terça-feira, 31 de agosto de 2021

China quer acabar com a cultura de trabalho excessivo no país

# Publicado em português do Brasil

Justiça citou vários exemplos de empresas em uma série de setores que violaram as regras trabalhistas, incluindo uma empresa de entregas não identificada

China está notificando as empresas que sobrecarregam seus funcionários.

O tribunal superior do país emitiu na quinta-feira (26) uma longa condenação ao que é comumente conhecido na China como “996”, a prática de trabalhar das 9h às 21h seis dias por semana, considerada comum entre as grandes empresas de tecnologia do país, startups e outras empresas privadas.

“Recentemente, o trabalho extraordinário em algumas indústrias tem recebido atenção generalizada”, escreveu o Supremo Tribunal Popular em sua declaração, emitida junto ao Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social. Os trabalhadores merecem direitos de “descanso e férias”, acrescentando que “aderir ao sistema nacional de horas de trabalho é obrigação legal dos empregadores”, escreveu o tribunal.

O órgão citou vários exemplos de empresas em uma série de setores que violaram as regras trabalhistas, incluindo uma empresa de entregas não identificada que disse aos funcionários que trabalhassem no modelo 996. Dizer aos funcionários que trabalhem tanto “violou gravemente a lei sobre a extensão do limite máximo da jornada de trabalho e deve ser considerado inválido”, disse o tribunal.

A reação pública contra a cultura do trabalho excessivo não é nova. O co-fundador do Alibaba (BABA), Jack Ma, por exemplo, foi fortemente criticado na China dois anos atrás, após chamar a cultura 996 de “uma grande bênção”. E a lei trabalhista chinesa já proíbe os funcionários de trabalhar por tanto tempo.

Jill Disis | CNN Business | Imagem: Marko Lovric / Pixabay

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