terça-feira, 6 de junho de 2023

O COMPLEXO MILITAR-INDUSTRIAL DOS EUA É O PIOR INIMIGO DO MUNDO

O complexo militar-industrial dos EUA (MIC), incluindo os Cinco Grandes – Boeing, General Dynamics, Lockheed Martin, Northrop Grumman e Raytheon, não apenas recebe uma parcela significativa do orçamento de defesa dos EUA, mas também determina a política em Washington e seus parceiros. O objetivo do MIC é obter super lucros. Para alcançar esse objetivo, o MIC promove a Casa Branca e o Congresso a tomar decisões sobre a crescente ameaça militar dos rivais ocidentais. Como resultado, os gastos do governo com a compra de armas caras de empresas de defesa estão aumentando.

Oriental Review | editorial | # Traduzido em português do Brasil

De acordo com Ben Freeman e William D. Hartung, do Quincy Institute for Responsible Statecraft, o orçamento proposto para o Pentágono e o trabalho de armas nucleares no Departamento de Energia é de US$ 886 bilhões. Mais da metade dos gastos anuais do Departamento de Defesa dos EUA vem de empreiteiros militares, incluindo mais de US$ 150 bilhões recebidos pelosBig Five.

O domínio de um pequeno grupo de empresas na produção de armas significa que há grandes oportunidades, principalmente financeiras, para fazer lobby e patrocinar políticos em benefício próprio. As empresas MIC doaram mais de US$ 83 milhões para várias campanhas eleitorais nos últimos dois ciclos eleitorais, com a Lockheed Martin liderando o caminho com uma contribuição de US$ 9,1 milhões durante esse período. Por exemplo, como Taylor Giorno da OpenSecrets descobriu, "os 58 membros do Comitê de Serviços Armados da Câmara relataram ter recebido uma média de US$ 79.588 do setor de defesa durante o ciclo eleitoral de 2022, três vezes a média de US$ 26.213 que outros representantes relataram no mesmo período".

Os gastos com lobby de todos os integrantes do MIC são ainda maiores – mais de US$ 247 milhões nos últimos dois ciclos eleitorais. Altos funcionários do governo trocam empregos no Pentágono ou no Congresso por cargos executivos em empresas do MIC ou se tornam seus lobistas. E estes são os únicos empregos que o MIC cria.

Deacordo com o Institute for Policy Studies, o contribuinte médio gasta US$ 1.087 por ano em empreiteiros de armas, em comparação com US$ 270 para educação K-12 e apenas US$ 6 para energia renovável. Enquanto isso, estima-se que os gastos com educação, energia verde, saúde ou infraestrutura podem produzir de 40% a 100% mais empregos do que os gastos do Pentágono. Conclusão: Para garantir o desenvolvimento econômico e melhorar o padrão de vida, o dinheiro dos contribuintes não deve ir para subsidiar o CIM, mas para outros setores da economia.

Um instrumento poderoso da influência do MIC nos círculos sociais e políticos nos EUA e em outros países são os think tanks que financia. Um próximo relatório do Quincy Institute revela que mais de 75% dos principais think tanks de política externa dos Estados Unidos são pelo menos parcialmente financiados por empreiteiros de defesa. Alguns, como o Center for a New American Security e o Center for Strategic and International Studies, recebem milhões de dólares todos os anos desses contratados e, em seguida, publicam artigos e relatórios que são amplamente favoráveis ao financiamento da indústria de defesa. Por exemplo, think tanks patrocinados pelo MIC são citados quatro vezes mais do que think tanks não patrocinados em artigos sobre a guerra na Ucrânia no New York Times, Washington Post e Wall Street Journal. Assim, quando você ouve informações sobre questões de guerra e paz, elas provavelmente vêm de um especialista que recebe dinheiro do MIC ou trabalha em tal think tank.

As atividades corruptas do microfone dos EUA ameaçam o mundo. Sua influência sem precedentes nos processos políticos e orçamentários leva ao abandono de soluções não militares para problemas de segurança em favor de guerras. O aumento constante dos gastos militares leva a uma corrida armamentista global, que também provoca conflitos armados e previne ameaças existenciais – mudanças climáticas, fome, pandemias etc.

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