segunda-feira, 3 de maio de 2021

O regime mais tirânico do mundo não pára de tagarelar sobre "direitos humanos"


# Publicado em português do Brasil

Caitlin Johnstone

“A América não vai desistir de nosso compromisso com os direitos humanos e as liberdades fundamentais”, diz um tweet na quarta-feira da conta presidencial no Twitter. "Nenhum presidente americano responsável pode permanecer em silêncio quando os direitos humanos básicos são violados."

O tweet, um trecho do discurso preparado pelo presidente dos EUA no Congresso , foi retuitado no sábado pelo secretário de Estado Tony Blinken com a legenda: "Sempre defenderemos os direitos humanos em casa e no exterior".

Como todos os secretários de Estado dos EUA, as declarações públicas de Blinken concentram-se esmagadoramente na alegação de que outras nações abusam dos direitos humanos e que é dever da América defender esses direitos. O que é muito bobo, considerando o fato de que o governo dos Estados Unidos é o pior violador dos direitos humanos no planeta Terra. 

E não está nem perto.

Não há outro governo circulando o planeta com centenas de bases militares e trabalhando para destruir qualquer nação que o desobedece por meio de invasões, guerras por procuração, bloqueios, guerra econômica, golpes encenados e operações secretas. Não há outro governo no mundo cuja violência tenha matado milhões de pessoas e deslocado dezenas de milhões apenas desde a virada deste século. Não há nenhum outro governo travando guerras sem parar ao redor do mundo e lançando dezenas de bombas por dia em seres humanos em nações estrangeiras para perpetuar sua dominação com punho de ferro em nosso planeta.

E diz tanto sobre quem está controlando as narrativas dominantes em nossa sociedade que essas ações não são consideradas violações dos direitos humanos. É claro que todos nós devemos ter o direito humano de não sermos assassinados por explosivos caídos do céu, e nós, em nações onde isso não ocorre comumente, ficaríamos muito chateados se de repente começasse a acontecer conosco. Obviamente, é um abuso dos direitos humanos matar crianças de fome deliberadamente porque você não aprova as pessoas que dirigem as coisas em sua parte do mundo. Claramente, é um abuso dos direitos humanos transformar uma nação em escombros e caos para obter lucro e controle geoestratégico.

Não passa um dia sem que o governo dos EUA não esteja fazendo essas coisas, tanto diretamente quanto por meio de seus estados membros imperiais. Mesmo assim, o secretário de Estado dos EUA passa o dia todo tweetando que outros governos são culpados de violações dos direitos humanos. Porque, no que diz respeito ao poder, o controle narrativo é tudo.

Biden não reverterá o movimento de Trump para o Saara Ocidental


# Publicado em português do Brasil

Dave DeCamp* | Antiwar

Trump reconheceu a soberania marroquina sobre o Saara Ocidental como a recompensa de Rabat por se normalizar com Israel

De acordo com um relatório da Axios , o governo Biden disse ao Marrocos que não reverteria a iniciativa do governo Trump de reconhecer a soberania marroquina sobre o Saara Ocidental, que foi a recompensa de Rabat por normalizar as relações com Israel.

Fontes disseram a Axios que o secretário de Estado, Antony Blinken, transmitiu a mensagem ao ministro das Relações Exteriores marroquino, Nasser Bourita, em um telefonema na sexta-feira. Uma leitura da ligação feita pelo Departamento de Estado não mencionou o Saara Ocidental, mas disse que Blinken discutiu a relação de Marrocos com Israel.

“O secretário saudou os passos do Marrocos para melhorar as relações com Israel e observou que a relação Marrocos-Israel trará benefícios de longo prazo para ambos os países”, disse a leitura.

Ameaças à liberdade de imprensa na Europa aumentaram 40% em 2020

As ameaças à liberdade de informação aumentaram 40% em 2020, nos 47 países do Conselho da Europa, com 201 casos graves, de acordo com um relatório divulgado esta quarta-feira pela Plataforma para a Proteção do Jornalismo e Segurança dos Jornalistas.

O mais recente relatório anual da organização destaca como ameaças específicas à liberdade dos media as restrições extraordinárias impostas às atividades dos jornalistas por leis e regulamentos que deram resposta à pandemia de covid-19.

O documento mostra um aumento de 40% de casos de ameaças à liberdade de informação, em 2020, comparando com o ano anterior, realçando um número recorde de ataques físicos a jornalistas (52 casos) e de assédio ou intimidação (70 casos).

Os alertas de casos mais frequentes, recebidos pela Plataforma para a Proteção do Jornalismo e Segurança dos Jornalistas, são os de ataques à integridade física (24%), assédio e intimidação (24%) e detenção de jornalistas (16%).

O documento analisa as ameaças sérias à liberdade de imprensa, incluindo as de impunidade de crimes contra jornalistas, relatando 24 casos de impunidade pelo assassínio de jornalistas que ainda não tiveram consequências, bem como numerosos constrangimentos criados pelo Estado a meios de comunicação social independentes, assédio judicial, pressão política e vigilância de jornalistas.

Num comunicado divulgado antes do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra no dia 3 de maio, a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Buric, pediu aos governos europeus para mostrarem vontade política para proteger os jornalistas e o jornalismo independente.

"A liberdade dos media é um pilar essencial das nossas democracias, que muitas vezes é tomada por garantida. O respeito pela liberdade dos media está em declínio em muitos países. Nos últimos anos, assistimos a um aumento do número de casos de violência e intimidação contra jornalistas", denunciou Buric.

"Durante a pandemia de covid-19, houve um forte aumento nas denúncias de violência contra jornalistas, bem como de censura e represálias por questionar as políticas governamentais. Ao mesmo tempo, os media de qualidade enfrentam sérios desafios económicos e muitos jornalistas perderam os seus empregos devido à pandemia", acrescentou a secretária-geral do Conselho Europeu, no comunicado.

Perante esta situação, Buric disse que o Conselho da Europa "está pronto para apoiar os estados membros na criação e promoção de um ambiente em que os media plurais e independentes possam desempenhar o seu papel e contribuir para tornar as nossas democracias mais robustas".

Jornal de Notícias com agências

Moçambique | Relatório aponta aumento de violações à liberdade de expressão

MISA-Moçambique revela que foram registados 32 casos de violações à liberdade de expressão no país em 2020, o maior número dos últimos cinco anos. Casos de agressão física constituem quase um terço das ocorrências.

O Instituto para a Comunicação Social da África Austral (Misa-Moçambique) classificou 2020 como o ano em que foram registados mais casos de violação de liberdades de imprensa e de expressão em Moçambique nos últimos cinco anos. Foram registadas 32 violações, incluindo o desaparecimento de um jornalista, Ibraimo Mbaruco, predominando as agressões físicas, com 10 casos, segundo o relatório sobre "O Estado das Liberdades de Imprensa e de Expressão", que junta dados de 2019 e 2020 aos de anos anteriores.

De acordo com o relatório do Misa, em 2016 tinham sido registados 11 casos, número que subiu para 21 em 2017, 24 no ano de 2018, 20 casos em 2019 e 32 registos em 2020.A organização considera que "um dos motivos do crescimento dos crimes contra os jornalistas em Moçambique, justifica-se na impunidade dos seus perpetradores e falta de ação das autoridades perante estas ocorrências".

Como exemplo, o Misa Moçambique aponta a "manifesta apatia das autoridades policiais na investigação" ao fogo posto à redação do semanário Canal de Moçambique, a 23 de agosto de 2020, um dos casos que marcou o último ano.

Liberdade de imprensa: "Há medo e excesso de zelo nas redações em Angola"

Presidente da Comissão da Carteira e Ética, Luísa Rogério, diz que "censura explícita" faz com que a Angola que a mídia apresenta "não pareça muito real". Detenção e intimidação de jornalistas preocupam entidades.

Depois da crescente abertura vivida pelos órgãos de comunicação angolanos a partir de 2017, com o fim da  chamada "era José Eduardo dos Santos", a liberdade de imprensa em Angola tende "a piorar a um ritmo crescente e preocupante".

Quem o diz é a presidente da Comissão da Carteira e Ética de Angola, Luísa Rogério, em entrevista à DW África, a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado esta segunda feira (03.05).

"Em 2017/2018 ficámos todos muito encantados porque os media passaram a publicar assuntos que até ao momento eram tabus. Se virmos bem, todas estas questões têm a ver com a governação passada, com a gestão decorrente do Presidente José Eduardo dos Santos, que esteve no poder até 2017. Mas quando os assuntos, quando os grandes dossiês ligados à governação presente passaram a ser abordados, aí é que vimos que afinal havia um retrocesso", começa por explicar.

Para a jornalista, não tem havido uma evolução. "Não há um programa e nem sequer existem políticas públicas exequíveis. O próprio Estado não faz nenhum incentivo com vista a estimular a comunicação social privada. Portanto, há um défice acentuado de liberdade de imprensa que se manifesta por via da redução do pluralismo. Os maiores órgãos são controlados pelo Estado. E nós sabemos que isso acontece, que a nomeação dos PCA's, dos conselhos de administração desses órgãos públicos, ainda é feita pelo titular do poder executivo", sublinha.

MPLA apela à melhoria e diversificação de conteúdos jornalísticos em Angola

No Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, o Movimento Popular para a Libertação de Angola, no poder, apela "à melhoria e diversificação de conteúdos jornalísticos" e à união entre sociedade civil e jornalistas.

"O Bureau Político [do MPLA] continua a considerar prioritário o acesso dos cidadãos a uma informação mais plural, rigorosa, isenta e credível, apelando à melhoria e diversificação de conteúdos jornalísticos, que visem contribuir para o desenvolvimento educacional, cívico e cultural da população, sendo fundamental o papel dos jornalistas para o alcance deste pilar constitucionalmente consagrado em Angola", afirma a estrutura máxima do partido, em comunicado divulgado hoje.

Na mesma nota, o MPLA exorta "a sociedade angolana, no geral, e a classe jornalística, em particular, a trabalharem unidos e de modo abnegado para o reforço das liberdades de imprensa e de expressão, como vetores para a consolidação do Estado Democrático de Direito".

O partido recorda ainda que este ano o Dia internacional da Liberdade de Imprensa celebra-se numa altura em que decorre em Angola "um amplo processo de consulta pública" sobre a novo pacote legislativo da comunicação social angolana, visando adaptar a legislação atual a um contexto "de transformações e exigências" de âmbito social, político, económico e cultural, bem como estabelecer normas que permitam aos operadores da imprensa melhores condições para o exercício da profissão. 

Covid-19 | África com mais 247 mortos e 6.802 infetados em 24 horas

África registou mais 247 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 122.329 desde o início da pandemia, e 6.802 novos casos de infeção, segundo os dados oficiais mais recentes no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 4.574.042 e o de recuperados da doença nas últimas 24 horas é de 6.337, subindo para 4.117.235 desde o início da pandemia.

A África Austral continua a ser região mais afetada, registando 1.972.613 infetados e 62.153 mortos associados ao contágio com a doença. Nesta região, a África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, regista 1.584.064 casos e 54.417 mortes.

O Norte de África é a segunda zona mais atingida, com 1.372.744 infetados e 40.168 vítimas mortais.

A África Oriental contabiliza 607.335 infeções e 11.368 mortos, enquanto na África Ocidental o número de infeções é de 460.101 e o de mortes é de 6.071. Na África Central, há 161.249 casos de infeção e 2.569 óbitos registados.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 13.469 mortes e 229.635 infetados, seguindo-se a Tunísia, com 10.868 mortes e 311.743 casos de infeção. Marrocos contabiliza 511.856 casos de infeção e 9.028 mortes associadas à covid-19.

Entre os países mais afetados estão também a Etiópia, com 3.726 vítimas mortais e 258.384 infeções, e a Argélia, com 3.270 mortos e 122.522 infetados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique regista 815 mortes e 69.984 casos, seguindo-se Angola (602 óbitos e 26.993 casos de infeção), Cabo Verde (224 mortos e 24.368 casos), Guiné Equatorial (112 óbitos e 7.694 casos), Guiné-Bissau (67 mortos e 3.736 casos) e São Tomé e Príncipe (35 mortos e 2.310 casos).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.194.716 mortos no mundo, resultantes de mais de 152 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Shutterstock

Portugal | Cambalhotas com consequências

Rui Sá* | Jornal de Notícias | opinião

Assistimos, nas últimas semanas, a mais uma cambalhota do PS, a propósito das alterações introduzidas nas leis eleitorais autárquicas. Efetivamente, menos de um ano passado desde a aprovação da lei através do acordo do PS com o PSD, os socialistas, com a desculpa de que "antes tinham legislado à pressa", viraram o bico ao prego, legislando o contrário do que antes tinham aprovado! Como disse o deputado António Filipe, ao PS aplica-se a famosa frase de Groucho Marx: "Estes são os meus princípios. Se você não gosta deles eu tenho outros".

Vem isto a propósito das prerrogativas que são dadas aos movimentos de cidadãos eleitores que se pretendem candidatar aos órgãos autárquicos. Com a lei agora aprovada, passaram novamente a poder incluir nomes de candidatos nas respetivas siglas, bem como a poder concorrer, simultaneamente e com essa mesma sigla, à câmara, à assembleia municipal e às freguesias do mesmo município.

Rui Moreira exultou com esta "vitória", mas talvez fizesse melhor em pensar nas consequências da mesma para si próprio. De facto, dando o seu nome ao movimento que encabeçará, significa isso que, do ponto de vista ético e caso seja eleito, terá de cumprir o mandato até ao fim - não se pode pedir às pessoas para votarem num "Movimento Rui Moreira" e este, a meio do mandato, abdicar.

Por outro lado, e como às freguesias os candidatos que apoia também concorrem com o seu nome, Rui Moreira é eticamente responsável pelo que estes fazem. Por isso não se entende o seu silêncio perante as tropelias do presidente da união das sete freguesias do centro do Porto. Onde, depois de sucessivos chumbos de contas e de orçamentos, foi agora aprovada uma moção de censura ao presidente da junta. Com o voto do PS, do PSD, do BE e da CDU, a que se junta o voto de eleitos do próprio movimento de Rui Moreira. Que, com o seu silêncio, faz persistir a dúvida: é cúmplice do presidente da junta ou está envergonhado com o que este tem feito em seu nome?

*Engenheiro

Mais um dia sem óbitos por Covid-19 em Portugal. Reportados 180 casos

Já foi divulgado o boletim epidemiológico da Direção Geral de Saúde desta segunda-feira.

Portugal registou, esta segunda-feira, mais um dia sem vítimas mortais na sequência da pandemia da Covid-19, indica o boletim epidemiológico da DGS divulgado esta segunda-feira.

O mesmo relatório revela que foram reportados, nas últimas 24 horas, 180 casos.

Este é o terceiro dia, em sete, que o país não regista nenhum óbito relacionado com o novo coronavírus.

Perante estes números não há variação de mortes e a variação de novos casos é apenas de 0,02%.

Assim sendo, no total, o país regista, desde o dia 2 de março de 2020, 837.457 infetados e 16.977 óbitos.

Portugal | Concelho de Odemira muito falado pelo pior. Só Odemira?

Imigrantes no Concelho de Odemira andam nas bocas do país, da Europa e provavelmente do mundo. Uma vergonha. Imigrantes a sobreviverem em condições deploráveis, em situação que se pode considerar de quase escravidão ou mesmo de escravidão perante o conhecimento de autarcas do concelho e de outras autoridades. Um burgo de empresas e empresários oportunistas que têm sido bafejado pela indiferença e até, provavelmente, pelo conluio que compra silêncios. Mafiosos em ação.

A fragilidade dos emigrados proporcionou aquele estado de desumanidade, o covid-19 acabou por denunciar aquela realidade aberrante. Ainda bem. O que se espera é que a quem de dever não falte coragem de apurar as devidas responsabilidades e que não acabe tudo minimizado ou “abafado”. 

O próprio autarca de Odemira, no que lhe diz respeito, denunciou. Não só agora mas antes, ao governo, que fez nada. Agora, graças ap covid-19 voltou a atuar e a denunciar. Aproveitou a oportunidade, quando já era impossível esconder mais aquele crime contra a humanidade. Impõe-se que  a consciência do ocorrido implique as correções devidas e que não sejam os imigrantes os penalizados mas sim os que deles se aproveitaram e os escravizaram, violando as suas dignidades, os seus direitos enquanto humanos num país dito democrático.

Pergunte-se: aquela situação só é realidade em Odemira?

A seguir, vá ler mais Odemira e Ana Gomes a indignar-se, como todos os portugueses se devem indignar e ser intolerantes para com as empresas e empresários de mentalidade esclavagista, nojenta, que não podem ficar impunes ante o crime hediondo praticado.

MM | PG

Avanços da modernidade, assédios, profascismos e o mais que vier

Semana começada já lá vai meio-dia. Mais um meio-dia do resto das nossas vidas, a lembrar o Sérgio Godinho. Mais desconfinados e a laborar. Explorados e oprimidos é o costume para milhões, sabemos, e de tanto sabermos nem vale falar, quanto muito podemos escrever numa pedra de gelo – como contributo para a tal festarola de sexta-feira que os votados e nem por isso, da UE, dizem que vão tratar no Porto.

Batizaram a reunião - de lavagem da trampa que socialmente têm concretizado na UE - de Cimeira Social… Errado, deviam chamar-lhe “Atirar Areia para os Olhos dos Povos da (des)União Europeia”. Mas não chamaram, nem vão chamar. Raramente usam a honestidade. São sempre assim, a apostarem no faz de conta, no engano. Esta coisa causa mesmo fartum.

Avançando, partamos para outra.

No PG, via uma sondagem, fazemos nota do crescimento da direita radical profascista. Pois. É de esperar. “Volta Salazar, nem precisamos de te perdoar porque nunca de nada de mal te acusámos” – devem pensar e dizer nas intimidades. O Hitler foi um grande sábio e enorme professor, quando demonstrou e deixou para a sapiência dos vindouros, que há muitos lanudos nos povos prontos a balir em mémés de apoio… É a vida, e a história repete-se quase sempre. Há muito que está demonstrado.

Agora abre-se o busílis do assédio sexual. Começou. Uma jornalista pôs a boca no trombone e zás! Querem apostar que a partir de agora vai ser um corrupio de “eu também, eu também”? Pois. Isso. Venham de lá elas e eles, os assediados. Muitos homens também já foram assediados pelas mulheres (essas doidonas). Venham eles à praça também meter as bocas no trombone! Isso mesmo. Pois.

Pedro Cordeiro é quem assina o Curto de hoje. Lembra-nos que hoje se celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Ora, ora. O que vimos são grupos endinheirados a comprar a dita liberdade e a dar-lhe uns toques aqui e ali, assediando essa tal liberdade e pagando mal e porcamente aos que trabalham e precisam da liberdade para comunicarem e relatarem como “assim vamos nós” aqui e ali. Em Portugal não estamos mal de todo… Mas, verdade que estamos cada vez pior. Quem não sabe? Não sabem – nem querem saber - os que têm por lema “deixa andar”. Aqueles que acham que se vão safando e se perdem a olhar para os seus umbigos.

Basta. O Curto vem aí, a seguir. Com interesse, como uma janela por onde vislumbramos “como vai este país” – antes cantado por Herman e Nicolau, felizes e contentes. E também como vai o mundo… Nuvens negras aqui e ali… Pfff.

Boa semana e bom dia de hoje. Bom almocinho (se almoçarem), talvez numas manjedouras das modernas, repletas de comida (?) de plástico. É a vida. Aguentem-se. Querem ter a vidinha assim? Pois. Oh, que bom e tão moderno! Muito bem. Afinal são tudo avanços da modernidade. Que fixe.

MM | PG

Portugal das sondagens mostra direita radical a subir nas intenções de voto

Partidos à direita somam mais intenções de voto do que o PS, Bloco sobe, Chega desce e CDS quase desaparece

Bloco de Esquerda estabiliza no terceiro lugar, enquanto o Chega sofre quebra, revela sondagem da Aximage feita para “TSF”, “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias”

A soma das intenções de voto nos partidos à direita (38,6%) é superior às intenções de voto do Partido Socialista (38,2%). Os dados são revelados pela sondagem da Aximage feita para “TSF”, “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias”. O principal partido da oposição voltou a recuperar o resultado obtido em março, tendo neste momento 26,1% das intenções de voto.

Os últimos dados colocam o Bloco de Esquerda no terceiro lugar, com 9,2% das intenções de voto, beneficiando da quebra do Chega. O partido liderado por André Ventura ocupa o quarto lugar com 7,2% (menos 1,3 pontos percentuais face à sondagem de março).

A nova direita (Chega e Iniciativa Liberal) soma, agora, mais 10 pontos percentuais do que nas legislativas de há dois anos - o que daria assento parlamentar a duas dezenas de deputados. Contudo, a direita clássica teria menos cinco pontos, uma quebra que se deve ao CDS: os centristas somam 0,4% dos votos. Há outro dado muito revelante: cerca de 39,2% dos eleitores do CDS nas últimas legislativas transferem o voto para o Chega.

Já a CDU, apesar de apresentar um resultado pior do que nas legislativas, mantém-se estável nas sondagens. Neste momento conta com 5,7% das intenções de voto.

A sondagem contou com 830 entrevistas, recolhidas entre 22 e 25 de abril, a cidadãos portugueses a residir no país, com mais de 18 anos. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,4%.

Expresso

O delírio verde anti-euro-asiático de Biden e a corrida para a irrelevância dos EUA

# Publicado em português do Brasil

Matthew Ehret* | Strategic Cukture Foundation

Os deuses certamente enlouqueceram as elites que administram o Ocidente, mas ainda não se sabe se o mundo inteiro terá de pagar o preço por sua insanidade.

Muitas pessoas não puderam deixar de rir quando Biden disse ao Boris Johnson em 26 de março que os EUA e seus aliados da OTAN deveriam criar “um plano de infraestrutura para rivalizar com a Iniciativa Belt and Road” rapidamente. Qual seria a aparência desse programa? Como seria financiado quando os EUA estão tão embaraçosamente falidos? Quem, entre as nações do mundo, pensaria em comprar uma passagem para um navio que está afundando?

Demorou algumas semanas para que os detalhes finalmente surgissem, mas no final da Cúpula do Clima de 22 e 23 de abril, organizada por Biden, John Kerry e Anthony Blinken, tornou-se abissalmente claro quais delírios se apoderaram do pobre presidente.

Depois de anunciar uma política de redução de carbono de 52% abaixo dos níveis de 2005 até 2050, Biden rapidamente comprometeu os EUA com o que ele chamou de o plano de infraestrutura mais abrangente da história, com um programa de infraestrutura do tipo Green New Deal de US $ 2 trilhões projetado para reviver a política do 32º da América. presidente Franklin Delano Roosevelt. Espelhando o Civilian Conservation Corps de FDR, Biden até planejou um Civilian Climate Corps, junto com um Green Climate Bank, em paralelo com a Reconstruction Finance Corporation de FDR.

A pegada? A versão de Biden foi escrita pelos mesmos tecnocratas financeiros com os quais FDR entrou em guerra há 80 anos e, ao contrário da versão de FDR, a versão verde moderna do New Deal terá o efeito de destruir as potências industriais produtivas e os padrões de vida da nação, uma vez que as redes verdes são construídos.

EUA | Caso George Floyd tem veredito, mas os conflitos sociais continuam

David Chan* | Plataforma | opinião

Após cerca de três semanas em tribunal, o polícia branco Derek Chauvin foi acusado do homicídio do afro-americano George Floyd. Um júri de 12 pessoas na cidade de Mineápolis, Estado do Minnesota, declarou o polícia como culpado das três acusações: homicídio involuntário em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio em segundo grau. Derek Chauvin poderá ter pela frente uma pena total de 75 anos de prisão, segundo o sistema judicial americano, por se ter declarado inocente. Além de ser um caso controverso, a população irá ainda prestar atenção e interpretar a posição de figuras políticas de ambos os partidos (Republicano e Democrata) após a conclusão do processo.

O homicídio de Floyd, morto por asfixia depois de imobilizado pelo joelho de Derek Chauvin polícia, é considerado como um ponto de viragem nas eleições presidenciais americanas de 2020. A partir desse dia, o candidato democrata Joe Biden conquistou os eleitores de classe média e baixa, posicionando-se num pedestal moral e derrotando Trump. Esta vitória histórica foi acompanhada pelo apoio de Nancy Pelosi e subsequentes eventos no Capitólio, abrindo caminho para a administração de Biden.

O lado democrata, incluindo Pelosi e o recém-eleito Biden, beneficiando da morte de Floyd, apenas repetiram o discurso politicamente correto de “Black Lives Matter”. Floyd morreu e o polícia que o matou foi acusado de “discriminação racial”. Biden e Pelosi parecem não ver grande valor na vida de Floyd além disso. Porém, Pelosi volta a promover a vida de Floyd e dos restantes afro-americanos, uma vez que pretende uma “canonização” George Floyd. Pelosi também colocou a nação de joelhos após o veredicto, agradecendo a Floyd o sacrifício pela justiça. “Obrigada por chamar pela sua mãe, que deve ter ficado de coração partido quando o ouviu dizer: ´Não consigo respirar!´. Mas graças a si, e a milhares de pessoas de todo o mundo que se juntaram pela mesma causa, o seu nome é agora sinónimo de justiça. Agora teremos de garantir que a justiça triunfa”

O que quer o grupo de Pelosi? Consolidar apoio, transformando o caso de George Floyd no fim do Partido Republicado.

Pelosi ajoelhou-se, obrigou a nação a fazer o mesmo. Conflitos sociais e raciais Continuam a acontecer no país.

*Editor Senior do Plataforma

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Myanmar. Embaixadas de mais de 15 países pedem libertação de jornalistas

As embaixadas dos Estados Unidos, União Europeia e outros 15 países pediram hoje a reposição da liberdade de imprensa em Myanmar assim como a libertação imediata dos jornalistas presos desde o golpe de Estado.

"Apelamos à libertação imediata de todos os trabalhadores dos meios de comunicação social, o estabelecimento da liberdade de informação e de comunicação e o fim das restrições ao uso da internet, em Myanmar", refere o comunicado conjunto que assinala o dia da liberdade de imprensa. 

O documento é firmado também pelas embaixadas de Espanha, Reino Unido, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, República Checa, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia e Suíça, acreditadas em Myanmar. 

As embaixadas recordam que os jornalistas e trabalhadores e meios de comunicação social têm sido "alvo de repressão" no país.

Uma guerra mais ampla chegando a Mianmar

# Publicado em português do Brasil

Ataques não reclamados a bases aéreas militares sinalizam uma possível propagação da guerra civil de áreas de fronteira remotas para centros urbanos

CHIANG MAI - Nenhum grupo assumiu ainda a responsabilidade por vários ataques, quase simultâneos, a alvos militares no centro de Mianmar, incluindo bases aéreas recentemente usadas para alvejar grupos armados étnicos nas áreas de fronteira do país.

Analistas de segurança, no entanto, acreditam que os ataques sombrios são provavelmente o trabalho de uma aliança entre rebeldes étnicos e dissidentes pró-democracia de base urbana, com os primeiros fornecendo os explosivos e os últimos com conhecimento das condições locais no coração de Mianmar.

Se essa avaliação for precisa e os resultados não forem incidentes isolados, isso pode significar que as guerras civis de longa duração e de baixa intensidade em Mianmar estão se espalhando de áreas de minorias étnicas na periferia do país para as principais cidades e vilas.

Três meses depois que os principais generais tomaram o poder de um governo eleito pelo povo e apesar do fato de militares e policiais terem abatido mais de 750 e prendido mais de 4.000 manifestantes, as pessoas ainda estão bravamente tomando as ruas para expressar sua raiva com o golpe.

Covid na Índia: 'Centenas de jornalistas perderam suas vidas'

# Publicado em português do Brasil

Nosso correspondente do Sul da Ásia reflete sobre uma catástrofe que agora está afetando a vida de quase todas as pessoas no país

Recentemente, você perdeu um colega próximo, Kakoli Bhattacharya , para a Covid-19. Você pode nos contar sobre ela e o importante trabalho que ela fez?

Kakoli era a assistente de notícias do Guardian aqui e trabalhava para nós desde 2009. Ela podia encontrar qualquer número ou contato de que eu precisava e amenizou todos e quaisquer desafios burocráticos que o trabalho na Índia pode apresentar. Ela tornou a reportagem aqui uma grande alegria, quando poderia ser um grande desafio, e ela foi muito bem vista por jornalistas de outras organizações também. Mais do que isso, porém, foi ela quem me deu as boas-vindas a Delhi. Ela conhecia a região de dentro para fora. Ela era incrivelmente calorosa e era alguém a quem eu sempre poderia recorrer. A cobertura do Guardian na Índia não será a mesma sem ela.

Falámos pela última vez no outono de 2020, quando a crise estava começando a aumentar, mas havia questões mais urgentes sendo enfrentadas, como o deslocamento de trabalhadores migrantes . Como a situação mudou desde então?

A primeira onda da Índia ocorreu entre julho e setembro de 2020, mas em novembro, os casos haviam caído para níveis extraordinariamente baixos. Ninguém conseguia explicar por que o país havia se recuperado tão rapidamente e parecia estar evitando uma segunda onda. Todos os tipos de razões foram apresentadas para explicar o porquê. As pessoas estavam falando sobre a Índia ter alcançado imunidade de rebanho, sobre os indianos serem de alguma forma naturalmente imunes devido à presença de outros vírus aqui, outros estavam comemorando o governo Modi e dizendo que o haviam derrotado - o que ignorou as enormes crises que acontecem para grupos de trabalhadores migrantes deslocados , e o fato de que centenas de milhões de pessoas foram empurradas de volta para a pobreza.

Logo as mesquitas e templos foram reabertos para casamentos, festas e cerimônias religiosas. Uma cultura de complacência se desenvolveu e as pessoas pararam de ter medo de Covid, o que eu acho que talvez seja o erro mais terrível que já foi cometido. Em fevereiro, os casos começaram a aumentar cada vez mais, primeiro em Maharashtra, onde fica Mumbai, e depois em Delhi - ponto em que o sistema realmente começou a entrar em colapso. Estamos agora em uma crise, onde os hospitais estão sem suprimentos de oxigênio, os corpos estão se acumulando nos crematórios e, na verdade, todas as vidas aqui foram tocadas pelo vírus. É difícil saber quando isso vai acabar.

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