terça-feira, 24 de maio de 2022

"Estratégia Indo-Pacífica" dos EUA está fadada ao fracasso, diz chanceler chinês

Guangzhou, 23 mai (Xinhua) -- A chamada "Estratégia Indo-Pacífica" dos Estados Unidos está fadada ao fracasso, disse no domingo Wang Yi, conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês.

#Publicado em português do Brasil

Wang fez o comentário ao se encontrar com a imprensa depois de conversar com o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Bilawal Bhutto Zardari, na cidade de Guangzhou, sul da China.

Quando perguntado sobre a chamada "Estratégia Indo-Pacífica" sendo vigorosamente promovida pelos Estados Unidos para conter a China, Wang apontou que "a 'Estratégia Indo-Pacífica' dos EUA está causando cada vez mais vigilância e preocupação na comunidade internacional, especialmente na região da Ásia-Pacífico".

Isso porque a chamada estratégia desistiu de sua intensão, tentando não apenas apagar o nome "Ásia-Pacífico" e a efetiva arquitetura de cooperação regional na região, como também apagar as conquistas e o impulso de desenvolvimento pacífico criado pelos esforços concertados dos países na região ao longo das últimas décadas, informou Wang.

Segundo ele, as pessoas da Ásia-Pacífico ainda se lembram dos conflitos e confrontos causados pela hegemonia e querem estabilidade nacional e uma vida feliz, enquanto os países da região não querem tomar partido e esperam que os países possam viver juntos na harmonia e buscar uma cooperação de ganho mútuo.

A tendência dos tempos da região é avançar na integração regional e construir uma comunidade da Ásia-Pacífico com um futuro compartilhado, destacou Wang, observando que o crescimento de 6,3% na Ásia em 2021 não veio facilmente em meio à pandemia, dando crédito à solidariedade dos países regionais e ao trabalho árduo das pessoas.

Wang criticou os Estados Unidos por criarem a "Estratégia Indo-Pacífica" para formar pequenos grupos em nome da liberdade e abertura, ressaltando que seu objetivo é conter a China.

O que é particularmente perigoso é que os Estados Unidos jogam a "carta de Taiwan" e a "carta do Mar do Sul da China" para trazer o caos à região, acrescentou.

De acordo com ele, os fatos provarão que a chamada ""Estratégia Indo-Pacífica" é, em essência, uma estratégia de criar uma divisão, incitar um confronto e minar a paz. Não importa como seja embalado ou disfarçado, inevitavelmente falhará no final.

Ao responder a uma pergunta sobre o chamado "Quadro Econômico Indo-Pacífico" (IPEF, em inglês) dos EUA, Wang disse que a China, como outros países na região, acolhe iniciativas que conduzam ao fortalecimento da cooperação regional, mas se opõe a tentativas de criar divisão e confronto.

Wang declarou a proposta da China de avaliar o chamado "IPEF":

Primeiro, deve defender o livre comércio em vez de perseguir o proteccionismo. Ao se retirar da Parceria Trans-Pacífico, os Estados Unidos foram para o oposto do livre comércio, enfatizou Wang, acrescentando que o que os Estados Unidos devem fazer é seguir as regras de livre comércio, ao invés de começar algo novo e minar a existente arquitetura de cooperação regional.

Segundo, deve contribuir para a recuperação econômica global em vez de minar a estabilidade da cadeia industrial. Os Estados Unidos estão tentando acelerar a recuperação da economia global ou estão tentando a criar dissociação econômica, bloqueio tecnológico e ruptura industrial e agravar a crise da cadeia de suprimentos? Os Estados Unidos devem aprender lições com a guerra comercial que lançou contra a China há alguns anos, que trouxe graves consequências para o mundo e para os próprios Estados Unidos, observou Wang.

Terceiro, deve promover abertura e cooperação em vez de criar confronto geopolítico. Se o IPEF se tornar uma ferramenta política para os Estados Unidos salvaguardarem sua hegemonia econômica regional e excluir deliberadamente países específicos, seria um caminho errado a seguir. Wang perguntou se os Estados Unidos estão politizando, armando e ideologizando questões econômicas e usando meios econômicos para coagir os países da região a escolherem um lado entre a China e os Estados Unidos.

A China se tornou o maior parceiro comercial da maioria dos países da região e seus interesses estão profundamente interligados com os de outros países da região, destacou Wang.

Os que tentam isolar a China com qualquer estrutura acabarão por se isolar, acrescentou ele.

2022-05-23 10:21:28丨portuguese.xinhuanet.com

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