sábado, 29 de maio de 2021

O Novo Rosto do Tibete:70 Anos Após a Libertação Pacífica


# Publicado em português do Brasil

A 23 de maio de 1951, os representantes do Governo Popular Central e do Governo Local do Tibete assinaram o Acordo de Dezessete Pontos para a Libertação Pacífica, consumando a libertação da região. Desde então, o planalto nevado, com uma superfície equivalente a um oitavo do território chinês, deixou para trás uma sociedade sombria e retrógrada, firmando grandes avanços de desenvolvimento socioeconómico. Os grupos étnicos do Tibete trilharam um caminho de sucesso, o qual partilham com o povo de todo o país, caracterizado pela solidariedade, igualdade, desenvolvimento e prosperidade comum. Volvidos 70 anos de profundas mudanças, o planalto ancião encara o mundo com um novo rosto.

Servos camponeses que se libertam de grilhões, solidariedade multiétnica reforçada

A antiga sociedade tibetana viveu sob a servidão feudal por cerca de mil anos, até à libertação pacífica. Na época, 95% das pessoas no Tibete eram vistas como meras “ferramentas” pela classe dominante. Após a libertação pacífica, reforma democrática e implementação da autonomia regional, milhões de camponeses oprimidos deixaram a miséria, alcançando um bem-estar sem precedentes. A expectativa de vida subiu de 35,5 anos em 1951 para a de 71,1 anos em 2020.

Entre os representantes da Assembleia Popular de todos os níveis do Tibete, a etnia tibetana e outras etnias locais perfazem mais de 92%. Os quadros tibetanos e de outros grupos étnicos correspondem a 70% do número total dos quadros da região. O conceito socialista de relações étnicas, caracterizado pela igualdade, solidariedade, apoio mútuo e harmonia, está já amplamente enraizado nos corações dos habitantes do Tibete. A união étnica no Tibete assemelha-se às sementes de uma romã.

Desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, o Comitê Central do PCCh, com o camarada Xi Jinping como núcleo, tem assegurado, com base nas experiências de sucesso da governança, a estabilidade e prosperidade da região. As estratégias do PCCh para a governança da Região Autónoma do Tibete na nova era, servem de fundamento norteador dos trabalhos do Tibete na nova era. Sem a libertação pacífica do Tibete, não teria sido possível o salto histórico do melhoramento do sistema social, a implementação, cada vez mais aperfeiçoada, da política democrática socialista, nem o conforto que todos os grupos étnicos desfrutam atualmente na região.

Avanço no desenvolvimento económico, rede de transportes completa e conveniente

Ao longo dos últimos 70 anos, graças aos apoios massivos do Estado e esforços conjuntos dos grupos étnicos, foi alcançado no Tibete o desenvolvimento socioeconómico abrangente. O PIB da região, de 0,2 bilhão de yuans em 1958, atingiu os 169,8 bilhões em 2019, e 190,3 bilhões em 2020 - um novo recorde.

O setor terciário, principalmente a indústria de turismo, já se tornou um motor importante de desenvolvimento económico local. Em 2019, o setor turístico apresentou uma receita de 55,9 bilhões de yuans, recebendo 541,9 mil visitas de turistas estrangeiros, as quais geraram divisas no valor de 279 milhões. Graças ao turismo, mais de cem mil camponeses e pastores aumentaram sua a renda e a riqueza. A campanha de construção do “Destino Turístico Mundial” tem alcançado um sucesso notável.

A infraestrutura no Tibete tem sido progressivamente aperfeiçoada, razão pela qual a região apresenta um desenvolvimento económico célere. A extensão das estradas na região, inexistentes no período da libertação pacífica, ascendeu a 117 mil quilómetros no final de 2020. Entre elas, 688 quilómetros obtiveram a classificação mais elevada. A região dispõe ainda de 954 quilómetros de linhas ferroviárias em operação. Atualmente, uma rede de transportes multidimensional e abrangente (rodoviária, ferroviária e de aviação) espalhada pelo Tibete, converge na cidade de Lhasa.

Zona fronteiriça aberta ao mundo, porta do Sudoeste da China

Com maior abertura ao exterior da China e maior cooperação com as geografias englobadas na iniciativa do “Cinturão e Rota”, o Tibete tem um papel cada vez mais relevante como porta de acesso aos países do Sul da Ásia.

Contando com o apoio do Governo Central, a Região Autónoma do Tibete realizou vários empreendimentos:

Cooperação com o Nepal em matéria de infraestruturas, como ferrovias, rodovias e pontes;

Participação ativa na construção do Corredor Económico Bangladesh-China-Índia-Birmânia, reforçando a coordenação de políticas favoráveis à criação de sinergias entre a região e os países participantes na iniciativa do “ Cinturão e Rota”;

Realização da Exposição Internacional de Cultura e Turismo do Tibete, visando o estreitamento da ligação do Tibete ao mundo por via de laços culturais e a consolidação do entendimento entre os povos;

Encorajamento de empresas locais a investir ao exterior, atração de empresas estrangeiras, e promoção constante do intercâmbio e cooperação com o exterior em domínios como turismo, cultura e agropecuária, em prol do livre fluxo de comércio.

Sendo uma região autónoma aberta, o Tibete assume particular importância na abertura e cooperação internacional da China, procurando desempenhar um papel cada vez maior no aprofundamento da cooperação de benefício mútuo e no aumento da interconectividade entre a China e os países circundantes.

Decorridas sete décadas de esforços, o Tibete de hoje está livre do isolamento, pobreza e atraso do passado. Sob a orientação da estratégia e governança do Partido, o Tibete seguirá na nova era com toda a determinação rumo a um futuro cada vez mais promissor! 

Diário do Povo Online

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