sábado, 6 de agosto de 2022

Eleições em Angola: Partidos estreantes satisfeitos com a receção dos seus projetos

Prossegue em Angola campanha para eleições de 24 de agosto. As formações políticas com menos expressão estão satisfeitas pela forma como os eleitores têm recebido seus projetos e acreditam que vão obter bons resultados.

Satisfeitos e confiantes pela receção dos seus projetos de governação pelos eleitores. É assim que os políticos que participam pela primeira vez das eleições gerais caraterizam os primeiros 12 dias da campanha eleitoral.

As três formações políticas Aliança Patriótica Nacional (APN), o Partido Nacionalista para Justiça em Angola – (P-NJANGO) e o Partido Humanista Angolano (PHA)- distanciam-se da chamada bipolarização política, entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA) na oposição.

"Confiantes"

Laurinda Chingonga, porta-voz do Partido Humanista Angolano, afirma que o seu partido está satisfeito pelo acolhimento que os eleitores tem dados ao programa de governação do seu partido e está confiante em bons resultados.

"As pessoas estão a aderir em massa, a identificar-se com aquilo que é o nosso objetivo e discurso da nossa candidata. Está a ser uma experiência muito boa", disse.

O partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-NJANGO), liderado pelo antigo dirigente da UNITA, Dinho Chingunji, destaca a adesão dos jovens aos eventos políticos organizados pelo partido como prova da aceitação das suas ideias políticas.

Também o partido, Aliança Patriótica Nacional, que tem à testa Quintino Moreira, ex-presidente da extinta Nova Democracia, também está otimista na obtenção de bons resultados nas eleições de 24 de agosto.

Em entrevista à DW, o vice-presidente daquela formação política, Noé Mateus, fala numa campanha acirrada onde as oito formações concorrentes procuram atrair os eleitores para os seus projetos políticos.

"Continuamos acreditar que o nosso país vai conseguir, mais uma vez, realizar de forma ordeira, disciplinada e exemplar, mais um pleito eleitoral", disse.

Bipolarização da campanha eleitoral

Quanto à alegada bipolarização da campanha eleitoral, com discursos musculados entre o MPLA e a UNITA, Noé Mateus, espera que, os dois maiores partidos mudem de posicionamento, e limitem a sua atividade ao combate de ideias e projetos político.

"Os períodos eleitorais representam a força da democracia e Angola está, praticamente no seu quarto pleito eleitoral, após o conflito armado. Esperamos fazer aquilo que fizemos em 2008, 2012, 2017 em 2022", disse. 

O partido Humanista alinha no mesmo diapasão. Laurinda Chingonga diz que o seu partido está focado na partilha e divulgação do seu programa de Governo para que os angolanos votem na sua líder.

"Nós apenas viemos para cumprir com aquilo que é o nosso objeto é devolver a dignidade humana, porque nós primamos pelo humanismo", disse ela.

José Adalberto | Deutsche Welle

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