Investigação revela história secreta de esterilização de latinos nos EUA
Intervenções aconteceram durante boa parte do século XX e eram protegidas por leis de eugenia em vigor na época. -- BBC
Esterilização de negros praticada nos EUA até 1974 foi “acto de genocídio”, diz estudo
Foram 7600 os homens, mulheres e crianças submetidos a esterilização cirúrgica, na Carolina do Norte para impedir a reprodução de pessoas “de mente fraca” e servir o “interesse público”. -- Público
Peru: esperança para vítimas de esterilização forçada
Durante o governo de Alberto Fujimori, 320 mil mulheres e homens foram esterilizados sob pretexto de combate à pobreza. Mais de 20 anos depois, vítimas têm uma perspetiva de reparação. Calcula-se que entre os anos 1996 e 2000, mais de 300 mil mulheres e 22 mil homens foram esterilizados contra a vontade no Peru, na maioria dos casos sem anestesia e sem tratamento pós-operatório. –- Deutsche Welle
Estes são três pequenos exemplos daquilo que mentes criminosas da política e da ciência médica são capazes de pôr em prática. Muito pequenos exemplos.
Se recuarmos no tempo existe em registo ações escabrosas, crimes contra a humanidade da mesma índole e, curiosamente, quase sempre com algum protagonismo dos EUA, no seu próprio país e noutros países.
Assim sendo quem nos garante que não existem intenções dúbias ao ser propagado globalmente o covid-19 (limitação da população mundial) para depois avançarem com vacinas que poderão ter objetivos dúbios em outro qualquer interesse prejudicial às populações globalmente afetadas pela pandemia e respetivos receios gerados bastamente pela comunicação social?
A solução é a vacina contra o covid-19, esta, aquela e aqueloutra. Deste e daquele laboratório. Desta e daquela marca. Vacinar a população deste planeta. O mais possível sem sururu. Sem resistência. Sem questionarmos. Tudo o resto são teorias da conspiração. Sem que nos garantam que não existe conspiração. Nem que recordemos exemplos escabrosos de crimes contra a humanidade no passado neste âmbito. Ademais, nesta "história" da pandemia e das vacinas vimos a envolvência do multimilionário norte-americano da Microsoft, Bill Gates, e do mercenário Durão Barroso, personalidades dúbias, e a quem são apontadas intenções condizentes com a falta de honestidade moral, política e intelectual, para que confiemos neles - largo espectro da população mundial assim pensa e sente - mais ou menos, conforme o que se julgam esclarecidos.
Visto isso e mais causas e alegações vindas a público, comprovadamente, não podemos confiar a cem por cento no que concerne ao surgimento do covid-19 nem na vacinação global que nos é apontada para resistir aos efeitos virológicos e pandémicos. Ainda mais pela notória confusão que está a surgir com efeitos - secundários e mortais - nocivos, causados pelas vacinas, em que a AstraZeneca é a mais saliente...
Vem este e aquele virologista, cientista, médico, defender isto e aquilo favoravelmente, desta e daquela marca vacinal… Sabemos que o mercenarismo sobressai ante os milhões e milhões que a vacinação global pode gerar (já está a gerar). Ante isso é humano que a maioria da população mundial se sinta 'confudida' e mal tratada. Sim, esta pandemia tem sido uma enorme confusão e o cortar de liberdades democráticas tem sido enorme. Até sabemos a quem serve, que não aos imensos biliões de pessoas que compõem a população mundial.
Então, confiar porquê? Porque não ver com olhos de ver que na confusão da pandemia estão envolvidos indivíduos que não merecem o mínimo de confiança. Sabendo que a própria ONU/OMS mais age como uma barata tonta, também confusa. Que os governos idem, que muitos cientistas, médicos e outros profissionais da saúde partilham desse mesmo estado de desconfiança e confusão. Quanto aos maus tratos evidentes verificam-se porque a democracia, os direitos humanos, os direitos de cidadania, os direitos laborais, etc., estão cada vez mais restritos e/ou suspensos.
Longa, esta introdução ao Curto do Expresso. Curto de hoje da autoria de Ricardo Costa, do Expresso, da SIC, do tio Balsemão/Impresa. Mais um motivo de altos quilates para ser importante ler e pensar, isso é certo. Como certo é sentirmo-nos 'confudidos' e mal tratados.
Adiante. Leia o que se segue no Curto. Vale sempre o tempo e o modo de instigação ao pensamento e ao aquilatar o que apreendemos. Pensar não dói nada.
Bom dia, se conseguirem esse desfrute. Clique e siga.
Mário Motta | Redação PG
Bom dia este é o seu Expresso Curto
Evidente, minha cara Ciência
Ricardo Costa | Expresso
Ao fim de um ano, já todos
percebemos que evidência científica é uma expressão que ganhou asas
na política. Não há nisso novidade – a política é useira em apropriar-se de
expressões, dar-lhes novos usos e, se for preciso, gastar e mudar o seu
significado -, mas numa pandemia esse hábito pode ser mais perigoso que o
habitual.
A questão da confiança nas vacinas era um tema menor em Portugal, ao
contrário de outros países europeus, com França à cabeça, onde os chamados
movimentos anti-vacinas têm enorme popularidade, sobretudo graças à
inconsciência de Google e Facebook que deixaram o caminho livre a essas
teorias, a par da menos perigosa – até ver só afeta a inteligência dos próprios
– ideia da Terra ser plana. Só no ano passado é que as gigantes tecnológicas
alteraram os algoritmos para assinalar ou esconder os textos anti-vacinas.
Pois bem, com um ano de pandemia os políticos continuam a usar com extrema
leveza a expressão evidência científica, ao mesmo tempo que não fazem
qualquer esforço de pedagogia estatística. E assim, um efeito
estisticamente marginal – habitual em medicamentos que tomamos todos os
dias ou em certas faixas etárias - levou a uma cascata de decisões políticas ao
longo do continente que colocaram a vacina da AstraZeneca na prateleira.
Amanhã, quinta-feira, há reunião de emergência da agência europeia do
medicamento, sendo pouco provável que o tom da EMA se altere e que, portanto,
se mantenha a confiança no uso da vacina. A dúvida está agora em saber
exatamente o que fará com que os diferentes governos mudem de ideias,
depois de abusarem da tal evidência científica.
Decidir uma suspensão de uma vacina para ganhar confiança pode ter
exatamente o efeito contrário. No mais espetacular e rápido processo de
vacinação do mundo – já foram administradas mais de 300 milhões de vacinas –
tanto os políticos como as farmacêuticas acautelaram pouco o tema dos efeitos
secundários, habituais, raros ou marginais. E agora reagem como se esses fossem
um novidade. Nunca foram numa vacina.
A novidade é apenas uma, ou melhor, duas: a) já existirem vacinas ao fim de um
ano de pandemia; b) a gestão política ter que lidar com a ciência todos os
dias, e vice-versa.
Médicos, investigadores, cientistas, entre muitos, ainda ficam surpreendidos
com os solavancos da gestão política, ao fim do ano. Têm razão mas fazem mal,
porque tal como na ciência, há coisas na política que são absolutamente
evidentes. Erradas, mas evidentes.
Tem dúvidas sobre este tema? Aconselho que ouça o podcast Expresso da
manhã, feito todos os dias pelo Paulo Baldaia. Miguel Castanho, investigador do
Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa, explica o
que está em causa e diz
que a suspensão em Portugal foi “política" e "para evitar polémicas”.
Tal como noutros países europeus.
Europa e Presidência Portuguesa
Enquanto isso, em Bruxelas, vai sendo preparado o tão desejado regresso
progressivo à normalidade. Esta quarta-feira espera-se a adoção do regulamento
para o futuro ‘certificado verde digital’. A UE foi resistindo à sua criação
mas acabou por avançar. Este documento vai reunir toda a informação que possa
agilizar a circulação no espaço comunitário, quer seja um comprovativo de
vacinação, uma prova de teste negativo à covid-19 ou outro ‘livre-trânsito’.
Pandemia entre portas
Entra esta quarta-feira em vigor o 13.º estado de emergência. Durante este
período está em vigor o plano de desconfinamento gradual, mas mantém-se o dever
de recolhimento domiciliário. A circulação entre concelhos continua proibida
aos fins de semana e também no período da Páscoa, entre 26 de março e 5 de
abril. O Governo quer garantir que a Páscoa não é um momento de deslocação e de
encontro.
Este
novo período do estado de emergência termina a 31 de março. Também esta
quarta-feira há um debate de política geral com o primeiro-ministro
no Parlamento. O plano de desconfinamento, a vacinação e a resposta à crise
provocada pela covid-19 deverão ser os temas centrais do debate
OUTRAS NOTÍCIAS
Mais de metade das participações ao Conselho de Prevenção da Corrupção foram
arquivadas. O Conselho recebeu 763 comunicações dos tribunais em 2020, 427
dizem respeito a corrupção, seguidas por peculato (22,9%), abuso de poder e
participação económica
O Conselho explica que o arquivamento de uma grande parte dos inquéritos do
Ministério Público se deve "à ausência de indícios ou elementos
probatórios" e a dificuldades
na realização da investigação nestes crimes económico-financeiros. A área
da Administração Local é, uma vez mais, a que surge mais
representada, estando associada a mais de metade dos casos assinalados.
Não percebeu o que podem ser os próximos na Lei da Eutanásia? O tema é
complexo, mas começa a ficar claro que não vai mesmo haver referendo, que o
Parlamento tem margem para refazer a lei e aprová-la, que pode haver latitude
jurídica para a lei ser refeita e que, esta é a parte mais complexa, os juízes
do TC talvez possam ficar satisfeitos com a clarificação dos artigos que
provocaram o chumbo. Mas
se ler este artigo da Rita Dinis fica a perceber tudo.
Pelo menos oito pessoas morreram na terça-feira em três tiroteios
ocorridos em casas de massagens asiáticas na área da cidade norte-americana de
Atlanta. Os ataques visaram sempre mulheres de origem asiática, e embora a
polícia diga desconhecer o motivo dos ataques, estes
ocorreram num contexto em que as agressões contra norte-americanos de origem
asiática têm vindo a crescer. O suspeito é um homem de 21 anos, detido
durante a noite a cerca de
Moçambique vive uma crise humanitária galopante. Em Cabo Delgado mais
de 700 mil pessoas fugiram do conflito armado e pelo menos 2.500 foram
assassinadas. Há pelo menos uma ONG que relata casos de crianças decapitadas.
Só
Hoje há eleições na Holanda e vencedor é… Mark Rutte. O chamado Sr.
Normal – a alcunha que os holandeses lhe deram – deve sair mais uma vez
vencedor de uma eleição muito fragmentada e formar o governo possível, sempre
com a mesma certeza: o primeiro-ministro é ele. Estranhamente,
até os seus adversários preferem que assim seja.
A Holanda tem assim um PM que caminha para ser uma espécie de CEO do país,
que governa desde 2010 sempre com o mesmo estilo. Quando entregou a demissão
que levou a estas eleições foi de bicicleta, como continuará a ir de bicicleta
para o seu gabinete, a dar aulas como voluntário e levar uma vida de solteiro
num modesto apartamento. Os portugueses, de quando em vez, irritam-se com ele
(quase sempre por causa de €€€), mas deviam tentar entender melhor a sua
popularidade.
Está cansado da política portuguesa? Tente então a política espanhola,
onde a fragmentação partidária e a radicalização ideológica mantêm em movimento
uma montanha-russa política. Agora, o epicentro é a Comunidade de Madrid, onde
se jogará uma eleição antecipada decisiva, que levou Pablo Iglésias a
abandonar o governo nacional e ser candidato ao governo da capital. Iglesias
queria unir várias candidaturas mas já
recebeu um não dos ex-dissidentes do Podemos. A coisa promete.
A Fórmula 1 e o campeonato de Moto GP estão de regresso ao Algarve.
Mas para não repetir aquelas imagens do ano passado, agora a lotação no
Autódromo será limitada a 10% da capacidade nas motos e aumentando um pouco
mais na prova de automóveis. Os
bilhetes serão digitais e passa a ser obrigatório o teste à covid-19.
Hoje é dia de Champions, com um Bayern-Lazio e um Chelsea-Atlético de Madrid.
Ontem, já ficaram apurados o Manchester City e o Real Madrid. Finda a ronda, já
conheceremos todos os clubes que podem calhar ao F.C. Porto - que tem feito uma
prova extraordinária – nos quartos de final.
FRASES
“Se a pausa não for muito prolongada, retomaremos o ritmo que estávamos a ter
(…) e recuperamos muito rapidamente esta pausa de cinco, seis dias…”. Vice-almirante
Gouveia e Melo, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19
“Tendo em conta o que se está a passar com a AstraZeneca, seria importante que
fosse vacinado assim que a suspensão seja levantada (…) para mostrar aos meus
concidadãos que a vacinação é a porta de saída desta crise e qua podemos fazer
com toda a segurança”. Jean Castex, primeiro-ministro
de França
“Em questão de convicção não mudo. Posso ficar sozinho, mas não mudo”. Rui
Rio, presidente do PSD, sobre a recusa de referendar a lei da eutanásia
“Depois de eliminar a Juventus, acredito que vamos chegar à final da Champions”. Jorge
Nuno Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, em entrevista a O Jogo
O QUE EU ANDO A LER
Num ano de grande revivalismo pelo 1984, de George Orwell, recomendo a
leitura de um ensaio de George Steiner, publicado
por cá pela Relógio de Água na coletânea “George Steiner
Naqueles anos de Guerra Fria, o 1984 teve um merecido estrelato pelas suas
qualidades literárias e pela utilidade como arma de arremesso entre o mundo
livre e o totalitarismo soviético. Mas Steiner põe, digamos assim, as coisas no
sítio. Lembra que não só Orwell escreveu coisas melhores como há livros mais
recomendáveis sobre o totalitarismo.
Na altura, a maior preocupação de Steiner estava exatamente nessa hipótese
de matar o tempo, de o livro ser tão comemorado que retirasse do tempo
qualquer futura conjugação de esperança. Sabemos bem o que foi o ano de 1984 e
que o futuro foi diferente. Agora, a discussão volta de novo, entre visões a
preto e branco do livro e do autor, o que levaria a um ensaio diferente, do
autor pelo menos nas preocupações.
Para leituras mais rápidas sobre o mundo, já sabe é andar por aqui ao longo do dia. Não
prometemos evidência científica sobre tudo, mas não usaremos o termo em vão.
Sugira o Expresso Curto a um/a amigo/a
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