segunda-feira, 10 de junho de 2024

A Heroína de Fascistas e Galináceos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Luzia Moniz escreveu no Novo Jornal que querem silenciá-la. Mas a sua escrita é prova da mentira. A azougada activista recebia mundos e fundos do Governo Angolano. Era protegidíssima pelo MPLA. Ela e o marido. Propagandista. Crianças não tinham escola. Mas ela ficava em silêncio. Só dizia sim patrão. A morte materna e infantil era problema grave. Mas ela ignorava. Até na casa de governantes e dirigentes faltava comida. Mas ela não escrevia contra a fome. Sim patrão. Os karkamanos e os sicários da UNITA partiam tudo, sobretudo equipamentos sociais. Destruíam unidades de saúde, matavam médicos e outros técnicos. Luzia e o marido facturavam com propaganda.

Luzia Moniz tem o direito de ser portuguesa. Abdicou da nacionalidade angolana. Mas essa opção não a obrigava a comportar-se como uma retornada raivosa e ressabiada. Não era obrigada a alinhar com o pior lixo humano que existe em Portugal. Alinha porque esse é o seu modo de vida. Bem sabendo que em Angola, o equivalente a esse lixo, são os sicários da UNITA e sua criadagem que vai desde a FLEC a sectores ultra reaccionários da Igreja. Depois de encher a pança à conta do MPLA agora cospe no prato. O Novo Jornal aplaude essa porcaria. 

O jornal de madalenos e sobrinhos (ou só sobrinhos? Ou só madalenos? Organizem-se!) na sua edição de hoje, servindo-se da Luzia Moniz, desfere um ataque grotesco mas também ignóbil à Embaixadora de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira. À matilha de mabecos tenho a dizer isto: A representante do nosso país em Lisboa é um diamante de 195 quilates da mina do Lulo. A Luzia Moniz é um grão de areia que nos entra no olho nos dias de vento. 

Luzia Moniz é a voz de aluguer dos inimigos de João Lourenço. Podiam ter arranjado melhor, mas se já recorrem aos bêbados da valeta, não devem ter muito por onde escolher. Caso a azougada activista de galos e fascistas não saiba, o Presidente João Lourenço foi eleito por uma maioria absoluta de eleitores angolanos. Muitos estão desiludidos com ele, mas se os amos da Luzia e do Novo Jornal quiserem derrubá-lo antes de 2027, vamos todos vestir o camuflado, pegamos na arma e defendemos o nosso Presidente. Espero que nessa altura o sipaio da Damba não se intrometa. Ou não esteja entre os golpistas. Os diamantes de sangue dos sicários da UNITA fazem muitos amigos e aliados.

O Presidente João Lourenço manifestou a sua indignação pelo que viu no canal ferroviário entre o Bungo e o Aeroporto Internacional António Agostinho Neto. Escreveu que a destruição de bens públicos é intolerável. Já brilha uma luz ao fundo do túnel. Em breve vai perceber que é intolerável destruir riqueza e postos de trabalho. Destruir empresas privadas sob o pretexto do combate à corrupção. Ainda chega a 2027 com uma lista de coisas que melhorou estando já bem. Corrigiu algumas coisas que estavam mal. Mais vale tarde do que nunca. 

A União Europeia censurou os Media russos para esconder o que está em causa na Ucrânia e propalar as mentiras necessárias à manipulação da opinião pública. Ao mesmo tempo impôs sanções maciças e sem precedentes contra a Federação Russa. Bruxelas já aprovou 14 pacotes desde Fevereiro de 2022. Mas quem está a sofrer com isso são as populações dos países europeus. Uma catástrofe que avança imparável. Moscovo desencadeou uma “operação especial para desnazificar e desarmar o regime de Kiev. Aqui está o problema.

Israel em Outubro de 2023 iniciou um genocídio na Palestina. Os nazis de Telavive em sete meses já mataram 37.000 civis identificados e sepultados. Nos últimos dias bombardeiam os campos de refugiados à noite, para não existirem testemunhas nem imagens. Esta noite mataram mais 30 mulheres e crianças no campo de refugiados de Nuseirat. A insuspeita CNN informou que na Ucrânia em mais de dois anos de operação especial, morreram dez mil civis!

No genocídio da Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada militarmente por Israel, Biden, Blinken e Austin foram a Telavive apoiar os genocidas. Matem-nos até ao último palestino! Úrsula von der Leyen, Charles Michel e Roberta Metsola, cabecilhas da União Europeia, foram a Telavive apoiar o genocídio. Imploraram a Netanyahu e sua quadrilha de nazis: Matem-mos até ao último o palestino. Apesar dos censores, o mundo ficou a saber do genocídio. Mas a União Europeia, até hoje, não impôs sanções a Israel. Nada. Pelo contrário. O motor do cartel, a Alemanha, é o segundo fornecedor de material de guerra aos nazis de Telavive.

Úrsula von der Leyen esteve em Portugal para apoiar os candidatos da coligação AD (extrema-direita engravatada). Num comício no Porto foi interrompida por manifestantes contra o genocídio na Palestina. Mostravam-lhe as mãos pintadas de sangue. Pediam liberdade para a Palestina e o fim do genocídio que ela apoia. A Hitler de saias, esganiçada, berrou aos manifestantes: Vão para a Rússia. Em Moscovo são presos! Mas o que tem a ver o genocídio na Palestina com os russos? Nada. Mas têm a ver com a desnazificação.

Os países europeus estão em nazificação acelerada. Até na Suécia o governo é suportado pela extrema-direita, forma simpática de qualificar os neonazis. Estão borrados de medo! Porque uma vez desnazificada e desarmada a Ucrânia, os russos podem partir para a desanazificaçáo de todo o continente. Como fizeram com Hitler de Leninegrado a Berlim. Às angolanas e angolanos que querem ir para Portugal deixo um aviso: O partido Chega já reivindica a herança de Salazar e promete repor os seus métodos. Na Assembleia da República existe uma maioria esmagadora de nazis engravatados (70 deputadas e deputados) e 50 feios porcos e maus. 

Duas meninas portuguesas, gémeas, vivem no Brasil. Nasceram com uma doença raríssima, degenerativa. Uma onde de solidariedade permitiu que fossem tratadas no Hospital de Santa Maria, Lisboa. Não passaram à frente de ninguém porque sendo uma doença raríssima, felizmente há poucas crianças a necessitarem de tratamento. A notícia neste caso é esta: Uma multinacional vende o medicamento para travar a doença, por dois milhões de euros. 

Uma portuguesa, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras (norte de Portugal), foi perseguida pela Justiça e ela refugiou-se no Brasil, país onde nasceu. Escapou à prisão. A filha, Sandra Felgueiras, escriturária infiltrada no jornalismo, descobriu que as meninas gémeas foram tratadas e medicadas graças a uma grande cunha! Como se quem tem uma doença raríssima precisasse de passar à frente seja de quem for. Mais de 50 agentes da Polícia Judiciária e do Ministério Público, magistrados judiciais e outros técnicos investigam o crime de solidariedade e humanismo contra duas crianças com uma doença degenerativa. O fascismo de volta a Portugal. Luzia Moniz está com a sua gente.

* Jornalista

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