Martinho Júnior / Rui Peralta , em Luanda
OS "GUAIDÓS TUGAS" ESTÃO
A FAZER TUDO PARA CUMPRIREM,
O camarada Rui Peralta, aponta com toda a sensibilidade o papel tacitamente oportunista dos “Guaidós tugas” em relação a Moçambique!
Eles fazem parte do problema (NATO-Africom), não da solução (estado soberano de Moçambique)!
Além do mais, fazem esquecer que o jiadismo na região afecta também a Tanzânia, componente da SADC, em Mtwara, margem norte do Rovuma, que preenche a fronteira comum!
A obsessão pelo gás é de tal ordem que a Tanzânia é deliberadamente esquecida!
Eis o seu curto texto, em forma de alerta:
eu
A actuação criminosa de grupos terroristas em Moçambique tem suscitado uma atenção especial dos diferentes sectores da sociedade portuguesa. Misturados com genuínos sentimentos de solidariedade (nascidos da longa História comum de combate ao colonialismo e a todas as diversas formas de opressão a que ambos os povos foram sujeitos ao longo de cinco séculos) surgem discursos ultrajantes para com a soberania nacional e popular de Moçambique, por parte de comentadores de serviço e de responsáveis políticos.
il
É suspeito - e carregado de
múltiplas intenções - o discurso do "agir de imediato" e o do
envolvimento da UE nessa acção. É, efectivamente, necessário agir. Mas agir no
sentido de apoiar Moçambique, o seu Povo e os seus representantes legítimos, o
seu governo e as suas Forças Armadas e forças de segurança, no combate ao
terrorismo, este sim, fruto de uma 'acção' fomentada a partir do exterior. Agir
em solidariedade significa respeitar a soberania nacional. Agir em
solidariedade significa não ingerência. E esta diferença é necessário focar e
salientar. O que muitas dos sectores neocolonialistas pretendem é aproveitar os
ataques terroristas
III
A actual vaga terrorista em Moçambique tornou-se visível em 2017, originária de países vizinhos, particularmente na costa oriental africana. São grupos que operam no Médio Oriente, financiados pelos EUA e pelas petro-monarquias do Golfo e que actuam no contexto da estratégia de desestabilização da região (sobre este assunto aconselho a leitura, no facebook ou na Pagina Global de alguns textos de Martinho Júnior, para uma mais esclarecida panorâmica). É, também, necessário não esquecer que desde a sua independência em 1975, Moçambique enfrentou diversas tentativas de ingerência e agressão, como as incursões armadas sul-africanas, durante o regime do apartheid e a acção terrorista da RENAMO, braço interno do imperialismo.
4
A presente ofensiva terrorista é inseparável das grandes reservas offshore de gás natural, nomeadamente na província de Cabo Delgado. Quando se ouve o discurso do "bando de corruptos" e do Estado falhado" e as insistências na "internacionalização do conflito e rápida intervenção" é bom ter presente que os riscos que Moçambique corre não advêm exclusivamente do terrorismo. Este não é mais do que um instrumento dos velhos interesses que nunca aceitaram a soberania popular e nacional moçambicana. Agir, sim. De forma solidária, fortalecendo a capacidade de resposta soberana a mais uma tentativa de ingerência e agressão. Agir de forma solidária, porque são os moçambicanos que decidem os destinos do seu país....
Na imagem: Estados da SADC de Guerra Híbrida
Vermelho: Estados da SADC de Guerra Híbrida
Azul: Estados da SADC não visados
Oriental Review Org – https://orientalreview.org/2017/12/15/will-us-offensive-global-south-hit-south-africa/
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