quarta-feira, 20 de novembro de 2024

ESTE MUNDO NÃO É PARA CRIANÇAS, NEM PARA NADA OU ALGUÉM

O Curto do Expresso já. Cá está ele nesta manhã cinzenta e escura. O sol foi de ‘férias’, talvez de tão triste ao constatar a aproximação de uma guerra nuclear e/ou em pleno da proximidade da Terceira Guerra Mundial. Tudo estará a um passo pequenino do primeiro lançamento de uma ogiva nuclear, depois virá então o holocausto nuclear, a destruição plena, as contaminações contidas nas explosões e os milhões de mortes e de contaminados à espera de morrerem. O legado então ficará à solta neste planeta durante muitas décadas. Será a transformação da humanidade que se habituará aos nascimentos de aberrações antes dita humanas… A fatura a pagar será muitíssimo alta. Nada a pagará. Adeus.

Estas novas gerações de políticos, de cientistas, de militares, de pseudo sábios, etc., está a fim de nos transportar para o Armagedão. Todos pensam e têm a certeza que são superes humanos, inteligentíssimos, capacitados, competentes e escudados na doutrina condicente do que ‘eles é que sabem’. Encanotados por universidades ditas ‘superes’ e de contas bancárias recheadas pensam-se deuses, incapazes de quando se vêem refletidos em espelhos constatarem que são miseráveis de mentes feias, porcas e más, desumanas em toda a sua plenitude… É o que temos. Eis a miserabilidade dos ditos líderes nacionais e globais.

Nós estamos prontos, a maioria não. Com alguma sorte de preservarmo-nos numa espécie de subvida e conscientes teremos o bónus de assistir à extinção das espécies num planeta destruído, contaminado, mortal e futuramente deserto – como a lua e outros planetas conhecidos.

Muito bem, asquerosos e criminosos pseudo sábios. O nuclear quando eclodir será para todos, sem apelo nem agravo. Sois os inimigos de nós/vós próprios, da fauna, da flora, de todo o planeta que é a nossa única casa.

Bom dia excelentes mentecaptos, excelentíssimos e soberbos dirigentes néscios. Esta foi a abertura para o Curto do Expresso. Vão lê-lo.

António Veríssimo | PG (título Expresso ligeiramente alterado por PG)


Este mundo não é para crianças

Raquel Moleiro, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia.

Antes de mais um convite: hoje, às 14h, “Junte-se à Conversa” com o David Dinis e a Ana França, para falar sobre se "Ainda há salvação para a Ucrânia?". Inscreva-se aqui.

É quase simbólico que no Dia Mundial dos Direitos da Criança, que hoje se comemora, a atenção mediática e a opinião pública estejam centradas em conflitos bélicos e na potencial escalada para uma guerra nuclear. Comemoram-se os 35 anos da convenção que estabelece os seus direitos, adotada pela ONU, mas as notícias falam invariavelmente dela como vítima.

Há mísseis norte-americanos de longo-alcance, ATACMS e storm shadow, a chegar a território russo e em retaliação Putin muda a sua doutrina nuclear, que pode passar pelo uso de armas de destruição em massa contra a Ucrânia e instalações-chave da NATO. Ameaça com uma III Grande Guerra que, apesar de improvável, alimenta as tensões a nível mundial.

Esta quarta-feira, a embaixada dos EUA em Kiev está encerrada após terem sido recebidas “informações específicas sobre um potencial ataque aéreo significativo". A urgência de negociar a paz acentuou-se de forma dramática.

E pelo meio, desde o início da invasão russa, morreram já 650 crianças na Ucrânia.

Nos subúrbios de Beirute e em Gaza continuam os violentos ataques, mas a declaração final do G20 não inclui qualquer condenação a Israel quando fala do conflito, como era pretendido por alguns países, como a Turquia.

E em apenas dois meses, mais de 200 crianças foram mortas no Líbano. Em Gaza os números (conservadores) falam de, pelo menos, 12 mil vítimas menores.

“Os Estados reconhecem que toda a criança tem direito à vida e devem assegurar ao máximo a sua sobrevivência e desenvolvimento”, diz o artigo 6 da Convenção. Cai por terra todos os dias, como vários outros, mas continuam necessários.

Porém, a centenária Declaração dos Direitos da Criança, adotada em 1924, a primeira a ser aprovada e que depois deu origem à Convenção, já começa a revelar lacunas de atualidade. Os velhos perigos mantêm-se – conflitos armados, pobreza… - mas há novos, decorrentes da transição digital, dos desenvolvimentos tecnológicos ou das alterações climáticas.

Hoje, o Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas juntamente com a Organização Save the Children apresentam uma nova Declaração, com os renovados e necessários direitos e instam os Estados e as organizações governamentais e não governamentais a subscrevê-la: “A sua assinatura é uma demonstração do compromisso que todos devemos assumir para garantir que as gerações futuras possam viver em sociedades mais justas, inclusivas e sustentáveis”.

OUTRAS NOTÍCIAS

Milhões a mais. Mas de prejuízo. Governo enganou-se nas contas e afinal os 1,2 milhões de euros de saldo positivo do SNS em 2025 são 217 milhões negativos.

Salário sem cortes. PSD admite viabilizar fim do corte nos salários dos políticos, mas só para mandados futuros. A proposta é do PS.

A rede do aeroporto. PJ e Polícia espanhola desmantelaram rede de tráfico de droga que operava em vários países. Em Portugal, o clã do golfo, um dos mais importantes cartéis colombianos, subornou funcionários para aterrar jatos com cocaína no Aeroporto de Beja. Há dois polícias entre os detidos.

Condenação a dobrar. O Tribunal Judicial de Leiria condenou a 12 anos e três meses de prisão a jovem de 17 anos acusada de matar a irmã, em 2023, em Peniche. Em Lisboa, no Juízo Central Criminal, foi condenado a 14 anos o terceiro e último suspeito da morte do polícia Fábio Guerra, violentamente agredido à porta da discoteca Mome, em Alcântara, em março de 2022.

Mortes violentas. O Observatório de Mulheres Assassinadas da Associação UMAR divulga hoje os dados preliminares sobre os atentados à vida de mulheres em Portugal entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro de 2024. Só em contexto de violência doméstica morreram pelo menos 17, tantas como o ano passado. Este crime ‘matou’ também 4 homens.

Mais um Saramago. O escritor português Francisca Mota Saraiva venceu o Prémio Literário José Saramago 2024, distinguido pela obra “Morramos ao menos no Porto”.

Mau ambiente. Portugal piorou 'performance' climática, alertam ambientalistas: emissões dos transportes e dos incêndios são as razões. Ainda está entre os 20 melhores, mas caiu dois lugares no ranking apresentado esta quarta-feira na COP29, em Baku.

Trump adiado. O gabinete do procurador distrital de Manhattan anuiu adiar a sentença do presidente dos EUA em relação ao suborno à atriz porno Stormy, pelo menos durante quatro anos. Talvez “depois do final do mandato”… Entretanto já há data para o início do plano de deportação em massa de imigrantes indocumentados: 20 de janeiro, daqui a dois meses.

Regularización em massa. O Governo de Espanha aprovou a simplificação dos processos de regularização de estrangeiros que espera beneficiar 300 mil imigrantes por ano, nos próximos três anos. As mudanças têm em conta as necessidades do mercado de trabalho e dos próprios imigrantes, assim como o desafio demográfico de Espanha, marcado pelo envelhecimento, explicou o executivo.

O destino de Tate. É lida esta terça-feira a sentença do influenciador digital Andrew Tate, em Londres. Está acusado de fraude fiscal por receitas de quase 25 milhões de euros provenientes de atividades na internet. O antigo praticante de 'kickboxing', com dupla nacionalidade britânica e norte-americana, está detido preventivamente na Roménia por suspeitas de outros crimes, como crime organizado, tráfico de menores, relações sexuais com menor e branqueamento de capitais.

Quantos são? O Iraque inicia hoje o primeiro censos nacional em 27 anos. Para facilitar a contagem da população foi decretado o recolher obrigatório.

FRASES

“Já é tempo para que a sociedade machista, patriarcal, que banaliza a violação, mude. Está na altura de alterarmos a forma como olhamos para a violação”.
Gisèle Pelicot, a francesa drogada pelo marido e violada por dezenas de homens durante 9 anos, na sua declaração final no Tribunal de Avignon. Esta quarta-feira começam as alegações finais.

“Nos momentos decisivos – e eles chegarão no próximo ano [2025] – não vamos deixar que ninguém no mundo duvide da resiliência de todo um Estado. E nesta fase, está a ser decidido quem vai vencer”
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, durante a sua participação, por videoconferência, na sessão do Parlamento Europeu que marcou os mil dias de guerra

"Quero que saibas que o teu velho amigo está sempre aqui para animar-te com a mesma força. Para sempre teu fã".
Roger Federer, tenista, numa carta dirigida ao amigo Rafael Nadal, que esta semana despediu-se dos courts na Taça Davis

PODCASTS A NÃO PERDER

Sara Sampaio é a convidada do novo episódio do Geração 90, conduzido por Júlia Palha. A mais internacional das manequins portuguesas, conta que na escola não era popular e apostava na discrição. “Sempre fui uma criança muito sensível e custava-me ler coisas que não eram verdade. Ainda hoje isso me afeta e custa”, conta à atriz Júlia Palha.

O líder do PS dizia-se “livre” para votar contra a descida do IRC no Orçamento, mas acabou com a viola no saco. Marques virou o bico ao prego e já vê a ministra da Saúde de saída. E o PSD fez pela calada, mas propôs o fim dos cortes de salários aos políticos. Esta é a Comissão Política desta semana.

Em mais um “No Princípio era a Bola”, Rui Malheiro e Tomás da Cunha olharam para o regresso das competições de clubes que traz a estreia de João Pereira no Sporting e de Ruben Amorim no Manchester United. Mas também avaliaram o desempenho da seleção na Liga das Nações e os problemas de confiança de Roberto Martinez.

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