Bom dia, boa semana. A saudação é sincera relativamente aos votos de boa semana mas o que ignoramos é como será possível tal acontecer na realidade em Portugal, na UE e nos arredores globais. Certo é que imensos países estão a ser dirigidos por verdadeiros/as ‘merdas’ da espécie humana. Fiteiros e aldrabões que tudo fazem para enriquecer os seus currículos, os seus presentes e futuros ‘tachos’, as suas presentes e futuras contas bancárias nos seus países e, se necessário, nos tão recorrentes ‘off shores’.
Lá por isso, além de ‘merdas’ são corruptos? Ladrões? Vigaristas? Ora, ora, perguntem, perguntem. Certo é que a vossa consciência já vos estará a responder com exatidão. E a seguir em silêncio chega a resposta interior e talvez secreta que demonstra a vossa recusa em conclusões e verdades que por julgada defesa consideram desagradáveis. Alegrem-se: sobrevivemos todos, todos, todos juntos numa trampa de subvida em que cobardemente nos calamos ou nos manifestamos com razão e em folclore colorido sabendo que esses tais ‘merdas’ da política e da trafulhice global pura e simplesmente nos ignoram e seguem caminho na auto-estrada que ruma aos seus interesses absolutos ou/e ao dos seus grupelhos de cumplicidades. A desonestidade intelectual e de outras classificações é sublime, descarada, e os povos a isso fazem NADA.
Eu sabia que acordar com os pés de fora dava este resultado. Adiante.
O Curto, em baixo vai estar ao seu dispor. Pedro Candeias, jornalista, empresta-lhe a chancela. Leiam-no. Aqui ou no Expresso. O tio Balsemão Bilderberg precisa do pilim com que compram o Expresso e as outras obras de propaganda inspiradas em imensos fardos de palha. Umas vezes sim, noutras não tanto. O jornalismo está decadente. Por nada faz-se um grande artigo. E neles, garantidamente, a língua portuguesa leva tratos de polé e baralhações anglófonas que põem os pelos em pé a Camões, a Pessoa e a muitos outros que fizeram da língua a sua Pátria. Enfim. É a globalização, dirigida pelos ‘merdas’ apátridas da política e dos poderes… Seguida por demasiados assimilados do império terrorista dos EUA/UE e dos super-riquinhos dos um por cento e apaniguados.
Estamos quilhados. Está há vista… Já não podemos ignorar mas gastamos muitas energias para isso mesmo conseguir. Olhamos para os nossos umbigos e concentramo-nos. Porque o umbigo é a última coisa a morrer. Porque foi, também, a primeira coisa a viver quando nos pespegaram na barriga da mãe. Ena, mudemos de assunto nesta semana que começa muito típica e irmã gémea da modorra luso-europeia-global recheada de maus e doentios costumes. Pelo sim pelo não, aí pelas ruas, nos horríficos transportes e frente ao espelho, de vez em quando, bala… Para se sentir vivinho do Costa. Monstruosamente quilhado e muito mal pago e subvivente.
Ponto. O tal que anuncia o final.
Baixem as mangas. Vocês já não têm nada a perder, porque já perderam tudo. Não? Ora provem lá e experimentem a repetir fazer o que todos os portugueses fizeram há cerca de 50 anos… Pois.
O Curto a seguir. Vão nele.
António Veríssimo | PG
SOS
Pedro Candeias, editor-executivo | Expresso (curto)
Bom dia,
Começo por lhe fazer um convite: quarta-feira, dia 1 de novembro, às 14h00, “Junte-se
à Conversa” com David Dinis, Pedro Cordeiro e uma convidada especial para
falar sobre a “Guerra Israel-Hamas: Gaza depois da invasão”. Inscreva-se aqui.
Na quinta-feira, às 12h00, irá realizar-se mais um “Visitas à redação”,
exclusivo para assinantes. Inscreva-se através do mail producaoclubeexpresso@expresso.impresa.pt e venha
conhecer o seu jornal.
Agora, as notícias:
Tenho para mim que quando um representante de Deus intervém
publicamente sobre um determinado assunto, é porque o assunto é urgente e
as coisas não estão fáceis.
Disse D. Américo Aguiar: “O que nós, cidadãos, pedimos é
que, por amor de Deus, se entendam. O que eu peço, aos médicos, aos profissionais,
aos representantes da classe, ao senhor ministro e ao Ministério das Finanças,
é que todos façam o que for possível para que este nó se desate”.
Mas até Deus tem os seus limites.
Da enésima reunião entre os representantes dos sindicatos (o SIM e a FNAM)
e o ministério da Saúde, resultou uma aproximação entre as partes em dois
pontos, mantendo-se o desacordo no terceiro: sim, Manuel
Pizarro mostrou-se comprometido na redução do horário de trabalho das 40 horas
para as 35h; sim, Manuel Pizarro foi sensível na diminuição das horas
extraordinárias de 18h para 12h semanais; e não, Manuel Pizarro não igualou a
proposta de aumento salarial-base pedida pelos médicos.
“O Governo propõe, na prática, um aumento do salário base de cerca de 5% e isso
é de facto uma das limitações sérias para que haja um acordo, já que a própria
inflação deste ano é de cerca de 5,5%, além dos 20% de inflação acumulada”,
afirmou Roque da Cunha, do SIM. Refira-se que os sindicatos pedem uma
subida do vencimento na ordem dos 30%, sem contrapartidas associadas à
produtividade.
O Governo pensa de forma diferente. “Em alguns casos, os aumentos até são muitos
superiores a esse (5%), porque depende muito do regime de trabalho e de
dedicação que as pessoas querem ter ao Serviço Nacional de Saúde. É
compreensível que, havendo regimes diversos de trabalho, haja também
remunerações diferentes”, argumentou Pizarro.
O encontro arrancou às 16h30 de domingo, teve uma pausa para jantar, foi
retomado e prosseguiu noite dentro, até as partes se decidirem por uma
suspensão dos trabalhos às duas da manhã. Ficou agendada uma nova reunião
para terça-feira, às 14h30, no Ministério da Saúde, e na quarta-feira começa
novembro, o mês que o diretor executivo do SNS Fernando Araújo previu como o “pior da história”. É fácil explicar
porquê: mais de três mil médicos entregaram minutas de escusa para não
cumprirem mais horas extraordinárias nas urgências e estas começam a ter efeito
a partir de 1 de novembro. A isto, soma-se aquela altura do ano em que se
regista um aumento das infeções respiratórias que levam os cidadãos às portas
dos hospitais.
Uma receita para o caos.
OUTRAS NOTÍCIAS
Bloqueado. Benjamin Netanyahu anunciou a “segunda fase” na guerra Israel - Hamas, o
que se traduziu na entrada de forças israelitas na Faixa de Gaza e num apagão
de todas as comunicações da zona, impossibilitando os palestinianos de falarem
entre si durante os ataques - a pressão dos EUA resultaria no levantamento do
‘embargo’ tecnológico e Joe Biden pediria a Israel para distinguir os
militantes do Hamas dos civis. Pelo meio, Netanyahu criticou os serviços de inteligência
israelitas (e depois pediu desculpa na rede social ‘X’) e várias
manifestações a pedir o cessar-fogo multiplicaram-se no Ocidente, Lisboa
incluído. O Ministério da Saúde em Gaza garante que já morrerem mais de oito
mil pessoas (3.324 crianças) e 20 mil ficaram feridas desde o início da guerra.
Extinto. O Serviço Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi extinto e grande parte das suas competências
transita para a nova Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA),
criada para gerir processos administrativos relacionados com estrangeiros. Para
já, a AIMA, tutelada por Ana Catarina Mendes, herda 700 mil processos de naturalização que quer
resolvidos até final de 2024. As competências policiais do SEF passam para GNR,
PSP e Polícia Judiciária.
Esvaziado. As palavras de Paddy Cosgrave sobre a guerra Israel - Hamas
justificam todos os que acreditam que um singelo bater de asas de uma borboleta
num cantinho da internet pode originar um caldinho em Lisboa: a Web Summit (
Inundado. A depressão Celine afetou sobretudo o Norte do país, que registou a maior
parte das ocorrências (126 em 246). Os problemas mais observados foram
inundações (91), quedas de árvores (57), limpeza das vias (54), movimentos de
massa (27) e quedas de estruturas (17), esclareceu a Proteção Civil.
Desaparecido. O ator Matthew Perry, o “Chandler” da popularíssima série
“Friends”, foi encontrado morto
Inanimado. Bas Dost, avançado neerlandês que já representou Sporting, caiu inanimado no relvado no minuto 90 do jogo AZ
Alkmaar - NEC Nijmegen. A equipa de socorro agiu prontamente e o futebolista
foi levado para o hospital e mais tarde publicaria uma mensagem nas redes
sociais a agradecer aos médicos e aos adeptos.
Empatados. O FC Porto marcou dois golos ao Vizela, somou três pontos e está agora
empatado com Benfica (22 pontos) e Sporting (22p, menos um jogo) nos primeiros
lugares do campeonato.
FRASES
“Devemos lutar sempre contra as idolatrias: as mundanas, que tantas vezes vêm
da vanglória pessoal, da ânsia de êxito, da autoafirmação a todo o custo, da
avidez de dinheiro - o diabo entra pelos bolsos - e do carreirismo”, Papa
Francisco, no encerramento do sínodo
“É urgente aumentar o recrutamento e a retenção. É urgente modernizar os
sistemas de armas. É urgente assumirmos a prontidão porque o dia de amanhã é
incerto”, Eduardo Mendes Ferrão, Chefe do Estado-Maior do
Exército, durante o Dia do Exército
“Fui um jogador muito mais fraquinho que o Pote, mas fazia várias posições e a
nossa geração não era tão forte”, Rúben Amorim, sobre a ausência do médio do Sporting nas escolhas do
selecionador nacional
O QUE ANDO A LER
“Confiança”, de Hernán Díaz (ed. Livros do Brasil)
O livro começa com um livro
assinado por um escritor chamado Harold Vanner que é a história dos Rask,
Benjamin e Helen, casal todo-poderoso de Wall Street das primeiras décadas do
século passado. Vanner descreve a linhagem de Benjamin, um tipo frio,
estranho e socialmente inapto, e de como o seu caminho se cruza com o de
Helen, a doce e gentil Helen que terá um fim trágico.
Sucede que - saberemos mais tarde - a vida dos Rask é baseada na vida dos Bevel,
Andrew e Mildred, e estes também terão direito a uma biografia mais ou menos
autorizada e muito controlada pelo marido que contrata uma ghost writer de
nome Ida Partenza, filha de um imigrante anarquista italiano que detesta tudo o
que os Bevel representam: o capitalismo. Ora, a intenção de Andrew é reabilitar
a sua imagem, pois considera ter sido injustamente retratado pela obra de
Vanner, que o acusa de manipular a bolsa durante o crash de 1929, e
pretende que Partenza escreva exatamente o que ele lhe dita nos seus breves
encontros.
E esta é a segunda de três partes do “Confiança”, de Hernán Diáz, cujo último
trecho coíbo-me de descrever por razões de spoiling. Venceu o Prémio
Pulitzer de 2023.
Tenha uma boa segunda-feira e continue a seguir-nos no Expresso.
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