sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Portugal regista pior agravamento nas condições de vida das famílias na UE

Em 2021, Portugal subiu de 13.º para 8.º na lista de países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social. O aumento de 2,4 pontos percentuais representa o pior agravamento nas condições de vida das famílias a nível europeu.

No ano passado, 95,4 milhões de pessoas na União Europeia, o equivalente a 21,7% da população, estavam em risco de pobreza ou exclusão social, ou seja, viviam em agregados familiares com pelo menos um dos três riscos de pobreza e exclusão social (risco de pobreza, privação social e/ou viver num agregado familiar com intensidade de trabalho muito baixa). Face a 2020, registou-se um aumento de 0,1%. De acordo com o Eurostat(link is external), cerca de 5,9 milhões de pessoas (1,3% da população total) viviam em agregados familiares que enfrentam simultaneamente os três riscos de pobreza e exclusão social. Em 2021, 73,7 milhões de pessoas na UE estavam em risco de pobreza, enquanto 27 milhões estavam gravemente desfavorecidas material e socialmente e 29,3 milhões viviam num agregado familiar com baixa intensidade de trabalho.

As percentagens mais elevadas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram registadas na Roménia (34%), Bulgária (32%), Grécia e Espanha (ambos 28%). E as percentagens mais baixas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram registadas na República Checa (11%), Eslovénia (13%) e Finlândia (14%). Já Portugal subiu de 13.º para 8.º, com 22,4% de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (20% em 2020), acima da média da UE. Conforme sublinha o jornal (link is external)Público(link is external), o aumento de 2,4 pontos percentuais representa o pior agravamento nas condições de vida das famílias a nível europeu.

O Inquérito ao Rendimento e Condições de Vida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado em dezembro de 2021, e referente aos rendimentos do ano anterior, já revelava que o primeiro ano da pandemia fez 228 mil novos pobres e que 18,4% da população estava já abaixo da linha de pobreza, o que representa um aumento de 2,2 pontos percentuais face a 2019. Já o número de trabalhadores pobres tinha subido de 9,6% para 11,2%.

Esquerda.net | Imagem: Paulete Matos

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