Martinho Júnior, Luanda
NO CASO DO BRASIL (ACERCA DO PAPEL DO MINISTRO DAS FINANÇAS DE LULA, ARMÍNIO FRAGA NETO), A 6 DE DEZEMBRO DE 2003, NO ACTUAL Nº 374, SEMANÁRIO DE LUANDA, CONSIDEREI QUE HAVIA "RAPOSA NO GALINHEIRO"!... ATÉ PARECE QUE FUI BRUXO:
MULTIPLICARAM-SE AS RAPOSAS (TAMBÉM NO JUDICIÁRIO) E SOBRARAM PARA A DILMA!
JUNTO O TEXTO DE HÁ 18 ANOS:
O CASO DO BRASIL, OU LULA NA “CORDA BAMBA” DO “CIRCO GLOBAL”.
O IMPONDERÁVEL “DOMÍNIO SOBRE CONTRÁRIOS”, OU AS MIGALHAS QUE SOBRAM DA MESA DOS RICOS.
Em Junho de
“No Império Romano, só os Romanos votam. No capitalismo global modern , só os Americanos votam. Os Brasileiros não!”
Essa síntese, por mais paradoxal e surpreendente que possa parecer, veio dum “filósofo” , que melhor que ninguém no Mundo Contemporâneo, cultiva a maquiavélica “simbiose” que cataliza o “domínio sobre os contrários”, ao serviço da própria aristocracia financeira Mundial: George Soros.
Se essa opinião foi dada em Junho
de
"Mudei de opinião. Estou
optimista em relação ao Brasil, disse Soros, antes de sua palestra no simpósio
Progresso e paradoxo: As realidades da globalização no século 21, realizado
Em Junho de 2002, já o PT e Lula, tinham sensibilidade acrescida em relação a George Soros e não podiam deixar de levar em linha de conta o maquiavelismo próprio dum híbrido, meio “mega especulador” e meio “filósofo” (achamos que devemos esquecer em definitivo “o filantropo”):
- Puderam verificar, como poucos, os seus dispositivos e acções na Argentina e a sua voracidade antes, durante e depois da crise (George Soros é considerado actualmente, como o maior latifundiário e o maior criador de gado do País das Pampas).
- Puderam estudar os seus dispositivos e acções, além do Banco Central durante a governação de Fernando Henrique Cardoso, em Curitiba, a “Suiça Brasileira”, tendo em conta as experiências que se arrastaram por toda a década de 90, dos circuitos de relação Real – Dólar, desde o governo de Collor de Mello.
- Estavam previamente sensibilizados e precavidos em relação às “intervenções” de George Soros, em relação à Libra Esterlina, (1992 / 1993), em relação à crise no Sudeste Asiático (1997) e em relação à crise na Rússia (1998).
O Companheiro Lula, podia conscientemente preparar-se para o “grande circo global”: esta era a sua quarta tentativa de chegar à cadeira da Presidência do Brasil e, se ela soçobrasse, toda a estratégia do PT estaria em risco e, com ela, a “esperança” duma vida melhor para todo o Povo Brasileiro.
Por isso os analistas do PT verificaram desde logo, quanto o Real era atacado pelos especuladores, tendo George Soros na 1ª linha, sempre que Lula fazia os seus desassombrados pronunciamentos típicos da época eleitoral, assim como as penalizações e desvalorizações a que ficava sujeito o Real em relação ao Dólar, de acordo aliás com artigos que foram publicados em tempo oportuno pela “Folha de São Paulo”.
Por isso a “inteligência” do PT terá levado muito em consideração o papel de Armínio Fraga Neto, que sendo um dos “magos” incondicionais de George Soros, estava por dentro do Real desde a altura do seu parto, quando dirigiu as acções de liquidez que possibilitavam o seu projecto, até à instrumentalização do Banco Central, durante o governo imediatamente anterior de Fernando Henrique Cardoso, onde ele, mais que exercício, teve oportunidade de deixar a “casa bem arrumada”, para o que desse e viesse.
Armínio Fraga Neto continua a ser aparentemente na sombra, o gerente do “grande circo Brasileiro”, mesmo que não esteja presente para armar a sua “barraca”, beneficiando do “espectro” do mega especulador, que paira como um imenso e quase invisível “condor” sobre o Real e, por tabela, sobre o Brasil.
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