Prossegue em Angola campanha para eleições de 24 de agosto. As formações políticas com menos expressão estão satisfeitas pela forma como os eleitores têm recebido seus projetos e acreditam que vão obter bons resultados.
Satisfeitos e confiantes pela receção dos seus projetos de governação pelos eleitores. É assim que os políticos que participam pela primeira vez das eleições gerais caraterizam os primeiros 12 dias da campanha eleitoral.
As três formações políticas Aliança Patriótica Nacional (APN), o Partido Nacionalista para Justiça em Angola – (P-NJANGO) e o Partido Humanista Angolano (PHA)- distanciam-se da chamada bipolarização política, entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA) na oposição.
"Confiantes"
Laurinda Chingonga, porta-voz do Partido Humanista Angolano, afirma que o seu partido está satisfeito pelo acolhimento que os eleitores tem dados ao programa de governação do seu partido e está confiante em bons resultados.
"As pessoas estão a aderir em massa, a identificar-se com aquilo que é o nosso objetivo e discurso da nossa candidata. Está a ser uma experiência muito boa", disse.
O partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-NJANGO), liderado pelo antigo dirigente da UNITA, Dinho Chingunji, destaca a adesão dos jovens aos eventos políticos organizados pelo partido como prova da aceitação das suas ideias políticas.
Também o partido, Aliança Patriótica Nacional, que tem à testa Quintino Moreira, ex-presidente da extinta Nova Democracia, também está otimista na obtenção de bons resultados nas eleições de 24 de agosto.
Em entrevista à DW, o vice-presidente daquela formação política, Noé Mateus, fala numa campanha acirrada onde as oito formações concorrentes procuram atrair os eleitores para os seus projetos políticos.
"Continuamos acreditar que o nosso país vai conseguir, mais uma vez, realizar de forma ordeira, disciplinada e exemplar, mais um pleito eleitoral", disse.
Bipolarização da campanha eleitoral
Quanto à alegada bipolarização da campanha eleitoral, com discursos musculados entre o MPLA e a UNITA, Noé Mateus, espera que, os dois maiores partidos mudem de posicionamento, e limitem a sua atividade ao combate de ideias e projetos político.
"Os períodos eleitorais representam a força da democracia e Angola está, praticamente no seu quarto pleito eleitoral, após o conflito armado. Esperamos fazer aquilo que fizemos em 2008, 2012, 2017 em 2022", disse.
O partido Humanista alinha no mesmo diapasão. Laurinda Chingonga diz que o seu partido está focado na partilha e divulgação do seu programa de Governo para que os angolanos votem na sua líder.
"Nós apenas viemos para cumprir com aquilo que é o nosso objeto é devolver a dignidade humana, porque nós primamos pelo humanismo", disse ela.
José Adalberto | Deutsche Welle
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