'Israel' perde em várias frentes: New York Times

Al Mayadeen | Fonte: O jornal New York Times | # Traduzido em português do Brasil

Um relatório do The New York Times sublinha o fracasso israelita na Faixa de Gaza e destaca a escalada da indignação pública global dirigida tanto a Washington como a “Tel Aviv”.

Numa reportagem do The New York Times , o colunista americano Thomas Friedman destacou que “Israel”está perdendo em três frentes . Ele sugere que a entidade de ocupação está a perder a narrativa global de que está envolvida numa guerra justa, acrescentando que "não tem planos para sair de Gaza, por isso acabará por afundar-se nas areias com uma ocupação permanente que certamente irá complicar as relações com todos os seus aliados e amigos árabes em todo o mundo."

Friedman explica que “Israel” também está a perder regionalmente para o Irão e para a Resistência Libanesa no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iémen, que estão a pressionar as fronteiras norte, sul e leste da Palestina ocupada. 

Segundo ele, a única solução para “Israel” é uma “solução de dois Estados”, que acredita que fortaleceria a relação da ocupação com os seus aliados árabes. 

No entanto, ele adverte que se “Israel” não conseguir ver a solução, seriam “colocadas em perigo décadas de diplomacia para levar o mundo a reconhecer o direito do povo judeu à autodeterminação nacional e à autodefesa na sua pátria histórica”.

‘A posição global dos EUA e de Israel pode diminuir’

Numa mensagem ao presidente dos EUA, Joe Biden, e ao povo israelita, Friedman sublinhou que “Vejo a erosão cada vez mais rápida da posição de Israel entre nações amigas – um nível de aceitação e legitimidade que foi meticulosamente construído ao longo de décadas”, alertando que “se Biden não for cuidadoso, a posição global da América irá despencar juntamente com a de Israel."

Ele acrescentou: “Não creio que os israelitas ou a administração Biden apreciem plenamente a raiva que está a aumentar em todo o mundo, alimentada pelas redes sociais e imagens de televisão, sobre o assassinato de milhares de civis palestinianos, especialmente crianças, por armas fornecidas pelos EUA ."

Freidman destaca que todos os dias há novos apelos para banir “Israel” de competições ou eventos internacionais académicos, artísticos e atléticos. Dito isto, muitos aliados israelitas estão agora a rezar por um cessar-fogo para evitar serem chamados pelo seu povo e pelos eleitores pelo seu apoio a “Israel” no meio da agressão em curso em Gaza , que ceifou a vida de milhares de pessoas. 

Ele concluiu o seu relatório expressando simpatia pelo "dilema estratégico que Israel encontrou em 7 de outubro". Ele observou que à medida que o número de mártires palestinianos aumentava, a operação parecia semelhante a um moedor de carne humana, com o aparente objectivo de reduzir a população para facilitar o controlo da Faixa por "Israel".

Imagem: Forças ocupantes israelitas fazem ‘selfies’ com a destruição de Gaza em fundo e milhares de cadáveres de civis soterrados nos escombros (AP)

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