quarta-feira, 27 de abril de 2022

HÁ TROPAS RUSSAS NA UCRÂNIA - Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O senhor António Guterres foi a Moscovo fazer a descoberta do século: Há tropas da Federação Russa na Ucrânia e não há tropas ucranianas na Federação Russa. Temos secretário-geral da ONU para o que der-e-vier. Num gesto de solidariedade vou revelar a sua excelência coisas extraordinárias que vão ajudá-lo a desembrulhar-se no cumprimento do seu elevado cargo. Há tropas da França no Mali e não há tropas malianas em França. Há tropas dos EUA no Iraque e não há tropas iraquianas nos EUA. Por aqui me fico. Estas revelações já lhe dão pano para mangas. Vá a Washington e a Paris rapidamente, antes que esses militares passem à reforma.

Tenho mais uma informação que talvez seja importante para o senhor secretário-geral da ONU. Na Ucrânia há tropas norte-americanas, francesas, britânicas, canadianas e de outras nacionalidades. Nazis de todo o mundo, unidos! Um general dos EUA foi cangado quando tentava fugir de Mariupol como se nada tivesse a ver com os nazis. Outro general canadiano foi apanhado à saída de um cano de esgoto. Oficiais britânicos renderam-se e estão presos. Numa base da OTAN (ou NATO) perto de fronteira com a Polónia morreram militares de várias nacionalidades, quando um míssil hipersónico e altamente mortífero rebentou com aquilo tudo. 

Pela primeira vez desde que começou a operação militar da Federação Russa na Ucrânia para desarmar e desnazificar o país se falou no Acordo de Minsk. Coisa estranha! Mas eles existiram e a Ucrânia nunca os respeitou, pelo contrário, após a sua assinatura na Bielorrússia, as hordas nazis do Batalhão de Azov iniciaram um genocídio no Leste do país.

O acordo foi assinado em 2015 e previa estabelecer um estatuto político próprio para os dois territórios separatistas do Leste,  Donetsk e Lugansk, de forma a dar garantias de paz na Europa. Segundo o texto, a Ucrânia concedia autonomia às duas regiões separatistas, em troca da recuperação da fronteira leste, com a Rússia. 

Os Acordos de Minsk foram assinados entre a Federação Russa, a Ucrânia, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e representantes das repúblicas separatistas, sob mediação da França, representada pelo presidente François Hollande, e da Alemanha, representada pela chanceler alemã, Ângela Merkel. O objectivo era acabar com os combates no Donbass.

O documento tinha  13 pontos e um deles era a aprovação de uma nova Constituição ucraniana, que incluísse a autonomia de Donetsk e Lugansk, o direito à autodeterminação linguística (falam a língua russa), a nomeação de procuradores e juízes, a intervenção de autoridades locais e a cooperação regional. Tinham direito de veto caso a Ucrânia quisesse aderir à OTAN (ou NATO). Estavam ainda previstas eleições locais. Em contrapartida, a Ucrânia recuperava o controlo da fronteira com a Rússia. O governo da Ucrânia não cumpriu um único dos 13 pontos acordados em Minsk. Pelo contrário.

As milícias nazis foram enviadas para o Donbass e iniciaram aquilo a que a ONU classificou de genocídio, que já custou a vida a 15 000 civis e fez mais de um milhão de refugiados. O senhor António Guterres, com o parlapiê escanifobético de sacristia que o caracteriza, disse em Moscovo, nas barbas do ministro russo Sergey Lavrov, que os Acordos de Minsk não passaram pela ONU, logo ele nada tem a ver com isso. Tanta hipocrisia num homem só!

O senhor presidente Zelensky, com aquele estilo de kaporrotista, anunciou ufano que tinha dado ordens para serem libertados tosos os presos de delito comum para ajudarem a combater os invasores. Sabem o que deu? Andam a roubar e a matar as populações civis. Como era de esperar. Os nazis do Batalhão de Azov, integrados nas forças armadas e na Guarda Nacional, quando não aguentam as suas posições, sabem o que fazem? Disparam armas pesadas contra prédios e hospitais, para depois culparem as tropas russas.

Muda o disco. O PSD português vai ter nova liderança. Um dos candidatos é Jorge Moreira da Silva, um político honesto, de mãos limpas, inteligente e tanto quanto tem mostrado publicamente, politicamente honesto. Mas é muito ingénuo. Numa entrevista disse que o partido nazi e fascista Chega teve 7,8 por cento dos votos nas últimas eleições mas isso não significa que esse seja o número de portugueses que perfilham essa ideologia. Como está enganado! Que engano de alma!

Basta olhar para o inquilino do Palácio de Belém, para a direcção do Partido Socialista, para o governo e para o presidente da Assembleia da República. Logo se percebe que o Chega representa apenas uma pequena parte dos nazis e fascistas portugueses. A parte de leão foi para o Partido Socialista, PSD (que ele agora quer liderar) e Iniciativa Liberal. Uma pequeníssima parte faz figura no Bloco de Esquerda, arma ao serviço de um tal Francisco Louçã, fascista de falinhas mansas, tipo Salazar arrependido. Claro que todos eles se dizem democratas. Todos falam de liberdade (na boca deles, essa palavra é um insulto soez). Todos garantem que amam o Estado de Direito. Mas todos são falsos como Zelensky. 

Como diria o Tio Célito, em Portugal são todos ucranianos. São todos apoiantes dos nazis. Todos, menos os comunistas e uma minoria em extinção, que nada tem a ver com o Partido Comunista Português. Não tarda muito, vão ter que se unir no combate contra o fascismo triunfante, 48 anos depois da Revolução do 25 de Abril.

E o senhor presidente Putin? Um prócere da direita eclesiástica. Mas não ilegalizou o Partido Comunista. Além disso, nesta guerra contra a OTAN (ou NATO) e o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) é ele que tem razão. E os pobres ucranianos morrendo ou fugindo. Um povo inteiro reduzido a carne para canhão.

*Jornalista

1 comentário:

mensagensnanett disse...

-> Europeus-do-sistema: um bando de hipócritas!
-> Patriotas ucrânianos: um bando de parvos!
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A guerra da Ucrânia é MAIS DO MESMO:
- têm sido muitas as guerras pensadas no sentido de, no caos, no final, as mais variadas riquezas ficarem na posse da alta finança (nomeadamente, na posse de multinacionais Ocidentais).
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Se estivessem, realmente, interessados em paz, os europeus-do-sistema não bloqueavam a introdução da Taxa Tobin: muitas guerras tinham sido evitadas; de facto:
- a Taxa Tobin seria utilizada para que fossem empresas autóctones, e não multinacionais Ocidentais, a explorar as suas riquezas.
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Zelensky (e seus boys) são boys das negociatas das multinacionais Ocidentais.
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Zelensky (e seus boys) estiveram em conluio com 'gurus' da NATO... quando estes andaram a fazer ameaças/provocações à Russia:
-> secretário geral da NATO: «a Russia vai ter cada vez mais NATO nas suas fronteiras».
-> outros 'gurus': «a globalização vai entrar pela Russia a dentro» (multinacionais a comprar...).
etc
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O hipócrita Ocidental andou a ameaçar, e a provocar, a Russia no sentido se intervir... anda a mandar armas para a Ucrânia...
resultado:
- as armas da NATO vão expulsar os russos da Ucrânia.
- tal como sucedeu em muitos outros territórios... as principais riquezas da Ucrânia vão passar para as mãos de multinacionais Ocidentais!
- para melhor rentabilizar os seus investimentos, as multinacionais vão exigir substituição populacional...
e... os europeus-do-sistema vão acusar os patriotas ucrânianos de «racistas/xenófobos».
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Mais:
- o hipócrita Ocidental bloqueia a investigação à forma como chegam armas a 'grupos rebeldes', que não possuem fábricas de armamento... e cujas guerras/revoluções são usadas para destituir «governos não-amigos» (não interessados em vender)
Sim:
-> O hipócrita Ocidental está preocupado é em acusar/ silenciar (com a acusação de serem racistas/xenófobos) os Identitários que dizem o óbvio:
- «os países que fazem chegar armas a 'grupos rebeldes' é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
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Os boys e girls do cidadanismo de Roma que se entendam!...
---> LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO DESSE PESSOAL:
-> separatismo-50-50: Separatismo Identitário.
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O cidadão de Roma XX-XXI continua igual ao cidadão de Roma de há 2000 anos atrás:
- é o velho discurso de ódio cidadanismo de Roma, isto é, o discurso de ódio tiques-dos-impérios, isto é, ódio à existência de outros, isto é, o ódio à existência de povos autóctones dotados da Liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo.
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O cidadanismo de Roma XX-XXI está, hipocritamente, travestido de ' combate ao racismo e xenofobia'.
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Sim:
- Os Identitários reivindicam Libetdade/Distância/Separatismo do europeu-do-sistema; por motivos óbvios:
-> NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
Não foi:
- o ódio tiques-dos-impérios!...
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O que há a dizer aos boys e girls do sistema é simples e óbvio:
- DEVOLVAM TERRITÓRIOS/RIQUEZAS ROUBADAS A POVOS AUTÓCTONES!
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com

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