sábado, 14 de outubro de 2023

Tiros Mortais no Jornalismo -- Artur Queiroz

Shireen Abu Akleh e Issam Abdallah, jornalistas recentemente assassinados por Israel

Artur Queiroz*, Luanda

A aldeia fronteiriça de Aalma ech Chaab, no sul do Líbano, é uma espécie de sala da imprensa internacional que cobre a guerra. Já foi caserna de tropas ocupantes israelitas em várias ocasiões desde os anos 70. Muitos ataques de artilharia e aviação, muitos mortos e feridos. A fronteira tem 80 quilómetros e nem a inteligência artificial consegue torná-la segura para as populações dos dois lados. O ódio é um factor de insegurança até na sede da Mossad ou da CIA. Nenhum ser humano está seguro quando a política de Estado é odiar.

Ontem os jornalistas foram atacados pelas tropas de Israel apoiadas pelo ocidente alargado até onde for preciso. A equipa da agência noticiosa Reuters foi atingida e Issam Abdallah, repórter de imagem, foi morto. Os jornalistas do mesmo órgão de comunicação social Thaer Al-Sudani e Maher Nazeh ficaram feridos com gravidade.

A viatura do canal de televisão Al-Jazeera também foi atingida deliberadamente. Karmen Bakhindar e o repórter de imagem Eli Brakhia ficaram feridos. Conseguiram falar e foram claros: O local onde estávamos era aberto, com boa visibilidade, as viaturas estavam sinalizadas com a tarja “PRESS” e nós tínhamos os coletes que nos identificavam como jornalistas. O ataque foi deliberado”. 

Ninguém sabe, ninguém fala, ninguém dá esta notícia porque parece mal: Dez jornalistas palestinos foram mortos por Israel durante os seis dias de bombardeamentos à Faixa de Gaza. Mais dois estão desaparecidos. Podem estar soterrados sob os escombros do prédio onde se encontravam. Os Media do ocidente alargado, inclusive a própria Reuters, ignoraram estes crimes hediondos contra a Humanidade. O porta-voz das tropas israelitas diz que “lamenta muito” mas rejeita responsabilidades. Como sempre.

A Human Rights Watch (HRW) estava na zona fronteiriça bombardeada no sul do Líbano e confirmou o ataque deliberado. Também revelou que o bombardeamento incluiu bombas de fósforo branco. A mesma arma está a ser usada na Faixa de Gaza. Mas usar fósforo branco contra qualquer pessoa, civil ou militar, é ilegal. O Direito Internacional diz que as armas incendiárias não podem ser usadas onde os civis estão concentrados.

Israel desmentiu a Human Rights Watch mas as imagens confirmam a utilização das bombas de fósforo branco. Os hospitais recebem muitos civis queimados. Até crianças. O ocidente alargado apoia estes crimes contra a Humanidade. Eu, velho repórter a cair da tripeça, repudio com todas as forças que me restam, os crimes de Israel contra jornalistas. Os matadores não querem testemunhas. Mas não podem exterminar o Jornalismo com a mesma facilidade com que exterminam palestinos.

Conflito Israel-Palestina… e os “observadores democráticos e humanitários”

Awantha Artigala, Sri Lanka | Cartoon Movement

O dilema do Egito: facilitar a limpeza étnica ou permitir um possível genocídio

Andrew Korybko* | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil 

Se o Egipto abrir as suas fronteiras a todos os refugiados, então há uma probabilidade muito real de que a maior parte da população fuja, aumentando assim as probabilidades de serem substituídos por colonos israelitas algum tempo depois do fim da guerra. Ao mesmo tempo, o Egipto também enfrenta acusações de permitir um possível genocídio no caso de manter a sua fronteira fechada durante a iminente operação terrestre de Israel, o que poderia contribuir directamente para que as vítimas civis atingissem uma escala inimaginável.

última guerra entre Israel e o Hamas forçou o Egipto a entrar no dilema de que é pressionado a facilitar a limpeza étnica dos palestinianos da Faixa de Gaza, abrindo as suas fronteiras a todos os refugiados, ou a permitir o seu possível genocídio, mantendo-os presos na zona de conflito, com tudo o que isso implica. para sua segurança. A terceira opção teórica de lançar uma operação de “Responsabilidade de Proteger”/”Intervenção Humanitária” (R2P/HI) contra Israel é politicamente irrealista e não há indicação de que esteja a ser considerada.

O tempo está a passar para o Egipto escolher o “mal menor” destes dois, desde que Israel anunciou que está a planear uma operação terrestre que se seguirá à sua campanha de bombardeamentos em grande escala, o que irá piorar ainda mais o já imenso sofrimento do povo palestiniano. Embora o autoproclamado Estado Judeu afirme que cada alvo civil que ataca é supostamente uma base secreta do Hamas de algum tipo, nenhum observador honesto pode negar os danos colaterais que isto causou e a enorme perda de vidas que se seguiu.

O Primeiro-Ministro Netanyahu prometeu destruir o Hamas e não pode cumprir isso sem levar adiante a planeada operação terrestre do seu governo em Gaza. É irrelevante neste contexto se Israel acabará por ter sucesso ou não, uma vez que a questão é que a próxima fase iminente deste conflito levará a ainda mais derramamento de sangue. Incontáveis ​​moradores locais obviamente querem escapar do que está por vir, mas o Egito até agora se recusa a deixá-los cruzar a fronteira.

O presidente Sisi disse que não permitirá que o conflito seja resolvido às custas de outros, o que foi amplamente interpretado como um sinal de que ele é contra a facilitação da limpeza étnica do povo palestino de Gaza por parte de Israel, acompanhando sua realocação forçada para o vizinho Sinai. região. Se o Egipto abrir as suas fronteiras a todos os refugiados, então há uma probabilidade muito real de que a maior parte da população fuja, aumentando assim as probabilidades de serem substituídos por colonos israelitas algum tempo depois do fim da guerra.

Esse resultado resultaria na remoção de facto de Gaza da solução de dois Estados exigida pelo direito internacional de acordo com as resoluções relevantes do CSNU e na consequente especulação a partir daí de que o Egipto teria celebrado um acordo secreto com Israel para este fim. É, portanto, considerado politicamente inaceitável por Sisi, pelo menos por enquanto, razão pela qual ele insiste em manter a fronteira fechada e em buscar um cessar-fogo, embora este último seja politicamente irrealista até depois do fim da próxima fase do conflito.

Relatora da ONU alerta para risco de nova limpeza étnica em massa de palestinianos

Francesca Albanese denuncia "a morte de mais de 600 crianças palestinianas" e de mais de 423 mil pessoas deslocadas "em consequência dos ataques israelitas"

A relatora especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinianos Ocupados alertou este sábado que os palestinianos correm o sério risco de sofrer uma nova "limpeza étnica em massa", maior do que fuga após a criação do Estado de Israel.

Francesca Albanese acusa tanto o Hamas como as forças de ocupação israelitas de terem cometido "crimes internacionais", numa declaração em que dá especial ênfase ao número de vítimas do lado palestiniano desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, na sequência do ataque de sábado passado a Israel pelas milícias do movimento islamita.

E denuncia, em particular, "a morte de mais de 600 crianças palestinianas" e de mais de 423 mil pessoas deslocadas "em consequência dos ataques israelitas", num balanço global que, até ao momento, aponta para a morte de mais de 2200 palestinianos e de 1300 israelitas mortos.

Nas últimas horas, um ultimato israelita à população do norte de Gaza provocou a fuga de centenas de milhares de habitantes de uma região que conta com 1,1 milhões de pessoas, ou seja, metade da população total do enclave, devido ao receio de uma iminente incursão terrestre em grande escala do exército israelita.

Por todas estas razões, "a situação atual nos Territórios Palestinianos e em Israel atingiu um delírio febril", afirmou em comunicado, referindo que "Israel já cometeu uma limpeza étnica em massa contra os palestinianos sob o nevoeiro da guerra" e está, "em nome da autodefesa, a tentar justificar o que constituiria outra limpeza".

Enquanto perita independente do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, Albanese apela à ONU e aos seus Estados-membros para que "intensifiquem os esforços para mediar um cessar-fogo imediato entre as partes", antes que a situação atinja um "ponto de não retorno".

A responsável recorda que a população palestiniana sofreu "cinco guerras de grande escala desde 2008", um ano após a declaração do bloqueio israelita à Faixa de Gaza, que foi "amplamente condenado pela comunidade internacional como punição coletiva".

Os palestinianos ficaram sem abrigo desde que Israel declarou um cerco total ao pequeno enclave, há uma semana, e a passagem de Rafah com o Egito, a única passagem fronteiriça que permaneceu parcialmente suspensa, está bloqueada por bombardeamentos, segundo Albanese.

A especialista da ONU alerta para o grave perigo de a comunidade internacional estar a assistir a uma repetição da Nakba de 1948 e da Naksa de 1967 (o chamado "Rollback" da população palestiniana após a guerra israelo-árabe deste ano), "mas em maior escala".

Por isso, "a comunidade internacional deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que isso volte a acontecer", uma vez que, neste momento, "qualquer operação militar que Israel decida levar a cabo ultrapassará em muito os limites do direito internacional".

TSF | Lusa | Imagem: © Said Khatib/AFP

Orar quando nada mais resta: por dentro de um campo de refugiados no sul de Gaza

Rita Salceda* | Jornal de Notícias

Mais de 133 mil palestinianos ocupam o campo de refugiados de Rafah, no sul do território, perto da fronteira com o Egito, para onde houve uma deslocação interna forçada, nos últimos dias, depois da ordem de retirada de mais de um milhões de pessoas do norte (metade crianças), dada pelas forças israelitas.

Ao oitavo dia de mais uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza, justificada pelas forças de Israel com o ataque do passado sábado levado a cabo pelo Hamas, milhares de palestinianos rumam para sul do território, perto da fronteira egípcia.

As autoridades do Egito recusaram a entrada de estrangeiros que vivem na Faixa de Gaza no país, a menos que seja autorizada a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, que está à beira de uma catástrofe humanitária. De acordo com a agência EFE, o Egito recusou a passagem de estrangeiros vindos de Gaza, um pedido feito por vários países, depois de não se ter chegado a acordo para permitir a entrada de ajuda para os 2,2 milhões de pessoas que vivem naquele território.

*Jornalista

Mais um: Jornalista da Reuters assassinado por Israel no Líbano

Issam Abdallah, fotojornalista da Reuters, sedeado em Beirute, foi a única vítima mortal de um ataque das forças de ocupação israelitas no sul do Líbano, ferindo outros seis jornalistas da Reuters, Al Jazeera e France-Presse.

O reportér de imagem estava, no momento em que o ataque de artilharia israelita o atingiu, a fazer um livestream (reportagem em directo) com os colegas Thaer Al-Sudani e Maher Nazeh, da agência Reuters. Fora do campo de visão, a câmara ainda transmitiu os momentos seguintes à explosão, em que, segundo a Business Insider (a Reuters removeu o vídeo pelo seu conteúdo gráfico) uma mulher grita «o que é que aconteceu!» e «não consigo sentir as minhas pernas».

O trabalho destes jornalistas estava, também, a ser exibido em directo na GloboNews, canal de televisão do Grupo Globo, do Brasil, que registou o momento em que o ataque israelita vitimou estes profissionais (o vídeo divulgado por esta estação corta logo depois do impacto).

Também dois jornalistas da Al Jazeera (Elie Brakhya e Carmen Joukhadar) e dois jornalistas da France-Presse (Christina Assi e Dylan Collins) foram feridos pelo ataque de Israel. Numa outra gravação, divulgada nas redes sociais, é possível ver um homem a tentar ajudar uma jornalista (sinalizada com um colete a dizer «Press») estendida no chão, enquanto um carro arde a pouca distância.

Até ao momento, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) já identificou 10 jornalistas mortos em bombardeamentos indiscriminados de Israel nos últimos dias (Abdallah ainda não está incluído). Dois jornalistas da BBC denunciaram, na sexta-feira, as agressões e ameaças de que foram alvo por parte da polícia israelita, tendo sido arrastados, com violência, de um carro que estava devidamente identificado como pertencendo à comunicação social.

AbrilAbril

Nota PG: Muitos outros jornalistas foram assassinados em Israel sob falsos pretextos de "Relatórios" israelitas a pretenderem justificar "acidentes de danos colaterais". Tudo devidamente orquestrado e de consequências impunes que rodearam e rodeiam criminosos a soldo do estado de Israel da estirpe terrorista.

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Jornalista da Al Jazeera morta a tiro durante ataque israelita a Jenin

A jornalista palestiniana Shireen Abu Akleh faleceu esta quarta-feira, (11 de Maio de 2023) depois de ser atingida (intencionalmente) com um disparo na cabeça, quando cobria um raide das forças israelitas em Jenin, no Norte da Cisjordânia ocupada.

Também Ali Samoudi, produtor da mesma cadeia televisiva, foi atingido a tiro nas costas e encontra-se em situação estável, segundo referiu o ministério.

Em declarações à agência WAFA, Samoudi disse que se encontrava com Abu Akleh e outros jornalistas nas escolas do campo de refugiados de Jenin, e que todos usavam coletes à prova de bala com a indicação «imprensa» quando foram atacados por soldados israelitas... 

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Portugal | PS esconde intenção de privatizar a água em seis concelhos de Lisboa

Está a ser preparada pelo PS, «no segredo dos gabinetes e à socapa dos trabalhadores e das populações», a concessão de serviços municipais de seis concelhos às Águas de Portugal, denuncia o STAL/CGTP-IN.

Décadas depois das primeiras experiências desastrosas com a privatização do acesso à água, o PS continua a insistir nesta receita para o desastre. Ao extinguir os serviços municipais de água, as autarquias perdem a sua autonomia e capacidade de decisão sobre estes serviços públicos essenciais, abdicando do devido controlo político democrático por parte das populações, refere nota do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN), enviada ao AbrilAbril.

A inaceitável entrega dos serviços municipais de águas e saneamento a empresas do Grupo Águas de Portugal (AdP) nos concelhos da Amadora, Arruda dos Vinhos, Loures, Odivelas, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, abre caminho à «gestão puramente mercantil da água, negócio que há muito o grande capital ambiciona, procurando sujeitar este bem essencial às regras do mercado, à custa das populações e do bem público».

As consequências deste processo (como se pôde verificar na desastrosa concessão da água feita pelo PS no concelho de Setúbal, revertida recentemente ao fim de 25 anos) não ficam por aí: os trabalhadores vão enfrentar uma crescente insegurança no seu vínculo laboral, com a provável «imposição de um horário semanal de 40 horas, mobilidade geográfica e polivalência».

Além disso, a «subcontratação em regime de outsourcing, a precariedade e a exploração laboral» aumentarão, como já acontece noutros concelhos. Por seu lado, as comunidades serão alvo de um extorcionário aumento do custo da água, enquanto a qualidade do serviço estará, durante décadas, comprometida. Caso disso foi a privatização em Paços de Ferreira, em que autarquia assinou um contrato que a obriga a dar mais de 100 mil euros anuais à empresa, que fica ainda com todas as receitas.

O STAL defende que a universalidade do acesso à água – «que, a par do saneamento básico, a Assembleia Geral da ONU considera ser um direito humano fundamental» – só se garante, em toda a sua plenitude, «recusando a exploração privada dos serviços públicos de abastecimento de água e saneamento».

Nesse sentido, o sindicato está a dinamizar um abaixo-assinado entre os trabalhadores dos municípios da Amadora, Arruda dos Vinhos, Loures, Odivelas, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, estando também agendados plenários com trabalhadores, «que se mostram unidos e determinados em evitar a concretização deste inaceitável negócio, que está a ser preparado em segredo nos gabinetes e “à socapa” dos trabalhadores e das populações».

AbrilAbril | Imagem: plateup

Portugal | O dia 25 de Novembro de 1975 foi um dia bonito?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

No dia seguinte ao dia 25 de Abril de 1974 as pessoas gritavam nas ruas "liberdade" e uma multidão louca de alegria exigia, frente à Cadeia de Caxias, a saída imediata dos presos políticos.

No dia seguinte ao 25 de Novembro de 1975, com Estado de Sítio e recolher obrigatório declarados, com as ruas vigiadas por tropa, ninguém cantava de felicidade.

No dia seguinte ao 25 de Abril de 1974 os jornais, com tiragens gigantescas, celebravam nas primeiras páginas a vitória do Movimento das Forças Armadas e exibiam, orgulhosamente, um aviso: "Esta edição não foi visada pelos Serviços de Censura".

No dia seguinte ao 25 de Novembro de 1975 a imprensa portuguesa estava, simplesmente, proibida. Por exemplo, o Diário de Notícias, onde escrevo, só teria autorização para sair quase um mês depois, a 22 de dezembro.

No dia seguinte ao 25 de Abril de 1974 a primeira palavra de ordem entoada pelas manifestações populares foi esta: "O povo unido jamais será vencido".

No dia seguinte ao 25 de Novembro de 1975 não se entoaram palavras de ordem, nem houve um único cidadão, da Esquerda à Direita, com ou sem ideologia, que achasse que os portugueses estavam unidos.

No dia seguinte ao 25 de Abril de 1974 os protagonistas políticos dos tempos que se seguiram começaram a organizar partidos políticos livres e democráticos.

No dia seguinte ao 25 de Novembro de 1975 os vencedores do golpe discutiam se deviam ilegalizar alguns partidos, incluindo o PCP. Felizmente perceberam o disparate e desistiram.

Portugal | O ACHADO

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | A MIGALHA

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | ACORDO FARROUPILHA

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

O “Reforço” do Acordo de Concertação Social, celebrado no passado dia 7, entre o Governo e parte das organizações representadas na CPCS, cumpre a sua missão - ser exibido pelo Governo no debate do Orçamento do Estado, como demonstração de apoio dos parceiros sociais às suas políticas. Contudo, é um compromisso esfarrapado e muito pobre de conteúdo. O mais palpável está plasmado nos inúmeros pontos descritivos de benefícios fiscais e outros a atribuir às empresas.  

“Da avaliação do acordo” estabelecido em outubro de 2022 vem um mero enunciado de medidas “cumpridas” e “não cumpridas”, sem apreciação do impacto que cada uma delas teve na vida das pessoas, das empresas e da Administração Pública. Os signatários deste “Reforço” deviam ter vergonha do vazio e falta de rigor do seu exercício avaliativo.

É afirmado “que houve uma tendência de melhoria progressiva da remuneração salarial total”, conceito impreciso que, possivelmente, inclui remunerações não regulares. Deitando mão de estatísticas do INE que comparam dados do final do primeiro semestre deste ano com os do período homólogo de 2022, concluem que se “configura um acréscimo nominal de 7,5%”. Ora, este valor diz respeito ao setor privado. Como o ganho da Administração Pública terá sido pouco acima de 6%, o valor médio total situar-se-á pelos 6,7%. Este valor não cobre as perdas verificadas no ano de 2022. Traz uma ligeiríssima recuperação no primeiro semestre de 2023, por efeito das dinâmicas do mercado e não pelo impacto do referencial adotado no Acordo para 2023, que foi de apenas 5,1%.

No ponto titulado ”Jovens: atração e fixação de talento”, nem na avaliação nem nas propostas para 2024, se faz a mínima referência ao instrumento fundamental para esse objetivo, que será sempre a melhoria dos salários. No que se refere aos “Rendimentos não salariais”, é ignorada a sua fonte fundamental: a garantia de serviços públicos de qualidade.

O “Aumento das pensões em 2024, por aplicação da fórmula de atualização” é apresentado como um ganho deste acordo. É um facto que, no ano passado, foi preciso forte denúncia das manipulações do Governo para que este atamancasse soluções com alcance próximo daquela fórmula, contudo, em democracia, cumprir a lei é apenas uma obrigação. Entretanto, o Acordo mete o pé na porta de ataque ao Sistema Público da Segurança Social. Lá se fala da necessidade de as pessoas investirem “em planos de reforma, designadamente, através do Regime Público”. Que significado terá o advérbio?

O Acordo prevê uma “valorização nominal das remunerações por trabalhador de 5% em 2024”, não o aumento dos salários nesse valor. Os mecanismos para chegar àquele objetivo são subversivos: é aberto o retorno à velha política de atribuição de prémios em vez de aumentos salariais, o que também reduz contribuições para a segurança social e receita fiscal. Não esqueçamos que baixar salários é inconstitucional, mas eliminar prémios, não. Ou seja, a invocação de uma qualquer crise fá-los desaparecer.

O Acordo incentiva pagamentos em espécie. A “cedência de habitação pela entidade empregadora” traz a esta “benefícios fiscais” e outros “contributos”. Trabalhadores nestas condições tornar-se-ão mais dependentes e, quando forem “dispensados”, ficarão no desempregado e sem casa. Muitos imigrantes já conhecem essa dura realidade. Este conjunto de políticas enfraquecerá ainda mais a negociação coletiva e, sem ela, não se melhoram os salários da esmagadora maioria dos trabalhadores.

* Investigador e professor universitário

O RECADO DE TUVALU

País pode ser uma das primeiras nações a ficar debaixo d’água como resultado da mudança climática. Seu destino é um alerta para a humanidade cumprir as recomendações dos cientistas no que se refere ao aquecimento global

Liszt Vieira* |  Fórum 21 | # Publicado em português do Brasil

Tuvalu, na Oceania, está ameaçado de desaparecer. Pode ser uma das primeiras nações a ficar debaixo d’água como resultado da mudança climática. O primeiro-ministro de Tuvalu, Kausea Natano, afirmou que pode se repetir em outras regiões do mundo o que acontece com seu país. Tuvalu é um arquipélago formado por nove ilhas que se elevam a menos de cinco metros acima do nível do mar. Com uma população de 11.000 pessoas, tem uma extensão de terras de apenas 26 quilômetros quadrados, enquanto seu território marítimo se estende por 800.000 km².  Uma vez submerso, o Primeiro Ministro afirmou que o país continuará existindo, mesmo sem território (UOL, 24/9/2023).

Pelos tratados internacionais, são necessários alguns requisitos para a constituição de um Estado, entre eles a existência de um território. Não existe Estado sem território. Mas tampouco existe um país que desaparece, engolido pelas águas do mar. O que o   Primeiro Ministro reivindica é a existência de um Estado virtual, sem base física. Pelo Direito Internacional, isso hoje não é possível, é uma aberração jurídica. Mas um país engolido pelas águas do mar é uma aberração ecológica que vai colocar novos desafios aos juristas. Assim, a questão fica em aberto.

Segundo estudos recentes, as calotas polares, cujo derretimento elevaria os oceanos em muitos metros, podem entrar em colapso com meio grau de aquecimento adicional do clima, o que ameaçaria a água potável do planeta. As consequências imediatas seriam a elevação do nível do mar, a perda de habitats ameaçando a sobrevivência de diversas espécies, alteração das correntes oceânicas afetando padrões climáticos globais e o ecossistema da vida marinha. (RFI, 19/2/2023). Por enquanto, devemos ficar alerta porque a elevação do nível do mar tende a inundar cidades e regiões costeiras. Já imaginaram moradores de bairros à beira mar irem para casa de barco? Ou, uma região agrícola à beira do mar ser inundada? Ou bairros inteiros serem inundados? Os prejuízos econômicos seriam imensos.

O destino de Tuvalu é um alerta para a humanidade cumprir as recomendações dos cientistas no que se refere ao aquecimento global. Os Governos Nacionais se comprometem, mas não cumprem as decisões das conferências internacionais sobre mudanças climáticas. Apesar de ter uma matriz energética mais renovável do que a maioria dos países, o Brasil atualmente é quinto maior emissor mundial de Gases de Efeito Estufa (GEE), depois da China, EUA, Índia e Rússia. Mas seu padrão de emissões é diferente.  Enquanto as emissões brasileiras decorrem principalmente de mudanças no uso da terra e desmatamento (50%) e da agropecuária (24%), na média dos países do G20 cerca de 70% das emissões estão relacionadas ao setor de energia (Climate Transparency, 2022).

Da ilusão de uma «Internet livre» aos caminhos da cibercensura

Existe ainda um espaço de liberdade real na internet. Onde uma diferente perspectiva do mundo pode ser e é apresentada. De uma forma não massificada, mas acessível, na teoria, por todos. É aqui que agora os poderes políticos estão a intervir para colocar – de forma mais clara – mecanismos de censura.

Há muitos, muitos anos, uma geração foi levada a acreditar que a Internet representava o acesso livre e universal de todos os cidadãos à produção, publicação e consulta de informação. A quantidade de disparates que então se escreveu dava uma excelente obra cómica.

Quem alertava para a realidade material, e para as implicações dessa realidade material, foi taxado de «Velho do Restelo», e antevia-se a sua rápida descredibilização pela vertiginosa liberdade provocada pela Internet. Como sempre, a materialidade impôs-se.
 
Quem pode, pode

O primeiro e mais básico mecanismo de controlo na Internet é exatamente o mesmo que existe em toda a sociedade burguesa, mesmo a mais democrática nas formas: o papel do capital.

Todos temos direito a ter um jornal diário, mas quantos temos o capital para poder lançar um?

Todos os jornais vivem da publicidade, quem pode obrigar uma empresa a colocar publicidade num jornal que advoga a socialização dos meios de produção? Todos temos o direito a possuir um canal de cabo, mas quantos têm o capital para o poder promover e financiar até que, eventualmente, atinja um funcionamento sustentável?

Da mesma forma, hospedar uma rede social implica milhares de milhões de dólares em servidores, uma largura de banda torrencial e a contratação de dezenas de milhares de pessoas – não exige apenas «uma boa ideia». Reunir o capital necessário é a condição sem a qual a dita «boa ideia» nunca sairá das meninges do autor. São por isso naturalmente norte-americanas as maiores redes sociais do mundo.

Spetsnaz russa apreende enorme quantidade de rações da OTAN destinadas à Ucrânia

Ilya Tsukanov | Sputnik | # Traduzido em português do Brasil

As forças russas que lutam na guerra por procuração contra a NATO na Ucrânia estão habituadas a ver, ouvir e ser alvejadas por mercenários estrangeiros, e a entrar em contacto com armamento da aliança que vai desde armas ligeiras a tanques de batalha pesados. Mas, de vez em quando, as “surpresas” que recebem dos patrocinadores ocidentais de Kiev são de uma variedade mais agradável.

As tropas russas da Spetsnaz nas ruínas da cidade libertada de Artemovsk (Bakhmut) decidiram exibir a diversidade de alimentos enviados à Ucrânia pelos países da OTAN.

As imagens mostram soldados num armazém improvisado cheio de “montanhas de comida” deixadas pelas forças ucranianas durante a sua retirada da cidade, incluindo vastos stocks de feijão cozido de Turkiye, café Starbucks, carne de porco enlatada italiana, arroz embalado na Polónia e até frango britânico e caldo.

“Estamos aqui há seis meses, como se fossemos a um supermercado. Obrigado aos europeus, aos polacos, aos holandeses, aos alemães, aos italianos… Pessoal, continuem com o bom trabalho! Vocês fornecem comida saborosa às Forças Armadas Ucranianas”, brincou o soldado por trás da câmera.

Os EUA e os seus aliados enviaram perto de 175 mil milhões de dólares em ajuda militar, económica e humanitária para a Ucrânia, incluindo milhares de toneladas de rações militares e outros alimentos que podem ser armazenados durante longos períodos e não requerem muito trabalho para serem preparados.

Não está claro por quanto tempo esse 'maná do céu' continuará, no entanto, com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca de Biden, John Kirby, alertando esta semana que a ajuda dos EUA não será "indefinida" e que Washington está "chegando perto do fim". da corda" à medida que muda seu foco para Israel.

Imagem: © Sputnik/Screengrab/Russell Bentley

Ler/Ver em Sputnik:

Partido Republicano vai investigar se as armas do Hamas vieram da Ucrânia e do Afeganistão – Relatório

Quem a Rússia apoia no conflito palestino-israelense?

Elena... Esposa de Zelensky gasta com luxo no exterior enquanto ucranianos sofrem

HELENA, A BELA GASTADORA EXORBITANTE DE LUXOS FÚTEIS

Mais uma vez, as evidências mostram que os líderes ucranianos não se preocupam com o seu próprio povo. 

Lucas Leiroz* | South Front | # Traduzido em português do Brasil

Enquanto milhares de soldados morrem nas hostilidades e os civis sofrem as consequências do conflito, a família Zelensky vive no luxo e gasta milhões em frivolidades durante viagens internacionais. Um relatório recente mostra como a esposa do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, fez compras desnecessárias nos EUA, criando indignação nas redes sociais.

Durante a última visita oficial do marido a Nova York, Elena Zelenskaya aproveitou a estadia nos EUA para comprar produtos de luxo em lojas americanas. Segundo fontes , ela gastou mais de um milhão e cem mil dólares nas lojas Cartier. Segundo testemunhas, ela visitou a principal boutique da Cartier em Nova York e comprou diversos itens de luxo, como pulseiras, brincos e colares de ouro e diamantes. Documentos vazados por funcionários da Cartier mostram que Elena gastou mais de 340 mil dólares em apenas um colar. Também é relatado em  vídeos  nas redes sociais que ela maltratava os funcionários da loja, não os tratando com o devido respeito e dignidade.

Aliás, esta não é a primeira vez que a primeira-dama ucraniana se envolve em polémicas relacionadas com os seus hábitos luxuosos. Ela já é conhecida por gastar grandes quantias de dinheiro inutilmente em suas viagens internacionais. Por exemplo, em Janeiro, os repórteres afirmaram que Zelenskaya agiu da mesma forma durante a  cimeira do Fórum Económico Mundial  . Zelenskaya gastou dezenas de milhares de dólares na viagem, embora não tivesse necessidade de comparecer à cimeira, pois é apenas a esposa do presidente ucraniano e não uma autoridade do setor imobiliário.

Na mesma linha, em  dezembro  de 2022, alguns meios de comunicação acusaram Elena Zelenskaya de ter gasto mais de 40 mil dólares em “compras de Natal” durante uma viagem a Paris. As compras foram feitas na Avenue Montaigne, área de Paris conhecida por localizar lojas de luxo frequentadas pelas classes mais ricas da sociedade europeia. Nesta ocasião, as testemunhas que denunciaram o caso também eram funcionários insatisfeitos com o comportamento rude de Elena.

Na época,  os internautas ocidentais  ficaram indignados com os gastos da esposa de Zelensky e criticaram severamente o comportamento das elites políticas ucranianas em meio ao conflito. Muitas pessoas começaram a ver a ajuda à Ucrânia como um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção, no qual autoridades criminosas ucranianas usavam dinheiro público ocidental para enriquecer egoisticamente.

“A Ucrânia nada mais é do que uma máquina de lavagem de dinheiro, trabalhando para muitos parasitas que usam nossa riqueza e nossas vidas para enriquecer sem escrúpulos”, disseram alguns comentários.

Além disso, outro internauta  escreveu  nas redes sociais sobre as compras de Elena em Paris:

“Estou feliz por estarmos enviando bilhões de nossos impostos para que a esposa de Zelensky possa fazer compras de US$ 42.500 em Paris (…) F *** Zelensky e seu regime corrupto e todos que os apoiam.”

Todos esses atos egoístas eram esperados há muito tempo por todos os especialistas. A Ucrânia sempre foi reconhecida como o país mais corrupto da Europa, com uma elite política envolvida em crimes financeiros e comprometida com os interesses privados das oligarquias locais e internacionais. Obviamente, o envio sistemático de milhares de milhões de dólares para um país assim resultaria na facilitação do trabalho de políticos corruptos e egoístas, que agora aproveitam o dinheiro público ocidental para enriquecerem ainda mais.

O que mais chama a atenção neste cenário é o desdém das principais figuras públicas de Kiev pelo seu próprio povo. Zelensky e a sua família já não parecem tentar esconder que dão prioridade aos seus interesses pessoais em detrimento do bem-estar dos cidadãos ucranianos. Além dos gastos exorbitantes de Elena na Europa e nos EUA, é preciso lembrar que ela e o marido posaram para a  revista Vogue  em julho do ano passado, com a sessão de fotos custando mais de 80 mil dólares. Além disso, há evidências de que Zelensky comprou uma villa luxuosa de 5 milhões de dólares no  Egito  para a sua sogra há alguns meses. Tudo isto mostra claramente que os líderes ucranianos não se preocupam com o sofrimento do seu povo e não estão dispostos a deixar de viver no luxo para mostrar solidariedade aos seus cidadãos.

Obviamente, os gastos exorbitantes só são possíveis porque a Ucrânia recebe ajuda ilimitada do Ocidente. Com o país devastado pelo conflito, a única forma de os funcionários corruptos continuarem a obter lucros pessoais é roubar dinheiro enviado pela NATO para comprar armas, equipamento ou ajuda humanitária. Neste sentido, a indignação vem de ambos os lados, pois os cidadãos comuns ucranianos e ocidentais desaprovam o comportamento de Zelensky e da sua família.

Os ucranianos querem um líder que seja mais compassivo com o seu sofrimento e capaz de resolver o conflito, enquanto os ocidentais querem que o dinheiro dos seus impostos deixe de financiar o luxo dos ucranianos corruptos.

* Jornalista, pesquisador do Centro de Estudos Geoestratégicos, consultor geopolítico

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SEIS DIREÇÕES DA NOVA OFENSIVA RUSSA NA UCRÂNIA

Enquanto o mundo inteiro acompanha uma nova guerra sangrenta no Médio Oriente, na Ucrânia, a contra-ofensiva de Kiev transformou-se na russa em 6 direcções diferentes.

South Front | # Traduzido em português do Brasil – VER VÍDEO, em inglês

Sob a pressão russa perto de Kupyansk, as forças ucranianas abandonaram uma série de fortalezas e recuaram para a segunda linha de defesa ao longo da linha Sinkovka-Petropavlovsk. Os combates continuam em Sinkovka, onde os militares russos ainda não assumiram o controle. De acordo com relatos da frente, como resultado de combates prolongados nesta área, a maioria das unidades ucranianas perderam a sua capacidade de combate e foram rapidamente reabastecidas com pessoal não treinado. Como resultado, as forças russas melhoraram taticamente as suas posições para avançarem ainda mais.

Na semana passada, o exército russo mobilizou unidades recém-criadas para fortalecer posições perto de Svatovo. As forças russas continuam a manter a iniciativa militar ao longo da linha Svatovo-Kremennaya e já se aproximam da aldeia de Makeyevka na LPR.

A contra-combate continua a sul de Artemovsk, onde as forças ucranianas não conseguiram ter sucesso e desenvolver a sua ofensiva. Outra tentativa de atacar posições russas perto de Ozaryanovka foi frustrada pelo fogo da artilharia russa.

Nos últimos dias, o exército russo partiu para a ofensiva na frente de Donetsk. O golpe principal concentrou-se na área fortificada ucraniana em Avdiivka, onde os militares ucranianos reforçaram as fortificações durante todos os 8 anos de guerra no Donbass. Após bombardeios maciços de artilharia e ataques aéreos pesados, as unidades de assalto russas lançaram ataques em diferentes direções.

Na periferia sul da cidade, as tropas russas cruzaram a ferrovia e entraram na área florestal próxima. Lá eles estão atacando um grande reduto ucraniano. Ao mesmo tempo, grupos blindados de assalto russos romperam as defesas ucranianas a sudeste da vila de Severnoye e estão se aproximando de Avdeevka pela direção sudoeste.

Ao norte da cidade, as forças russas assumiram o controle de uma fortaleza estrategicamente importante em uma altura dominante perto da fábrica de produtos químicos de coque de Avdeevka. A mão-de-obra e o equipamento ucranianos escondidos no território da grande fábrica são atacados pelas forças russas.

Batalhas pesadas estão acontecendo perto da vila de Berdychi e em Stepovoe, a noroeste de Avdeevka.

O agrupamento ucraniano em Avdeevka corre o risco de se encontrar num caldeirão. A destruição de posições militares ucranianas é estrategicamente importante para os militares russos, não só para endireitar a frente, mas também para pôr fim aos ataques diários ucranianos contra civis em Donetsk.

A contra-ofensiva ucraniana na frente de Zaporozhye terminou em fracasso. Em meio aos duelos de artilharia pesada, pequenos grupos ucranianos ainda tentam ataques na área de Rabotino e Kopani, que resultam em perdas crescentes. Por sua vez, as unidades russas contra-atacam na área de Verbovoye, expulsando os militares ucranianos das posições recentemente ocupadas.

A leste, a frente reviveu ao longo da linha Zherebyanka – Pyatikhatka, onde as forças russas lançaram um contra-ataque e avançaram ligeiramente, contendo as forças ucranianas nas batalhas.

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