David Chan* | Plataforma | opinião
De acordo com os últimos censos do país, a China continua a ser a nação com a maior população do mundo, constituída por 1,411 mil milhões de pessoas. Todavia, apesar do tamanho populacional e escassa oferta de vacinas, o país continua a tentar ajudar o resto do mundo.
Hua Chunying, porta-voz do
Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma: “A China ajudou mais de 80 países
e três organizações internacionais em matéria de vacinação, exportou vacinas
para mais de 50 países e tem estabelecido acordos de transferência de
tecnologia e produção conjunta com mais de 10 nações, incluindo o Egito e os
Emirados Árabes Unidos”, acrescentando que o país é provavelmente o maior
fornecedor de vacinas para nações
Durante uma conferência de imprensa, Hua Chunying refere: “Os EUA contam com uma população de 330 milhões de pessoas, representando apenas 4% da população do mundo, mas estão na posse de dois mil milhões de doses, um quarto do total mundial. À medida que vários países em todo o mundo correm atrás destas vacinas, milhares de milhões estão guardadas em armazéns americanos. Vários líderes americanos têm ainda reiterado a necessidade de priorizar os EUA na distribuição das mesmas, “a América primeiro”, limitando a exportação dos materiais necessários para a respetiva produção”.
Os media americanos noticiam que cerca de 30 milhões de doses estão paradas em vários armazéns de Ohio, enquanto milhares de milhões de pessoas por todo o mundo esperam ansiosamente pela oportunidade de serem vacinadas. Alguns salientam que o país está a acumular mais vacinas do que aquelas que necessita, sem ter exportado uma única dose. Segundo a empresa britânica Airfinity, até março deste ano, os EUA produziram 164 milhões de vacinas, exportando zero. Já a China produziu 229 milhões, e exportou 109 milhões de doses, ou seja, 48%. A comparação é fácil.
Claro que a exportação massiva de vacinas pela China deve ter alguns benefícios para o próprio país, como desenvolvimento de relações internacionais e construção da imagem como grande potência mundial, porém, mais do que a esses interesses, devemos dar valor à compaixão e bondade da população chinesa.
*Editor Senior
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