Em 2021, Portugal subiu de 13.º para 8.º na lista de países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social. O aumento de 2,4 pontos percentuais representa o pior agravamento nas condições de vida das famílias a nível europeu.
No ano passado, 95,4 milhões de pessoas na União Europeia, o equivalente a 21,7% da população, estavam em risco de pobreza ou exclusão social, ou seja, viviam em agregados familiares com pelo menos um dos três riscos de pobreza e exclusão social (risco de pobreza, privação social e/ou viver num agregado familiar com intensidade de trabalho muito baixa). Face a 2020, registou-se um aumento de 0,1%. De acordo com o Eurostat(link is external), cerca de 5,9 milhões de pessoas (1,3% da população total) viviam em agregados familiares que enfrentam simultaneamente os três riscos de pobreza e exclusão social. Em 2021, 73,7 milhões de pessoas na UE estavam em risco de pobreza, enquanto 27 milhões estavam gravemente desfavorecidas material e socialmente e 29,3 milhões viviam num agregado familiar com baixa intensidade de trabalho.
As percentagens mais elevadas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram registadas na Roménia (34%), Bulgária (32%), Grécia e Espanha (ambos 28%). E as percentagens mais baixas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram registadas na República Checa (11%), Eslovénia (13%) e Finlândia (14%). Já Portugal subiu de 13.º para 8.º, com 22,4% de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (20% em 2020), acima da média da UE. Conforme sublinha o jornal (link is external)Público(link is external), o aumento de 2,4 pontos percentuais representa o pior agravamento nas condições de vida das famílias a nível europeu.
O Inquérito ao Rendimento e Condições de Vida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado em dezembro de 2021, e referente aos rendimentos do ano anterior, já revelava que o primeiro ano da pandemia fez 228 mil novos pobres e que 18,4% da população estava já abaixo da linha de pobreza, o que representa um aumento de 2,2 pontos percentuais face a 2019. Já o número de trabalhadores pobres tinha subido de 9,6% para 11,2%.
Esquerda.net | Imagem: Paulete Matos
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