segunda-feira, 7 de março de 2022

Programa de armas biológicas da Ucrânia apoiado pelos EUA: falso ou crível?

* Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

As alegações da Rússia sobre o programa de armas biológicas da Ucrânia, apoiado pelos EUA, são críveis, uma vez que se alinham com as intenções consistentemente hostis dos Estados Unidos, impulsionadas por seu desejo interesseiro de destruir seu rival histórico por meio da Guerra Híbrida. Se o presidente Putin não tivesse ordenado a operação especial de seu país quando o fez, é muito provável que a Ucrânia logo teria obtido essas armas e as alavancado com o apoio dos EUA para chantagear a Rússia à submissão.

O Ministério da Defesa russo compartilhou a surpreendente revelação no domingo de que os EUA estariam ajudando a Ucrânia a fabricar ilegalmente armas biológicas. De acordo com o porta-voz Igor Konashenkov, Kiev recentemente ordenou a destruição desses patógenos e documentos relacionados a experimentos relacionados por pânico após o início da operação militar especial da Rússia naquela ex-república soviética vizinha. A Sputnik publicou um relatório detalhado sobre esse desenvolvimento que deve ser lido por aqueles que ainda não estão familiarizados com a delicada questão dos biolaboratórios dos EUA surgindo nas fronteiras da Rússia.

A GreatGameIndia também informou poucos dias antes da revelação do Ministério da Defesa da Rússia de que “A Embaixada dos EUA remove todas as evidências do laboratório de armas biológicas da Ucrânia”, dentro do qual o canal também vinculou materiais arquivados desse site diplomático oficial confirmando a existência dessas instalações. Os Estados Unidos negam oficialmente essas alegações e sustentam consistentemente que seus laboratórios biológicos estrangeiros não produzem armas ilegais, embora a Rússia suspeite que seu rival não esteja sendo sincero. Preocupações de alto nível sobre a segurança e a intenção estratégica dessas instalações foram expressas por autoridades russas em 2020 e 2021 .

Todas essas informações devem confundir compreensivelmente o consumidor médio de notícias, que provavelmente já está sobrecarregado com tudo o que está acontecendo nas últimas duas semanas, sem mencionar os últimos dois anos desde o início da pandemia do COVID-19 . É claro que cabe a todos chegarem às suas próprias conclusões sobre se os relatórios da Rússia sobre o programa de armas biológicas da Ucrânia apoiado pelos EUA são falsos ou críveis, mas o autor está convencido de que esta é uma questão muito real e séria, uma vez que complementa as preocupações anteriores da Rússia sobre os EUA da Ucrânia. programa de armas nucleares apoiado .

A grande agenda estratégica da América na Ucrânia é transformar esse país fraterno em um chamado “anti-Rússia” no sentido de manter a liderança de seus representantes fascistas-nacionalistas sobre as burocracias militares, de inteligência e diplomáticas permanentes de Kiev (“estado profundo”) . A imposição gradual de sua ideologia russófoba ao resto da sociedade acabará por colocar a maioria de seu povo contra a nação vizinha, o que, por sua vez, resultará no apoio ao belicismo das autoridades radicais incentivado pelos EUA, impulsionado por seu desatualizado, desacreditado e ideologia ultra-odiosa.

Vendo como os EUA estão protegidos das consequências de seus projetos mortais de dividir para governar na outra metade do mundo, os americanos não seriam tão adversamente afetados se os representantes fascistas de seu governo em Kiev lançassem armas biológicas, químicas ou até nucleares. ataques contra a Rússia. O presidente Putin já revelou em 24 de fevereiro durante seu discurso à nação que “o confronto entre a Rússia e essas forças não pode ser evitado. É apenas uma questão de tempo. Eles estão se preparando e esperando o momento certo.”

Ele elaborou ainda que a OTAN estabeleceu clandestinamente infraestrutura militar na Ucrânia antes de um ataque surpresa planejado contra a Rússia que presumivelmente viria depois que os EUA neutralizassem as capacidades de segundo ataque nuclear de seu alvo por meio da implantação regional contínua de “sistemas antimísseis” e armas de ataque. A Ucrânia pretendia, portanto, servir como plataforma de procuração anti-russa do Ocidente liderado pelos EUA para dar um golpe de misericórdia ao seu rival histórico em um futuro muito próximo, que o presidente Putin prudentemente antecipou por meio de sua intervenção decisiva.

Portanto, não é inacreditável que os EUA tenham de fato apoiado os supostos programas de armas nucleares e biológicas da Ucrânia com a intenção de reforçar suas capacidades militares-estratégicas como a entidade “anti-russa” que eles imaginavam que o país permanecesse indefinidamente. Equipá-lo com tais armas de destruição em massa (WMD) poderia mudar completamente os grandes cálculos estratégicos do Kremlin, colocando-o perpetuamente na defensiva antes de chantagear a Grande Potência da Eurásia por esses meios para realizar concessões unilaterais incessantes destinadas a desmantelá-lo por dentro.  

Todo esse insight sugere que as alegações da Rússia sobre o programa de armas biológicas da Ucrânia apoiado pelos EUA são críveis, uma vez que se alinham com as intenções consistentemente hostis dos Estados Unidos, impulsionadas por seu desejo interesseiro de destruir seu rival histórico através da Guerra Híbrida . Ajudar o desenvolvimento de tais armas de destruição em massa pela Ucrânia seria uma mudança literal no jogo e, portanto, daria aos EUA uma vantagem indefinida sobre a Rússia. Se o presidente Putin não tivesse ordenado a operação especial de seu país quando o fez, é muito provável que a Ucrânia logo teria obtido essas armas e as alavancado com o apoio dos EUA para chantagear a Rússia à submissão. 

*Andrew Korybko -- analista político americano

Ucrânia | Conversações de hoje “não melhoraram significativamente a situação”

Terceira ronda de negociações chega ao fim, com pequenos avanços na "melhoria da logística dos corredores humanitários"

Chegou ao fim a terceira ronda de negociações entre as delegações da Ucrânia e da Rússia na região de Brest, na Bielorrússia.

Há pequenos desenvolvimentos positivos "na melhoria da logística dos corredores humanitários. Continuaram as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança", afirmou Mykhailo Podolyak​,​​​​​​ conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky e um dos representantes da Ucrânia na mesa das negociações.

Citado pela Sky News, Mykhailo Podolyak​ afirmou, no entanto, que as conversações "não melhoraram significativamente a situação" como um todo.

Susete Henriques | Diário de Notícias

PROVIDENCIAR UMA NOVA CONFERÊNCIA DE BANDUNG!

Martinho Júnior, Luanda

O MULTILATERALISMO É UM DESAFIO PARA TODA A HUMANIDADE, 70 ANOS DEPOIS DA CONFERÊNCIA ORIGINAL DE BANDUNG!

“PROCURAR O COMUM E DEIXAR DE LADO A DIFERENÇA”

Em saudação à memória do Comandante Hugo Chavez, revolucionário imprescindível para toda a humanidade, que faleceu a 5 de Março de 2013 e foi decisivo para a construção da democracia, do socialismo e da resistência da Venezuela Bolivariana em pleno século XXI!

O ambiente multilateral que está em construção, um ambiente em que não há mais vocação para a criação de blocos militares supranacionais, nem para a ocupação conforme as práticas de conspiração do Pentágono em função dos exclusivos interesses e conveniências do “hegemon” unipolar, impõe a reconversão contemporânea das iniciativas de todo o Sul Global, integrando o carácter da efectiva mudança de paradigma nestes anos 20 do século XXI.

O multilateralismo está-se evidenciando por suas iniciativas essencialmente económicas. onde o desempenho por via da rede das Novas Rotas da Seda providencia a criação multicultural de novas infraestruturas, estruturas e comércio em cadeia numa orientação ganha-ganha em benefício de toda a humanidade, inspirando os caminhos da lógica com sentido de vida, da segurança vital com paz global!

O multilateralismo pela força de sua afirmação enquanto promotor de multiculturalidade, de progresso e de paz, é uma fonte para a conversão dos dez princípios da Conferência original de Bandung!

Todos os continentes sem excepção devem ser chamados e mesmo os estados que integram pactos militares devem estar presentes como observadores, uma vez que os povos subjugados pela prática de conspiração unipolar devem libertar-se esse jugo e a sua libertação está na presente pegada da Ucrânia! 

Uma Nova Conferência inspirada desde os ideais e as práticas que tiveram início com a original naqueles anos idos da segunda metade do século XX, pode por seu turno estar na origem ou da reciclagem da ONU, ou então na gestação duma outra alternativa inspirada na pujança da própria multilateralidade, ou ainda conforme aos exemplos que estão em curso na experiência colectiva da América Latina (à atenção da ALBA e da UNASUR, por exemplo)!

Libertar os povos que estão ocupados pelos tentáculos militares e de inteligência da parte unipolar em que vive a humanidade, (correspondente ao híbrido EU-NATO), deve ser uma motivação para toda a mudança de paradigma a favor da multilateralidade por via da disseminação de suas “armas” de progresso e de paz, ainda que seja impraticável neste momento, baixar a guarda por causa da arrogância desse império a caminho do colapso (exemplo corrente da expansão a leste da EU-NATO que está a culminar no episódio traumático da Ucrânia).

Os sinais de nazificação do espaço ocidental do imenso continente Eurasiático, o espaço ocupado pelas forças do Pentágono e estimulado pela ficção do híbrido União Europeia – Organização do Tratado do Atlântico Norte, são sinais do colapso dos conceitos que desde a IIª Guerra Mundial animam a IIIª Guerra Mundial não declarada movida pelo império hegemónico e unipolar de facto contra todo o Sul Global, povos europeus incluídos, por que quase sempre têm sido motivo de “carne para canhão”!

Os mentores da Guerra no ocidente da Eurásia estão agora e mais que nunca, remetidos contra a parede do Atlântico!

Nesse aspecto, quer a República Popular da China (que esteve presente em Bandung e tem sido um garante dos 5 princípios da coexistência pacífica), quer a Federação Russa, não pertencendo qualquer deles a um Tratado de ordem militar supranacional, enquanto potenciadores de multilateralismo fazem parte integrante do Sul Global e são mais que nunca também Não-Alinhados, correspondendo ao espírito de Bandung!

Uma Conferência Global reciclada pelo multilateralismo, que se inspire na Conferência de Bandung, seria a forma mais marcante da actual mudança de paradigma na gestação dum mundo de progresso e paz com segurança vital, a melhor forma de se comemorar o 70º aniversário da Conferência original!

Martinho Júnior, 7 de Março de 2022

Imagem:

Conferência de Bandung – http://portuguese.people.com.cn/n/2015/0421/c311483-8881504.html - O então premiê chinês Zhou Enlai faz discurso na Conferência de Bandung – http://portuguese.people.com.cn/n/2015/0421/c311483-8881504-2.html


Textos de suporte (a via chinesa com uma sequência de painéis) – http://portuguese.people.com.cn/n/2015/0421/c311483-8881504.html

QUERO SER CÃOZINHO REFUGIADO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Eu já fui refugiado. A Grande Insurreição a 15 de Março de 1961 apanhou-me na cidade do Uíje onde estudava num colégio com internato. Meus pais viviam numa roça no Bindo, entre Camabatela e o Quitexe. Só consegui sair da guerra em Maio. Quando cheguei a Luanda, senhoras da Cruz Vermelha deram-me umas bolachinhas e meteram-me num centro de refugiados mesmo em frente ao Hotel Trópico, que na época não existia. Era um hospital privado (Casa de Saúde Dr. Machado Faria) adaptado para acolher os que fugiam da guerra no norte. No dia seguinte de manhã levaram-me para o Liceu Salvador Correia onde recomecei as aulas interrompidas desde as férias da Páscoa.

Já no final do ano lectivo fui resgatado pelos meus pais e assim terminou a minha condição de refugiado. Tive a minha conta. Desde então vivo com o temor de um dia ser atirado novamente para a condição de refugiado. Estou incondicionalmente solidário com os refugiados de todas as guerras, sobretudo a nossa gente africana. Também os milhares que morrem afogados no Mediterrâneo, oriundos dos países que a OTAN (ou NATO) e o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) destruíram: Iraque, Síria, Afeganistão, Líbia. Os flagelados da “primavera árabe” que por pouco não pegou em Angola.

Os destruidores desses estados soberanos chamam “migrantes” aos refugiados africanos e do Médio Oriente. Perseguem-nos. Exploram-nos miseravelmente. Fecham-lhes todas as portas. Matam-nos. E eu que já fui refugiado, sozinho face à violência colonialista, sorria e bendizia o pedaço de pão duro. A água suja que me serviam como sopa. Agradecia reconhecido a enxerga estendida num corredor. 

As instalações sanitárias malcheirosas e revestidas de fezes secas, o cheiro a mijo, o peixe-frito sabendo a fénico eram tesouros em comparação com os dois meses que vivi no Uíje. E nem me importava que os professores me ignorassem. Pobres refugiados. Estou com todos!

Os autarcas portugueses na zona onde vivo no meu exílio voluntário uniram-se e estão a preparar o paraíso aos refugiados ucranianos. Os advogados vão dar-lhes assistência jurídica à borla. Psicólogos vão estar com eles de manhã à noite. Têm empregos à espera, casas, transportes, creches, escolas, comidinha. Vão ter tudo que eu não tenho. Quero ser refugiado mas como não sei falar ucraniano, desconfio que me mandam dar uma volta.

Não faz mal. Mas exijo a esses humanistas de plástico que a partir de hoje tratem assim todos os refugiados. E que não chamem migrantes aos desgraçados que fogem dos escombros em que a OTAN (ou NATO) e o estado terrorista mais perigoso do mundo transformaram os seus países. Não vou ter sorte nenhuma. Porque este súbito amor pelos refugiados da Ucrânia tem a ver com a decisão de Washington ter O monopólio da venda do gás. E quando conseguirem apontar os mísseis ao nariz dos russos, voltam a tratar os ucranianos como até há dez dias.

Eu sei como eles são tratados em Portugal. As mulheres só sevem para a prostituição ou empregadas domésticas. Os homens são mão-de-obra barata para a construção civil e para os trabalhos duros que os portugueses não querem fazer. São desprezados, explorados e cospem-lhes na cara. 

Eu vou continuar a respeitá-los. E fico feliz por ver que pelo menos enquanto durar a operação ocidental contra a Federação Russa, os cães e gatinhos que trazem são tratados melhor do que eu. Não tenho inveja de ninguém, muito menos de refugiados. Mas se até há dez dias não tinha o menor respeito pelos estados esclavagistas, colonialistas e imperialistas agora vomito só de pensar que existem e continuam a dominar o mundo. 

Eu sou um libertário mas hoje vou aderir ao gito dos comunistas: De pé, ó vítimas da fome/ De pé, famélicos da terra/ Da ideia a chama já consome/A crosta bruta que a soterra/ Cortai o mal bem pelo fundo.

As agências noticiosas ocidentais e as televisões divulgaram uma declaração do comando do Batalhão de Azov que atribui às tropas da Federação Russa a responsabilidade de impedir a saída de civis de Mariupol pelo corredor humanitário, violando o cessar-fogo acordado. Mentira. Os nazis não deixam sair os civis porque estão a servir-se deles como escudos humanos. O ocidente aplaude entusiasticamente. 

Uma das missões da operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia é desnazificar o país. O “batalhão” é uma milícia nazi que domina toda a região e é acusada pela ONU de uma limpeza étnica. Sim, são nazis assumidos. Mas na conversão da Rússia vale tudo, até apoiar os políticos de extrema-direita que têm o poder na Ucrânia. Espero que isto não acabe tão mal como parece que vai acabar.

* Jornalista 

Portugal | “ELAS TAMBÉM ESTIVERAM LÁ”. NO ALJUBE

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O documentário de Joana Craveiro, que retrata a «invisibilidade das mulheres» durante o Estado Novo e o PREC, vai ser exibido no Museu do Aljube, 8 de Março, para assinalar o Dia Internacional da Mulher.

«Combinando histórias de vida, fotografias e documentos originais», Elas também estiveram lá, realizado pela actriz e encenadora, Joana Craveiro, «reencena essas vidas invisíveis [das mulheres portuguesas] e culmina com uma cena filmada numa pequena sala de cinema, que se acredita ter sido usada pelos censores durante a ditadura portuguesa».

Galardoado com a menção honrosa pelo júri do Festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, «pela imensa criatividade, mistura de formatos, do teatro à reportagem, filme de arquivo e linha pedagógica», o filme reúne estes meios para retratar a invisibilidade das mulheres em acontecimentos históricos no nosso país, «como a ditadura portuguesa de 1926-1974, ou o processo revolucionário de 1974-75».

Estreado em 2021, o documentário teve a sua origem num espectáculo de teatro, homónimo, apresentado em 2018, e que foi nomeado para melhor Texto Português Representado pela Sociedade Portuguesa de Autores, em 2019. Ambos contaram com a produção do Teatro do Vestido, fundado pela autora em 2001.

Elas também estiveram lá será exibido no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, no Museu do Aljube, às 18h.

Imagem: Elas também estiveram lá de Joana Craveiro / Museu do Aljube

AbrilAbril

Portugal covidado | Internamentos e R(t) sobem. Incidência continua em queda

O boletim da DGS indica que nas últimas 24 horas houve 5606 novos casos de covid-19 em Portugal e mais 17 mortos. Há agora 1250 doentes nos hospitais, dos quais 81 em UCI.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta segunda-feira indica que Portugal registou mais 17 mortes e 5606 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

A maioria dos novos casos do dia foi registado em Lisboa e Vale do Tejo (2407), seguido por Norte (991), Centro (739), Madeira (558), Algarve (432), Alentejo (299) e Açores (180).

No que diz respeito a óbitos, Lisboa e Vale do Tejo declarou seis mortos devido à doença, o Centro contabilizou cinco, no Norte foram três, na Madeira houve dois e uma pessoa não resistiu à doença no Alentejo.

No que diz respeito a hospitais, há agora 1250 doentes internados (mais 42 que no dia anterior), dos quais 81 em unidades de cuidados intensivos (menos um do que na véspera).

Em dia de atualização da matriz de risco, de acordo com os dados disponibilizados pela DGS, regista-se uma diminuição da incidência, que é agora de 1398,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes a nível nacional (era de 1512,7 na sexta-feira). Já no continente é de 1316,3 casos (era de 1432,4).

Já o R(t) no território nacional é de 0,84 (era de 0,78 na sexta-feira) e de 0,83 continente (era de 0,76), ou seja, mantém-se a tendência de subida.

Há neste momento 472 781 casos ativos da doença em Portugal, menos 5367 que no dia anterior.

Foram ainda registados mais 10 956 doentes recuperados da covid-19.

A GUERRA E AS DORES DO PARTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL

# Publicado em português do Brasil

"Por mais difícil que seja admitir, é preciso reconhecer que a guerra na Ucrânia é parteira da nova ordem mundial", escreve Jeferson Miola

Jeferson Miola* | Brasil 247

Até onde se conhece, o ser humano é o único ser vivo que se mobiliza e se excita com o trágico humano, com a competição destrutiva, com a cenografia da dor, do sofrimento e da morte do seu semelhante.

O Coliseu, teatro do Império Romano construído há quase 2 mil anos, é um monumento a esta reverência e a este culto do homo sapiens à tragédia, à destruição e à morte humana.

Além de palco para outras representações teatrais, o Coliseu oportunizava a uma audiência de dezenas de milhares de pessoas entretenimentos macabros – combates entre gladiadores até a morte e, também, jogos de morte nos quais humanos eram mortos de maneira terrível, mutilados e dilacerados por animais, ou queimados vivas. O culto ao bárbaro como experiência épica.

É compreensível, portanto, que as pessoas acompanhem e se posicionem acerca da guerra como se estivessem na arquibancada do grande Coliseu midiático e cibernético. Como se estivessem torcendo fervorosamente para seu time de preferência em uma competição esportiva.

Ser pró ou anti-Putin, do mesmo modo que ser pró ou anti-EUA/OTAN não significa ser de direita ou de esquerda. Do mesmo modo que não significa ser pacifista ou belicista ou estar apoiando os “mocinhos” na luta contra os “bandidos”.

Na guerra na Ucrânia não se está definindo se mundo será capitalista ou socialista, como também se será um mundo de paz ou de conflitos.

Brasil | JONATAS, EMBLEMA DO MASSACRE NO CAMPO

# Publicado em português do Brasil

Garoto de 10 anos foi assassinado porque pai se negou a vender as terras. Caso é símbolo da explosão de expulsões de camponeses, terras públicas invadidas e desmatamento recorde. Já os ruralistas legislam em prol dos criminosos

Gabriel Lui e Renato Sérgio de Lima, na Piauí | em Outras Palavras | Ilustração: Carvall

Jonatas Santos, de 9 anos de idade, foi assassinado no momento em que estava escondido embaixo da cama na noite do dia 10 de fevereiro, quando sete homens armados e encapuzados invadiram a casa da família na comunidade do Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, a cerca de 110 km do Recife. Segundo a polícia, a principal linha de investigação indica que a morte teria sido motivada por retaliação ao fato de o pai do menino ter se recusado a vender suas terras para um grupo de traficantes da região, cujo líder, que já está preso por outros crimes, seria o mandante do homicídio. Os requintes de crueldade do caso são chocantes e trazem à tona um processo de recrudescimento da violência no campo e das disputas pela terra no país. O caso dá a noção do aumento da violência e do desmatamento em áreas de expansão da agricultura.

Entre janeiro e agosto de 2021, segundo dados parciais da CPT (Comissão Pastoral da Terra), 418 territórios sofreram “violência contra ocupação e posse”, incluindo os casos de expulsão de territórios, que parece ter sido a razão do ataque à casa de Jonatas. De acordo com a CPT, as expulsões de famílias de suas terras cresceram 153% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em reforço a esses dados e à preocupação sobre como a violência no campo está associada, cada vez mais, à criminalidade organizada, enquanto o Monitor da Violência, parceria do G1 com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o NEV/USP, revelou esta semana que os crimes letais intencionais (homicídios dolosos, lesões seguidas de morte e latrocínios) caíram cerca de 7% no país em 2021, eles subiram 10,8% na região Norte do país, com exceção do Acre.

Esse movimento se justifica pelo fato de, segundo estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública durante a COP26, em novembro do ano passado, a violência da região Norte, onde está a maioria dos estados da Amazônia Legal, apresentar um crescimento acentuado da violência nas áreas rurais e de floresta, o que o associa às dinâmicas que sobrepõem crimes ambientais e/ou fundiários e criminalidade organizada. É verdade que os conflitos fundiários fazem parte da construção do meio rural brasileiro.

O processo de formação da propriedade privada foi marcado pelo estímulo ao exercício da posse como fator de prova da ocupação das terras. O poder político das autoridades e seus aliados combinou-se à extensão das suas propriedades e posses. Com o acúmulo histórico de desinformação e descontrole sobre os limites dessas áreas, a tarefa do poder público de organizar a ocupação do território tem se tornado mais difícil e complexa, abrindo brechas para o controle territorial por parte de grupos criminosos e de pistolagem.

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- O Sol Empobrecido e o Milhafre Milionário

Seke La Bindo

Os tempos eram de vacas magras e de peste, até para os ricos. Os rios deixaram de correr e os pássaros de cantar. A fome era tanta que até os macacos ficavam paralisados no alto das árvores. Os que tinham ouro ficaram pobres, porque o metal precioso ficou lata. Os que tinham dinheiro perderam tudo, porque um pouco de água custava uma fortuna. Apenas o Milhafre Milionário que vivia no alto das montanhas que cercam o Maiombe tinha fortuna, porque a escondeu entre os rochedos pontiagudos onde fez ninho.

O Sol empobrecia todos os dias e lançava sobre a Terra uma luz andrajosa que não iluminava. Estava a dar as últimas. Até que a Lua lhe disse que o Milhafre Milionário era senhor de uma grande fortuna, que escondia nos rochedos da mais alta montanha de Cabinda. Então desceu lá das alturas e encontrou a ave de rapina comendo restos de perdiz.

- Milhafre Milionário, estou muito pobre e já não tenho forças para iluminar a Terra! Podes emprestar-me algum dinheiro? Confia em mim, todo o mundo sabe que não há melhor pagador do que eu.

- Sol, tu que és grandioso como um rei, só me pedes dinheiro porque a vida está péssima. Empresto-te a quantia que quiseres, mas tens que me devolver o empréstimo na próxima Lua Cheia.

O Sol aceitou a proposta e saiu do Maiombe com tanto dinheiro, que as moedas de ouro e prata arrancavam chispas de luz no rio Chiloango. 

Quando chegou a Lua Cheia, o Milhafre Milionário preparou um banquete para receber o Sol. Bom pagador como era, não ia faltar ao prometido. Mas as horas do dia escoaram-se e ninguém apareceu.

PEREGRINAÇÃO TÓXICA

Kuma | Tribuna de Angola | opinião

A campanha permanente de intoxicação levada a cabo pela UNITA apenas muda o tema, a agressão e sabotagem ao Governo e ao Estado de Direito é perene, o aconchego de indigentes amplifica o ruído, mas a concertação é por demais evidente, Victor Hugo Mendes, o exilado indigente que vive de apoios sociais como fugitivo, e Raúl Dinis, o ressabiado ostracizado pelo MPLA, deram o mote para a campanha.

ACJ viajou para os Estados Unidos inserido no mesmo diapasão, ele e Vahekene vão juntar-se a Jardo Muekália e vão reunir-se num escritório em Nova York com um dos maiores especuladores da subversão em África, seguindo depois para Las Vegas onde o aguarda um jantar numa Associação de angolanos, dirigida por Dório Savimbi, vizinho na cidade do jogo de Abel Chivukuvuku, onde 80% dos angolanos são exilados e não têm documentos angolanos, pasme-se oriundos de um país democrático que suporta todas as tropelias da UNITA.

A Campanha de desinformação nota a dificuldade em adquirir documentação nos consulados, é normal para quem tem uma visão clandestina de uma república de bananas, sem requisitos de exigências, abrindo portas à vulnerabilidade terrorista.

A UNITA que alojou também numa coligação clandestina FPU o inexistente PRA-JA, continua desafiando Leis e Instituições, e faz uma diplomacia paralela anti-governamental, como se ainda estivesse no mato em guerrilha assassina.

DENIS KIREV E A SENHORA SAVIMBI - Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Confirmado. Os Serviços de Segurança da Ucrânia (SBU) assassinaram o negociador Denis Kireev,  “por fornecer informações aos russos”. A verdade é bem diferente. Ele defendeu que na próxima ronda de negociações fosse garantido à Federação Russa que o estado ucraniano passava a ser neutral, abdicando da adesão à OTAN (ou NATO). Assim acabava a operação militar para desmilitarizar e desnazificar o país. Os heróis ucranianos são assim, matam até os deles. Tal qual a UNITA de Jonas Savimbi que matou as e os melhores do Galo Negro.

Ana Isabel Paulino, esposa do criminoso de guerra Jonas Savimbi, foi assassinada pelo marido com requintes de malvadez. O crime foi escondido durante muito tempo. Mas a verdade não tem idade nem morre. Ela foi morta porque quando acabou o “congresso” da UNITA no Bailundo, lhe suplicou que aceitasse a Vice-Presidência da República e cumprisse o Protocolo de Lusaka. Ouviu o discurso ante os delegados. Disse-lhes que um líder sem tropas não é nada e tinha chegado o seu fim. O contrário do que garantiu à esposa: A guerra vai continuar!

Ante o embuste, Ana Isabel Paulino pediu-lhe que fizesse exactamente o que disse aos delegados no congresso: Chega de guerra! Vamos para Luanda, não vás para o Andulo. Jonas Savimbi falou com os seus matadores e disse-lhes que Ana Isabel Paulino tinha que ser morta imediatamente porque assim que ele partisse para o Andulo, ela entregava-se às autoridades angolanas. A Senhora Savimbi foi atraída a uma armadilha e os assassinos atiraram-na para o covil de um jimbo enquanto ela se debatia e implorava misericórdia. O marido assistiu a tudo. 

Por implorar pelo fim da guerra, Ana Isabel Paulino foi enterrada viva, a mando de Jonas Savimbi. A sua lucidez foi castigada com a morte. O mesmo sucedeu ao negociador ucraniano Denis Kireev. Defender uma Ucrânia fora da OTAN (ou NATO) custou-lhe a vida. É a democracia deles, União Europeia e o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA).

As angolanas e os angolanos não podem iludir-se com as falinhas mansas da UNITA e a sua esquina com Filomeno e Chivukuvuku. Enchem a boca com a palavra democracia mas têm na cabeça o Savimbi, cada vez mais vivo. Votar no Galo Negro e na sua esquina é votar nas fogueiras da Jamba, nos assassinatos dos adversários políticos, no racismo, na xenofobia, no regresso do colonialismo. E quem discordar é enterrado vivo ou vai para a fogueira. Com o futuro não se brinca e com a vida muito menos.

O GOVERNO RUSSO APROVOU A LISTA DE PAÍSES HOSTIS À RÚSSIA

# Publicado em português do Brasil

O governo aprovou a lista de estados estrangeiros hostis à Rússia

MOSCOU, 7 de março - RIA Novosti - O governo aprovou uma lista de estados e territórios estrangeiros que cometem ações hostis contra a Rússia, de acordo com um decreto do Gabinete de Ministros.

A lista incluí:

Austrália, Grã-Bretanha, países da UE, Islândia, Canadá, Liechtenstein, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coréia, São Marinho Cingapura, EUA, Taiwan, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Japão

O despacho foi elaborado no âmbito do Decreto do Presidente de 5 de março de 2022 "Sobre o procedimento temporário para o cumprimento de obrigações para com certos credores estrangeiros".

De acordo com o documento, o estado, cidadãos russos e empresas que têm obrigações em moeda estrangeira com credores estrangeiros da lista de países hostis poderão pagá-los em rublos.

Além disso, todas as transações de empresas russas com cidadãos e empresas dos estados incluídos na lista serão aprovadas pela comissão governamental para o controle de investimentos estrangeiros.

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia. O presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "a proteção de pessoas que foram submetidas a bullying e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Para isso, segundo ele, está prevista a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", para levar à justiça todos os criminosos de guerra responsáveis ​​por "crimes sangrentos contra civis" no Donbass.

Em resposta, o Ocidente impôs novas sanções anti-russas. Em particular, vários dos maiores bancos, incluindo Sberbank e VTB, caíram sob eles. A União Europeia, os EUA, o Canadá e vários outros países fecharam os céus para aeronaves russas. Várias empresas estatais tiveram dificuldade em atrair capital estrangeiro. Sanções foram impostas ao fornecimento de produtos de alta tecnologia para a Rússia.

Imagem: © RIA Novosti / Alexey Maishev - Sede do governo russo em Moscou. Foto do arquivo

UCRÂNIA TRANSFORMA-SE NA SOMÁLIA

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Vladimir Kornilov | RIA Novosti | opinião

“Território controlado pelas autoridades ucranianas” é um termo clichê que foi usado durante os oito anos da guerra em Donbass e é usado com bastante frequência agora quando os jornalistas estão tentando explicar a seus leitores exatamente onde certos eventos estão ocorrendo. No entanto, esta definição é agora cada vez menos verdadeira. Caotização, pânico, distribuição descontrolada de armas gradualmente levaram ao fato de que em diferentes cidades, vilas, unidades separadas de formações de combate ucranianas, algum tipo de ordem e controlabilidade foi finalmente perdido.

"Onde estão nossas autoridades?" - essa pergunta foi ouvida dos lábios de ucranianos comuns no primeiro dia da operação especial. Agora esta pergunta está sendo feita cada vez menos, já que mesmo os patriotas mais ardentes não têm esperança nas autoridades ucranianas. Há uma completa perda de sinais de Estado como tal.

Um exemplo trágico mas muito revelador disso é o misterioso assassinato em Kiev do financista Denis Kireev, que há poucos dias representou a Ucrânia nas negociações com a Rússia sobre um acordo de paz. E agora ele é baleado no centro de Kiev. Alguns dizem que Kireev foi morto "durante a prisão pelo SBU" como suspeito de traição, alguém afirma que ele foi executado de maneira demonstrativa. E a Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia acrescentou a todas essas versões uma declaração completamente chocante de que Kireev era um "escoteiro" e "morreu durante a execução de missões especiais". O que dá origem a pensamentos sobre o início de uma guerra de aniquilação entre as agências policiais da Ucrânia é outro sinal inevitável da perda da condição de Estado.

Imagem: © AFP 2022 / Dimitar Dilkoff - Um soldado ucraniano revista um civil perto da cidade de Brovary, Ucrânia

PREÇOS DO GÁS NA EUROPA CAÍRAM MIL DÓLARES POR HORA

Os preços do gás na Europa após um salto para 3900 dólares por hora caíram mil dólares

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MOSCOU, 7 de março - RIA Novosti - Os preços do gás na Europa caíram de US$ 3.900 por metro cúbico para US$ 2.900 em uma hora, segundo dados da bolsa ICE , com sede em Londres .

No início das negociações, o custo dos futuros de abril no índice TTF atingiu US$ 2.366,8 por mil metros cúbicos. Em seguida, o preço começou a subir acentuadamente, chegando a US$ 3.900. Isso é 79% maior do que o valor de liquidação de sexta-feira, que foi de US$ 2.170,2.

O mercado de gás europeu está em alta há muitos meses. Na primavera do ano passado, os preços flutuaram no nível de US $ 250-300 por mil metros cúbicos, no final de agosto subiram para US $ 600, em outubro pela primeira vez ultrapassaram mil e em dezembro - dois mil. Seguiram-se alguns retrocessos, mas os preços permaneceram consistentemente altos, o que não foi observado em toda a história de operação dos hubs de gás na Europa .

Especialistas atribuem isso à baixa taxa de ocupação das instalações de armazenamento subterrâneo na Europa, oferta limitada de grandes fornecedores e alta demanda por gás natural liquefeito na Ásia .

No início de fevereiro, os preços flutuaram na faixa de US$ 800 a US$ 1.030, mas subiram acentuadamente depois que o presidente russo, Vladimir Putin , assinou decretos em 21 de fevereiro reconhecendo a soberania das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk e, em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial para desmilitarizar a Ucrânia .

Imagem: © AP Photo / Matthias Rietschel - Estação de compressor de gás na Alemanha. Foto do arquivo

A GUERRA PÁRA E AVANÇAM NEGOCIAÇÕES NA UCRÂNIA

Ucrânia rejeita corredores humanitários para a Rússia e a Bielorrússia. Nove mortos em ataque a aeroporto em Vinnytsia

Ucranianos e russos devem voltar esta segunda-feira à mesa das negociações, num dia em que as Nações Unidas vão também discutir a situação humanitária causada pela invasão ordenada por Putin

07 mar09:58

Rita Carvalho Pereira

Delegação russa já partiu para negociações com Ucrânia

Uma delegação russa já partiu para a Bielorrússia, onde, esta segunda-feira, deverá acontecer a terceira ronda de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, avança a agência Reuters, citando a agência de notícias Sputnik da Bielorrússia.

07 mar09:57

Lusa

Grupo de hackers Anonymous reivindica ataque a televisões russas

O grupo de 'hackers' Anonymous reivindicou esta segunda-feira a responsabilidade por um ataque cibernético sobre os principais canais de televisão russos, transmitindo imagens não editadas da guerra na Ucrânia.

Numa publicação na rede social Twitter, o grupo disse que os canais afetados foram o Russia 24, o Channel One e o Moscow 24.

O ataque teve também entre os alvos as plataformas audiovisuais russas Wink e Ivi -- semelhantes à Netflix --, que contam com milhares de assinantes.

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07 mar09:36

Rita Carvalho Pereira

Rússia falta a audiência no Tribunal Internacional de Justiça da ONU

A Rússia rejetou, esta segunda-feira, comparecer numa audição no mais alto tribunal das Nações Unidas, com a Ucrânia a pedir uma ordem imediata para o fim do conflito.

"O tribunal lamenta a não-comparência da Federação Russa nestes procedimentos", declarou Joan Donoghue, a presidente do Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judiciário da ONU, em declarações citadas pela AFP.

07 mar09:20

Rita Carvalho Pereira

Ucrânia considera "imorais" os corredores humanitários russos

A Ucrânia declarou, esta segunda-feira, que a proposta de abrir corredores humanitários para que a população ucraniana seja encaminhada para território russo e bielorrusso é "completamente imoral".

Um representante da presidência ucraniana sublinhou, numa declaração citada pela BBC News, que os cidadãos ucranianos "devem ter o direito de ser retirados pelo território da Ucrânia".

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07 mar09:17

Rita Carvalho Pereira

Corredores humanitários abertos na Ucrânia conduzem à Rússia e Bielorrúsia

O cessar-fogo decretado pela Rússia, esta manhã, para a imposição de corredores humanitários, está a gerar controvérsia quanto à sua segurança. De acordo com a agência de notícias AFP, vários dos corredores humanitários anunciados para as cidades de Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy conduzem a população ucraniana para território russo ou bielorruso, país alíado de Putin.

De acordo com a agência de notícias russa Ria, citada pela BBC News, entre as quatro cidades abrangidas, apenas Mariupol e Sumy têm opções de rotas de evacuação que dão para território ucraniano. Os cidadãos de Kiev são encaminhados para a Bielorrússia e os de Karkhiv para a Rússia, com as forças militares russas a garantir "o controlo da evacuação, recorrendo até ao uso de drones".

Os corredores em causa deveriam abrir esta manhã, pelas 10h00 de Moscovo (7h00 em Lisboa), depois de duas tentativas prévias falhadas de cessar-fogo, nas quais as forças russas e as forças ucranianas se culparam mutuamente.

A decisão russa de abrir estes corredores teria sido tomada a pedido Emmanuel Macron, de acordo com o ministério da Defesa da Rússia, porém, representantes do Presidente francês já vieram desmentir que Macron tenha pedido corredores que vão dar à Rússia.

"Esta é mais uma forma de Putin impor a sua narrativa e afirmar que os ucranianos é que são os agressores e que os russos estão a oferecer asilo a toda a gente", declarou um representante do Palácio do Eliseu, em declarações ao canal de televisão francês BFMTV.

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07 mar09:01há 57 minutos

Rita Carvalho Pereira

Ataque a aeroporto em Vinnytsia faz nove mortos

O ataque aéreo ao aeroporto de Vinnytsia, no centro da Ucrânia, este domingo, causou a morte de nove pessoas, avança a agência de notícias AFP.

Os serviços de emergência ucranianos adiantam que, esta segunda-feira, foram resgatadas seis pessoas com vida dos escombros, tendo sido encontrados também os corpos de nove vítimas mortais.

"São cinco civis e quatro militares", indicam os serviços ucranianos, citados pela AFP. Os trabalhos de busca no local do ataque continuam a decorrer.

07 mar08:58

Rita Carvalho Pereira

Pelo menos 5000 detidos em manifestações na Rússia contra guerra

Pelo menos 5000 pessoas que se manifestavam sem autorização contra a invasão na Ucrânia foram detidas no domingo em 69 cidades da Rússia, informou, esta segunda-feira, a organização não-governamental (ONG) OVD-Info, especializada em monitorizar manifestações.

Este é um número de magnitude sem precedentes num único dia, muito mais do que durante a onda de protestos no início de 2021 em todo o país contra a prisão do opositor russo Alexei Navalny.

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07 mar08:49

Rute Fonseca

"Dez dias de guerra viraram a minha vida, não sei se vou ficar como era"

Depois de 20 horas de viagem, Galyna Hackmadzay conseguiu sair de Kiev. Está na Polónia e conta que o comboio onde viajou estava cheio de crianças sozinhas.

Estas imagens não a deixam dormir, confessa ter medo que esta guerra não acabe.

Foi no sábado que Galyna Hackmadzay decidiu deixar Kiev, diz que não aguentava mais e aceitou a ajuda de dois amigos que estão nas forças especiais da Ucrânia. "Eu hesitei, mas estava muito cansada e decidi sair. Eles ajudaram.-me a ir até à Polónia. A viagem foi muito complicada, sobretudos nas zonas que ficam a cerca de 50 quilómetros ao redor de Kiev. Fomos parados muitas vezes, à noite ficamos parados a ouvir as bombas muito perto de nós."

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TRÁFICO DE PROSTITUTAS COM APOIO DAS TELEVISÕES

Artur Queiroz*, Luanda

O Ocidente está coeso na aldrabice, falsificação, manipulação e propaganda com a chancela de jornalismo. Calma, ainda não é o triunfo de Goebbels. A Federação Russa resolveu erguer uma barreira de ferro e fogo aos nazis. Sorte a nossa. As Mafias de Leste têm ainda mais sorte porque carregam milhares de prostitutas eslavas desde a Polónia e Roménia para os países da União Europeia, sem qualquer entrave. Os canais de televisão ocidentais colaboram alegremente no tráfico de seres humanos. 

A mercadoria que vem da Ucrânia é de primeira. Umas meninas são voluntárias. Outras entram no negócio à força mas os governos ocidenteia e as polícias fecham os olhos. Como vão misturar-se com as mães dos políticos do cartel falido (União Europeia), ficam todos filhos das ditas senhoras. Eu sabia que um dia o negócio da prostituição ia salvar a velha Europa. 

Em Portugal andam à caça dos oligarcas russos para os aliviarem do dinheiro que investiram na república do Tio Celito. Ana Gomes já não tem idade nem volume para ganhar a vida no Elefante Branco ou na rua. Vai daí, anda a investigar os russos ricos. A futura ministra das Finanças, Mariana Mortágua, também faz pela vida. Ainda lhe sai na rifa uma loira espampanante de olhos verdes e buldogue francês. Ela descobriu coisas terríveis. Os russos ricos são mesmo muito ricos. E o dono do Chelsea, Roman Abramovich, cidadão português, tem que ser aliviado da sua fortuna. 

As investigadoras e investigadores nazis engravatados, com a faca na liga ou na boca descobriram que a maior parte dos pedidos de nacionalidade portuguesa por parte de judeus sefarditas entram no Porto. Em, Lisboa, quase nada. Elas e eles adoram exibir a sua ignorância. Permitam-me que vos fale de mim para explicar o porquê dos pedidos entrarem no Porto.

Minha avó materna e todos os meus familiares desse lado eram judeus sefarditas. Foram expulsos de Espanha e quando passaram a fronteira em Chaves, encontraram belas campinas e colinas pejadas de castanheiros e carvalhos. Como traziam muito ouro, compraram ao rei de Portugal o direito de couto. Assim nasceu o Couto de Ervededo. Como ali não podia entrar a justiça real nem a autoridade do rei, imediatamente criaram uma plataforma para receber judeus perseguidos pelos reis católicos. Quando entravam ali estavam seguros e com a sua gente.

O passo seguinte foi criar no Porto estruturas para acolher judeus refugiados de Espanha ou perseguidos no Norte de Portugal. As casas de abrigo tinham um batente igual nos portais. Era o sinal de que ali havia solidariedade e um lar de acolhimento. Os refugiados eram depois embarcados nas naus que partiam do cais de Miragaia e Ribeira para o mundo. Minha avó escolheu-me para revelar estas coisas. E sem querer ela fez de mim um repórter. Achei essa história tão bela, tão extraordinária que decidi procurar histórias e contá-las aos outros.

Seus ignorantes corruptos! A esmagadora maioria dos processos de descendentes judeus sefarditas pedindo a nacionalidade portuguesa entram no Porto, porque todos os seus antepassados vieram de Espanha ou de Entre-Douro-e-Minho. Muitos vieram do Couto de Ervededo. Nem imaginam o orgulho com que escrevo estas palavras. Portanto, o motorista do RI20 que escreve polícia com “u” e o bêbado da valeta têm toda a razão. Não sou angolano legítimo. Mas quando aderi ao MPLA ninguém me exigiu que fosse negro. Provavelmente fizeram bem porque me deram missões de alto risco, que mais ninguém quis cumprir.

Jornalistas de todo o mundo ficaram em silêncio quando as autoridades europeias e do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) baniram o canal de televisão Rússia Today (RT) e outros Media da Federação Russa. Censura pura e dura. Os nazis engravatados, com faca na liga ou na boca ficaram em silêncio. É o fim.

O Comité Olímpico Internacional baniu os atletas da Federação Russa e da Bielorússia dos Jogos Paralímpicos de Inverno na República Popular da China. Uma crueldade digna dos nazis mais sanguinários. Imaginem como se sentem aquelas e aqueles atletas, todos portadores de uma qualquer deficiência, ao serem marginalizados num palco onde se juntaram atletas de todo o mundo. É o triunfo dos porcos à pala da Ucrânia.

O fotógrafo ucraniano Dima Kornilov exibiu hoje na CNN Portugal fotos de Kiev. Uma delas mostrava civis armados até aos dentes. Também foi exibida uma peça que mostrava jovens civis recebendo armas e declarando ante as câmaras da CNN internacional que iam combater os russos. Um deles apresentou-se como estudante de Biologia. Se esses ucranianos morrerem em combate são civis vítimas da operação militar?  

Os Serviços de Segurança da Ucrânia (SBU) mataram o negociador ucraniano Denis Kireev, após uma tentativa de o prender, uma vez que os serviços de inteligência ucraniana desconfiavam que estivesse a fornecer informações aos russos. Ao fugir, foi abatido. 

O jornal Ukrainska Pravda diz que Denis Kireev foi morto “durante uma tentativa de prisão”. O jornal Kyiv Independent diz que ele foi abatido porque “existem fortes indícios de que estava a fornecer informações à Rússia”. Se as notícias são verdadeiras, temos o nazismo no seu pior. Angola é um paraíso!

* Jornalista

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