segunda-feira, 9 de maio de 2022

DINHEIRO PARA ARMAS ENQUANTO O PLANETA MORRE

Vijay Prashad  reflete  sobre a riqueza social desperdiçada em nome da defesa da hegemonia dos EUA.

VijayPrashad - Tricontinental:Instituto de Pesquisa Social -  em Consortium News

Dois relatórios importantes foram divulgados no mês passado, nenhum deles recebendo a atenção que merecem. Em 4 de abril, foi publicado o relatório do Grupo de Trabalho III do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas  , evocando uma forte reação do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

O relatório,  disse ele , “é uma litania de promessas climáticas não cumpridas. É um arquivo de vergonha, catalogando as promessas vazias que nos colocam firmemente no caminho para um mundo inabitável.” Na COP26, os países desenvolvidos  se comprometeram  a gastar modestos US$ 100 bilhões para o Fundo de Adaptação para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem às mudanças climáticas.

Enquanto isso, em 25 de abril, o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) divulgou seu  relatório anual , constatando que os gastos militares mundiais, pela primeira vez, ultrapassaram a marca de US$ 2 trilhões. Os cinco maiores gastadores – Estados Unidos, China, Índia, Reino Unido e Rússia – responderam por 62% desse valor. Os Estados Unidos, por si só, respondem por 40% do total de gastos com armas.

Há um fluxo interminável de dinheiro para armas, mas menos do que uma ninharia para evitar um desastre planetário.

Essa palavra “desastre” não é um exagero.

O secretário-geral da ONU, Guterres, alertou que “estamos em um caminho rápido para o desastre climático… É hora de parar de queimar nosso planeta”.

Portugal | OS ALARVES


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | PSD QUER UMA REVISÃO CONSTITUCIONAL TAMANHO FAMILIAR

É todo um tratado sobre o populismo: reduzir o número de deputados, reforçar os poderes presidenciais e, claro está, remover todas as referências a colonialismo, imperialismo, desarmamento e, não podia faltar, o fascismo.

AbrilAbril | editorial

O projecto de lei já está nas mãos dos 77 deputados que constituem o grupo parlamentar do PSD. Bastará agora acertar o passo com os candidatos à liderança do partido (Jorge Moreira da Silva ou Luís Montenegro, ambos com ligações ao governo PSD/CDS-PP liderado pelo Passos Coelho) para o projecto ser oficialmente entregue na Assembleia da República.

O conteúdo do documento foi, entretanto, divulgado pela agência Lusa, expondo o carácter conservador, populista e anti-democrático da proposta, disposta a acabar, de vez, com uma das constituições mais progressistas do mundo: desfigurando 127 dos 296 artigos da Constituição da República Portuguesa (CRP), eliminando mais de 30 e reorganizando capítulos inteiros da Lei Fundamental.

Camuflado debaixo de iniciativa de revisão, está quase uma nova e retrógrada constituição, desadequada aos desafios dos novos tempos. 

Entre as proposta de teor populista avançadas pelo PSD, cada vez mais disponível a assumir todas as narrativas da extrema-direita, encontra-se a redução do limite máximo de deputados de 230 para 215, reduzindo a representatividade política, correspondendo assim a uma tentativa, por via legislativa, de impôr o modelo bipartidário.

EDITORIAL DO JORNAL DE ANGOLA -- Angola e Estados Unidos

Artur Queiroz*, Luanda

Mais de vinte anos depois, as relações entre Angola e os Estados Unidos pautam-se pelo aprofundamento, pelo reconhecimento mútuo da importância estratégia que ambos os países atribuem aos laços e pelo aumento da cooperação económica, comercial e cultural.

Depois da assinatura do Acordo de Parceria Estratégica, existente desde 2010, os vínculos que ligam os dois países têm vindo a crescer e numa altura em que Angola procura diversificar a economia, de um lado, e em que grande parte das potências, incluindo os Estados Unidos auguram por uma espécie de "segurança energética”,  podemos dizer que há ainda maior expectativa quanto ao crescimento destas relações.

A vinda da subsecretária de Estado, Wendy Sherman, como de resto os contactos mantidos entre Angola e os Estados Unidos a todos os níveis, espelha bem a vontade mútua de reforçar o chamado  Diálogo de Parceria Estratégica.

Depois de elogiar os progressos feitos por Angola, a número dois do Departamento de Estado, fez uma previsão que espelha bem o momento das relações bilaterais quando disse que "vejo que haverá mais negócios norte-americanos em Angola, como resultado das reformas que estão a ser realizadas”.

Não há dúvidas de que nos honra o encorajamento que vem de todos os lados em geral e em particular dos Estados Unidos no que ao "trilho das reformas” diz respeito, uma realidade e compromisso que tende a ser transversal em toda a sociedade angolana.

Como tinha salientado o Presidente João Lourenço, numa das suas intervenções, em que tinha aproveitado para desmistificar a ideia de "paternidade do combate à corrupção”, ela decorre sobretudo da consciencialização generalizada de que não só era insustentável o curso em que o país se encontrava, como inevitável a perspectiva de o país resvalar para o precipício com os níveis de impunidade e  corrupção.

Logo, os esforços que fazemos hoje para combater a corrupção, que levam o mundo a encarar com satisfação e a encorajar,  são de todos os angolanos. E como recomendável todos os angolanos devem se rever nestes esforços que, não sendo perfeitos, nem passíveis de eventuais erros, seriam piores se mantidos inactivos e condescendentes com o contexto herdado em Setembro de 2017. 

Ainda relativamente às relações entre o nosso país e os Estados Unidos, o tempo tem provado a forma proveitosa como ambas as partes procuram retirar vantagens recíprocas dos laços para, como se espera, beneficiar os dois Estados e povos.

A vinda da número dois do Departamento de Estado é sinónimo de que, ao contrário do que alguns sectores insinuam, com alegações sobre um suposto distanciamento entre Washington e Luanda, as relações estão no bom caminho.

Não constitui nenhum exagero se dissermos que nunca o Diálogo de Parceria Estratégica se mostrou necessário, útil, funcional e urgente como na conjuntura actual em que os contactos bilaterais e multilaterais são instrumentais para manter a paz e segurança internacionais. E quando a diplomacia é colocada ao serviço dos Estados e povos para fazer avançar a agenda da paz, da estabilidade, da cooperação e troca entre os Estados, o mundo tende a ser um lugar mais pacífico.

Angola, de sua parte, vai continuar a jogar o papel esperado como um "player”, em África e no mundo, pela paz, diálogo, concertação com todos os Estados do mundo.

*Jornalista

A MINHA LÍNGUA É A PÁTRIA DA POESIA

Artur Queiroz*, Luanda

A Língua Portuguesa, sobretudo o português de Angola, é a melhor ferramenta para a Poesia. Hoje, Dia Internacional da Língua Portuguesa li para todos vós estes poemas. Alguns são a melhor parte da minha vida. Leiam quando puderem:

Cantiga da Ribeirinha

No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!

E, mia senhor, des aquelha
me foi a mí mui mal di'ai!,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
nunca de vós houve nen hei
valía dũa correa.

Texto em Português Contemporâneo

No mundo ninguém se assemelha a mim
Enquanto a vida continuar como vai,
Porque morro por vós e - ai! -
Minha senhora alva e de pele rosada,
Quereis que vos retrate
Quando eu vos vi sem manto.
Maldito seja o dia em que me levantei
E então não vos vi feia!

E minha senhora, desde aquele dia, ai!
Tudo me correu muito mal!
E a vós, filha de Dom Paio Moniz, parece-vos bem
Que me presenteeis com uma guarvaia,
Pois eu, minha senhora, como presente,
Nunca de vós recebera algo,
Mesmo que de ínfimo valor.

Paio Soares de Taveirós

Angola | Aumentam acusações de feitiçaria contra crianças em Cabinda

Fenómeno tem afetado várias famílias na África Central e ganha espaço em Angola. Acusadas de feitiçaria, muitas crianças sofrem maus-tratos e são abandonadas. ONGs preparam resposta e prevenção.

As acusações de feitiçaria contra crianças e adolescentes têm emergido na África Central, especialmente na República Democrática do Congo, nos últimos quinze anos. Em Angola, este fenómeno vai ganhando espaço, sobretudo no seio do grupo étnico Bakongo.

Não há quaisquer dados científicos que comprovem esta crença. 

O Orfanato Lourenço Amadeu, na comuna de Malembo, em Cabinda, foi cofundado por uma entidade religiosa com a missão de educar crianças em situação de vulnerabilidade.

O padre Benício Cumba, responsável do orfanato, explica que muitas crianças que lá chegam são acusadas de prática de feitiçaria, sem provas.

"Não tenho condições de afirmar se essas crianças têm espírito maligno ou não, mas uma coisa é certa, essas crianças vêm para cá, são retiradas do convívio familiar. E quando uma criança é obrigada a abandonar o lar familiar, acarreta consequências gravíssimas", lamenta.

China | John Lee eleito novo chefe do executivo em Hong Kong

John Lee herda uma cidade e terceira praça financeira mundial praticamente isolada do mundo devido às medidas restritivas de controlo da covid-19.

O candidato único a chefe do executivo de Hong Kong John Lee foi hoje confirmado no cargo, ao obter 1.416 votos, anunciou a comissão dos assuntos eleitorais.

O candidato Lee Ka-chiu, John, "obteve 1.416 votos", sendo eleito chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, indicaram as autoridades eleitorais, num comunicado publicado no 'site' das eleições.

"Agradeço o vosso apoio à eleição do chefe do executivo", disse Lee, de 64 anos, num breve discurso proferido depois de anunciados os resultados, noticiou o jornal local South China Morning Post.

No período de votação, entre as 09:00 (02:00 em Lisboa) e as 11:30 (04:30), 1.428 membros da comissão depositaram o seu voto, o que representa uma taxa de participação de 97,7%, de acordo com um comunicado das autoridades locais.

A comissão eleitoral é composta por 1.463 membros, na maioria pró-Pequim.

Putin diz que tropas russas lutam no Donbass para que não haja espaço para nazis

No discurso do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, Putin disse que a ação militar da Rússia na Ucrânia é uma resposta oportuna e necessária às políticas ocidentais.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta segunda-feira que as tropas russas e as milícias de Donetsk e Lugansk lutam pela sua pátria, para que ninguém se esqueça das lições da Segunda Guerra Mundial e "não haja espaço para os nazis"

"Hoje, as milícias do Donbass, juntamente com o exército russo, estão a lutar nas suas próprias terras (...). Agora dirijo-me às nossas tropas e milícias em Donbass: estão a lutar pela sua pátria, pelo seu futuro, para que ninguém esqueça as lições da Segunda Guerra Mundial, para que não haja espaço para os nazis", disse Putin, no seu discurso na Praça Vermelha, já disponibilizado pelo Kremlin.

Putin, que falava no discurso por ocasião do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, disse ainda que a ação militar da Rússia na Ucrânia é uma resposta oportuna e necessária às políticas ocidentais.

"Em dezembro do ano passado, propusemos a celebração de um acordo sobre garantias de segurança. A Rússia exortou o Ocidente a entrar em um diálogo honesto, em busca de soluções de compromisso razoáveis, para levar em conta os interesses de cada um. Foi tudo em vão", lamentou Putin.

Referiu que "os países da NATO" não quiseram ouvir a Rússia, "o que significa que tinham planos totalmente diferentes. "Abertamente, os preparativos estavam em andamento para outra operação punitiva em Donbass, a invasão das nossas terras históricas, incluindo a Crimeia", afirmou.

"Em Kiev, anunciaram a possível aquisição de armas nucleares, o bloco da NATO começou a tomar ativamente o controlo militar de territórios adjacentes ao nosso. Como tal, uma ameaça absolutamente inaceitável para nós foi sistematicamente criada e, além disso, diretamente nas nossas fronteiras", declarou para logo dizer que "tudo indicava que um confronto com os neonazistas" na Ucrânia "era inevitável".

Taiwan considera-se “a próxima Ucrânia” e parece estranhamente despreocupada

#Traduzido em português do Brasil

AndrewKorybko* | One World

A pessoa comum não discutiria com tanta calma um cenário que poderia levar à Terceira Guerra Mundial, mas os representantes de Taiwan, americanos e japoneses parecem não se incomodar com isso devido ao quanto foram doutrinados a acreditar que sua causa política radical de tentar vale a pena arriscar o futuro da humanidade para reverter a transição sistêmica global para a multipolaridade.

A região de Taiwan desonesta da China explicou por que sancionou a Rússia, apesar de quase não haver laços comerciais entre os dois. De acordo com seu chamado “Ministro das Relações Exteriores”, “Se formos ameaçados ou invadidos pela força da China no futuro, também esperamos que a comunidade internacional entenda Taiwan, apoie Taiwan e sancione esse tipo de comportamento agressivo. Portanto, Taiwan está com a comunidade internacional e toma essas ações”. Como RT acrescentou no hiperlink anterior, Pequim implicava preocupação com o Ocidente liderado pelos EUA replicando o cenário ucraniano no leste da Ásia, o que coincidiu com o primeiro-ministro japonês especulando sobre isso também.

Ominosamente, essa declaração do “diplomata” de Taiwan pode ser interpretada como sua região praticamente se considerando “a próxima Ucrânia” e estranhamente parecendo despreocupada com isso, apesar da imensa destruição que isso poderia acarretar. Afinal, o secretário de Estado Blinken se gabou recentemente dos US$ 20 bilhões em armas que os EUA facilitaram a transferência para Taiwan apenas na última meia década e muitos na mídia ocidental estão especulando ativamente sobre como as lições da guerra por procuração aprendidas com o conflito ucraniano pode ser aplicado para um próximo conflito de Taiwan. Os observadores devem lembrar que, assim como a Rússia empregou meios militares como último recurso, também a China provavelmente fará o mesmo.

Para explicar, a operação militar especial em andamento da Rússia na Ucrânia foi iniciada para manter a integridade de suas linhas vermelhas de segurança nacional naquele país em particular e na região de forma mais ampla. Foi basicamente lançado no último minuto depois que o presidente Putin percebeu que o Ocidente liderado pelos EUA não respeitaria os pedidos de garantia de segurança de seu país que, em retrospectiva, podem ser vistos como a última tentativa de evitar diplomaticamente esse conflito. Ao intervir quando o fez, a Rússia parou decisivamente os programas de “Armas de Destruição em Massa” (WMD) da Ucrânia, apoiados pelos EUA, e destruiu as bases clandestinas da OTAN naquele país, de onde planejava atacar em breve a Rússia.

Quase o mesmo cenário está se desenrolando em Taiwan. Essa ilha está sendo armada até os dentes, assim como a Ucrânia, para explorá-la como um trampolim para atacar o continente. A China prefere se reunificar com sua região desonesta por meios pacíficos, assim como a Rússia queria resolver seu dilema de segurança com a Ucrânia e seus patronos da OTAN da mesma maneira, mas também pode ser compelida a recorrer a meios militares como último recurso. “ As garantias de segurança dos EUA para a Finlândia e a Suécia estabelecem um precedente perigoso ” para o leste da Ásia, se também forem estendidos a Taiwan, incluindo em conjunto com o Japão cada vez mais fascista-militarista , equivalendo assim à inclusão de fato da ilha na não declarada “OTAN asiática” .

China homenageia aqueles que morreram durante a Grande Guerra Patriótica

Comemoração daqueles que morreram durante a Grande Guerra Patriótica foi homenageada em Harbin

PEQUIM, 9 de maio - RIA Novosti. - Eventos comemorativos e de luto por ocasião do 77º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica foram realizados na cidade de Harbin, no nordeste da China, informou a RIA Novosti no Consulado-Geral da Rússia em Harbin.

Conforme especificado no Consulado Geral, no domingo, coroas e flores frescas foram colocadas no monumento ao Exército Vermelho em uma das praças da cidade e na segunda-feira - no complexo memorial militar soviético na seção ortodoxa do cemitério de Huangshan, onde estão enterrados 111 soldados do Exército Vermelho que morreram em 1945 durante a libertação da China.

"Os compatriotas compareceram aos eventos com retratos de parentes, participantes da Grande Guerra Patriótica", acrescentou o Consulado Geral.

© Foto : Consulado Geral da Rússia em Harbin

A EUROPA DESTRUIU A MEMÓRIA DO FEITO DA RÚSSIA

#Traduzido em português do Brasil

Elena Karaeva | Ria Novosti | opinião

Os embaixadores da Federação Russa na Áustria e na França informaram que não receberam convite oficial para cerimônias solenes dedicadas à celebração da Vitória sobre o fascismo.

Assim, tanto em Viena como em Paris, a comemoração daqueles que tombaram na guerra com a Alemanha nazista e seus aliados, os países do Eixo, ocorreu sem aqueles que derrotaram a Wehrmacht, moendo três quartos de suas divisões em farinha fina.

As cerimônias foram realizadas sem aqueles que destruíram a máquina de extermínio da população civil, que rolou pela Europa Ocidental, Oriental e pelas repúblicas soviéticas, transformando até bebês em pó de crematórios.

A comemoração da façanha dos caídos passou sem aqueles que apagaram as fornalhas dos crematórios, onde milhões de pessoas foram queimadas.

Soldados do Exército Vermelho soviético e trabalhadores do front doméstico ao custo de dezenas de milhões de suas próprias vidas, para não mencionar outras - e grandes - vítimas de abnegação, pagas pelo atual bem-estar europeu. E pela desenvoltura e complacência europeias de hoje.

É claro que o gesto, no qual tanto a arrogância dos novatos, que por algum motivo desconhecido se imaginavam estadistas, quanto o descaso característico dos ignorantes mal-educados, não visava de forma alguma a liderança russa, o Kremlin ou oficial de Moscou.

O objetivo deste gesto é uma afirmação direta, dita cara a cara aos salvadores e libertadores da Europa do nazismo, e a todos nós, seus descendentes, que não temos nada a ver com essa nossa proeza realizada.

Preparativos para o desfile da vitória em Moscovo. Transmissão ao vivo


Os preparativos estão em andamento na capital russa para um desfile programado para coincidir com o 77º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica.

QUANDO AS FÁBRICAS QUE PRODUZEM QUALQUER COISA CRIAM MENTIRAS

#Traduzido em português do Brasil

Uma mentira após a outra está sendo fabricada pela Ucrânia atualmente, que é então transmitida fielmente às populações ocidentais por uma indústria de mídia dominante exibindo fervoroso jingoísmo em vez de seu esforço anterior, o jornalismo. Isso está ficando tão flagrante que é altamente embaraçoso para as autoridades ocidentais.

Este é o lamentável estado de coisas no mundo ocidental de hoje, no qual ele se meteu várias vezes anteriormente neste século, notadamente imediatamente após o 11 de setembro e novamente em várias ocasiões, quando as guerras de escolha da mudança de regime foram perseguidas.

Como estar apenas parcialmente grávida, ter integridade parcial é um estado de coisas bastante duvidoso. O declínio para nenhuma integridade em um cenário 'Tudo é justo no amor e na guerra' é bastante precipitado e é aí que nos encontramos agora.

O Russiagate também fazia parte disso, é claro, a distorção dos fatos para se adequar às notícias exigidas devido à justificativa de que um acidente eleitoral trouxe um ogro profundamente rude ao poder foi considerada justificativa suficiente. Mas como se recuperar de tal presstituição?

Tendo chegado ao fundo do poço em uma sociedade pós-fato, você simplesmente começa a nadar na escória que encontra lá? Tenho a nítida impressão de que é mais ou menos exatamente o que está acontecendo. O ciclo de notícias de 24 horas exige cada vez mais do mesmo e exagero e empurrando acusações e pontos de vista, opiniões, especulações e alegações adicionam muito combustível ao moinho.

A SACRALIDADE DO SÍMBOLO “Z”

#Traduzido em português do Brasil

Rahim Volkov | Katehon

Desde que o presidente Putin anunciou a Operação Militar Especial (SMO) na Ucrânia em 24 de fevereiro, os símbolos como “Z” e “V” tornaram-se o conteúdo de especulação na grande mídia ocidental. Na frente de batalha, esses símbolos podem ser bem vistos pintados nos veículos e tanques de munição russos. Muitos comentaristas no ocidente até tentaram desmascarar esses símbolos com base na conspiração que atraiu ainda mais a atenção das massas comuns em todo o mundo. Por exemplo, alguns comentaristas consideraram o símbolo “Z” como o início da guerra mundial Z, enquanto outros o chamaram de “Marco zero”. No entanto, nenhum desses comentaristas foi capaz de desmascarar claramente esses símbolos sagrados, que a Rússia escolheu deliberadamente para sua Operação Militar Especial na Ucrânia. 

Em todo o domínio geopolítico e metafísico, as letras “Z” e “V” têm significado santificado. Da lente ontológica do eurasianismo, o símbolo “Z” lembra uma batalha épica entre o Behemoth e o Leviatã, que é significativa tanto no domínio geopolítico quanto espiritual. Além disso, na visão eurasianista, a Rússia está lutando para proteger e purificar sua alma na Ucrânia da ameaça de intrusos ocidentais. 

Tanto geopolítica quanto metafisicamente, a Rússia é obrigada a lutar para proteger sua herança secular dos invasores estrangeiros, como a OTAN e a União Européia. Historicamente, é um fato profundamente enraizado que a Ucrânia tem sido um dos fatores-chave na determinação da identidade social, cultural e geopolítica da Grande Rússia, seja durante o tempo da Rússia imperial ou da União Soviética. 

Até mesmo o famoso geopolítico e arquiteto de guerra americano Zbigniew Brzezinski em seus livros como “ O Grande Tabuleiro de Xadrez ” e “ Visão Estratégica ” declarou a Ucrânia como um importante espaço geopolítico no grande tabuleiro de xadrez eurasiano. Segundo Brzezinski, a Ucrânia é um “espaço importante no tabuleiro de xadrez eurasiano”, cujo controle deveria possibilitar a dominação do mundo. Ele escreve ainda que a Rússia sem a Ucrânia é apenas uma potência regional com uma influência geopolítica limitada tanto na Ásia quanto na Europa. No entanto, se a Rússia for bem sucedida em estabelecer seu domínio na Ucrânia, então o domínio da Rússia sobre a ilha mundial se tornará inexpugnável. 

Pelo contrário, até mesmo autores geopolíticos famosos como Robert D. Kaplan e Tim Marshall em seus célebres livros “A  Vingança da Geografia”  e “ Os Prisioneiros da Geografia”  reconheceram o significado geopolítico e estratégico da Ucrânia na planície eurasiana. Para a Kaplan para o significado geopolítico, geoeconômico e estratégico sustentável da Rússia, a Ucrânia é como uma tábua de salvação porque o coração russo não pode bater sem a Ucrânia. Assim, ao enfatizar o significado, Kaplan acredita que a Ucrânia nunca poderá ser totalmente independente da Rússia por causa da localização geográfica tática. 

Da mesma forma, em seu livro “ Os Prisioneiros da Geografia ”, o jornalista e autor Tim Marshall escreve: “A geografia sempre foi uma espécie de prisão – uma que define o que uma nação é ou pode ser, e uma da qual nossos líderes mundiais muitas vezes lutaram para se libertar. gratuitamente." Essas citações explicam claramente a posição geopolítica russa porque, desde 2007, o presidente russo Vladimir Putin vem alertando seus colegas ocidentais para levar a sério as preocupações de segurança da Rússia. Infelizmente, seus avisos caíram em ouvidos surdos e a situação atual na Ucrânia é o resultado de uma desconfiança prolongada que se formou ao longo de décadas. 

Na esteira da Operação Militar Especial Russa na Ucrânia, a grande mídia ocidental, o governo e a sociedade civil assumiram uma posição superficial de isolar a Rússia nas esferas política, diplomática, econômica e cultural. A russofobia era apenas uma teoria anterior ao SMO que se tornou uma prática regular nos círculos políticos e culturais ocidentais e continua até hoje. A chamada Cultura do Cancelamento (CC), que surgiu como subproduto da grande mídia ocidental em 2016, teve como alvo a cultura russa e tentou cancelá-la em todas as esferas. Por exemplo, o encerramento dos centros de Dostoiévski nas universidades europeias é apenas um exemplo. 

Cronologicamente, para entender a santidade dos símbolos “Z” e “X” devemos defini-los nas esferas social, cultural, metafísica, civilizacional e geopolítica. Para ser preciso, a palavra 'Z' lembra a libertação da civilização russa e a afirmação de suas grandes raízes na civilização eurasiana. Ao usar o símbolo “Z”, a Rússia regenera sua herança eurasiana perdida e reafirma sua posição central na grande zona eurasiana. Portanto, a palavra “Z” declara abertamente que a Rússia é a Eurásia e a Eurásia é a Rússia – portanto, a alma e a distinção da Eurásia devem ser protegidas a todo custo. 

Leia em Katehon:

ESTES PAÍSES ESTÃO DISPOSTOS A ARRISCAR A IRA DOS EUA SOBRE A RÚSSIA...

POLÔNIA ESTÁ FACILITANDO UM PLANO DE GUERRA DOS EUA

QUAL É A RAZÃO FINAL PARA A RÚSSIA...

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