sexta-feira, 24 de março de 2023

Portugal entre os 18 países que vão comprar munições de artilharia para a Ucrânia

A ministra da Defesa anunciou, esta segunda-feira, que Portugal vai ser um dos 18 Estados europeus a integrar o projeto para aquisição conjunta de munições para a Ucrânia.

No final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE), em Bruxelas, Helena Carreiras recorreu às palavras que Josep Borrell tinha utilizado pouco antes e classificou como "uma decisão histórica" o acordo para aquisição de munições de artilharia para aumentar o apoio militar à Ucrânia, numa altura em que está em curso uma grande ofensiva de Moscovo para tentar capturar mais territórios ao país invadido.

Segundo a ministra, Portugal é um dos 18 países que vai integrar o projeto da Agência de Defesa Europeia para aquisição conjunta de munições de artilharia: uma parte para continuar a auxiliar a Ucrânia, esforço pelo qual os Estados-membros serão ressarcidos "entre 50% e 60%", e outra para recuperação dos 'stocks'.

Há um "envelope financeiro significativo" de 1.000 milhões de euros para "ressarcir os Estados que participem dessa aquisição", especificou Helena Carreiras.

Em simultâneo, a União Europeia quer "promover a produção" de munições e "recuperar esse défice de capacidade industrial" que é, explicou a ministra, resultado de décadas de desinvestimento na Defesa dos vários países da União, uma vez que não se perspetivava uma guerra com estas dimensões no continente.

"Há um trabalho que tem sido feito, quer de inventário daquilo que são as disponibilidades de cada Estado, quer da indústria para se ter uma noção daquilo que é possível fazer", comentou.

Este acordo já tinha tido um aval político na reunião informal de ministros da Defesa da UE, em Estocolmo (Suécia), há duas semanas, e agora só falta a aprovação final no Conselho Europeu.

Sobre o envio de munições por Portugal para a Ucrânia, Helena Carreiras referiu que o país "já forneceu 2.000 munições de morteiros de 120 milímetros": "Os nossos 'stocks' estão em baixo, como os dos outros países, não há capacidade alargada de disponibilização de munições."

Jornal de Notícias | agências

Sem comentários:

Mais lidas da semana