quarta-feira, 22 de junho de 2011

ANGOLA ENTRE OS PRIMEIROS PAÍSES NA MIGRAÇÃO DIGITAL NA SADAC



ÁFRICA 21, com agências

Os principais assuntos em agenda foram a migração digital, as infra-estruturas, as estratégias e a regulação da actividade na região.

Gaberone – Angola está entre os três países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que têm o mapa da migração digital num estado avançado juntamente com a África do Sul e o Botswana.

Esta constatação foi feita durante a reunião dos ministros das Telecomunicações e Tecnologias de Informação da SADC, realizada de 14 a 16 do corrente mês em Gaberone, na qual Angola se fez representar por uma delegação chefiada pelo titular do sector, o ministro José Carvalho da Rocha.

Segundo a Angop, Angola demonstrou aos restantes países da região estar já numa fase adiantada de testes na implementação da migração digital, que nesta primeira fase abrangeu a Televisão Pública de Angola (TPA) e os ministérios da Comunicação Social (MCS) e das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI).

A migração digital é a mudança do sistema analógico de comunicação e de transportação de dados para o digital, o que proporciona maior eficiência e eficácia, bem como a redução do excesso de equipamentos dos consumidores na utilização das telecomunicações e tecnologias de informação.

De acordo com o documento, os ministros de tutela do sector dos países membros da SADC reuniram-se em Gaberone para avaliarem o cumprimento dos compromissos assumidos no seu último encontro extraordinário realizado em Novembro passado na Zâmbia. Os principais assuntos em agenda foram a migração digital, as infra-estruturas, as estratégias e a regulação da actividade na região.

A delegação angolana constatou que o seu país está no bom caminho em relação às questões globais contidas nos compromissos assumidos pelos estados membros da SADC no que diz respeito ao desenvolvimento das telecomunicações e tecnologias de informação e dentro das metas e prazos traçados pela organização regional.

Em matéria de estratégias, Angola tem já aprovado o livro branco sobre as telecomunicações e tecnologias de comunicação, enquanto no que tange a regulação da actividade foi já apreciada pelo executivo angolano toda a documentação submetida pelo MTTI.

No domínio das infra-estruturas, a delegação angolana aproveitou a ocasião para actualizar os dados da SADC com a informação de novos desenvolvimentos registados no mapa de ligação Luanda/Mbanza Kongo/ Noqui por cabo de fibra óptica, abrindo um pólo no norte do país que poderá servir de ligação com a República Democrática do Congo (RDC).

Segundo nota da Missão Diplomática angolana em Gaberone, a reunião foi positiva para Angola porque foi possível comparar o desenvolvimento do seu sector das Telecomunicações e Tecnologias de Informação com o dos restantes países, o que permitirá planificar e implementar melhor os programas e projectos no domínio das telecomunicações e tecnologias de informação.

O encontro, presidido pelo ministro angolano José Carvalho da Rocha por ausência do seu homólogo da Namíbia, país que detém a presidência rotativa da SADC, aprovou o relatório sobre a implementação das decisões dos ministros de 2010 e fez recomendações para a solução sobre questões ainda pendentes.

Fizeram parte da delegação angolana, que já regressou a Luanda, a directora nacional das Telecomunicações, Silvina Menezes, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Comunicações (INACOM), Pedro Mendes de Carvalho, e altos responsáveis e técnicos do MTTI.

A SADC é uma organização regional criada a um de Abril de 1980, na Zâmbia, como Conferência para a Coordenação do Desenvolvimento da África Austral (SADCC), com o objectivo de coordenar os projectos de desenvolvimento, visando reduzir a dependência económica em relação a então África do Sul do Apartheid.

Os países fundadores são Angola, Botswana, Lesotho, Malawi, Moçambique, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe, após a adopção da Declaração de Lusaka – África Austral: Rumo à Libertação Económica, e mais tarde juntaram-se as Ilhas Maurícias, Seychelles, Namíbia, África do Sul, República Democrática do Congo e o Madagáscar (este último suspenso)

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