David Chan* | Plataforma | opinião
Durante a primeira conferência de imprensa, dois meses depois de tomar posse, o presidente norte-americano Joe Biden jurou que não iria procurar confrontos com a China, afirmando, porém, não permitir que o país ultrapassasse os EUA.
Atualmente, sem quaisquer perspetivas de uma guerra mundial, especialmente uma guerra que envolva energia nuclear, ninguém nega que a capacidade de defesa nacional da China cresceu largamente, diminuindo o desfasamento para os EUA. Prova disto mesmo é o facto de a China ser agora a segunda maior economia do mundo, logo depois da americana. Quando o surto de Covid-19 se alargou rapidamente por todo o mundo e passou de uma crise de saúde pública para recessão económica, foi particularmente gratificante presenciar que a China foi a única grande economia mundial a crescer em 2020. Outras nações que queiram também iniciar o caminho de recuperação económica devem aprender e cooperar com a China.
No entanto, perante todos estes sucessos, o povo chinês deve manter uma atitude racional. Depois de anos de acumulação de riqueza, algum sofrimento e crescimento, o país está agora a viver um período de crescimento nacional imparável. Todavia são ainda visíveis as várias áreas em que os EUA são superiores à China. Com tudo isto em consideração, é fácil também de entender o discurso de Biden. A atual situação económica dos EUA não é a melhor e, para conseguir resolver este problema o país deve aumentar a cooperação económica. A China, com a dimensão que tem seria o parceiro ideal, quer os americanos estejam preparados para o admitir ou não.
A mensagem de Biden de “não procurar confrontos com a China”, pode ser interpretada como uma tentativa de reconciliação, mas não podemos ignorar o sistema bipartidário americano, e o facto de o Partido Republicano constantemente procurar falhas na Administração, agora sob a responsabilidade do Partido Democrata. Biden, como forma de manter uma imagem de presidente forte e que não se verga perante a China, teve de manter um discurso severo, o que resultou nas palavras “não iremos permitir que a China ultrapasse os EUA”. Falando para o público nacional, especialmente republicanos, salienta que tal não acontecerá desde enquanto estiver no poder.
Sabemos que a China está a crescer a uma velocidade incrível e que os EUA continuam a possuir muitos problemas e entraves, porém, temos de admitir que continuam a ser a maior potência mundial, e ainda falta muito até que a China os consiga ultrapassar.
*Editor Senior
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