A água da lagoa artificial do Capalanga chegou a cortar o caminho de ferro e a auto estrada Viana - Catete, tudo isso por que as saídas naturais das águas das chuvas na direcção do sistema do Bengo desapareceram na voracidade dos investimentos da área.
A factura aparece sempre, tarde ou cedo.
Nota em relação à fotografia: Pormenor da invasão das águas da lagoa artificial do Capalanga na auto estrada Viana - Catete. (Martinho Júnior)
ENALTECIDA TOMADA DE MEDIDAS CONTRA EMPREITEIROS INFRATORES
Luanda - O anúncio de que o sector do Urbanismo e Construção está a avaliar o estado das estradas do país para obrigar os empreiteiros a reparar as deficiências verificadas, com base nos contratos celebrados, foi enaltecida hoje (sexta-feira), em Luanda, por técnicos do ramo de construção civil e obras pública.
Falando à imprensa quarta-feira em Ndalatando (Kwanza Norte), o titular da pasta, Fernando Fonseca, fez saber que o pelouro encontra-se empenhado na implementação destas medidas, obrigando os empreiteiros a reparar as constantes deficiências em obras rodoviária.
Segundo o engenheiro Marcos da Silva, é hora de se fazer uma fiscalização rigorosa e responsável das obras em curso no país, para se evitar a degradação prematura das infra-estruturas rodoviárias, uma vez que são gastas muitas somas monetárias para o efeito.
"Se por um lado a recuperação das principais vias terciárias e secundárias do país está a contribuir para a melhoria da imagem e circulação rodoviária dentro e fora das localidades, por outra deparamos-nos com a falta de rigor e qualidade da obras executadas", explicou.
Para o estudante do curso de construção civil, Paulo Macaio, o Governo Angolano está a fazer um grande esforço para melhorar a circulação no país, construindo novas infra-estruturas rodoviárias, mas é importante que haja colaboração e boa-fé dos empreiteiros para que as obras sejam feitas com qualidade.
O funcionário público Fernando Brau da Silva, é de opinião que o Governo deve responsabilizar judicialmente o construtor que fizer obra fora das normas exigidas para se evitar gastos desnecessários ao erário público.
"Penso que a iniciativa do ministério do Urbanismo e Construção é oportuna porque o estado das estradas nacionais não são das melhores e exigem de que de direito a tomada de medidas para contornar a situação", disse.
Dados disponíveis dão conta que de 2005 e 2006 foram recuperados em todo país quatro mil quilómetros de estrada, sendo 60 por cento do projecto assegurado com recursos do tesouro nacional e 40 por cento com financiamento externo.
Ainda neste período foram montadas 60 unidades de pontes metálicas provisórias e 20 unidades de pontes definitivas.
Assim, em 2005, ano primeiro do programa, foram lançadas as obras de reabilitação dos troços Kifangondo/Caxito/Uíge/Negage, Lucala/Cacuso, Alto Dondo desvio da Munenga, Huambo/Caála, Quirima/Sautar/, Lombe/Kota, devio da Matala/Matala, Lobito/Benguela, entre outros.
A partir de 2009 nota-se uma quebra nos resultados. Ao ritmo de 2008/2009, esperava-se atingir o acumulado de 13,000 quilómetros de estradas reabilitadas no final de 2011.
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