quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

FIM DE ZELENSKI À VISTA

ESGOTANDO OS RECURSOS ATÉ AO “ÚLTIMO UCRANIANO”, O FANTOCHE ZELENSKI NÃO TEM O MESMO OXIGÉNIO PARA O “THE DAY AFTER”

Martinho Júnior, Luanda

Enquanto forem os ucranianos e alguns mercenários polacos, romenos, ou de outras conspirações do leste europeu, a morrer como idiotas úteis no âmbito do instrumento “ocidental” ukronazi, o fantoche Zelenski serve, mas agora ele já está “em época de transição” e não há mal que lhe não possa começar a vir!...

Não estranhem o seu progressivo silêncio interventivo e muito menos estranhem se virem sua chama a se apagar!

Explico:

Ele, com sua retórica russofóbica e as bravatas dum grande campeão “mata russos” (como os cristãos piedosos um dia foram “mata-mouros”), começa sem alternativa a iludir os centros de recrutamento de mercenários e os próprios mercenários, ou seja, a intoxicar até a capacidade dos serviços de inteligência “ocidentais” atirando-os “contra a parede”!

Mercenário só o pode ser se não morrer e mesmo os que forem feridos, terão traumas insuportáveis para o resto de suas vidas, pelo que a capacidade de iludir os recrutamentos necessários para os novos equipamentos na base da ilusão de capacidades “mata russos” começa a ter um limite mais que óbvio: quando alguns sobreviverem das linhas da frente e voltarem para casa para contar a trajectória, a mentira fica com pernas tão curtas que os serviços de inteligência que caucionam a manobra ficam automaticamente em cheque, “apanhando por tabela” nas transversalidades privadas dos ofícios!

Para pôr a funcionar os equipamentos da NATO que os fantoches ukronazis vão receber dos Estados Unidos, da meia-ilhota de Sua Majestade Britânica, duma Marshall Alemanha venal e confusa, ou duma Gália evasiva dos ensinamentos de De Gaule, ele não pode recorrer mais à “carne para canhão” da casa, porque não há tempo para formar em disciplinas tão exigentes os efectivos que lhe restam enquanto idiotas úteis de recurso próprio…

Os zombis-híbridos europeus, se adoptarem as estrofes do hino português, vão mesmo “marchar contra os canhões” e contra os mísseis hipersónicos!

CNN segue a última tendência de quebrar a narrativa oficial do Ocidente sobre a Ucrânia

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

Não há dúvida de que o último artigo da CNN contradiz a mesma narrativa fabricada artificialmente sobre a Ucrânia que este canal contribuiu para criar no ano passado. No dia anterior, previ em minha análise explicando por que o primeiro-ministro polonês alertou durante sua viagem a Berlim na segunda-feira que Kiev poderia perder que “a 'narrativa oficial' continuará mudando” e “a grande mídia em breve repetirá seu dramático alarmismo” , que é precisamente o que aconteceu menos de 24 horas depois.

Nenhum observador objetivo pode agora negar que a tendência realmente existe em que a “narrativa oficial” do Ocidente está sendo destruída pelas mesmas forças que a fabricaram artificialmente depois que a CNN entrou na onda com seu último artigo de primeira página na quarta-feira. O repórter da Casa Branca Stephen Collinson encabeçou um artigo em que declarou dramaticamente que “Biden atinge um novo ponto de inflexão vital na Ucrânia”, o que contradiz completamente tudo o que a CNN havia afirmado anteriormente.

De acordo com o homem que está entre os principais gerentes de percepção da Western Mainstream Media (MSM) liderada pelos EUA, “o tempo também está se esgotando rapidamente para os EUA e seus aliados enviarem armas mais poderosas e treinar soldados ucranianos como usá-los antes do segundo ano possivelmente decisivo da guerra, que pode levar a Rússia a lançar uma nova ofensiva feroz”. Isso está muito longe do triunfalismo prematuro do ano passado, quando a CNN insinuou que a inevitável vitória de Kiev era um fato consumado.

Além disso, no que pode ser a primeira vez para o MSM, Collinson reconheceu as críticas crescentes no Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos EUA sobre a mendicância interminável de Kiev, escrevendo que “a Ucrânia, dada sua situação desesperadora, sempre desejará mais”. Ele também quebrou o tabu ao questionar: "O Ocidente está comprometido em ajudar a Ucrânia a expulsar o invasor de todo o seu território?... Ou está limitando seus esforços para dar à Ucrânia aço suficiente para sobreviver, mas não para vencer?"

Portugal | OS PROFESSORES GANHAM MAIS DO QUE DEVIAM?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

Uma das coisas insólitas do debate público em torno da luta dos professores é aparecer frequentemente o argumento de que os professores auferem salários que se situariam acima da média do que ganham pessoas que trabalham em outras profissões com o mesmo grau de qualificações académicas.

Ouvi isso de opinadores ideologicamente conotados com a direita política, que, noutras alturas, quando ouvem opinadores mais à esquerda, como eu, falar do excesso de diferenças salariais entre quem está no topo das administrações das empresas e quem está na base da hierarquia (em várias empresas portuguesas do PSI20 a remuneração de topo chega a ser mais de 150 vezes a remuneração da base) rapidamente acusam ser essa uma análise suportada num "preconceito ideológico", num conceito social de "igualitarismo basista" e numa visão "niveladora por baixo", que atrasa o progresso da sociedade.

Passe a contradição de a direita aplicar a professores esse alegado "preconceito", esse "basismo" e esse "nivelamento" que não aceita aplicar a gestores, a verdade é que essa afirmação tem por base um relatório anual da OCDE intitulado Education at a Glance, que a Direção-Geral de Educação habitualmente resume e coloca no seu site, em português, com os destaques que entende serem mais relevantes.

Aí a imprensa vai buscar informação que já deu títulos como este (cito um do Expresso em 2020, mas a abordagem é generalizada): "Professores em Portugal ganham mais 40% do que a média dos licenciados (ao contrário do que acontece na maioria dos países da OCDE)"

Pelo meio fica esquecida uma leitura do mesmo relatório, na íntegra, como o de 2022, que está disponível em inglês, onde se explicam que os salários iniciais dos professores em Portugal, com valores corrigidos pela Paridade do Poder de Compra, são 3196 dólares anuais mais baixos que a média da União Europeia e 2598 dólares mais baixos que a média da OCDE, enquanto os salários de topo, nomeadamente das direções escolares, custam mais de 21 mil dólares por ano do que as médias da União Europeia e da OCDE.

Portugal | PODER DE COMPRA DO TRABALHO ESTAGNADO HÁ 20 ANOS. E O MEDINA?

Medina rejeita necessidade de novo reforço agora

Em duas décadas, salários reais per capita dos portugueses avançaram uns magros 0,3%. E é esta a herança com que Portugal chega à nova crise inflacionista, que começou em 2022 e não se sabe quando termina.

Luís Reis Ribeiro* | Diário de Notícias

O poder de compra dos trabalhadores portugueses medido através dos salários médios reais por empregado (portanto, já descontando o impacto da inflação) está virtualmente estagnado há duas décadas ou mais, indicam cálculos do DN/Dinheiro Vivo (DV) a partir de dados da Comissão Europeia (CE).

É a herança de vários anos de estagnação, recessões, crises sucessivas e do programa de ajustamento com que o país se defrontou em 2022, quando deflagrou esta nova crise inflacionista e energética.

Ainda assim, mesmo com este passado de esmagamento do poder de compra, o ministro das Finanças, Fernando Medina, à margem da reunião do Conselho dos Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), em Bruxelas, preferiu focar-se nas questões de curto prazo.

O ministro defendeu que "a nossa política salarial é a política adequada para responder à necessidade de assegurar o poder de compra durante o ano de 2023, sem com isso contribuir para um aumento das tensões inflacionistas".

Os dados de mais curto prazo da Comissão Europeia também indiciam que não será bem assim. Mesmo com todas as medidas e apoios, em 2022, o salário médio real por trabalhador em Portugal perdeu poder de compra em 2022.

Não ficou entre os piores casos (em Espanha, a perda média terá chegado a 5%, segundo os dados de Bruxelas), mas, ainda assim, os trabalhadores portugueses viram o seu poder de compra recuar 1,3% no ano passado, uma perda que não vai ser recuperada este ano, se se confirmarem as previsões da CE, que apontam para um ganho real médio per capita de apenas 0,4%.

Ou seja, fica em linha com o magro histórico de progressão salarial que se verifica desde o início deste milénio ou desde que o euro entrou em circulação.

Além desta herança de estagnação, que contribui para agravar desigualdades e pobreza, Portugal surge nos rankings como um dos países da Europa que menos progrediram em duas décadas.

O salário real per capita (por trabalhador) aumentou uns marginais 0,3%, em média, entre 2002 e 2022. Pior só os casos de Bélgica (0,2%), Áustria (0,2%), Espanha (-0,1%), Itália (-0,2%) e Grécia (-0,4%), mostram os mesmos cálculos do DV a partir da base de dados divulgada em novembro no âmbito das previsões da Comissão.

PORTUGUESES POBRETES E ALEGRETES NÃO SE SABE BEM PORQUÊ...

Mais um Curto a abrir com a Educação de Rastos que este governo falsamente dito socialista tudo faz para destruir a exemplo daquilo que o governo anterior de Passos/PSD/CDS, do Toninho que dizia que a sua paixão era a Educação e de Sócrates, esse tal. Um e outro também do falsamente Partido Socialista. O Toninho agarrou um tacho na ONU e benze-se, reza e ajoelha-se todos os dias… Quanto a Sócrates anda por aí e tanto quanto se sabe não está na miséria, nem morreu de fome. Diz-se até que possui um bom pé-de-meia. Será? Pois.

Sem mais vastos pronunciamentos porque hoje não é dia de palha cá pelos nossos lados deixamos o Curto do Expresso à vossa disposição com uma constatação: o povinho está a virar-se contra os professores. A continuarem assim vão ter filhos ainda mais iletrados e calhaus que agora, à disposição do mercado de trabalho, para ganharem uma trampa de ordenados sem respeito nem dignidade. Credo. As greves incomodam, são uma chatice, os malandros dos professores e auxiliares de educação dificultam que possamos pôr os filhos na escola-depósito de crianças para os aturarem… É não é?

E na saúde os profissionais? E nas forças de segurança, na PSP/GNR? E nas outras profissões desprezadas e mal pagas em que quase todos ficam mais pobres? Enquanto que as elites e os ricos ficam mais ricos…

Este país, Portugal, está um chiqueiro. À semelhança da União Europeia, Reino Unido e similares… Uma lástima em que os plebeus são uns contra os outros cedendo às divisões fomentadas pelos das elites governativas ao serviço dos amigalhaços ricaços. Cada vez mais ricaços e esclavagistas… Vivam os do 1% e das respetivas ilhargas! Pois.

Bom dia. Se quiserem e conseguirem ler de alto a baixo este Curto que dispomos a seguir. Inté, pobretes e alegretes - não se sabe bem porquê. Alienados por defesa e preguiça de pensar com os alqueires bem medidos.

Curto, a seguir. Curta.

MM | PG

Brasil | CONTRAGOLPE – APONTE-SE O DEDO PARA AS FORÇAS ARMADAS

O Brasil vive um momento único para chamar as coisas pelo nome e apontar o dedo para as Forças Armadas que dissimulam o golpismo.

Carla Jimenez, colonista | The Intercept_ Brasil | # Publicado em português do Brasil

O dia 8 de janeiro expôs ao Brasil a materialidade de um crime que estava em gestação no submundo da política. Houve um intento de golpe de estado transmitido praticamente em tempo real por milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro. Desde então, já sabemos que há potencial para novos atentados violentos, que há integrantes golpistas nas Forças Armadas e na Polícia Militar, e até que o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, tinha uma minuta pronta para contestar o resultado das eleições de 2022. 

Uma janela foi aberta naquele domingo para desembarcar do cinismo das argumentações retóricas, como a famigerada “liberdade de expressão” defendida por bolsonaristas, e passarmos a chamar as coisas pelo verdadeiro nome por vias oficiais, saindo da tucanização que a falsa diplomacia brasileira carrega em seu DNA. “Os desprezíveis ataques terroristas à democracia e às instituições republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos”, escreveu, no mesmo dia 8, o ministro Alexandre de Moraes em uma inédita decisão de afastar do cargo por 90 dias o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha. 

Enquanto o mundo assistia estarrecido às imagens da réplica malfeita da invasão do Capitólio nos Estados Unidos, nasciam novos braços institucionais para blindar a democracia. A Advocacia Geral da União, a AGU, criou o Grupo Especial de Defesa da Democracia, e a Procuradoria Federal de Direitos do Cidadão, a PFDC, formou o Grupo de Apoio à Defesa da Democracia para agilizar a comunicação entre os órgãos públicos.

“Temos notícias da criação de diversos grupos extremistas. Precisamos nos unir para desmobilizá-los e promover a estabilidade necessária ao nosso país”, me disse o procurador Carlos Alberto Vilhena, da PFDC. Até a Procuradoria-Geral da República anunciou, dias depois, um Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos para não ficar atrás.

Guiné-Bissau | REELEIÇÃO DE SIMÕES PEREIRA VOLTA A SER CONTESTADA

Iancuba Dansó (Bissau) | Deutsche Welle

Militante do PAIGC pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para ignorar resultados do último congresso. Partido já requereu a "anotação" da reeleição de Domingos Simões Pereira como líder.

O X congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi realizado há dois meses, mas o assunto continua a agitar a política guineense.

Bolom Conté, militante do partido, deu entrada há mais de duas semanas, no Supremo Tribunal de Justiça, a um pedido para que aquele órgão judicial não anote os resultados saídos do último encontro magno da sua formação política. Ou seja, pede ao tribunal que não anote a vitória de Domingos Simões Pereira como líder do PAIGC, entre outras decisões no congresso.

"Não há fase contenciosa"

Enquanto Bolom Conté espera a apreciação do pedido, o PAIGC pediu, esta segunda-feira (16.01), ao Supremo Tribunal de Justiça, a anotação dos órgãos eleitos e dos novos estatutos aprovados no congresso de novembro. 

Carlos Pinto Pereira, do coletivo de advogados do PAIGC, afirma que "não faz sentido" o pedido feito por Bolom Conté, para a não anotação dos resultados do congresso do "partido dos libertadores".

"Este processo não tem fase contenciosa e aqui não se vem discutir. Se não tem fase contenciosa, não posso aceitar que dê entrada um pedido [no Supremo Tribunal de Justiça] a dizer que não posso fazer a minha anotação. Se eu não fizer a minha anotação, estou a incumprir a lei", declarou Pinto Pereira.

O porta-voz do coletivo de advogados acrescenta que a anotação é uma "formalidade exigida por lei, meramente administrativa". E, contrariamente ao que acontece noutros processos, não há lugar a contestação ou contraditório.

"Estou convencido que [o pedido de Bolom Conté] ficará na gaveta, porque não tem espaço", acrescenta Carlos Pinto Pereira.

Moçambique | AGRESSÃO A JORNALISTA "VIOLA O DIREITO À LIVRE CIRCULAÇÃO"

Neusa e Silva | Deutsche Welle

Jornalista denuncia que grupo de agentes da polícia de Moçambique o agrediu fisicamente. Rádio Comunitária Tumbine acusa a corporação de "violar o direito à livre circulação" e pede responsabilização dos culpados.

O jornalista Rosário Adelino Cardoso denunciou nesta segunda-feira (16.01) que foi agredido fisicamente, com bastões, por um grupo de cinco agentes da polícia moçambicana, no distrito de Milange, na província da Zambézia.

A agressão terá ocorrido no domingo à noite quando saía do trabalho na Rádio Comunitária Tumbine (RCT), para a qual colabora.

"A RCT considera que a agressão ao seu colaborador viola o direito à livre circulação de cidadãos no território nacional, um direito inalienável e fundamental para todos os cidadãos moçambicanos previsto nos termos do artigo 55 da Constituição da República", reagiu a emissora comunitária em comunicado, sublinhando que o "Ministério do Interior não tem legitimidade para limitar ou suspender o direito constitucional à livre circulação dos cidadãos".

Na mesma nota, a RCT exige a responsabilização dos culpados. Em entrevista à DW África, o jornalista Rosário Adelino Cardoso falou sobre a agressão.

DW África: Em que circunstâncias sofreu esta agressão?

RC: Tudo aconteceu quando estava a regressar a casa, saindo da rádio. Chego à igreja católica, na Estrada Nacional 1, e fui interpelado por um agente da polícia afeto à Guarda-Fronteira. Perguntou-me de onde eu vinha e eu disse que estava a sair da rádio. Não quiseram saber sobre a minha documentação. Os agentes perguntaram: "Vais para onde a esta hora da noite?". Eu disse que ia para a casa, saindo do trabalho, como eles, que estavam a trabalhar.

DW África: Mas não há nenhum recolher obrigatório em vigor neste momento?

RC: Não, não há. Eles dizem que é trabalho de patrulha. Então, prenderam-me e fiquei lá das 22h até as 00h00, quando decidiram libertar-me, depois de me agredirem com bastões. Apanhei mais de dez "chambocos". Foram cinco agentes e uma mulher, que estava a liderar o grupo.

DW África: Conseguiu identificar os agressores?

RC: Infelizmente, não consegui identificar os agentes, porque, quando eu tentava olhar, ameaçavam-me e diziam-me que não podia olhar para eles.

DW África: Havia outras pessoas detidas ou foi o único a ser detido nesta operação?

RC: Estava eu e mais duas pessoas. O resto conseguiu passar porque deram um dinheirinho [aos agentes] para passar.

DW África: E hoje já houve algum posicionamento, alguma informação por parte da polícia em relação a este comunicado emitido pela rádio comunitária?

RC: Hoje fomos ao Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), com a equipa da rádio, mas não fomos bem recebidos. Então, apresentámos queixa contra os agentes da polícia e depois tivemos uma ligação do comando do 5. Regimento, que está a fazer algumas diligências para poder identificar os agentes que estavam a trabalhar naquele local.

A DW África contactou a polícia local, para obter uma reação sobre esta denúncia, mas a polícia rejeitou comentar o assunto.

AGRESSORES E DESTRUIDORES DE ANGOLA SÃO AMIGOS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023 foi aprovado, esta segunda-feira, na generalidade com 117 votos a favor, 80 contra e quarto abstenções. Como a UNITA tem 90 mandatos, dez deputados andavam a passear no dia da votação ou as tratar de sabotagens. O documento fica pouco tempo na especialidade porque os sicários do Galo Negro não têm ideias nem propostas. Está resolvido.

O Presidente João Lourenço está triste por ver a degradação dos grandes estádios de futebol, construídos para o Campeonato Africano das Nações. Outras infra-estruturas desportivas importantíssimas estão igualmente degradadas. Face ao descalabro, disse o Presidente da República: “Não deve ser o Estado a gerir as infra-estruturas desportivas, no entanto, espero que nos ajudem a encontrar as melhores soluções para invertermos o quadro. Precisamos de ideias para ver se saímos da situação em que nos encontramos hoje”.

Sua excelência estás mais Chicago Boy do que os ditos cujos. Quem disse a sua excelência que o Estado não pode gerir as infra-estruturas desportivas? Pode e deve. O que não pode é abandoná-las. O que não pode nunca, é permitir que os responsáveis pelos equipamentos desportivos deixem apodrecer tudo e se limitem a receber os vencimentos e as mordomias.

O Estado não pode ter uma Secretaria de Estado de Desporto que, pelos vistos, só serve para enfeitar. Não pode, de forma nenhuma, deixar as infra-estruturas desportivas sem um orçamento. O que não pode é deixar andar. O Estado, nesta e noutras matérias, não pode ser negligente como tem sido. Os privados só ajudam se lhes for garantido um porco gordo e depois devolvem um chouriço.  

Entreguem as infra-estruturas desportivas aos clubes através de contratos onde fica incluída a obrigação da manutenção permanente. Paguem-lhes por esse serviço. Além da manutenção, os clubes, ao abrigo dos contratos, são obrigados a criar escolas de formação desportiva. Garantir o acesso ao desporto às crianças e jovens. Está garantido.

ANGOLA RECUPEROU QUASE 4,6 M€ DE ATIVOS RETIRADOS DO PAÍS

O executivo recuperou 5 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) de ativos retirados ilicitamente do país, e aguarda decisões judiciais relativas a bens no valor de 21 mil milhões (19,4 mil milhões de euros).

Os dados foram avançados à Lusa esta terça-feira (17.01) por Eduarda Rodrigues, diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos (Senra), à margem de uma conferência sobre o confisco de ativos como ferramenta de combate ao crime económico e organizado.

No entanto, este valor representa menos de 20% do valor dos ativos que se pretende recuperar, já que, segundo a mesma responsável, tudo indica que, entre 2001 e 2017, tenham sido transferidos ilicitamente para o exterior do país cerca de 150 mil milhões de dólares (139 mil milhões de euros).

Deste montante, mais de 5 mil milhões de dólares foram efetivamente recuperados e entraram já nos cofres angolanos.

Mas há mais de 21 mil milhões de dólares em ativos apreendidos, quer em Angola, quer no exterior do país que ainda aguardam decisões judiciais.

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