sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Grande estudo da Nova Zelândia revela altas taxas de lesões renais após vacina Pfizer

1.800 casos a mais do que o esperado seguiram-se às vacinas, um para cada 2.200 vacinações concluídas; a descoberta é mais uma evidência de que os jabs podem causar danos cardiovasculares.

Alex Berenson | Global Research,  | em Unreported Truths | # Traduzido em português do Brasil

Com base em um banco de dados nacional de mais de quatro milhões de pessoas, pesquisadores da Nova Zelândia descobriram uma forte associação entre a injeção de mRNA Covid da Pfizer e lesões renais.

Nas três semanas após uma injeção de mRNA, o risco de lesão renal aguda aumentou 60%, descobriram os pesquisadores. Eles relataram quase 1.800 casos extras – o equivalente a mais de 100.000 casos extras de lesão renal nos Estados Unidos.

A descoberta foi publicada como uma “pré-impressão” no banco de dados do The Lancet na sexta-feira, 20 de janeiro. É o terceiro sinal de um grande banco de dados administrado pelo governo ligando as injeções de mRNA da Pfizer a sérios efeitos colaterais nas últimas seis semanas.

(Não há nada de fofo em lesões renais! 2279+2370-1446-1425 = MUITO. Ou 1778, para ser específico.)

Os autores não definiram “lesão renal aguda”, um termo que pode abranger desde alterações relativamente benignas em exames laboratoriais até uma perda grave da função renal.

Ainda assim, a descoberta é mais um sinal dos potenciais riscos cardiovasculares dos mRNAs. Os rins funcionam essencialmente como filtros para o sangue, e as lesões renais geralmente resultam da redução do fluxo sanguíneo para os rins.

Os pesquisadores também encontraram taxas elevadas de inflamação cardíaca, coágulos sanguíneos e danos às plaquetas nas semanas após uma ou ambas as injeções. Ao todo, eles encontraram uma ligação estatística entre a injeção da Pfizer para quatro das 12 condições que examinaram.

A descoberta é particularmente forte porque os pesquisadores não dependiam de relatórios voluntários. Em vez disso, eles compararam os registros nacionais de saúde da Nova Zelândia com seu banco de dados nacional de pessoas com mais de cinco anos que receberam a vacina. Pouco mais de 4 milhões de neozelandeses, incluindo 95 por cento dos adultos e adolescentes, receberam as injeções, proporcionando uma grande piscina para rastrear.

Os pesquisadores então compararam o número de “eventos adversos” que encontraram com as taxas históricas.

Além disso, a Nova Zelândia teve taxas relativamente baixas de Covid durante a maior parte do período em que as pessoas receberam as vacinas da Pfizer, então a própria Covid não pode ser culpada pelo excesso de lesões.

Quatro dos cinco pesquisadores da papelada trabalham para o governo da Nova Zelândia, que promoveu avidamente as vacinas. Provavelmente é apenas coincidência que eles abriram a discussão das descobertas com a boa notícia: “A vacinação com BNT162b2 não foi associada à maioria dos AESIs selecionados. [eventos adversos de interesse especial].”

Sim, o jab da Pfizer foi associado apenas a alguns dos possíveis efeitos colaterais que os pesquisadores examinaram, não a todos.

Olhem pelo lado positivo, pessoal.

A imagem em destaque é de Vaccines.news

PERGUNTAS FEITAS EM DAVOS AO CEO DA PFIZER, ALBERT BOURBA

– Trinta perguntas que o patrão da Pfizer não respondeu

Rebel News [*]

Em Março/2020 a Organização Mundial de Saúde declarou a COVID-19 como pandemia global. Em Dezembro, vacinas estavam a ser disponibilizadas ao público. Desde então, e por muitas razões, milhões de pessoas por todo o mundo levantaram questões acerca destas vacinas.

Os media corporativos frequentemente ignoram estas preocupações como sendo conspirações, recusando-se a perguntar a executivos de companhias farmacêuticas, os quais compram espaço publicitário em programas de notícias destes media, estas questões difíceis.

Eis porque a equipe de Rebel News foi a Davos, Suíça, esta semana a cobrir a cimeira anual do Fórum Económico Mundial – assim podemos perguntar as questões duras que outros não podem ou não querem formular.

Nossa equipe, liderada pelo Comandante Rebelde Ezra Levant e o responsável chefe da Austrália, Avi Yemini, conseguiu apanhar o CEO da Pfizer, Albert Bourla, nas ruas de Davos, onde lhe foram formuladas as perguntas que todo o mundo quer ver respondidas.

Caso não tenha visto todo o diálogo, pode observá-lo AQUI, em vídeo (em inglês).

Aqui está uma lista de todas as perguntas de Ezra e Avi feitas a Bourla, cujas únicas respostas foram “muito obrigado” e “tenha um bom dia”:

Reportando corrupção em tempos de guerra: o dilema dos jornalistas ucranianos

Enfrentamos uma tensão contínua entre responsabilizar o governo e não querer que o inimigo nos prejudique explorando más notícias.

Veronika Melkozerova | Politico.eu | # Traduzido em português do Brasil

Quando um grande escândalo de corrupção estourou na Ucrânia no fim de semana passado, os repórteres enfrentaram um dilema excruciante entre o dever profissional e o patriotismo. O primeiro pensamento que me veio à mente foi: “Devo escrever sobre isso para estrangeiros? Isso fará com que eles parem de nos apoiar?”

Não havia dúvida da gravidade dos casos que irrompiam na esfera pública. Eles atingem o cerne da economia de guerra. Em um caso, os investigadores estavam examinando se o vice-ministro da infraestrutura havia lucrado com um acordo para fornecer geradores elétricos a um preço inflacionado, enquanto o ministério da defesa estava sendo investigado por um contrato superfaturado para fornecer alimentos e serviços de bufê às tropas.

Grandes histórias, mas em um sinal de nossos tempos de vida ou morte na Ucrânia, até mesmo meu colega Yuriy Nikolov, que conseguiu o furo do contrato militar inflado, admitiu que fez tudo o que pôde para não publicar sua investigação. Ele levou suas descobertas a funcionários públicos na esperança de que eles pudessem resolver o problema, antes de finalmente se sentir compelido a publicá-lo no site do ZN.UA.

Conseguir um furo jornalístico que choca seu país, obriga seu governo a iniciar investigações e reformar as aquisições militares e provoca a renúncia de altos funcionários é normalmente algo que deixa outros jornalistas com inveja. Mas entendo perfeitamente como Nikolov se sente sobre querer se conter quando sua nação está em guerra. A Rússia (e outros críticos da Ucrânia no exterior) estão, afinal, procurando aproveitar qualquer oportunidade para minar a confiança em nossas autoridades.

GUERRA NÃO DECLARADA DA OTAN CONTRA A RÚSSIA

South Front | # Traduzido em português do Brasil

O exército ucraniano está se preparando para contra-ofensivas, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Segundo ele, as operações ofensivas dos militares ucranianos estão planejadas para o início da primavera.

Agora os Estados Unidos e seus servidores estão patrocinando ações ofensivas e fornecem armas à Ucrânia para que seus militares tentem mudar a situação no campo de batalha.

Os Estados Unidos enviarão 31 tanques Abrams para a Ucrânia, o que equivale a um batalhão de tanques ucraniano.

A Alemanha também anunciou que entregaria 14 tanques Leopard a Kiev e permitiria que os aliados fornecessem esses veículos a Kiev. No total, a Alemanha e seus parceiros pretendem fornecer 112 Leopard.

No entanto, novos presentes só deixaram Kiev faminto.

A Ucrânia buscará suprimentos de mísseis e aeronaves de longo alcance, disse o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em resposta ao anúncio de suprimentos de tanques. “Temos que fornecer aeronaves para a Ucrânia. E isso é um sonho. E esta é a tarefa”, disse ele.

No dia seguinte às suas declarações, o Politico informou, citando oficiais militares e diplomatas, que os países ocidentais estavam discutindo a possibilidade de fornecer caças a jato para a Ucrânia,

“O próximo passo natural seriam os combatentes”, disse ao jornal um diplomata de um dos países nórdicos.

Ele observou que existe uma "linha vermelha" para o apoio ocidental à Ucrânia, mas está mudando: por exemplo, no verão passado, tratava-se do fornecimento de sistemas de mísseis HIMARS, que Kiev acabou recebendo. Então a mesma coisa aconteceu com o abastecimento de tanques.

Em 26 de janeiro, o ministro da Defesa da Eslováquia disse que seu país estava pensando em fornecer caças MiG-29 para Kiev. Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores holandês disse que o país estava pronto para considerar a transferência de caças multifuncionais F-16 para a Ucrânia se Kiev solicitar oficialmente aeronaves militares. Em meio à discussão em andamento sobre a possibilidade de fornecimento ocidental de aeronaves para a Ucrânia, a Lockheed Martin, dos Estados Unidos, está considerando planos para aumentar a produção de caças F-16.

Funcionários dos países da OTAN estão declarando abertamente que estão travando uma guerra agressiva contra a Rússia, sem declará-la publicamente e sem observar os procedimentos políticos internos, ou seja, sem o consentimento de seu próprio povo, declaração de lei marcial, etc.

Eles enviam aberta, maciça e sistematicamente várias armas para as linhas de frente ucranianas, incluindo equipamento militar pesado para operações ofensivas.

Militares e unidades dos países da OTAN participam das hostilidades e coordenam as operações militares do exército ucraniano.

Os serviços especiais dos países da OTAN preparam e coordenam ataques terroristas no território da Federação Russa.

A OTAN tem que admitir que já entrou na guerra contra a Rússia. Isso significa que instalações militares, instalações de infraestrutura e centros de decisão política localizados no território dos países da OTAN se tornam alvos legítimos para mísseis russos.

Ucrânia | Batalhão Azov converte-se em brigada separada das Forças Armadas

Fundador do Batalhão Azov afirma que está a "preparar muitas surpresas" para os soldados russos, para quem o inverno "será quente".

O fundador do Batalhão Azov, Andrey Biletsky, anunciou esta quinta-feira que o regimento paramilitar que lidera tornou-se oficialmente uma brigada separada das Forças Armadas Ucranianas.

"O Batalhão Azov é agora uma Terceira Brigada de Assalto separada das forças terrestres das Forças Armadas da Ucrânia. O nosso caminho começa na direção mais difícil: em Bakhmut", disse Biletski na conta pessoal na rede social Telegram.

"A batalha decisiva nesta guerra ainda está por vir", disse Biletski, que garantiu que o comando militar lhes impôs "novas responsabilidades" e salientou que o Batalhão Azov está a "preparar muitas surpresas" para os soldados russos, para quem o inverno "será quente".

Biletski prometeu que "a evolução" do batalhão dentro das Forças Armadas Ucranianas continuará, salientando que são agora a "terceira brigada de assalto separada das Forças Terrestres das Forças Armadas da Ucrânia".

"As nossas bandeiras simbolizam a durabilidade das tradições do Estado ucraniano: desde a época principesca até ao período cossaco, as primeiras lutas de libertação até hoje", lê-se na mensagem.

A presença deste batalhão e a categoria de regimento de reservista concedida pelo Governo de Kiev têm sido controversas devido à origem de muitos dos seus dirigentes, reconhecidos supremacistas brancos, como o próprio Andrey Biletski, que serviu na alegada cruzada de Moscovo para 'desnazificar' a Ucrânia.

O batalhão nasceu em 2014 como um movimento de resistência contra as forças pró-Rússia na região de Donbass.

Considerado como organização terrorista pelo Supremo Tribunal da Rússia, este esquadrão paramilitar participou ativamente na batalha de Mariupol, embora tenha acabado por cair, apesar das tentativas de resistência nas instalações da siderúrgica de Azovstal.

Diário de Notícias | Lusa

Portugal | MILHÕES PARA UNS, MIGALHAS PARA OUTROS -- no curto do Expresso

Marco Grieco, diretor de arte | Expresso (curto)

Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.

Esta edição do seu Expresso, cheia de números, mostra-nos que para uns chegam migalhas e para outros não chegam milhões. Em Portugal, por exemplo, apesar de uma clara melhora nas condições de vida de boa parte da população nos últimos 20 anos, ainda há cerca de dois milhões e meio de pessoas a viver com menos de 660 euros por mês.

Neste mesmo Portugal, hão de ser gastos alguns milhões de euros só para a estrutura e para os palcos que vão receber o Papa Francisco nas comemorações da Jornada Mundial da Juventude, em agosto.

Com que números ficamos? Com a pobreza franciscana dos nossos assalariados ou com a riqueza acintosa de instituições que deveriam dar exemplos de contenção, moderação, modéstia e, porque não, sustentabilidade? Contas feitas, é do bolso dos – fiéis – contribuintes que o dinheiro evapora sempre…

Noutras contas, seguimos com as comemorações dos 50 anos do Expresso. Esta semana vai receber grátis, juntamente com a sua edição impressa semanal, o segundo volume das Memórias Expresso – Primeiros Passos –, por Francisco Pinto Balsemão.

Se vive em Lisboa, não deixe de passar pela Praça D. Pedro IV (Rossio) para ver a exposição – interativa – de algumas das mais importantes primeiras páginas do semanário nestes 50 anos. Ou pela Rua Duque de Palmela, em frente ao número 37, local onde foi fundado o Expresso, para interagir com o primeiro banco Expresso.

Se vive noutras regiões, fique atento porque a exposição e um exemplar do banco também vão chegar à sua cidade.

PERDOAI SENHOR, POR PORTUGAL TER UMA ÉLITE TÃO DESPESISTA E SACANA

Governo está disposto a pagar 6,5 milhões por áudio, vídeo e luz da JMJ

“Até agora, o investimento total conhecido para a realização da Jornada Mundial da Juventude é de 81,5 milhões de euros, a cargo do Governo (36,5 milhões), da Câmara de Lisboa (35 milhões) e da Câmara de Loures (10 milhões).”

Anúncio foi lançado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e revela que o Governo está disposto a pagar até 6,5 milhões de euros pelos serviços de áudio, vídeo e iluminação para a Jornada Mundial da Juventude. 

O altar-palco de valor superior a quatro milhões de euros fez estalar a polémica nos últimos dias, em torno dos investimentos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e sabe-se também que o Governo está disposto a pagar até 6,5 milhões de euros pelos serviços de áudio, vídeo e iluminação para o evento

Esta informação consta de um anúncio publicado no Portal Base, por parte da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, para "serviços de fornecimento, montagem e operacionalização de sistemas de áudio e vídeo, iluminação ambiente, e respetivo abastecimento de energia, para o parque tejo/trancão, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude 2023", pode ler-se. 

O anúncio em causa tem o valor base de 6.500.000 euros, um montante superior ao altar-palco que tem gerado polémica nos últimos dias. 

As entidades responsáveis pela organização da JMJ já publicaram duas dezenas de contratos, no valor de 13,6 milhões de euros, para a concretização do evento, segundo o Portal Base da Contratação Pública.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML), presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, foi a entidade que até agora estabeleceu mais contratos (17), no valor de 13,6 milhões de euros, de acordo com os dados disponíveis no Portal Base da Contratação Pública.

A empreitada para a construção do altar-palco no Parque Tejo Trancão, no valor de 4,2 milhões de euros (valor sem IVA), e que tem suscitado várias dúvidas e críticas, nomeadamente do Presidente da República, é, para já, o encargo mais avultado da responsabilidade da Câmara de Lisboa. A obra foi adjudicada à empresa Mota-Engil.

Do lado do Governo, até ao momento, encontra-se publicada a adjudicação de um contrato referente à aquisição de serviços para a elaboração do plano de mobilidade e transportes para a JMJ.

Portugal | RECEBER O PAPA COM UM PECADO CAPITAL

Paulo Baldaia | TSF | opinião

27 de Janeiro de 2024. Sim, não me enganei. Daqui a um ano.

Abertura do noticiário das 07h00 na TSF: fatura global das Jornadas Mundiais da Juventude pode ter derrapagem de 50% e chegar aos 100 milhões de euros. Custo do altar/palco já está nos seis milhões, mas ainda vai ser preciso adicionar entre um milhão e meio a dois para redimensionar o palco. Custos com desmontagem de toda a operação ainda não estão totalmente determinados.

Este exercício de adivinhação não comporta grande risco. Sendo que estamos em Portugal e não faltam grandes eventos, decididos com tempo mas feitos a correr, que colocaram o país no pelotão da frente dos grandes organizadores (ver Expo 98 ou Euro 2004), e que mostram a alta probabilidade de estar absolutamente certo no que estou a antecipar. Estatisticamente (é fazer as contas) a derrapagem que eu estimo peca por defeito, mas como se trata de um evento religioso dou um desconto em beneficio da Humanidade. A Expo, que teve um orçamento inicial de 600 milhões acabou a rondar os quatro mil milhões de euros, quando a empresa pública Parque Expo fechou a operação, 23 anos depois de ter nascido. Não há valores finais determinados. O Euro é ir estádio a estádio, somando derrapagens e dar conta da roubalheira que por ali andou.

Nada se faz politicamente neste país que não seja em benefício do Chega, onde se juntam os revoltados, fartos de um povo manso, que atura tudo. Só neste país é que se diz só neste país, mas a verdade é que só neste país não se aprende nada com os erros do passado e se gere o dinheiro de todos com tamanha incompetência.

Portugal é um país remediado que pede emprestado para gastar como um país muito rico, cada vez que lhe atribuem a tarefa de organizar um evento internacional. Ficamos muito bem de smoking, mas quando as visitas se vão embora lá vamos colocar a roupa fina de novo no prego e recuperar o fato-macaco com o qual nos sentimos muito confortáveis. Um país de patos-bravos e zés-ninguém.

Marcelo é que conhece bem o país a que preside e vendo que o vento mudou de direção, percebendo que o povo já não anda manso, fez de conta que não sabia nada do que estava em andamento e entrou no coro dos indignados. O Papa Francisco escolheu este nome para que a igreja fosse pobre em nome dos pobres e nós, para o receber, pecamos pela soberba.

Fernanda de Almeida Pinheiro: "Portugal tem um problema de corrupção grave"

Entrevista DN e TSF, aqui em letras corridas e na TSF no programa Em Alta Voz - hoje

Rosália Amorim e Pedro Cruz (TSF) | Diário de Notícias

A Ordem dos Advogados tem uma nova bastonária. Tem 53 anos, recusa a ideia de que a Ordem é um sindicato, mas defende direitos básicos para os advogados. Admite que as crises no governo afetam a democracia e está preocupada com o estado na nação na política e na justiça.

Tomou posse no dia anterior à abertura do novo ano judicial. O caderno de encargos é pesado. Já lhe chamaram a bastonária comunista ou a advogada sindicalista. Defende os direitos sociais e laborais dos advogados e, na política, considera que muito pior do que a existência de alguns processos em que os advogados são arguidos, é a sucessão dos casos e casinhos no governo. A nova bastonária dos advogados aconselha os candidatos a governantes a consultarem um advogado.

Já lhe chamaram "bastonária comunista" ou "advogada sindicalista" ou que "quer transformar os advogados, profissionais liberais, em trabalhadores". Disse que uma das suas principais prioridades seria reforçar os direitos dos advogados. Que direitos são esses que faltam ou que estão ameaçados?

Muito obrigado por me terem convidado e permitido que desmistificasse essas palavras. A minha primeira questão sobre esse rol é que normalmente não me identificam com o Partido Comunista, é mais com o Bloco de Esquerda, não sei porquê. Tenho o maior dos respeitos por ambos os partidos, entendo que são os dois essenciais à boa prática democrática e que têm sempre o seu lugar na Assembleia da República de acordo com a vontade do eleitorado. Mas não é o caso, não sou filiada em nenhum partido político, aliás, volto a repetir que o meu único extremismo é o humanismo e as questões da humanidade.

É evidente que temos várias realidades dentro da advocacia, temos trabalhadores que entendo serem dependentes, isto é, os advogados que prestam serviços, alegadamente, às sociedades. Aí sim, no meu entender, temos uma relação subordinada, é o que entendo tecnicamente, basta ler o artigo 12.º do Código do Trabalho para perceber que ela existe. E naturalmente que essas pessoas têm de ter os seus direitos laborais devidamente garantidos, porque são trabalhadores, mas essas pessoas são uma minoria na advocacia. Estamos a falar nas pessoas que trabalham para as grandes sociedades e de pessoas que trabalhem subordinadamente para outros colegas que não sejam sociedades, mas em prática individual. Essa situação tem de ser regulada e os direitos que estas pessoas têm estão plasmados no Código do Trabalho, sobre isso não tenho dúvidas. Em tudo o resto, não estamos a falar de uma relação subordinada, estamos a falar de trabalhadores independentes, os seus próprios patrões, se assim quiserem dizer. Aí não há direitos laborais, não estamos a falar destes direitos, mas sim de direitos constitucionais e que são inerentes a qualquer ser humano. Portanto, se ficar doente tenho o direito ao apoio da minha previdência, é meu direito constitucional poder tratar a minha doença, não faz qualquer sentido obrigar um profissional liberal, acometido por uma doença oncológica, a ter de marcar os seus tratamentos de radioterapia ou quimioterapia entre diligências de tribunal. E isto acontece, porque os profissionais alocados à advocacia, mas não só à advocacia, agentes de execução e solicitadores têm exatamente o mesmo problema: não têm subsídios de baixa médica. Têm, desde há uns dois anos, um seguro que chamamos baixa médica, mas que no fundo é uma espécie de remuneração por ficar sem retribuição por incapacidade temporária que lhe seja passada por um médico, mas é um seguro. O que é que isto quer dizer? Se por acaso estiver detetada em mim uma doença oncológica antes de ter aderido ao seguro, estou excluída dessa realidade e tenho de continuar a trabalhar sem rede. Não posso dar-me ao luxo de deixar de trabalhar, caso contrário não consigo fazer face às minhas obrigações, quer de foro pessoal, quer de foro profissional. Inclusivamente, até as obrigações que tenho para com a caixa de previdência, porque mesmo tendo uma declaração médica que diga que não devo trabalhar, a verdade é que tenho de continuar a trabalhar e pagar cotizações à minha Ordem e contribuições de segurança social à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores. Portanto, isto a mim parece-me óbvio.

1945. As tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau

Santos Silva recorda Holocausto e pede "intransigência" em defesa da dignidade humana

"Não podemos esquecer o Holocausto", afirma Santos Silva ao recordar que em 27 de janeiro de 1945 as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Considera essencial "a luta em particular contra o nazismo, contra o antissemitismo e contra as formas de preconceito e de incitamento ao ódio contra minorias quaisquer que elas sejam".

O presidente da Assembleia da República assinalou esta sexta-feira o Dia Internacional da Memória do Holocausto e defendeu que no presente se exige intransigência e determinação constante na luta contra todas as formas que negam a dignidade humana.

Esta posição foi transmitida por Augusto Santos Silva numa mensagem vídeo, na qual recorda que em 27 de janeiro de 1945 as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.

O presidente da Assembleia da República regista depois que todos os dias 27 de janeiro se recorda esse dia do final da II Guerra Mundial, comemorando-se o Dia Internacional da Memória do Holocausto.

"Não podemos esquecer o Holocausto. Isto é, não podemos esquecer este crime bárbaro perpetrado pelos nazis que procuraram exterminar os judeus - e exterminaram seis milhões de judeus. E, para além deles, procuraram eliminar opositores políticos, homossexuais e membros de minorias ciganas", indicou.

Recordar isso, segundo o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, "é não esquecer esse crime".

"Não esquecer para não deixar que ele se repita. Significa ser intransigente, determinando, constante na luta contra todas as formas que negam a dignidade humana seja a quem for", frisou.

Augusto Santos Silva considerou depois essencial "a luta em particular contra o nazismo, contra o antissemitismo e contra as formas de preconceito e de incitamento ao ódio contra minorias quaisquer que elas sejam".

"A dignidade é o que temos de mais em comum, é o que faz de nós partes da mesma humanidade. E é isso que devemos recordar hoje e as obrigações que isso nos traz a todos", acrescentou.

Diário de Notícias | Lusa

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