sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Porta-aviões 'mais poderoso' da China entra no Pacífico Ocidental para exercícios

O grupo de porta-aviões 'mais poderoso' da China entra no Pacífico Ocidental para exercícios em meio à ruptura do princípio apenas de defesa do Japão

Liu Xuanzun | Global Times

O porta-aviões Liaoning da Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA), com um número recorde de contratorpedeiros Tipo 055 de 10.000 toneladas como escolta, supostamente navegou pelo Estreito de Miyako e entrou no Pacífico Ocidental para exercícios de rotina na sexta-feira, dia mesmo dia em que o Japão rompeu com seu princípio pós-guerra de apenas defesa e anunciou planos para se equipar com mísseis com capacidade de primeiro ataque, permitindo-se atingir a China. Como o grupo de porta-aviões Liaoning mais poderoso até agora, espera-se que a flotilha do PLA realize uma série de exercícios realistas orientados para o combate além da primeira cadeia de ilhas, aprimorando suas capacidades de salvaguardar a soberania nacional, integridade territorial e interesses de desenvolvimento, disseram especialistas militares.

A Força Marítima de Autodefesa do Japão avistou uma flotilha da Marinha do PLA composta pelo porta-aviões Liaoning, os grandes destróieres Type 055 Anshan e Wuxi, o destróier Type 052D Chengdu, a fragata Type 054A Zaozhuang e o navio de reabastecimento abrangente Type 901 Hulunhu navegando do leste Mar da China através do Estreito de Miyako no Pacífico Ocidental de quinta a sexta-feira, disse o Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa do Japão em um comunicado à imprensa na sexta-feira.

Antes disso, de segunda a quinta-feira, o Japão também informou que o grande contratorpedeiro Type 055 Lhasa, o contratorpedeiro Type 052D Kaifeng e o navio de reabastecimento Type 903A Taihu navegaram do Mar da China Oriental através do Estreito de Osumi para o Pacífico Ocidental, e que um O navio de reconhecimento eletrônico da PLA Navy com casco número 796 e o ​​contratorpedeiro da classe Sovremenny Taizhou navegou do Mar da China Oriental através do Estreito de Miyako para o Pacífico Ocidental.

Timor-Leste assina acordo de financiamento com Austrália para aeroporto de Díli

O Governo timorense assinou hoje um acordo de financiamento com a Austrália, no valor global de 73,4 milhões de dólares norte-americanos (69,6 milhões de euros), para obras no Aeroporto de Díli.

“É um projeto de elevado impacto que irá tocar diretamente e mudar muitas vidas deste pequeno estado insular e construir as suas capacidades para poder alcançar o sonho a longo prazo de se tornar um país moderno e próspero”, sublinhou o ministro das Finanças timorense, Rui Gomes.

“Ter um aeroporto que cumpra todos os padrões internacionais num pequeno país insular como Timor-Leste é inquestionável. É uma porta de entrada do país via ar, transportando passageiros, carga, correios, bem como serviços médicos. Contribuirá significativamente para o crescimento económico e o desenvolvimento social do país”, destacou.

O acordo foi assinado, em Díli, por Rui Gomes e pelo primeiro secretário adjunto da Divisão do Sudeste Asiático do Departamento de Negócios Estrangeiros e Comércio australiano, Ridwaan Jadwat.

O responsável australiano salientou os esforços de Timor-Leste para fortalecer a resiliência económica, o que considerou exigir investimentos amplos em vários setores, “incluindo no desenvolvimento humano, e também no crescimento e diversificação da economia”.

PR timorense devolve Orçamento de 2023 ao parlamento para retirar fundo de veteranos

O Presidente timorense disse hoje que vai devolver a proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023 ao Parlamento para que possa ser retirado do texto a orçamentação do fundo dos veteranos considerado inconstitucional.

“Vou já iniciar o processo. Não quero que seja demorado porque temos tantas dificuldades e prioridades e não quero mais demoras. É necessário começar 2023 com o OGE”, disse à Lusa José Ramos-Horta.

“Vou devolver o OGE ao Parlamento que num simples ato, num dia, retira essa linha do fundo dos veteranos do orçamento, devolve ao Presidente e eu promulgo de imediato”, salientou o Presidente timorense.

O chefe de Estado reagia à decisão de que o Tribunal de Recurso (TR) timorense considerou inconstitucional o novo Fundo de Combatentes da Libertação Nacional, criado no OGE retificativo de 2022.

O acórdão do Tribunal de Recurso timorense declara “a inconstitucionalidade, por violação dos princípios da proporcionalidade e da utilização justa e igualitária dos recursos naturais (…) respetivamente dos artigos 1 e 139 da Constituição”.

PARLAMENTO MOÇAMBICANO LEGALIZA “FORÇA LOCAL”

Foi aprovada a revisão da lei da Defesa e das Forças Armadas de Moçambique (FADM), que legitima a atuação da designada "força local", de ex-combatentes que têm apoiado a luta contra o terrorismo em Cabo Delgado.

"A presente proposta vem para legitimar a atuação da força local que 'mano a mano' tem vindo a combater com bravura os terroristas", declarou Cristóvão Chume, ministro da Defesa de Moçambique, na Assembleia da República.

A revisão da lei foi aprovada por voto favorável da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a maioria parlamentar, enquanto a oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) votaram contra.

Para o ministro da Defesa, a aprovação da lei vai permitir melhorias na "estruturação, organização e assistência logística" à força local, além de o Governo poder "melhorar o seu controlo", garantindo o "respeito e observância rigorosa" dos direitos humanos pelos seus integrantes.

PROFESSORES ANGOLANOS TERMINAM GREVE SEM ACORDO DO GOVERNO

Os professores vão regressar às aulas na segunda-feira, mas não está afastada uma nova paralisação em janeiro.

Os professores angolanos levantaram a greve, mas continua a haver divergências entre os grevistas e o Ministério da Educação sobre questões estruturantes como o salário e o subsídio de isolamento.

Numa conferência de imprensa realizada esta manhã, em Luanda, o presidente do Sindicato dos Nacional dos Professores (SINPROF), Guilherme Silva, avançou que, em breve, os profissionais vão debater a realização de uma terceira fase do protesto, de 3 a 31 de janeiro.

"Vai depender se os professores vão dizer sim ou não", acrescentou.

Diálogo só com propostas

O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) foi incumbido de mediar o diálogo entre os professores e o Ministério da Educação.

Mas o SINPROF diz que só aceitará o diálogo se a entidade patronal apresentar uma proposta de subsídios para os professores. Segundo Guilherme Silva, os professores querem que essa proposta "se aproxime aos 60% no sentido de, por exemplo, o prémio de exame ser atribuído à parte, já que é pago uma vez por ano".

"Temos de encontrar uma modalidade para que este subsídio seja repartido nos três trimestres, já que nestes trimestres realizam-se provas", disse o líder sindical.

Angola | BALANÇO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A informação que nos servem está cada vez mais falsificada com doses latifundiárias de propaganda. Isso chama-se censura, mas pelos vistos ninguém quer saber. Há uma Redacção Única que à boleia da globalização impõe à Humanidade um pensamento único. Mas ninguém teme este Hitler sem rosto. A mentira é cada vez mais a base dos noticiários e das elucubrações mas redes sociais. Os preceitos éticos e deontológicos que obrigam todos os jornalistas, são ignorados ou ainda pior, espezinhados.

A direcção do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, depois de fazer mil fretes à UNITA antes e durante a campanha eleitoral, descobriu agora que os salários das e dos profissionais são rastejantes. As condições de trabalho são abaixo de péssimas. Os Media privados foram tomados de assalto por forças antidemocráticas e tornaram-se autênticos atentados à Liberdade de Imprensa. Mesmo assim, Teixeira Cândido diz-se preocupado, porque não existem canais privados de televisão!

Um jornalista que desconhece em absoluto o que se passa no sector, não pode liderar o sindicato. Qualquer estagiário de primeiro ano sabe que um canal de televisão vive da publicidade (a mais cara…) e o mercado publicitário angolano nem chega para sustentar um jornal de bairro. Pequenos anúncios e necrologia não funcionam no audiovisual. Ainda bem para o Jornal de Angola. A TPA vive da publicidade institucional e da Sonangol. Mas no final de cada ano, a factura fica pesadíssima ao Estado. Tanto quanto sei, as receitas nem cobrem 20 por cento das despesas. 

Todos sabem que o projecto Medianova (Televisão, Rádio e Imprensa) era privado mas, segundo a PGR, os fundos saíam dos cofres públicos. Teixeira Cândido quer saber quem são os investidores da Rede Girassol. Privados não são. E acrescento: Ainda bem. O balanço deste ano na área da comunicação social é péssimo. Merece largamente o nosso descontentamento. O Sindicato dos Jornalistas Angolanos leva a taça e arrisca-se a ser condecorado pelo Presidente João Lourenço. O Rafael Marques também cospe na medalha que ele lhe deu.

África está a sacudir, às vezes com violência, os colonialistas de sempre. A República Popular da China e a Federação Russa apoiam esses movimentos libertários. Como apoiaram as antigas colónias portuguesas antes e depois das independências nacionais. Hoje os presidentes da Angola e Moçambique estão em Washington dando uma mão aos ladrões e corruptos de sempre. O balanço só pode dar em descontentamento ilimitado. Em Washington o Presidente João Lourenço teceu rasgados elogios ao FMI. Aqueles que nos roubam um porco e depois emprestam-nos um chouriço e cobram mais 100 porcos.

Guiné-Bissau | LEGISLATIVAS MARCADAS PARA 4 DE JUNHO DE 2023

As eleições legislativas na Guiné-Bissau vão ter lugar a 4 de junho de 2023, segundo decreto assinado pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló fixou a data de 4 de junho de 2023 para a realização das eleições legislativas antecipadas na Guiné-Bissau. A informação consta num decreto presidencial divulgado na manhã desta sexta-feira (16.12), a qual a DW teve acesso.

O documento afirma que a data foi definida após a audição do Governo, dos partidos políticos e da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Ainda de acordo com o decreto presidencial, estão "já reunidas as condições previstas na lei" para a marcação da nova data da votação.

Votação adiada

As eleições legislativas antecipadas foram anteriormente agendadas para 18 de dezembro deste ano, após a dissolução do Parlamento pelo chefe de Estado em 16 de maio.

Contudo, como lembra o decreto desta sexta-feira, "por razões técnicas" a votação não poderá ser realizada naquela data.

"ELEIÇÕES NA GUINÉ EQUATORIAL FORAM RETROCESSO DEMOCRÁTICO" - diz ONG

ONG Equatorial Guinea Justice considera que as eleições na Guiné-Equatorial foram um retrocesso e defende que os Estados Unidos deveriam exigir a libertação de mais de 500 presos políticos.

"As graves irregularidades observadas nas eleições recentemente realizadas na Guiné Equatorial são uma prova clara de um drástico retrocesso democrático", afirmou a ONG Equatorial Guinea Justice esta quinta-feira (15.12), num comunicado.

O comunicado é agora enviado na mesma semana em que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está a reunir-se com vários líderes africanos, entre os quais o Presidente da Guiné Equatorial,Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

Os ativistas liderados por Tutu Alicante denunciam a prisão de sete soldados e duas mulheres casadas com soldados por terem votado na oposição e a expulsão das suas casernas. 

Isto, apontam, "viola o seu direito a uma votação secreta e discrimina-os por terem exercido o seu direito de votar livremente", a que se junta a morte de "pelo menos cinco civis inocentes, incluindo um polícia, e a detenção de 55 membros do partido da oposição".

ESPANTOSO, O ESPANTO

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

Bruxelas e Estrasburgo acordaram para as malas de dinheiro vivo e para o tráfico de influências, como se um escândalo de interesses se tivesse abatido subitamente, sem pré-aviso ou contrato-promessa, sobre as mais altas esferas de decisão europeias.

Num impulso, a realidade que se sentia passar entre os dedos, desafiando os pingos da chuva, impôs-se às suspeitas. A democracia europeia está sob ataque e a União Europeia não está à venda, garantiu Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu. Viktor Orbán riu-se por tempo indeterminado.

O pagamento de elevadas quantias de dinheiro por parte do regime catari e da autocracia marroquina, na tentativa de influenciar decisões europeias e lavar a imagem dos regimes, à boleia da muito polémica atribuição do Mundial e da tentativa de esquecimento da autodeterminação do Sara Ocidental, não surpreende ninguém e só espanta pelo aparente amadorismo das operações. É também nessa terra de crença na impunidade que germina boa parte da doença da corrupção. Há cerca de 13 000 entidades legitimadas como grupos de lóbi em Bruxelas e Estrasburgo. E não é ilegal, é regulado. Há 485 ex-deputados que trabalham directamente nos seus grupos de interesse lobistas. E não é ilegal, é permitido. As portas giratórias nem precisam de girar duas vezes quando a requisição de serviços é imediata. Durão Barroso e a Goldman Sachs que o digam. Fingir espanto, agora, perante o que parece ser a ponta de um iceberg, é pura demagogia.

Portugal e arredores: Do “31 de boca” e da "palha" ao Setenta e Quatro necessário

Em Portugal existe o “31 de Boca” que é falar por falar sobre o que os outros querem ouvir mas que na maior parte dos exemplos é “falar de borla” e enganoso ou prometer e não cumprir – o que acontece imenso em ambos os exemplos pelos governos, pelos partidos políticos, pelos políticos em propaganda eleitoral e upa-upa, pelos vendedores disto e daquilo e de “banha da cobra”. Para não falar da "palha impresa ou dita".

Além disso existe, de há pouco tempo para cá, o Setenta e Quatro, que no Página Global usamos em trabalhos de jornalistas que querem fazer jornalismo fora daquilo que podemos chamar as influencias servis das emanações da Redação Única, muito comum nos vendidos pelos servidores comunicacionais. ditos jornalistas.

É assim que surge o “ar fresco” do Setenta e Quatro. Que hoje, aqui, vem vestido sob o formato de newsletter e nos aponta os temas que divulga esta semana para os portugueses interessados.

Depois do Expresso Curto, do tio Balsemão Impresa Bilderberg, que publicamos mais em baixo, o Setenta e Quatro vem mesmo a calhar, para isso usamos a arma do copy paste. Vão nessa… E apoiem o Setenta e Quatro, precisamos dele. Vá ler.

Bom fim de semana. (PG)

Portugal | Manuel Pinho: "Não fui corrompido nem pela EDP, nem pelo BES

Manuel Pinho e os cornos da vida mostrados pelo ex-ministro no Parlamento do Portugal corrupto

O antigo ministro da Economia Manuel Pinho negou hoje ter sido corrompido e rejeitou quaisquer favores à EDP ou ao BES, após ser acusado pelo Ministério Público (MP) de corrupção passiva, fraude e branqueamento no Caso EDP.

"Não fui corrompido nem pela EDP, nem pelo BES e estou totalmente seguro de não lhes ter feito favores nenhuns", afirmou, sublinhando: "A acusação não merece a mínima credibilidade. (...) Os procuradores do Ministério Público foram incapazes de acusar a EDP de ter sido favorecida em um euro que seja".

Numa nota enviada à Lusa, o ex-governante defende que este processo "é uma mentira pegada" e criticou o MP por ter investigado o denominado Caso EDP durante "onze anos" sem que as suspeitas em torno da sua ligação à elétrica portuguesa estejam na origem dos factos inseridos nas 574 páginas do despacho de acusação.

"Fui investigado durante onze anos por ter beneficiado a EDP e é revoltante ser acusado por factos que não têm nada a ver com a EDP. Investigar durante onze anos é perseguir, o que não se admite numa democracia", frisou, sem deixar de defender as escolhas feitas na área da energia quando tutelou a Economia no primeiro governo de José Sócrates (2005-2009): "A verdade é que não favoreci a EDP nem em 1.200 milhões nem em nada".

Alto risco na aviação. Prémio Pessoa e o motivo dos apoios extraordinários do Governo

Baixa de Lisboa, Rossio, Teatro Nacional D. Maria II - Lisboa afogada

Miguel Cadete, diretor-adjunto | Expresso (curto)

Viva!

já está nas bancas mais uma edição do Expresso. Caso se sinta mais confortável com a edição em suporte digital do semanário, pode fazer uma assinatura aqui, com a oferta de mais 50% do tempo da subscrição.

Na manchete desta semana pode ler-se que há alto risco nos aeroportos portugueses. Um relatório secreto a que o Expresso teve acesso em primeira mão dá conta de falhas gravíssimas no controlo aéreo. Os autores do relatório relatam acidentes que foram evitados apenas por “acasos excecionais”, revelando irregularidades como a dos controladores aéreos dispores de televisões para passar o tempo. Torres de descontrolo é o título do artigo.

Generoso destaque para o vencedor do Prémio Pessoa, conhecido na quinta-feira, este ano atribuído ao poeta (e médico) João Luís Barreto Guimarães. Esta é a 36ª ocasião em que o prémio, desde sempre ligado ao Expresso é atribuído; desta feita distinguindo um cirurgião plástico com uma vasta obra poética onde “escreve sobre nós, portugueses” e “sobre tudo o que vê e observa”. O júri sublinhou a sua “voz único”. E o galardoado confessou que “do conjunto de atenções que a minha obra recebeu até agora, o Prémio Pessoa é o mais importante”.

Na semana em que foi conhecido mais um apoio extraordinário atribuído pelo Governo, no valor de €240, são esmiuçadas as razões de tal oferta quando o ano se apresta a terminar. Estes apoios – onde se pode incluir o aumento do salário mínimo para €760 - disfarçam uma enorme folga nas contas do Orçamento do Estado, o que levou alguns setores do PS a questionar se esta margem podia ter sido usada para aumentar salários. Perante um crescimento económico maior do que o previsto e uma receita fiscal que continuou a aumentar à boleia da inflação, estes apoios permitem que o Governo chegue ao fim de um ano de crise com os cofres com mais dinheiro do que era suposto.

A semana que agora termina foi igualmente marcada pelas cheias, sobretudo na Grande Lisboa, que provocaram inundações em lugares como Algés, Alcântara, Loures ou Cascais, que causaram milhões de euros de prejuízos. Um fenómeno que não é novo, até porque se repete com alguma regularidade, mas que é frequentemente aceite como uma fatalidade. Uma das razões mais fortes para que as águas invadam as ruas da cidade está identificado: em Lisboa 58% dos solos são impermeáveis. Até quando?

VOLODYMYR ZELENSKY E A ETNOPOLÍTICA

Thierry Meyssan*

O Presidente Zelensky acaba de ser designado pela revista Time «homem político do ano 2022». Isto é não ter percebido o seu golpe de força de Julho, em favor da guerra. Ele mandou proibir todos os Partidos políticos que se lhe opunham; assassinar as personalidades que lhe resistiam ; controlar todos os média, escritos, audiovisuais e internet; proibir a língua russa; destruir 100 milhões de livros; confiscar muitos bens de oligarcas, incluindo os daquele que pessoalmente o financiou; nacionalizar os bens de investidores e sociedades russas; e enfim proibir a Igreja ortodoxa. 

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi designado pela Time Magazine como « Personalidade do ano de 2022»; uma escolha evidente, segundo a redacção do semanário. Com efeito, ele encarnaria uma coragem contagiante que permitiu ao seu povo resistir à invasão russa.

No entanto, no seu país, o Poder passou progressivamente, desde 25 de Julho, das suas mãos para as do seu Vice-Presidente do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Oleksiy Danilov. Tendo-se concentrado Zelensky na sua função de porta-voz do regime, deixou Danilov preparar os decretos que assina. Em conjunto, os dois homens instauraram um regime de terror.

Nos dias 17 e 25 de Julho, três membros do Conselho foram destituídos por inúmeros casos de “traição” denunciados por funcionários sob suas ordens : - o diplomata Ruslan Demchenko, o amigo de - infância de Zelensky e Chefe do Serviço de Segurança, a SBU, Ivan Bakanov,  e a antiga conselheira jurídica de Zelensky e Procuradora-Geral da Ucrânia, Irina Venediktova.

Falando desses dias cruciais, Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia antes da guerra, declarou que Zelensky se tinha apoderado do Poder, de todos os poderes, sob disfarce da reforma.

Em 26 de Agosto no canal NTA, Oleksiy Danilov revelou que o Conselho de Segurança e de Defesa tinha adoptado um plano de defesa para o país em Novembro de 2021, ou seja, quatro meses antes da intervenção militar russa. Este documento fora preparado após Zelensky ter rejeitado o plano de um Minsk-3 proposto por Paris, em 8 e 9 de Dezembro de 2019. « É um vasto documento, fundamental, que enuncia as actividades de todos os corpos sem excepção: quem e como deverá agir numa situação de lei marcial », precisou ele, em 7 de Setembro, à Left Bank.

ZELENSKY EXTINGUE TRIBUNAL NA UCRÂNIA QUE ESTAVA A JULGAR NEONAZIS

Reino Unido treinará juízes ucranianos que sejam tolerantes com neonazis

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou uma lei para abolir o Tribunal Administrativo do Distrito de Kiev, um tribunal que não hesitava em processar neonazistas. Zelensky também se gabou de ser um líder que luta contra a corrupção internamente enquanto também luta contra as tropas russas. No entanto, parece que este último esquema é uma forma de os britânicos dominarem o sistema judicial da Ucrânia.

“A história das reformas continua. Mesmo em tempos de guerra”, disse Zelensky em 14 de dezembro, após anunciar o fim do Tribunal Administrativo do Distrito de Kiev, presidido por Pavlo Vovk, juiz que a Casa Branca já estava de olho há muito tempo.

O Departamento de Estado dos EUA, num relatório intitulado Combating Global Corruption and Human Rights Abuses, publicou uma lista de pessoas e organizações sancionadas, na qual figura o nome de Pavlo Vovk, entre muitos outros. Não está perdido que o relatório foi publicado apenas alguns dias antes de o presidente ucraniano anunciar o fim do Tribunal Administrativo do Distrito de Kiev.

O Departamento de Estado acusa o juiz ucraniano de “solicitar subornos em troca de interferir em processos judiciais e outros processos públicos. Como parte desta ação, dois membros da família imediata também são designados”.

SITUAÇÃO MILITAR NO LESTE DA UCRÂNIA EM 15 DE DEZEMBRO DE 2022 atualização

Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam nas ruas da parte oriental de Bakhmut;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam em Soledar;

- O exército russo repeliu o ataque da AFU perto da cidade de Pavlovka;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Debrova;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Zhytlivka.

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