quarta-feira, 4 de maio de 2011

Brasil: Ministro aponta excesso de capital estrangeiro como problema a resolver




CSR - LUSA

Brasília, 04 maio (Lusa) - O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, disse no Senado que o país tem "muitos problemas para resolver", entre eles o capital estrangeiro em excesso, a falta de trabalhadores qualificados e o crescimento do mercado interno.

"São todos problemas causados pelo desenvolvimento", referiu o ministro, recentemente, numa audição no Senado brasileiro.

Mantega disse aos deputados as medidas que o Governo tem tomado para enfrentar o processo de valorização do real em relação ao dólar, que encareceu as exportações brasileiras, sendo um dos maiores problemas para as autoridades do setor monetário.

"Estamos a sofrer ataques especulativos", disse Mantega, sublinhando que os atuais desequilíbrios na taxa de câmbio têm sido em grande parte causados pela crise do dólar no mundo, que no caso do Brasil forçou a aplicação de impostos extraordinários ao ingresso dos capitais financeiros.

Mantega reiterou ainda que a "preocupação" do Governo com a inflação, que aumentou este ano, e insistiu que as autoridades vão fazer de tudo para mantê-la sob controlo.

No primeiro trimestre de 2011, a inflação acumulada no Brasil chegou a 2,44 por cento e ameaça a meta estabelecida pelo Governo para o ano todo, que é de 4,5 por cento.

O próprio Banco Central já reconheceu a possibilidade desta meta não ser cumprida e um relatório, divulgado na semana passada, projetou a inflação acumulada para 2001 em 6,35 por cento.

Mantega lembrou que, de acordo com o sistema de metas de máximos e mínimos estabelecidos pelo Governo, o objetivo é de 4,5 por cento, com dois pontos percentuais abaixo ou acima dessa taxa, de modo que 6,35 por cento continua dentro das previsões.

No entanto, o ministro referiu que o mais importante é o "controlo" da inflação.

"O processo está controlado e o Governo atua sempre que necessário. Em 2011, a inflação pode ultrapassar o limite da meta, mas não escapa ao controlo", disse Guido Mantega.

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