sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Portugal e arredores: Do “31 de boca” e da "palha" ao Setenta e Quatro necessário

Em Portugal existe o “31 de Boca” que é falar por falar sobre o que os outros querem ouvir mas que na maior parte dos exemplos é “falar de borla” e enganoso ou prometer e não cumprir – o que acontece imenso em ambos os exemplos pelos governos, pelos partidos políticos, pelos políticos em propaganda eleitoral e upa-upa, pelos vendedores disto e daquilo e de “banha da cobra”. Para não falar da "palha impresa ou dita".

Além disso existe, de há pouco tempo para cá, o Setenta e Quatro, que no Página Global usamos em trabalhos de jornalistas que querem fazer jornalismo fora daquilo que podemos chamar as influencias servis das emanações da Redação Única, muito comum nos vendidos pelos servidores comunicacionais. ditos jornalistas.

É assim que surge o “ar fresco” do Setenta e Quatro. Que hoje, aqui, vem vestido sob o formato de newsletter e nos aponta os temas que divulga esta semana para os portugueses interessados.

Depois do Expresso Curto, do tio Balsemão Impresa Bilderberg, que publicamos mais em baixo, o Setenta e Quatro vem mesmo a calhar, para isso usamos a arma do copy paste. Vão nessa… E apoiem o Setenta e Quatro, precisamos dele. Vá ler.

Bom fim de semana. (PG)


 Olá, 

O sindicalismo e a importância das federações sindicais tem sido um tema cada vez mais debatido dentro da extrema-direita. Há cerca de dois meses, André Ventura anunciou a intenção de promover a criação de uma central sindical próxima do Chega. 

Ao que tudo indica, a extrema-direita quer estrear-se no movimento sindical. Como parece ser prática comum, o partido liderado por Ventura partiu de um “cardápio de múltiplas receitas já ensaiadas nas cozinhas de extrema-direita”, chegando a dar ao nome do sindicato “Solidariedade”, um cópia quase funcional do modelo espanhol do Vox, “Solidariedad”, uma estratégia que já não representa qualquer novidade. 

O jornalista Tiago Carrasco conversou com académicos, ex-membros do partido Chega e foi ainda mais longe: fez uma viagem pelos vários destinos europeus que acolhem esta ideia de sindicalismo dos partidos de extrema-direita.

“O desprezo pelos anúncios de Ventura já deu maus resultados aos seus adversários políticos” e, se as consequências da ascensão eleitoral do Chega são ainda uma incógnita, mais imprevisíveis serão estas novas relações que estão a ser debatidas dentro do partido. Polícias, médicos e professores, estão cada vez mais sob a mira da extrema-direita. 

Os direitos laborais são preocupações evidentes nesta edição. A jornalista Marta Lança entrevistou a ativista Djamila Ferreira, que trava a sua luta contra a violação dos direitos laborais da mulher em Angola. “Temos as mulheres totalmente acorrentadas e condenadas a serem cada vez mais pobres." A ativista alerta para as   dificuldades de quem trabalha para recorrer à Justiça angolana e como falha em casos de abandono familiar, situações de abuso e violações sexuais e despedimentos por gravidez. 

Já no ensaio desta semana, trazemos o caso de Refat Süleyman, empregado de limpeza que perdeu a vida numa fábrica siderúrgica, na Alemanha. Este ensaio, assinado por Polina Manolova, socióloga e investigadora Polina Manolova, traz-nos uma reflexão sobre a exploração dos trabalhadores migrantes naquele país. 

Setenta e Quatro 

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Obrigada.

Bom fim de semana e boas leituras

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