quinta-feira, 15 de abril de 2021

BRASIL: ONDE TUDO COMEÇOU, ANTES DO “LAVA JATO”!

Martinho Júnior, Luanda 

NO CASO DO BRASIL (ACERCA DO PAPEL DO MINISTRO DAS FINANÇAS DE LULA, ARMÍNIO FRAGA NETO), A 6 DE DEZEMBRO DE 2003, NO ACTUAL Nº 374, SEMANÁRIO DE LUANDA, CONSIDEREI QUE HAVIA "RAPOSA NO GALINHEIRO"!... ATÉ PARECE QUE FUI BRUXO:

MULTIPLICARAM-SE AS RAPOSAS (TAMBÉM NO JUDICIÁRIO) E SOBRARAM PARA A DILMA!

JUNTO O TEXTO DE HÁ 18 ANOS:

O CASO DO BRASIL, OU LULA NA “CORDA BAMBA” DO “CIRCO GLOBAL”.

O IMPONDERÁVEL “DOMÍNIO SOBRE CONTRÁRIOS”, OU AS MIGALHAS QUE SOBRAM DA MESA DOS RICOS.

Em Junho de 2002, a candidatura de Lula da Silva à Presidência do Brasil, era vista como a favorita dos Brasileiros, mas não dos mercados financeiros, que apostavam abertamente em José Serra.

“No Império Romano, só os Romanos votam. No capitalismo global modern , só os Americanos     votam. Os Brasileiros não!”

Essa síntese, por mais paradoxal e surpreendente que possa parecer, veio dum “filósofo” , que melhor que ninguém no Mundo Contemporâneo, cultiva a maquiavélica “simbiose” que cataliza o “domínio sobre os contrários”, ao serviço da própria aristocracia financeira Mundial: George Soros.

Se essa opinião foi dada em Junho de 2002, a 14 de Janeiro de 2003, segundo o “Folha on Line”, já George Soros dava outra opinião, numa “acrobacia” próxima dos 180º:

"Mudei de opinião. Estou optimista em relação ao Brasil, disse Soros, antes de sua palestra no simpósio Progresso e paradoxo: As realidades da globalização no século 21, realizado em Nova York nesta terça-feira”.

Em Junho de 2002, já o PT e Lula, tinham sensibilidade acrescida em relação a George Soros e não podiam deixar de levar em linha de conta o maquiavelismo próprio dum híbrido, meio “mega especulador” e meio “filósofo” (achamos que devemos esquecer em definitivo “o filantropo”):

- Puderam verificar, como poucos, os seus dispositivos e acções na Argentina e a sua voracidade antes, durante e depois da crise (George Soros é considerado actualmente, como o maior latifundiário e o maior criador de gado do País das Pampas).

- Puderam estudar os seus dispositivos e acções, além do Banco Central durante a governação de Fernando Henrique Cardoso, em Curitiba, a “Suiça Brasileira”, tendo em conta as experiências que se arrastaram por toda a década de 90, dos circuitos de relação Real – Dólar, desde o governo de Collor de Mello.

- Estavam previamente sensibilizados e precavidos em relação às “intervenções” de George Soros, em relação à Libra Esterlina, (1992 / 1993), em relação à crise no Sudeste Asiático (1997) e em relação à crise na Rússia (1998).

O Companheiro Lula, podia conscientemente preparar-se para o “grande circo global”: esta era a sua quarta tentativa de chegar à cadeira da Presidência do Brasil e, se ela soçobrasse, toda a estratégia do PT estaria em risco e, com ela, a “esperança” duma vida melhor para todo o Povo Brasileiro.

Por isso os analistas do PT verificaram desde logo, quanto o Real era atacado pelos especuladores, tendo George Soros na 1ª linha, sempre que Lula fazia os seus desassombrados pronunciamentos típicos da época eleitoral, assim como as penalizações e desvalorizações a que ficava sujeito o Real em relação ao Dólar, de acordo aliás com artigos que foram publicados em tempo oportuno pela “Folha de São Paulo”.

Por isso a “inteligência” do PT terá levado muito em consideração o papel de Armínio Fraga Neto, que sendo um dos “magos” incondicionais de George Soros, estava por dentro do Real desde a altura do seu parto, quando dirigiu as acções de liquidez que possibilitavam o seu projecto, até à instrumentalização do Banco Central, durante o governo imediatamente anterior de Fernando Henrique Cardoso, onde ele, mais que exercício, teve oportunidade de deixar a “casa bem arrumada”, para o que desse e viesse.

Armínio Fraga Neto continua a ser aparentemente na sombra, o gerente do “grande circo Brasileiro”, mesmo que não esteja presente para armar a sua “barraca”, beneficiando do “espectro” do mega especulador, que paira como um imenso e quase invisível “condor” sobre o Real e, por tabela, sobre o Brasil.

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