ATAQUE RACISTA NA MOURARIA?
Bom dia, se conseguirmos, apesar da penúria e do fascismo e racismo que anda por aí à solta descaradamente. O Curto de hoje. Neste Curto, do Expresso, podemos começar por ler “Policiamento de proximidade não significa proximidade com bastões nem rostos de imigrantes próximos da parede” , lê-se numa carta aberta a Luís Montenegro , onde o primeiro-ministro é acusado de “ataque ao Estado social e de direito”. Está bem dito e corresponde à realidade presenciada por milhões de portugueses e de estrangeiros por cá e pelo mundo. Coisas de pseudo sociais democratas? Não. Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, deve estar às voltas na tumba ao constatar por entre estrelinhas radiosas ao que isto (o país) chegou. O governo a abrir portas à mais racista operação e correspondente comportamento da PSP a ‘encostar à parede transeuntes em conformidade pelas suas características e suas cor de pele. Foi demais a evidência. Pois. É disso que aqui se trata no Curto de hoje, de mansinho – não se vá perder o emprego.
Que não, vem a direita e a extrema-direita negar. Lamentavelmente os que assistiram tiveram olhos para ver e cérebros para pensar e constatarem as evidências. As chefias da PSP assim como certos e incertos agentes negaram e consideraram tudo normal num estado de direito. Chefias tipo quadrúpedes lanudos que balem yes a um governo que se pavoneia no incutir medo e na propaganda alimentando perceções erradas que lhe convém. O regime salazar-fascista era assim… Dizer mais o quê? Já foi dito tudo. O PM Montenegro, assim como a inoperante e talvez incompetente ministra da Administração Interna não se salvam da percepção e evidências demonstradas de que pelo menos possuem laivos de fascismo nas suas personalidades e ações. São democratas, dizem-se… Ora, ora.
São mais que horas de apresentar
o Curto. Há muito para tomar
Se os eleitores portugueses das várias cores de pele e credos efetivamente democráticos não abrirem a ‘pestana’ o fascismo avança como uma minhoca antes de atacar com as suas hediondas botas cardadas. Pensem, senhores e senhoras da plebe.
Dito. Por agora…
António Veríssimo, redação PG
João Miguel Salvador, jornalista | Expresso (curto)
Olá,
E obrigado por começar o dia conosco.
“Policiamento de proximidade não significa proximidade com bastões nem rostos
de imigrantes próximos da parede” , lê-se numa carta aberta a Luís Montenegro , onde o
primeiro-ministro é acusado de “ataque ao Estado social e de direito”. Em causa
na missiva está a operação policial da última quinta-feira em Lisboa, na Rua do
Benformoso. Tudo aconteceu às claras e bem próximo da Praça Martim Moniz, no
centro da capital, mas nem todo mundo viu o acontecimento da mesma forma.
Vamos simplificar: é o mesmo que acontece quando você está em um mirante e olha
a cidade por uma mesma lente de um monóculo. No geral a paisagem é uma só, mas
o foco é escolhido por cada um de nós. Ninguém vai discordar que o melhor
olho é o daquele que consegue enxergar a realidade como um todo, sem deixar que
o cérebro recorra a vieses e o preconceito lhe pregue peças. Mas quando
assuntos mais sérios estão em jogo, como imigração, política de integração e
segurança de todos - daqueles que já nasceram aqui e daqueles que escolheram
Portugal como lar -, a concórdia parece ser mais difícil.
Aqui, e diante de uma operação da PSP que obrigou dezenas de imigrantes a se
encostarem contra a parede, há quem veja algo necessário para reforçar a
sensação de segurança da população. E há quem encontre repressão. E o fato
de momentos como este se repetirem todos os anos - com mais ou menos
mediatismo, com resultados mais palpáveis ou
insignificantes - , como noticiou a SIC , será razão para se desvalorizar
o sucedido ou motivo de alerta?
Os imigrantes ficaram “chocados” com a operação policial , criticada por vários quadrantes da sociedade. E as dúvidas ainda
permanecem: a força exercida na última semana foi proporcional ou
não? Neste domingo, Luís Marques Mendes defendia que, “Se há dúvidas sobre os meios usados, chamem os responsáveis ao Parlamento” . Já Ana Gomes frisa
que “esses casos à Rambo nunca foram vistos nesse país” .
Voltando aos assinantes da carta, eles argumentam que “ações policiais
desproporcionais violam a lei” e a Constituição, e consideram que a imagem
de pessoas “perfiladas por dezenas de policiais contra a parede” em função
do critério de “sua origem, o da diversidade de sua cultura ou o da cor de sua
pele” lembra “tempos que julgávamos enterrados” . Talvez tenha sido
para mostrar que esses tempos não devem voltar que, neste sábado, houve cravos na Rua do Benformoso .
Às vésperas do Natal, é bom que não nos esqueçamos de quem somos.
Outras notícias
Otan quer que Portugal abra a
carteira. A Otan está pressionando seus oito membros que não estão
cumprindo o valor acordado, incluindo Portugal, a cumprir os objetivos de investir 2% do PIB em Defesa ,
diante da iminente chegada de Donald Trump à presidência dos EUA. Há quem
alerte para o fato de que um novo objetivo, na casa dos 3,5%, está na mesa para
a cúpula de Haia marcada para julho. O novo valor poderá ser irreal no curto
prazo.
Rússia coloca culpa na Ucrânia. De acordo com o país, o s danos na embaixada portuguesa em Kiev na sexta-feira são
culpa da defesa ucraniana . Essa é a resposta russa, depois que a
missão diplomática portuguesa relatou danos materiais durante um ataque russo à
capital ucraniana que acabou atingindo um prédio que abriga as embaixadas de
Portugal, Albânia, Argentina, Macedônia do Norte e Montenegro
Albânia fecha a porta para TikTok. A decisão pode parecer drástica, mas o
motivo é trágico: a Albânia é o mais recente país a banir o TikTok , após
a morte de um adolescente de 14 anos. A proibição da rede social vigorará por
pelo menos um ano, a partir de 1º de janeiro de 2025, e segue o caminho já
adotado em outros territórios onde a rede social está sendo alvo de sanções e
proibições.
Frases
“Madonna é tão rainha do pop
quanto eu sou o rei da Patagônia. Não confundam o Benfica com o Sacavenense”
José Cid , músico, em declarações à Blitz .
“Fui eu quem chateou a cabeça do Ruben Amorim para ir fazer a pós-graduação do
José Mourinho. Eu praticamente o inscrevi”
Filipe Çelikkaya , treinador, em entrevista ao 'Casa às Costas' da Tribuna.
“Dentro, simbolicamente, de um vagão, ao lado do oceano que liga todos os
continentes do nosso planeta pretendo iniciar essa jornada de aceitar ser
candidato às eleições presidenciais de
André Pestana , coordenador nacional do Sindicato para Todos os
Profissionais da Educação (PARE ), ao anunciar sua candidatura presidencial .
O que eu ando a ver
“Black Doves”, na Netflix
Keira Knightley está voltando
para a telinha no papel de uma espiã londrina no centro do poder britânico. São
muitos jogos acontecendo em vários tabuleiros e quase nada é exatamente o que
parece. O que acontece quando os interesses da China, dos Estados Unidos e do
Reino Unido se cruzam (e às vezes coincidem, outras colidem) com as vontades de
organizações criminosas.
Londres está à beira do caos, mesmo que a iluminação das ruas nos aponte para
dias felizes. É que essa é uma série de espionagem, mas também é uma série de
Natal. Não é caso único, em um ano em que essa parece mesmo ter sido a escolha
da Netflix para as séries e filmes que escolheu para estrear neste mês de
dezembro. O melhor é colocar um prato preparado no forno e sentar no sofá com
toda a atenção: “Black Doves” vale cada minuto, você não vai querer perder
nenhum detalhe.
Podcasts
Indústria automobilística
europeia em marcha à ré compromete componentes da indústria nacional. Enfrentando
a concorrência crescente de fabricantes chineses de veículos elétricos e
convivendo com uma regulamentação ambiental mais rigorosa que os demais
mercados globais, a indústria automobilística europeia vive diante de uma
redução na demanda e fecha o ano com resultados piores que 2023. O tema é explorado no podcast Expresso da Manhã desta
segunda-feira .
Balanço do ano de 2024,
Personalidades de 2024: Montenegro, aqui, e Trump, lá fora. O ano está
chegando ao fim e no Bloco Central fizeram o que é suposto fazer, não se
permitindo aos comentaristas residentes que fugissem de sua responsabilidade de
eleger a personalidade do ano e o evento do ano (nacional e internacional). É a opinião de Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes em
podcast, com moderação de Paulo Baldaia, em tempo de balanços .
Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima segunda-feira ,
acompanhe nossos Exclusivos , vá preparando os dias de descanso com a
ajuda das sugestões Boa Cama Boa Mesa e divirta-se com nossas brincadeiras
( palavras cruzadas , sudoku e caça-palavras ). Quanto a nós, você já sabe que
estaremos sempre por aqui: no Expresso e na SIC , na Tribuna e na Blitz .
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