cadência neoliberal, ao jeito dum tão sublimado quão oportuno “Obama III”?...

03- África, na década de 20/30 do presente século, vai passar a ser o palco dilecto da IIIª Guerra Mundial, com o Sahel a ser estilhaçado pelas disputas “sem fronteira” entre potências neocoloniais, os interesses de todo o tipo de indústrias extractivas filiados nessas potências e títeres africanos paridos nesse pântano, ébrios das alienações e encenações das “democracias de opereta”!...

Em África vai-se aproveitar como nunca o aquecimento global e a mudança dos paradigmas ambientais em rápida deterioração, ao sabor duma segunda Conferência de Berlim, musculada a preceito, para fazer face ao artifício “coligado” do jihadismo!

Se no antigo Egipto disputar a água se tornava uma questão de sobrevivência das culturas de então e dos seus sistemas sociopolíticos, hoje os termos antropológicos do jihadismo, das tensões, dos conflitos e das guerras em África, os actores concorrem sangrentamente para entre si beberem da mesma fragância “milenar” de vida!

04- Saúdo por isso a iniciativa do Iraque, em função do assassinato do general Soleiman e do líder iraquiano que com ele morreu: há que levar a julgamento, submetendo-o à justiça, Donald Trump e todos os criminosos que, depois das bombas de Hiroshima e Nagasaki, têm além do mais usado década a década, bombas de urânio empobrecido contra populosas cidades pejadas de inocentes, nas mais diversas partes do Sul Global, dos Balcãs ao Iraque, do Afeganistão aos "rincões mais obscuros do planeta", conforme as palavras de um desses criminosos impunes!...

Das regiões mais flageladas da Terra desde as últimas décadas, que se esperam pro-acções que agora, em plena decadência da hegemonia, vão começar a marcar o compasso dos tempos!

Há que os levar à Justiça urgentemente, por que as "democracias de opereta", ao não trazerem outra solução senão a via da morte lenta para toda a humanidade, lançam desesperadamente, no estertor do “estado profundo” e de encenação em encenação, mais criminosos de guerra nos seus próprios mecanismos de poder!...

Martinho júnior -- Luanda, 8 de Janeiro de 2021

Imagens:

01- Biden-Trump, para uma encenação perfeita duma hegemonia que conta mais que nunca com a “democracia de opereta”, a prodigiosa emanação do “estado profundo”;

02- Nada melhor que uma meteórica Praça Maidan, para o “estado profundo” instalar o “jogo democrata” de sua própria conveniência interna e ultramarina… vem aí o “Obama III”;

03- O general Lloyd Austin, apontado por Joe Biden para Secretário de Estado da Defesa, é indiciado de crimes de guerra no Iraque, onde comandou as tropas do Pentágono entre 2003 e 2006, sempre acompanhado de perto pelo então Vice-Presidente Joe Biden.

A consultar:

Biden põe um criminoso de guerra à frente do Pentágono – http://www.patrialatina.com.br/biden-poe-um-criminoso-de-guerra-a-frente-do-pentagono/;

Lloyd Austin – https://en.wikipedia.org/wiki/Lloyd_Austin;

 Iraque war – https://en.wikipedia.org/wiki/Iraq_War#2010:_U.S._drawdown_and_Operation_New_Dawn.

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