Porque é preciso um líder patriótico do calibre de De Gaulle, Pierucci ou Chirac para enfrentar o Tio Sam, os líderes ocidentais de hoje simplesmente se curvam aos Yanks.
Declan Hayes* | Strategic Culture Foundation | © Foto: REUTERS/Kevin Lamarque | # Traduzido em português do Brasil
O presidente russo Putin recentemente se perguntou por que a União Europeia não
produz mais líderes do calibre do ex-presidente francês Jacques Chirac que,
segundo Putin, já havia lhe explicado que a atual safra de líderes do Ocidente
não tem a cultura arredondada e profunda que Chirac e De Gaulle tinham
Embora tenham sido escritos volumes sobre De Gaulle, Chirac é o mais pertinente aqui principalmente porque, como o grande De Gaulle, ele desafiou os americanos, no seu caso, ao não enviar tropas para o Iraque, onde os americanos cometeram o mais inconcebível dos crimes de guerra. Esse desafio custou muito caro à França.
Nesta extraordinária entrevista reveladora, Arnaud Montebourg, ex-ministro da Economia da França, explica como os Estados Unidos puniram a França por não ser conivente em seus crimes de guerra iraquianos, que variavam de estupro coletivo de alunas pré-púberes iraquianas a envenenar seus poços, saquear seus museus e esvaziar seus cofres bancários de suas reservas de ouro. Montebourg continua explicando como os Estados Unidos não apenas saqueiam a propriedade intelectual da França à vontade, mas também torturam patriotas franceses como Frédéric Pierucci por se recusarem a trair a França. Os criminosos sancionados pelo Estado americano não apenas espionam os líderes políticos, religiosos e industriais da França, mas até se recusam a vender à França verniz de tinta e componentes marginais semelhantes para suas aeronaves, se assim puderem, em vez disso, ganhar esses contratos de exportação de aeronaves para empresas americanas. Nesse sentido, nem vamos perder tempo com a forma como os Estados Unidos roubaram descaradamente o contrato do submarino nuclear australiano aos seus parceiros franceses (ha ha).