David Dinis, director-adjunto | Expresso (curto)
Viva, bem-vindo ao Expresso Curto.
Esta sexta-feira, a nossa edição semanal volta à crise da habitação, para
contar que as Câmaras de Lisboa e Porto receberam 26 mil pedidos de famílias carenciadas, mas só têm
disponíveis 2% das casas necessárias. O Governo aprovará na próxima semana o
seu pacote legislativo, mas também já sabe - acrescentamos nós - uma certeza: Marcelo promulgará tudo, menos uma lei em particular
(e tem reservas sobre outras duas.
Esta sexta-feira, como saberá, virão outras medidas contra a crise, mas
agora a da inflação. O que já sabemos é isto: o Governo abriu os cordões à bolsa. No Expresso da Manhã eu tento
explicar porquê.
Ainda na política, entre várias outras notícias, temos certo que o
Almirante Gouveia e Melo se prepara para baixar as penas aplicadas aos
menos graduados da tripulação do “Mondego”.
E contamos, com detalhe, a caminhada presidencialista de Santos Silva.
Na secção de Sociedade contamos-lhe algumas histórias interessantes.
Como a das noivas falsas por 2500 euros. Ou a da freira que ganhou uma disputa contra a Igreja. Ou a dos 30 anos de memórias da secretária de Rui Nabeiro, agora que
deixou toda a Campo Maior de luto.
Há ainda notícia de mais um problema para o Governo, desta vez por causa de um contrato com casinos.
Mundo fora? Olhamos para Xi, perguntando se ele será um mediador ou um
inimigo. Para a guerra geopolítica à volta do Tik Tok. E também para o que se está a passar em França, que tem mesmo muito que
se lhe diga.
Mas agora viramos a página.
Analisamos também a turbulência financeira que pode deixar os bancos centrais de mãos atadas (vale a pena ler
porquê), aproveitando para questionar se estamos perante um Lehman Suisse. A propósito, contamos também porque há “menos esqueletos” no nosso armário, desta vez.
Temos também, nesta edição, uma entrevista com a ministra da Habitação,
com este curioso título: “Não temos nenhum objetivo com o arrendamento coercivo”. Se
a quiser ouvir na íntegra, ela está no nosso novo podcast Expresso Imobiliário, aqui.
E dedicamos duas páginas a Sines, a porta de entrada dos combustíveis
fósseis que procura agora uma saída limpa.
Registe ainda estas duas notícias: a enorme subida dos despedimentos coletivos; e a relevante
subida do número de trabalhadores acima dos 65 anos no nosso mercado de trabalho.
Olhando para a história, contamos como foi 1983, ano do segundo resgate português às mãos do
FMI.
Bom, essa é para leitura durante o fim de semana, começando pelo tema de
capa. Falo-lhe do “enigma das nossas orcas” - ou dos 50 incidentes que
estas causaram na costa portuguesa nos últimos anos.
Mais à frente temos uma reportagem na Escócia, a propósito do adiado sonho da independência. Sonho de alguns, claro está, mas
que muito aterroriza os políticos em Londres.
Atenção à entrevista desta semana: é a Marco Martins, o realizador de um
poderoso filme sobre a exploração de portugueses numa fábrica inglesa. Eu, que
já vi o filme, recomendo a leitura. Título? “Esta é uma emigração de desespero”.
E, por fim, volto ao título desta newsletter para um trabalho do José
Pedro Castanheira, a partir dos “Diários de Salazar”, escritos a letra miudinha
e quase indecifrável. É sobre “as linhas da ditadura”, ou melhor, sobre as conversas de Salazar com o diretor da PIDE e sobre
os segredos que os dois quiseram esconder do país. E ha tantos.
Quase a chegar ao fim, deixo-lhe ainda as sugestões da nossa equipa de
podcasts (é que vem aí o fim de semana e há coisas boas para ouvir também):
1978:
o ano do CDS, do socialismo na gaveta e da Habitação. Este Liberdade Para
Pensar é sobre o ano em que o CDS chegou ao poder pela primeira vez e nós
fomos falar com um ministro desse governo, para recordar o que levou um partido
de centro-direita a viabilizar um governo do PS, chefiado por Mário Soares. Assunção Cristas fala do futuro do partido de que foi
líder e, pela primeira vez, fala também sobre o pacote legislativo “Habitação
Mais”, arrasando o governo de António Costa, a quem acusa de “estar a matar o
mercado de arrendamento”.
Os
bancos estão preparados para uma nova crise? Falências nos EUA, problemas
no Credit Suisse (entretanto comprado pelo UBS) e nervosismo nos mercados
trouxeram de volta o fantasma da crise financeira. No Money Money Money, João Silvestre, editor de Economia do
Expresso, conversa com João Vieira Pereira, diretor do Expresso, e Isabel
Vicente, jornalista do Expresso.
Alexandra
Leitão: o Governo está esgotado? Conotada com os setores mais à esquerda
do PS, foi com espanto que não foi nomeada para o governo da maioria absoluta.
Talvez um sinal do que viria. As notícias deram conta que teria sido convidada
para ser líder parlamentar e que terá recusado. É das poucas vozes que,
mantendo apoio inequívoco, vai fazendo críticas pela esquerda ao governo,
dentro do PS. É a convidada de Daniel Oliveira, no Perguntar Não Ofende.
Agora sim, é tudo.
Tenho uma boa sexta-feira, um ótimo fim de semana.
Já nos encontramos de novo, por aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário